PSICOTERAPIA BREVE NA COMUNIDADE: UMA AÇÃO PREVENTIVA

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Neste ínterim, o autor comenta que no início dos anos 90 trabalhava como supervisor de estágio na Universidade Católica de Santos no curso de Psicologia, bem como na Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM (atual Fundação Casa), ocupando o cargo de psicólogo. Em 1995, foi realizado uma pesquisa com o objetivo de levantar dados sobre as instituições privadas da Baixada Santista que ofereciam serviços de atendimento psicoterápico para adolescentes. Os dados obtidos apontaram que na cidade de Santos os profissionais se limitavam ao atendimento de crianças e adultos, sem, contudo, oferecer o mesmo atendimento aos jovens. Os dados do Censo Demográfico do IBGE de 1991 apontavam que os bairros de Aparecida e Marapé em Santos contemplavam a maior quantidade de adolescentes, sendo que a única instituição da cidade a oferecer serviços de saúde mental a população jovem era a Universidade Católica de Santos, com grande fila de espera e localizada em um bairro distante do bairro onde ficava a maior concentração de adolescentes e jovens.

Foi este contexto que contribuiu para a implantação do projeto "Psicoterapia Breve ao Alcance da Comunidade", em 1996, oferecido pelo curso de Psicologia da Universidade Católica de Santos, que ofertava atendimento psicológico gratuito para a população jovem de baixa renda. Os resultados obtidos indicaram que a Psicoterapia Breve Operacionalizada é um método eficiente para adolescentes, sendo indicados pelo questionário EPM e pela Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO). Após as entrevistas, estes adolescentes foram inseridos nos grupos de adaptação, conforme os três critérios estabelecidos, quais sejam: Critério 1 (adaptação eficaz), Critério 2 (adaptação ineficaz leve) e Critério 3 (adaptação ineficaz moderada). Para que esta pesquisa pudesse ser realizada, contaram com o método clínico desde o diagnóstico até a verificação dos resultados.

O método clínico consiste em um estudo profundo e detalhado realizado pela observação direta do pesquisador. Por outro lado, a EDAO tem como escopo alcançar um diagnóstico fidedigno sobre adaptação com poucas entrevistas, ou seja, trata-se de um instrumento que oferece resultados rápidos. Simon ainda acrescenta que o termo "situações problema" são os eventos ambientais que, ao interagir com os fatores psíquicos do indivíduo, provocam desequilíbrio de adequação, podendo gerar a crise, tendo em vista que o indivíduo teve soluções pouco ou pouquíssimo adequadas. Diante disto, a Psicoterapia Breve Operacionalizada deve ser baseada nas situações problema por setor adaptativo, detectados na EDAO, com o objetivo de auxiliar o paciente a entender as razões do uso de soluções pouco adequadas, propiciando a oportunidade de reformular estas soluções pouco ou pouquíssimo adequadas.

A população atendida nesta pesquisa consistiu em adolescentes de escolas públicas da cidade de Santos, na faixa etária de 16 a 18 anos, que deveriam estar cursando o Ensino médio, porém, também contou com adolescentes matriculados na oitava série do Ensino Fundamental. Para caracterizar este público, o autor cita Knobel que afirmou que a adolescência deve ser considerada dentro de uma totalidade dos conhecimentos da psicologia evolutiva, sendo entendida como um fenômeno específico na história de desenvolvimento humano. Além disso, fala da importância de perceber a adolescência como um processo de "adolescer" que acontece em vários níveis, tais como o emocional, corporal e espacial, sendo todos inevitáveis, imutáveis e em padrão universal, principalmente em seus fatores fisiológicos e genéticos.

Além disso, durante a primeira entrevista diagnóstica, todos os procedimentos foram informados aos pais e responsáveis, bem como lhes foram entregues o Termo de Consentimento Pós-Informação. Ademais, a segunda etapa também contou com um contrato psicoterápico, bem como o esclarecimento das questões pertinentes a pesquisa aos envolvidos. Avaliação do processo psicoterápico: consistiu nos atendimentos individuais em Psicoterapia Breve Operacional, com duração de 4 a 8 sessões, de frequência semanal e duração de 50 minutos cada. Os pesquisadores também realizaram uma comparação entre as situações problemas que apareciam antes e depois das sessões. A análise dos resultados do grupo Experimental apontaram que 6 pacientes passaram de G3 para G1, 7 passaram de G3 para G2, 6 passaram de G2 para G1 e 3 permaneceram no mesmo grupo, sendo que G1 se refere a eficaz, em crise; G2 ineficaz leve e G3 Ineficaz moderada em crise.

C. et al. Psicoterapia Breve na Comunidade: uma ação preventiva. In: Psicologia e Políticas Públicas: Reflexões e Experiências. Ed.

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