PSICOTERAPIA APLICADA EM CRISES PSICOLÓGICAS, PREVENÇÃO DO SUICÍDIO E TANATOLOGIA

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Estas crises podem ser desencadeadas por diferentes motivos como por circunstâncias específicas (eventos traumáticos, acidentes) ou durante o desenvolvimento psicológico (as etapas de amadurecimento). Em uma crise circunstancial derivada de um evento traumático, o trauma pode representar algo destrutivo para o indivíduo que o venha experienciar. A pessoa pode se sentir abalada, emocional e mentalmente desestruturada, em estado de choque, levando assim ao episódio de crise. São vários os tipos de crise que podem surgir de um trauma, como crises de ansiedade, crises de depressão, crises de estresses, entre outras. No que diz respeito a psicoterapia, em todas elas o terapeuta estimula que o paciente reviva o evento traumático causador da crise e que narre os acontecimentos. Um exemplo comum de crise circunstancial que pode se desenvolver a partir de eventos traumáticos é a crise de pânico.

Em uma crise de pânico a pessoa vive uma sensação de catástrofe iminente e ansiedade intensa, onde a mente acaba se concentrando tanto nas reações de perda de controle que o indivíduo acredita estar sendo ameaçado e em uma situação de perigo real. Os sintomas se apresentam fisicamente de forma aguda no corpo como o coração acelerado, o corpo trêmulo, a respiração acelerada e até mesmo vômito. Estes são efeitos de uma mente sofrendo de desrealização (o sentimento de irrealidade) e de despersonalização (o sentimento de estar fora de si). Em uma crise de pânico, a sensação de descontrole sobre o próprio corpo faz com que a pessoa acometida sinta medo de enlouquecer e até mesmo de morrer.

Cada estágio é como um conflito a ser resolvido pelo indivíduo para que ele desenvolva virtudes necessárias para seu amadurecimento. Cada um destes estágios está relacionado a uma fase da vida, que vai desde a primeira infância e pode se estender até a vida adulta. Quando estes conflitos não são resolvidos, eles podem desencadear alguns tipos de crise como crises de identidade, crises emocionais em geral e até mesmo crises de depressão em casos mais graves. Algumas modalidades de psicoterapia são comumentes utilizadas nestes estágios de crises de desenvolvimento. A psicoterapia individual, pode ajudar nos estágios iniciais, quando o indivíduo ainda na infância pode precisar de ajuda para entender a si mesmo, seu comportamento, seus sentimentos e a forma como interage com outras pessoas.

A pessoa com tendências suicidas irá apresentar sinais ao decorrer de cada um deles e estes devem ser observados com atenção. Alguns sinais que podem ser citados: ideias confusas e dúbias, impulsividade, problemas de auto-estima, falas constantes sobre querer se matar, introspecção e etc. Assim se caracteriza o comportamento suicida. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, os dois principais fatores de risco são: histórico de tentativa de suicídio e transtornos mentais. A psicoterapia é aplicada na prevenção do suicídio analisando e trabalhando em cima de três importantes aspectos: O estado mental do paciente, seu plano suicida e seu círculo social. Muitos se sentem responsáveis pelo salvamento da vida do paciente, no entanto, isto é prejudicial uma vez que não se pode tomar como garantido cem por cento que a morte de um paciente será evitada uma vez que ninguém possui tal poder de interferência na vida de outra pessoa.

Ao invés disso, se faz necessária a dedicação em entender o paciente, as dificuldades pelas quais ele está passando e os medos que está enfrentando. Muitos psicoterapeutas acabam projetando em si mesmos a responsabilidade e a onipotência da situação, tomando a culpa quando um paciente perde a vida, mas este não é um pensamento saudável. Se colocar no lugar do outro para compreendê-lo não é assumir o controle pelas escolhas dele ou presumir que a vida daquele que está sendo atendida pode ser controlada. É aconselhável que as sessões de psicoterapia preventivas tenham envolvimento das pessoas do círculo pessoal do paciente, pessoas de confiança para estarem a par e fazerem parte do tratamento. Ele também faz perguntas ao paciente: sobre seus pensamentos, suas dificuldades, como ele pensa em executar seu suicídio, se já planejou como e quando será, a fim de analisar melhor as medidas a serem tomadas.

Há casos mais graves onde o psicoterapeuta deve encaminhar o paciente para uma internação. Dessa forma outros profissionais também podem ser envolvidos no caso, como psiquiatras, que poderão receitar remédios para auxiliar no tratamento. No Brasil, o Governo oferece o serviço de psicoterapia para a prevenção ao suicídio, para ajudar pessoas com transtornos mentais e pessoas que apresentem problemas com álcool e drogas. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), são pontos de atendimento e estão distribuídos por todo o país conforme o mapa no site do Ministério da Saúde do Brasil2 3. Devido a esta sua aproximação mais humana, ele acabou por ser um dos pioneiros do paliativismo.

Os cuidados paliativos são as práticas e técnicas que possuem o objetivo de oferecer conforto aos pacientes em estado terminal ou com condição de doença incurável. Osler também possuía uma compreensão de assuntos sensíveis, como a eutanásia, o suicídio e o uso de drogas medicinais para o alívio das dores causadas por doenças terminais em seus últimos estágios. O famoso neurologista e psiquiatra Sigmund Freud (1856-1936), abordou a Morte de uma forma mais reflexiva e psicanalítica em algumas de suas obras, usando comumente o termo Tânatos para se referir ao, assim chamado por ele, pulsão da morte. Resumidamente, o pai da psicanálise via este pulsão como uma força agressiva dentro de nós, não a vontade de morrer propriamente dita mas assim algo incontrolável que leva o indivíduo até ela.

No Brasil, a Tanatologia é pesquisada e desenvolvida, principalmente, pelo Laboratório de Estudos e Intervenções Sobre o Luto (LELU) na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pelo Laboratório de Estudos Sobre a Morte (LEM) na Universidade de São Paulo (USP). Quanto às obras assinadas por especialistas brasileiros, pode se citar dentre os recomendados pelo LEM: Histórias de sobreviventes do suicídio (Karen Scavacini), Profissionais de saúde: Vivendo e convivendo com HIV/AIDS (Elaine Gomes dos Reis Alves e Dalton Luiz de Paula Ramos), De quem é a vida afinal? (Ingrid Esslinger), O Suicídio como espetáculo na Metrópole (Fernanda Cristina Marquetti) e No final do corredor (Ana Lucia Coradazzi). Dentre estas recomendações feitas pelo LEM, o Por que os policiais se matam? aborda a morte violenta e o suicídio recorrentes na polícia brasileira.

A pesquisadora Dayse Miranda traz um assunto pouco debatido: o suicídio de policiais em contrapartida à reputação violenta que carregam, com depoimentos de psicólogas da PM do Rio de Janeiro. A partir de todos estes estudos e muitos outros feitos que não puderam ser citados aqui, a Tanatologia tradicional vem evoluindo cada vez mais e se estendendo para outras áreas. Papalia, Sally Wendkos Olds e Ruth Duskin Feldman). Disponível em: https://www. academia. edu/22315624/Diane_E. Papalia_-_Desenvolvimento_Humano. saude. gov. br/bvs/publicacoes/manual_editoracao. pdf O psicoterapeuta diante do comportamento suicida (Karina Okajima Fukumitsu). Disponível em: https://www. br/books?id=Kqp1awQ-RCsC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q=1969&f=false. About Johns Hopkins Medicine: The Four Founding Physicians (John Hopkins Medicine).

Disponível em: https://www. hopkinsmedicine. org/about/history/history5. bvsalud. org/pdf/revpsico/v12n1/a03. pdf. Laboratório de estudos sobre a morte (LEM): http://www. lemipusp.

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