Psicologia social: Instituições e processos grupais.

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

A vida é inerentemente social, o reconhecimento de fatores que influenciam atitudes e comportamentos e a presença dos fenômenos psicológicos sociais são sempre reforçados. Essa disciplina objetiva auxiliar na obtenção de uma melhor compreensão do campo da psicologia social e da natureza humana em geral de maneira desafiadora, mas também interessante e criativa. Os objetivos também giram em torno de adquirir conhecimentos básicos de psicologia social através de fontes primárias e secundárias, e aprender termos, fatos, conceitos e teorias relevantes; melhorar a capacidade do pensamento crítico sobre a natureza humana, avaliar suposições teóricas, teorias e pesquisas, e distinguir entre fato e opinião. E por fim, compreender como a psicologia social se relaciona com questões importantes na vida diária.

PSICOLOGIA SOCIAL A psicologia social foi definida como um ramo da psicologia que se preocupa com os aspectos da vida mental que se relacionam com a interação social e fenômenos sociais em geral. Os teóricos que se tornam importantes e icônicos em seus campos são mais propensos a ter múltiplas formas de pesquisa e não permanecerem singulares ao oferecer uma visão. Consequentemente, nutrir uma compreensão das posições teóricas provavelmente construirá familiaridade com os estudos que sustentam as teorias e vice-versa. Podemos tirar um exemplo da história do meio da psicologia social experimental. A criação de teorias de consistência cognitiva, isto é, possuindo uma compreensão do desenvolvimento das estruturas cognitivas e do processo de mudança nessas estruturas, ocorreu em meados do século XX.

Teóricos primeiramente cunharam suas teorias a respeito de equilíbrio cognitivo, seguido do desenvolvimento da teoria da congruência e da teoria da distorção cognitiva, e assim por diante, isto para citar alguns movimentos que mostram a atividade frequente em torno da Psicologia Social ao redor do mundo. A segunda radica na ideia de que a ação pode ser pensada sem recurso à cognição ou de que a cognição segue, não antecede a ação. Referimo-nos, em segundo lugar, a os pressupostos sobre as relações indivíduo-sociedade, onde se opõem, por um lado, a anterioridade e o primado do indivíduo sobre a sociedade e, por outro lado, a imagem do homem como sujeito socialmente dependente. Da articulação destes pressupostos decorrem quatro orientações paradigmáticas, onde, de forma necessariamente redutora, mas simultaneamente compreensiva, é possível situar as diferentes teorias em psicologia social, compreender como se aproximam e se distinguem e, especificamente, compreender o que há de novo na teoria das representações sociais 2.

HISTÓRICO A história da psicologia social tem sido perseguida por crises baseadas em diferentes abordagens para a compreensão do comportamento humano. Uma parte dessa "crise" foi o "grito" para que o campo seja mais relevante. Sua própria natureza, sendo o estudo dos indivíduos e dos processos sociais pode agregar imensamente ao conhecimento sobre problemas e problemas do mundo real. Dada a crescente ênfase filosófica no "desenvolvimento humano", a psicologia tem uma oportunidade única de ter um impacto. Na década de 60, com a publicação da obra de Moscovici “La psychanalyse, son image et son public”, iniciava-se um novo movimento teórico em psicologia social - o estudo das representações sociais. Este movimento teórico foi-se estruturando e, trinta nos depois, adquiriu a consistência necessária para ser hoje um dos referentes importantes no conjunto das orientações teóricas em psicologia social.

A ciência da psicologia social começou quando os cientistas começaram a medir sistematicamente e formalmente os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos seres humanos. John Darley e Bibb Latané (1968) desenvolveram um modelo que ajudou a explicar quando as pessoas fazem e não ajudam outros necessitados e Leonard Berkowitz (1974) foi pioneiro no estudo da agressão humana. Enquanto isso, outros psicólogos sociais, incluindo Irving Janis (1972), se concentraram no comportamento grupal, estudando por que as pessoas inteligentes às vezes tomavam decisões que levaram a resultados desastrosos quando trabalharam juntos. Ainda outros psicólogos sociais, incluindo Gordon Allport e Muzafir Sherif, se concentraram nas relações intergrupais, com o objetivo de compreender e potencialmente reduzir a ocorrência de estereótipos, preconceitos e discriminação. Os psicólogos sociais deram suas opiniões no caso da Corte Suprema da Câmara de Educação de 1954, que ajudou a acabar com a segregação racial nas escolas públicas dos EUA, e os psicólogos sociais ainda frequentemente servem como testemunhas especializadas sobre esses e outros tópicos.

A última parte do século 20 viu uma expansão da psicologia social no campo das atitudes, com uma ênfase especial nos processos cognitivos. Não consigo prever onde a psicologia social será direcionada no futuro, mas não tenho dúvidas de que ainda estará vivo e vibrante. TEORIAS Os modelos cognitivos sociais servem a função de nos ajudar a ver a dinâmica em jogo nas cognições que influenciam a interação com o mundo social. A teoria da Ação Razada é uma dessas teorias baseadas em cognitivas e lida com as relações entre crenças, atitudes, intenções e comportamentos. A teoria postula que o comportamento volitivo, por exemplo, urinar no lago é predito pela intenção de realizar o comportamento ("Pretendo urinar no lago"). Essas intenções são determinadas por fatores normativos e subjetivos.

Nós carregamos nossas próprias situações sociais pessoais (nossas experiências com nossos pais, professores, líderes, autoridades e amigos) com a gente todos os dias. Ao longo do tempo, as pessoas desenvolvem um conjunto de conhecimentos sociais que contém informações sobre o eu, outras pessoas, relações sociais e grupos sociais. Dois tipos de conhecimento são particularmente importantes na psicologia social: esquemas e atitudes. Um esquema é uma representação do conhecimento que inclui informações sobre uma pessoa ou grupo (por exemplo, nosso conhecimento de que Paulo é um cara amigável ou que os italianos são românticos). Uma atitude é uma representação do conhecimento que inclui principalmente o nosso gosto ou desprezo de uma pessoa, coisa ou grupo ("Eu realmente gosto de Eduarda”, “eu não gosto do meu novo apartamento ").

A psicologia social é em grande parte o estudo da situação social. Nossas situações sociais criam influência social, o processo através do qual outras pessoas mudam nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos e através dos quais mudamos o deles. Kurt Lewin formalizou a influência conjunta de variáveis de pessoa e variáveis situacionais, que é conhecida como a interação pessoa-situação, em uma equação importante: Comportamento = f (pessoa, situação social). A equação de Lewin indica que o comportamento de uma determinada pessoa em qualquer momento é uma função (depende) das características da pessoa e da influência da situação social. Na equação de Lewin, a pessoa se refere às características do ser humano individual. Por exemplo, argumentou-se que a emoção do ciúme sobreviveu ao longo do tempo nos homens porque os homens que experimentam ciúmes são mais aptos que os homens que não o fazem.

De acordo com essa ideia, a experiência do ciúme leva os homens a proteger seus companheiros e a se proteger contra os rivais, o que aumenta seu sucesso reprodutivo. Embora nossa maquiagem biológica nos prepara para ser seres humanos, é importante lembrar que nossos genes realmente não determinam quem somos. Em vez disso, os genes nos fornecem nossas características humanas, e essas características nos dão a tendência de se comportar de maneira "humana". E, no entanto, cada ser humano é diferente de qualquer outro ser humano. Talvez você se lembre de uma época em que você ajudou os amigos a mover todos os seus móveis para um apartamento novo, mesmo quando você preferiria fazer algo mais benéfico para você, como estudar ou relaxar.

Você não teria ajudado estranhos dessa maneira, mas você fez isso por seus amigos, porque você se sentiu perto e se importou com eles. A tendência de ajudar as pessoas com as quais nos sentimos próximo, mesmo que não estejam relacionadas a nós, provavelmente deve-se, em parte, ao nosso passado evolutivo: as pessoas com as quais nos aproximamos costumavam ser as que nos relacionavam. Embora as pessoas e seus mundos tenham mudado drasticamente ao longo da nossa história, um aspecto fundamental da existência humana permanece essencialmente o mesmo. Assim como nossos antepassados ​​primitivos viveram juntos em pequenos grupos sociais de famílias, tribos e clãs, as pessoas hoje ainda passam muito tempo em grupos sociais. E os indivíduos que assistem a um filme em um teatro ou aqueles que frequentam uma grande aula de leitura também podem ser considerados simplesmente como indivíduos que estão no mesmo lugar ao mesmo tempo, mas que não estão conectados como um grupo social.

Um grupo de indivíduos que estão atualmente no mesmo lugar pode, contudo, facilmente se transformar em um grupo social se algo acontece que os façam se perceberem “juntos. ” Por exemplo, se um homem na fila do caixa do supermercado, de repente caiu no chão, é provável que os outros ao seu redor rapidamente comecem a trabalhar juntos para ajudá-lo. Alguém chamaria uma ambulância, outro poderia aplicar primeiros socorros, e outro poderia tentar entrar em contato com sua família. Da mesma forma, se o cinema fosse pegar fogo, um grupo se formaria rapidamente à medida que os indivíduos tentavam abandonar o teatro. O estudo dos fenômenos grupais tem uma longa história na área da Psicologia Social, tendo se constituído no objeto de preocupações de vários pioneiros da Psicologia norteamericana, como Lewin, Sheriff e Asch.

Com o passar do tempo, porém, as investigações nessa área tenderam a se concentrar em níveis cada vez mais micros de análise, que se focalizavam sobremaneira nas qualidades, características e ações dos membros individuais, quando na presença de um grupo. Nesse sentido, pouca atenção foi dada durante algum tempo aos processos dinâmicos que levam o indivíduo a participar da vida grupal e aos efeitos da não participação, aos processos que levam o grupo a modificar o comportamento de seus membros e a agir como uma unidade autônoma e diferenciada de qualquer um de seus membros etc. especialmente no contexto norte-americano. Mais recentemente, porém, avanços realizados em metodologias de análises de dados que consideram o grupo uma unidade autônoma e não uma soma de indivíduos têm propiciado avanços consideráveis no estado atual do conhecimento sobre os processos grupais.

Significa compreender o grupo enquanto relações e vínculos entre pessoas com necessidades individuais e/ou interesses coletivos, que se expressam no cotidiano da prática social. A categorização social é vista como um processo que serve para sistematizar e ordenar o ambiente social, como um sistema de orientação que cria e define o lugar particular de um indivíduo na sociedade. A identidade social está ligada ao conhecimento de per- tença a certos grupos sociais e à significação emocional e avaliativa que resulta dessa pertença. A ligação entre categorização e identidade é clara: um indivíduo define-se a si mesmo e define os outros em função do seu lugar num sistema de categorias sociais. Finalmente, os indivíduos procurariam construir uma identidade social positiva mediante comparações entre o seu grupo e os outros grupos, sendo que estas comparações se baseariam em dimensões associadas a valores sociais dominantes e conduziriam ao favoritismo relativamente ao seu grupo e a uma discriminação relativamente ao outro grupo.

A atividade grupal tem, portanto, a dimensão externa relacionada com a sociedade e/ou outros grupos, quando o grupo deve ser capaz de produzir um efeito real sobre eles para afirmar sua identidade, e a interna, vinculada aos membros do próprio grupo, em direção à realização dos objetivos que levem em consideração as aspirações individuais ou comuns. Com a proposta de uma concepção histórica e dialética de grupo, levanta-se algumas sugestões para a análise do indivíduo inserido no processo grupal. A primeira delas é o fato de considerar que o homem com quem estamos lidando é fundamentalmente o homem alienado. Deste modo, há sempre dois níveis operando: o da vivência subjetiva e a da realidade objetiva. Quanto aos papéis sociais, eles aparecem, enquanto interação efetiva no nível das determinações concretas, onde reproduzem a estrutura relacional característica do sistema (relação dominador/dominado).

Ainda outro aspecto dos grupos de trabalho cujos membros passam algum tempo trabalhando juntos e que os faz parecer "grupal" é que eles desenvolvem estrutura de grupo (as normas estáveis ​​e os papéis que definem os comportamentos apropriados para o grupo como um todo e para cada um dos membros). As normas sociais relevantes para grupos incluem costumes, tradições, padrões e regras, bem como os valores gerais do grupo. Essas normas dão aos membros do grupo o que fazer para ser bons membros do grupo e dar ao grupo mais entitatividade. Grupos efetivos também desenvolvem e atribuem papéis sociais (os comportamentos esperados) aos membros do grupo. Por exemplo, alguns grupos podem ser estruturados de forma que tenham um presidente, um secretário e muitos comitês de trabalho diferentes.

Lembremos que o nosso estudo foi conduzido imediatamente após a derrota do grupo dos operários e uma nova vitória do grupo dos motoristas. Podemos assim nos questionar sobre o clima de relações no interior de cada grupo, bem como sobre o respectivo grau de coesão interna. Contudo, nos deparamos com um outro fenômeno, muito provavelmente ligado aos que acabámos de referir: a distintividade indivíduo-grupo, enquanto processo ligado à construção da identidade e mediatizado pelo estatuto dos grupos em conflito. Com efeito, o processo de categorização social exprime-se em dois movimentos opostos: um que conduz à integração do indivíduo no grupo e à diferenciação intergrupal e um outro que conduz à distintividade ou diferenciação do indivíduo em relação ao grupo.

Devemos, contudo, fazer notar que o impacto do estatuto dos grupos neste processo psicossociológico não mereceu a suficiente atenção por parte da investigação neste domínio. Com relação aos artigos de cunho teórico, encontrados, sobretudo, no âmbito da Psicologia Social Crítica, é possível constatar que a maioria tem se limitado a desenvolver reflexões e defender determinados argumentos à luz de autores já consagrados nesse campo de estudos. Poucos e esparsos são, portanto, os trabalhos nos quais se nota a preocupação com a formulação de conceitos, metodologias ou modelos teóricos inovadores, capazes assim de colocar a Psicologia Social Crítica brasileira em posição de destaque no cenário latino-americano ou mesmo norte-americano ou europeu. Atendo-se aos trabalhos empíricos, verifica-se que há nítida preferência pelas investigações de natureza qualitativo descritiva, que vêm indubitavelmente contribuindo para maior compreensão de uma ampla gama de fenômenos psicossociais, estejam eles referenciados à Psicologia Social Crítica ou à Psicologia Social Sociológica.

Seria interessante, porém, que tais estudos pudessem evoluir no sentido de investigar as diferentes alternativas de ação e intervenção propostas, que acabam ficando, na maioria das vezes, apenas no nível de sugestões para estudos futuros. Exemplo disso é o fato de que os trabalhos anteriores de um mesmo autor não são em geral citados em suas publicações subsequentes, em função de cada uma delas se referir a temáticas diferentes. Newcomb, T. M. Rosenberg, M. J. Tannenbaum, P. Jr, & Baker, D. B. Recapturing a context for psychology: The role of history. Perspectives in Psychological Science, 4, 97–98. Cooper, J. Psychology of science: Implicit and explicit processes (pp. New York, NY: Oxford University Press. Festinger, L. A theoretical interpretation of shifts in level of aspiration. Psychological Review, 49, 235–250.

The human legacy. New York, NY: Columbia University Press. Festinger, L. Riecken, H. W. Warnick, R. Warnick, J. E. Jones, V. K. An action-based model of cognitive dissonance processes. Current Directions in Psychological Science, 24, 184–189. doi: 10. Harmon-Jones, E. Mills, J. New York, NY: Wiley. Hsieh, H. F. Shannon, S. E. In D. Levine (Ed. Nebraska Symposium on Motivation, 1967 (pp. Lincoln, NE: University of Nebraska Press. Lane & Y. T. M. b). A Psicologia Social como ação transformadora. In Anais do I Encontro Brasileiro de Psicologia Social (pp. M. b). Uma análise do processo grupal. Cadernos PUC, São Paulo, 11, 95-107. Lane, S. São Paulo, SP: Brasiliense. Lane, S. T. M. b). M. Questões teóricas e metodológicas em Psicologia Social. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, 3(6), 21-31. Lane, S. T.

Lane, S. T. M. Histórico e fundamentos da Psicologia Comunitária no Brasil. In R. Bauru, SP: Universidade Estadual Paulista. Lane, S. T. M. a). Lane, S. T. M. Freitas, M. F. Accion y discurso. Problemas de psicología política en America Latina (pp. Caracas,Venezuela: EDUVEN. Martín-Baró, I. Sistema, grupo y poder. J. Constructing social psychology: Critical and creative processes. Cambridge, UK: Cambridge University Press. McGuire, W. J. McGuire, C. V. The content, structure and operation of thought systems. In R. S. Science, 159, 56–63. Milgram, S. Obedience to authority: An experimental view. New York, NY: Harper and Row. Osgood, C. E. Suci, G. J. Tannenbaum, P. H. D. Aronson, E. Carlsmith, K. The art of laboratory experimentation. In S. Attitudinal effects of mere exposure. Journal of Personality and Social Psychology, 9(2), 1–27.

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