Psicologia da educação

Tu vês, a gente aprende uma canção quando é pequena, mas é um conhecimento que a gente tem, o conhecimento se dá já na infância, os pais vão treinando. É, a gente não nasce sabendo. “Poderias explicar melhor esse treinamento de que falas?” Por exemplo, falar “pai”. Como é que tu aprendes? Ele vai lá, olha para ti e diz: “Pai!” [faz gestos imitando a atitude do pai]; então, isso é um treinamento. É o mesmo termo que a gente usa para animais. ” (risos) “Qual então a diferença entre o recém-nascido chimpanzé e o recém-nascido criança?” “Tá aí uma coisa interessante, dizem que o homem descende dos macacos, mas seria interessante ver qual é a carga genética do homem e do macaco; se eles foram submetidos ao mesmo estímulo, eles vão conseguir; pra mim até hoje esse negócio de o animal não falar seria pelas cordas vocais; ele não consegue.

” RESPOSTA 1: Na perspectiva do professor, sua fala abarca a ideia da teoria construtivista de Piaget, onde revela que o ser humano herda estruturas biológicas que delineiam, por exemplo, nossa capacidade de adaptação. De modo que, logo na infância exercemos essa capacidade por meio de habilidades como a curiosidade intelectual e a criatividade, e dessa maneira aprendemos e desenvolvemos (BATTISTI, 2017). Já no contexto do entendimento esboçado pela professora, nos faz lembrar, do caso real do menino Victor de Aveyron, que foi encontrado em uma floresta na França. Na ocasião o garoto aparentava ter por volta de 11 anos e parecia nunca ter tido qualquer contato com outro humano, tendo sobrevivido até então, junto a animais. Ao vermos essas pessoas podemos sempre perguntar-nos se há nelas algo que tenhamos perdido.

” (Michael Apted, diretor do filme, extraído de DUARTE, Catarina; RODRIGUES, Filipe. Nell. Disponível em: <http://www. educ. Nell. Disponívelem:http://www. educ. fc. ul. pdf>, p. RESPOSTA 2: Em ambos os casos, as propostas de educação trabalham na perspectiva sociointeracionista, que no entendimento de Vygotsky está relacionado ao nosso processo de desenvolvimento, por meio de interação e troca com o outro. RABELO e PASSOS, ?). Portanto, nos casos supracitados, a teoria se aplica uma vez que, se trata de duas pessoas que adquiriram modos de vida, a partir de sua relação com o meio no qual viviam e que posteriormente foram colocados em ambientes novos a fim de, ampliar seus repertórios comportamentais. Contudo, as propostas se diferem conceitualmente quando o entendimento sobre o garoto selvagem questiona a sua dificuldade de adaptação, conjecturando limitações cognitivas, intelectuais e biológicas inatas a ele, por não ter tido qualquer referencial de linguagem humana anteriormente.

Tirinha 1 Fonte:http://3. bp. blogspot. com/ssMBd5JK5xE/UAi7m2gfouI/AAAAAAAAMQk/bgH7Y1zrBbY/s1600/MAFALDA+CR%C3%8DTICA+ALFABETIZA%C3%87%C3%83O. jpg Tirinha 2 Fonte:http://4. De modo que, trabalhar a educação numa vertente excludente, limitada ou punitiva pode interferir negativamente no processo de aprendizagem. Portanto, na ótica da psicologia da educação, o trabalho do professor é o que mais concentra aspectos que propiciam o desenvolvimento e aprendizagem, assim ele deve ser o grande mediador, para tanto ele deve estar preparado para sua pratica, e assim agir de modo empático, construtivista e livre. A Psicologia da educação é uma área do conhecimento que se propõe a compreender e analisar o impacto dos processos educativos nas pessoas, em seus comportamentos, afetividades, cognição, dentre outros. Embasando-se nesse conceito, no que foi discutido na disciplina e nos textos lidos, analise o trecho abaixo e as imagens, produzindo um texto reflexo e crítico, de no mínimo 15 linhas, em que discuta sobre: a) como Piaget, Vygotsky e Wallon podem contribuir para a criação de projetos, atividades, propostas de educação formal e não formal que possibilitem a compreensão do bairro, da cidade, como produção geográfica, histórica, política, sociocultural, econômica etc.

b) Que conceitos discutidos e analisados por esses autores (Piaget, Vygotsky e Wallon), em suas teorias, possibilitam pensar o bairro/a cidade como lugares educadores?; c) de que modo o entendimento do bairro/da cidade como mais do que apenas um conjunto de estruturas físicas ou espaciais pode produzir processos de ensino-aprendizagem significativos para @s suas/seus habitantes? (9,0) “Na cidade, o espaço e a sua forma de organização não é vivenciada nem percebida da mesma maneira pelos indivíduos ou seus grupos sociais, pois cada pessoa vivencia o seu cotidiano de modo específico, possuindo uma diversidade de visões de mundo anteriormente elaboradas e representadas corporalmente através das suas ações no cotidiano. Segundo Ferreira e Acioly-Régnier (2010) a importância de Wallon consiste em sua percepção politica de uma educação justa e democrática, uma vez que sua teoria do desenvolvimento abarca a compreensão de que o sujeito de forma integral, onde a aprendizagem diz respeito a uma relação entre elementos afetivos, cognitivos, biológico e sociocultural.

Portanto, pensando que sociedade é construída por pessoas em relação com as outras e com o ambiente, e que este por sua vez, também é formulado pela capacidade interativa entre as pessoas que compõe este meio. Então, os entendimentos epistemológicos dos autores aqui abordados, abarca a compreensão de uma integralidade na construção da educação através do ambiente, uma vez que ele se desenvolve em consonância com a qual as pessoas também evoluem, embora cada um tenha sua subjetividade no contexto de características e traços de desenvolvimento. Assim a pluralidade se configura em essência, pela soma das singularidades. Que em ultima instancia, possibilitam ao outro aprender diante do esboço daquilo que lhe é desconhecido, permitindo assim uma possibilidade de aprendizagem.

pdf>. Acesso em: 8 ar n. Caso 2 Solicitação de intervenção psicopedagógica, feita pela coordenadora para o aluno A. um menino de 16 anos cursando o 2. º ano do Ensino Médio. Ele fala que as atividades são chatas. Geralmente prefere ficar na biblioteca no momento do recreio. “Acho que já leu a maioria dos livros de lá”. Demonstra ter um vasto conhecimento, inclusive, de conteúdos não abordados na sala. A professora acrescenta que ele tem acompanhamento terapêutico. A vista disso, nosso cérebro funciona de forma dinâmica. Logo, quanto mais ativos formos, em nossa relação com o mundo, maior será nossa capacidade de criatividade e de autonomia, uma vez que, “a interação da criança com este mundo que a rodeia permite que ela desenvolva sua imaginação e criatividade, na medida em que possibilita que ela formule perguntas, busque respostas, descubra e construa o conhecimento”.

CASTRO, 2006, p. De maneira que, aparentemente Marcos do caso 1 está limitado em sua capacidade cognitiva em função de algum elemento não identificado na avaliação, e que pode ter suas raízes em disfunções no desenvolvimento das fases cognitivas anteriores, como por exemplo, erros na aplicação do processo de ensino-aprendizagem na fase de alfabetização. Já no caso 2 “A” não apresenta qualquer comprometimento cognitivo, seu esquema comportamental prediz alguma desequilíbrio na sua adaptação em relação ao meio, uma vez que são recorrentes as estratégias de fuga e isolamento, assim, não parece haver conexão e equilíbrio em sua nova dinâmica social que promova motivação para interação social, o que poderá acarretar em última instância, em prejuízos no processo de aprendizagem.

com. br/2012/11/as-tirinhas-da-mafalda. html>. Acesso em: 8 jun. História 3 Disponível em: <http://educacaoepraxis. VYGOTSKY 1933/2006, p. apud DAVIS et al 2012, p. O modelo de ensino proposto na educação superior de licenciatura, que prepara docentes para atuação no processo de ensino e aprendizagem no Brasil, já tem em suas bases um modelo mais mecanicista do que propriamente interacionista. A forma como é exigido que alunos cumpram prazos para entrega de trabalhos e o modelo de avaliação é aquém de toda a formulação proposta pelo sócio-interacionismo de Vygotsky e a integração organismo e meio enfatizado por Wallon. Portanto, o que podemos concluir da questão entre professor e modelo de aprendizagem segundo Davis et al (2012) e de que cada pratica pedagógica deve ser pensada e repensada pelo próprio educador de modo, a orientar sua ação para produção de conhecimento articulada entre teoria e pratica, de maneira reflexiva, autônoma e colaborativa.

M. B. O desenvolvimento da criatividade e da autonomia na escola: o que dizem Piaget e Vygotsky. Revista Psicopedag. São Paulo, v. FERREIRA, A. L; ACIOLY-RÉGNIER, N. M. Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação. Educar, Curitiba n. B. O garoto selvagem: a importância das relações sociais e da educação no processo de desenvolvimento humano. PERSPECTIVA, Florianopólis, v. n. maio/ago 2012, p.