Projeto de TCC A SAÚDE MENTAL DOS ENFERMEIROS FRENTE À COVID-19

Diante disso, a partir dos resultados desse estudo, espera-se identificar estratégias e ações para minimizar os riscos à saúde desses profissionais que atuam na linha de frente nesse cenário pandêmico da atualidade. Palavras-chave: Saúde mental, Enfermeiros, Covid-19. • Ansiedade • Estresse • trabalho SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 6 2. OBJETIVOS 9 2. A enfermagem sempre teve uma grande responsabilidade frente ao seu trabalho, como as cobranças advindas do dia a dia da profissão, que lida diretamente com a saúde das pessoas. Apesar desses grandes desafios, a enfermagem é praticamente o coração de uma unidade hospitalar. Sendo assim, é importante destacar que o enfermeiro é o responsável por gerenciar toda a assistência aos pacientes e coordenar toda a equipe técnica de enfermagem de uma unidade, muitas vezes podendo até coordenar uma equipe multidisciplinar (DRESCH et al.

Nesse cenário pandêmico, as relações mais híbridas entre trabalho e a vida estão interligados campos sociais que antes eram separados. Atualmente, é mais comum que as pessoas misturem a sua vida pessoal com a sua vida profissional, e isso causa um grande impacto na vida do indivíduo, principalmente no caso dos profissionais da saúde. De acordo com a OMS (2020) em uma realidade de mais de 10 mil enfermeiros entrevistados, a maioria relatou ter medo de ficar com algum trauma psicológico, sendo que mais de 87% já sofriam com a síndrome burnout (SUMMIT SAUDE BRASIL, 2020). Diante dessa realidade, este estudo apresenta como problemática de pesquisa o seguinte questionamento: qual é a realidade da saúde mental dos Enfermeiros no contexto de pandemia de Covid-19? Em razão disso, justifica que este estudo busca investigar a realidade da saúde mental de Enfermeiros frente à pandemia de Covid-19, no sentido de identificar os principais problemas que acometeram e acometem esses profissionais nesse período pandêmico, e assim buscar estratégias para minimizar os riscos à saúde dessa população.

De modo geral, a literatura aponta que o impacto da pandemia afetou diretamente os profissionais da saúde, e nesse contexto existe a emergente necessidade de buscar-se estratégias para minimizar os problemas oriundos do desgaste físico e emocional ocasionados pelo enfrentamento à Covid-19 (TEIXEIRA et al. PEREIRA et al. LEONEL, 2021). Inicialmente, o vírus foi denominado 2019-nCov, que preocupou o mundo causando um aumento no número de casos de pessoas diagnosticadas com um tipo de pneumonia mais severa, com necessidade de internação (WIERSINGA et al. Segundo Silva (2020, p. o vírus compromete: Nos casos graves de COVID-19, ocorre ativação fulminante da coagulação e consumo dos fatores de coagulação, levando à coagulação intravascular disseminada. Os tecidos pulmonares e as células endoteliais inflamadas podem resultar na formação de microtrombos e contribuir para a alta incidência de complicações trombóticas, como a trombose venosa profunda, embolia pulmonar e complicações arteriais trombóticas (e.

g. Embora apenas aproximadamente um quarto dos pacientes infectados apresentem comorbidades, de 60% a 90% dos pacientes infectados hospitalizados apresenta alguma outra doença associada, sendo as mais frequentes: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, doença pulmonar crônica, doença renal crônica, câncer e doença hepática crônica. As possíveis complicações da COVID-19 incluem disfunção cardíaca, cerebral, pulmonar, hepática, renal e do sistema de coagulação. Entre os pacientes hospitalizados, 17% a 35% necessitará de tratamento em uma unidade de tratamento intensivo (UTI), usualmente pela insuficiência respiratória hipoxêmica. Dentre os pacientes em UTI com COVID-19, pelo menos três em cada dez necessitará de ventilação mecânica invasiva - mas pode chegar em até 91% dos pacientes sob cuidados intensivos (SILVA, 2020, p.

No Brasil, o primeiro caso surgiu no dia 26 de fevereiro de 2020, em São Paulo, tendo a primeira morte identificada no dia 12 de março do mesmo ano. De acordo com dados do Governo do Estado de Goiás, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, a realidade do vírus no estado vem em uma crescente desde o início da pandemia, conforme ilustrado na Figura 1. Figura 1 – Retrato da pandemia no estado de Goiás. Fonte: Covid Goiás (https://covidgoias. ufg. br/#/map). Para Teixeira et al. a realidade brasileira está longe de beneficiar aqueles que necessitam dos serviços de saúde, assim como de proteger os profissionais da área, que correm riscos diários diante do cenário de caos da saúde: O “SUS real”, com seus problemas crônicos, é o cenário em que se coloca o desafio do enfrentamento e o controle da pandemia do COVID-19 no Brasil, até porque o sistema privado, de assistência médica supletiva, cobre apenas cerca de 1/4 da população brasileira, basicamente com assistência médico-hospitalar, o que traz um problema adicional ao atendimento dos casos, na medida em que este sistema dispõe de mais de 2/3 dos leitos hospitalares no país.

Desse modo, em um contexto de extrema desigualdade social, que potencializa os riscos de disseminação e contaminação das populações de baixa-renda, que vivem em condições precárias nas periferias das grandes cidades brasileiras, cujos efeitos sobre as taxas de morbidade e letalidade já estão sendo anunciadas por várias pesquisadores que apontam a tragédia anunciada da pandemia de COVID-19 no país, o SUS e, especialmente, os aproximadamente 3,5 milhões de profissionais e trabalhadores de saúde que continuam atuando em cerca de 5 mil hospitais e centenas de milhares de unidades básicas de saúde espalhadas nos 5. municípios, constituem a chama “linha de frente” do enfrentamento da pandemia. Nessa tessitura, de acordo com dados de uma ampla pesquisa realizada pela Fiocruz (LEONEL, 2021, p.

De acordo com o Governo do Estado de Minas Gerais, o distanciamento social pode ser vertical ou horizontal, sendo o vertical quando “as medidas são voltadas apenas para o isolamento dos grupos de risco em suas residências”, e o horizontal quando as mais restritivas, voltadas para todos, onde existe a permissão de circulação para serviços pré-determinadas pelo poder público. Segundo a publicação: O distanciamento social horizontal pode ser feito de forma rígida ou flexível, dependendo da situação. A rígida estabelece apenas uma regra para todas as situações. Ela é feita quando não é possível controlar a transmissão em um local. Uma das formas mais rigorosas é o chamado lockdown, ou seja, bloqueio total da circulação. Segundo Pizzani et al.

a pesquisa bibliográfica se caracteriza por uma revisão de literatura que contempla as principais teorias e conceitos que norteiam um trabalho científico, e é realizada de forma específica e aprofundada, buscando a base fundamental para o todo de uma pesquisa.   Já as pesquisas exploratórias, tem como objetivo “desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”, assim como se caracteriza como a primeira fase de uma investigação mais ampla (GIL, 2008, p. Gil (2008) também define a pesquisa descritiva com o objetivo de descrever características de um fenômeno específico, de uma população específica, como também o estabelecimento de relações entre variáveis.   Para a coleta dos dados, será utilizada a plataforma Portal de Periódicos da CAPES, que se caracteriza como uma das mais importantes plataformas de pesquisa do país, pois reúne os mais importantes periódicos científicos indexados, possibilitando o acesso através da busca utilizando-se de descritores sobre a temática a ser estudada.

REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011. BRASIL. Câmara dos Deputados. Brasília, DF: 2021. Disponível em: https://covid. saude. gov. br/. gov. br/index. php/enfermagem/article/view/3675/1050. Acesso em: 15 de novembro de 2021. FIOCRUZ. Governo do Estado de Minas Gerais. ENTENDA A IMPORTÂNCIA DO DISTANCIAMENTO SOCIAL. BLOG CORONAVÍRUS, 2020. Disponível em: https://coronavirus. saude. Acesso em: 25 de novembro de 2021. ONU. Organização das Nações Unidas. Covid-19: OMS divulga guia com cuidados para saúde mental durante pandemia. ONU News: Perspectiva Global, 18 de março de 2020. PEREIRA, M. D. et al. The COVID-19 pandemic, social isolation, consequences on mental health and coping strategies: an integrative review. Research, Society and Development, 9(7): 1-35, e652974548. p. jul. dez, 2012. SILVA, R. S. Acesso em: 15 de novembro de 2021.

TEIXEIRA, C. F. S. et al.