PRODUÇÃO TEXTUAL A CONSTRUÇÃO DE UM PENSAMENTO DECOLONIAL SOBRE A HISTÓRIA E A CULTURA DA POPULAÇÃO NEGRA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Estatística

Documento 1

Após muitas lutas e sofrimento, a Lei nº 3. de 1888 declarou a abolição da escravatura, que libertava os ainda milhares de escravos do território brasileiro, esta foi uma importante vitória a favor dos direitos humanos, mas após a libertação dos escravos ainda havia a luta contra a cultura escravagista e discriminatória da população brasileira, cujas consequências perduram até hoje. O processo de descolonização está atrelado aos interesses europeus, a África e os africanos reagiram de várias formas ao colonialismo, desde a primeira o início do século XX, mesmo que essa reação nem sempre tivesse sido orientada por planos bem definidos ou por uma ideologia anticolonial. Essa oposição mudou no período posterior à Segunda Guerra Mundial, quando o colonialismo foi posto em questão na Ásia e em todo o continente africano, através de movimentos organizados que pressionaram as metrópoles e promoveram as independências em seus respectivos países.

Logo a presente discussão irá apresentar algumas das formas que os africanos se organizaram na luta contra as forças colonialistas, e a maneira pela qual promoveram a independência em seus respectivos países. Eles participavam dos conflitos travados pelo próprio continente africano, mas também eram deslocados para a Europa, onde atuaram não só como atiradores, mas também como parte da mão de obra necessária para a logística, como carregadores e reparadores de armas e munições. As guerras promovidas pelos Estados europeus provocaram uma mudança profunda no comportamento dos africanos. Elas alteraram a imagem do branco que até então, valendo-se da força armada e da manipulação ideológica, tinha construído uma imagem de superioridade racial e de um ser intocável.

A convocação dos africanos para integrar os exércitos europeus, mesmo que na condição de auxiliares, pôs em causa uma regra que até então tinha sido mantida, pois aos negros foi autorizado atirar e matar brancos. Além disso, ao conviverem com os brancos no front, os negros descobriram suas fraquezas, seus defeitos, enfim, reconheceram sua humanidade, que eram homens como quaisquer outros. As pressões e reinvindicações com vista ao estabelecimento de Estados independentes na África desembocaram, às vezes, em rebeliões armadas e conflitos sangrentos, e às vezes evoluíram para negociações com as autoridades metropolitanas. Alguns autores classificam esses dois processos como ‘independência conquistada’ e ‘independência concedida’. Com a distinção, procuram acentuar o quanto, no segundo caso, o processo de descolonização foi vigiado e controlado pelas metrópoles.

Através da negociação, elas procuraram minimizar os efeitos da ruptura e, noutros casos, manter inalterados os benefícios que usufruíram na fase de dominação direta. O início do processo de independência ocorreu na África mediterrânea. Juntamente com o trabalho, estes povos trouxeram sua religiosidade, linguagem, culinária, cultura e modo de vida, que foi sendo apropriado pela população que interagia com os escravos, mesmo que de forma involuntária. A luta pela liberdade foi uma constante, desde o primeiro momento, onde desembarcaram em território brasileiro, até mesmo após a promulgação da Lei Áurea. A cultura de exclusão social e discriminação foi tão enraizada na sociedade que perdura até os dias de hoje, mesmo o Brasil sendo um país formado por diversas etnias e culturas, o racismo ainda é visível em nosso meio.

REFERÊNCIAS GIL, Tiago Luís. História e Historiografia da Escravidão no Brasil.

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