PROCESSAMENTO DE PRODUTOS ODONTOLÓGICOS EM UNIDADES BASICAS DE SAUDE DE PORTO VELHO-RO

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Priscilla Perez S. Pereira Coorientadora: Daniela O. Pontes PORTO VELHO 2020 RESUMO O tema processamento de materiais odontológico ainda pouco explorado na literatura científica, porém de grande relevância quer seja para os profissionais da área quer seja para os pacientes por estes atendidos. Como medida de controle de infecções na odontologia inclui-se a qualidade do processamento e correto manejo de produtos odontológicos para saúde. A falta de conhecimento, o uso de métodos de processamento de produtos odontológicos inadequados ou sem controle, têm contribuído para o aumento de casos de infecções relacionadas à saúde (IRAS). A incidência de IRAS na odontologia 10 4. Processamento de produtos odontológicos 11 4. O papel do Cirurgião Dentista no processamento de produtos da saúde 12 5. MATERIAIS E MÉTODOS 14 5.

Tipo de estudo 14 5. Portanto, um profissional da área da saúde não pode se furtar a essa discussão. A presença de diferentes profissionais combinados à alta rotatividade de pacientes no consultório odontológico pode originar cadeias e rotas de contaminação e transmissão de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). As IRAS são definidas como qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente no hospital, ou outra unidade de assistência a saúde, podendo se manifestar durante a internação ou mesmo após a alta, desde que estejam associadas à internação ou a procedimentos clínicos. CECILIO, 2019) A incidência das IRAS é um problema de saúde mundial, diariamente 1 em cada 31 pacientes internados nas unidades de saúde dos Estados Unidos adquirem algum tipo de IRAS, além disso, em 2015 foram registradas 687 mil dessas infecções com país e aproximadamente 72 mil mortes decorrentes das mesmas (CDC, 2015).

Na União Européia estima-se que cerca de 4,5 milhões de casos de IRAS ocorra anualmente, resultando em 37 mil mortes (ECDC, 2008). Além disso, no mesmo ano o Ministério da Saúde divulgou a portaria nº 80 determinando a obrigatoriedade da licença sanitária para centros hospitalares de processamento de produtos (MADEIRA et al,2015). Décadas mais tarde o processamento de materiais passou a ser regulamentado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 15 de 2012, que dispõe sobre boas práticas para o processamento de produtos da saúde, isto é, traz exigências para os centros de materiais e esterilização, como sala exclusiva para desinfecção e proibição da utilização de estufa como método de esterilização para os produtos da saúde (BRASIL, 2012). Entretanto, estão excluídos da RDC 15 o processamento de produtos da saúde realizados em consultórios odontológicos e consultórios individualizados não vinculados a serviços de saúde, por isso há discrepância nas exigências da vigilância sanitária em relação a Odontologia (DONATELLI, 2015).

Em 2004, surge a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), cujo objetivo era ampliar e garantir atenção odontológica a toda a população, ampliando o campo de do odontólogo na Atenção Primária a Saúde (APS). Este é o primeiro nível de atenção aos usuários e é previsto um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo. A atenção básica e/ou primária é uma espécie de filtro com a capacidade de mostrar as diretrizes a serem tomadas a partir dela (SILVA, 2016). Portanto, torna-se estratégico analisar o processamento de produtos da saúde como forma de garantir a segurança do paciente desde os níveis básicos de atendimento. Segundo a Secretária de Saúde de Porto Velho, no ano de 2018 foram realizados mais de 180 mil procedimentos odontológicos nas UBS da zona urbana da cidade, nesse contexto acredita-se que o presente trabalho irá auxiliar o Sistema de saúde local a reconhecer as falhas durante o processe e desta forma assegurar a melhoria do processamento dos produtos da saúde no município, e assim, salvaguardar todos os pacientes atendidos nessas unidades.

Além disso, o presente estudo pode favorecer outras análises locais com realidade semelhante a do município de Porto Velho-RO. REFERENCIAL TEÓRICO 4. Os casos foram confirmados laboratorialmente pela cultura e isolamento do agente infeccioso, a bactéria Mycobacterium abcessus. Neste contexto, Hackneyet al. afirmam que a proteção da população contra agentes infecciosos é um desafio interminável para o dentista. Os autores realizaram um estudo na Universidade da Carolina do Norte nos Estados Unidos da América, com o intuito de avaliar a eficácia do controle de infecção nos procedimentos odontológicos. Foram selecionadas 47 amostras aleatórias de pacientes utilizando Estreptococos Viridanscomo como indicadores biológicos de contaminação e detectaram esses agentes infecciosos nas superfícies operatórias, mesmo após essas serem submetidas a processos de desinfecção.

Essa etapa engloba tanto a remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas das superfícies e equipamentos odontológicos, e pode ser manual ou mecânica, sendo a limpeza mecânica normalmente realizada por meios térmicos e químicos como as lavadoras ultrassônicas e termodesinfectadoras (PAUROSI, 2014). Em relação à limpeza das superfícies com as quais os profissionais da odontologia tiveram contato devem ser descontaminada com álcool 70% por dez minutos, hipoclorito á 1%, já quanto à limpeza de paredes e pisos, recomenda-se o uso de água e sabão (BRASIL, 2006). Após a limpeza, os materiais podem passar por esterilização ou descontaminação. A esterilização é entendida como um processo de destruição de toda a forma de vida microbiana, inclusive esporos, submetido à aplicação de agentes físicos e químicos (GALICIOLI, 2016).

Segundo a RDC nº 15 de 2012 todo o processamento de materiais para a esterilização deve ser sistemático e documentado (BRASIL, 2012). Tipo de estudo Será realizado uma pesquisa transversal com abordagem quanti-qualitativa para avaliar o padrão de conformidades do processamento de produtos odontológicos em todas as unidades de saúde urbanas do município a ser estudado, tornando possível identificar as deficiências e a aptidões desta atividade. As abordagens quantitativas se atem na objetividade. Considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno (FONSECA, 2002). Já os estudos descritivos, descrevem as características de uma determinada população ou fenômeno, uma das características está na utilização de “técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.

Segundo a secretária de Saúde de Porto Velho a rede de atendimento odontológico da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), realizados mais de 180 mil procedimentos odontológicos entre os meses de Janeiro e Dezembro de 2018. No que se refere às UBS, o plano municipal de saúde (2018) descreve que o município conta atualmente com 38 Unidades de Saúde, sendo destas 19 na zona rural e 19 na zona urbana, essas últimas compõe os objetos de estudo do presente trabalho e serão listadas no quadro a seguir. Quadro 1- Unidades Básicas de Saúde Unidades Endereço Unidade de Saúde da Família Agenor de Carvalho Rua 10, s/n –Bairro Agenor de Carvalho Unidade de Saúde da Família Aponiã Rua: Andreia nº. bairroAponia Unidade de Saúde da Família Caladinho Rua: Tancredo Neves, 4752 – Bairro: Caladinho, Unidade de Saúde da Família Ernandes Índio Avenida: Mamoré c/ Vieira Caúla, Unidade de Saúde da Família Hamilton RaulinoGondin Rua: José Amador dos Reis, s/n – Bairro T.

Neves Unidade de Saúde da Família José Adelino da Silva Rua: Ari Macedo,56 – Bairro Ulisses Guimarães Unidade de Saúde da Família José Adelino da Silva Rua Angico com Aroeira, 858 – Bairro: J. Objetivando conhecer o tempo necessário para as visitas nas unidades será utilizado a função “cronometro” de um Smartphone modelo Iphone 6s da marca Apple. Instrumento de coleta Ao que se refere à coleta de dados será utilizado indicadores (Anexo A) pautado no modelo de Doabedian que enaltece os três níveis de organização: estrutura, processo e resultado. A partir de entrevista com os responsáveis pelo processamento de artigos nas unidades, da observação não participante (inspeção) e da leitura de registros presente nas unidades todos indicadores serão completados através de alternativas de resposta: Atende (A) quando possuir o indicador avaliado ou substituto com função similar, Não atende (NA) quando não apresentar o avaliado nem substituto similar e Indisponível (IN) quando não apresenta o item sob avaliação.

Os critérios de avaliação e de resposta estão listados junto aos indicadores no anexo A. Para a avaliação do nível estrutura de cada UBS serão preenchidos os seguinte indicadores: Indicador de avaliação dos recursos técnicos operacionais para limpeza de produtos da saúde (L. Para que um produto de saúde contenha sujidade será considerada a presença de tecidos corpóreos, sangue e fluídos, material estranho (como, por exemplo, restos de materiais cirúrgicos) ou material desconhecido que esteja visivelmente sobre os produtos, pontos de oxidação não serão considerados. Inicialmente está previsto uma visita por unidade para a análise do processamento, porém não se anula a possibilidade de aumentar esse número conforme necessidade. Análise de Dados Em priori, os dados serão armazenados no software Microsoft Excel para serem avaliados e convertidos em porcentagens para posteriormente serem apresentados em forma de tabela.

Para análise dos indicadores será utilizado às fórmulas de resultado disponibilizadas por Roseira (2016), como índice dos mesmos. Para o diagnóstico do nível de estrutura e processo teremos: Para o diagnóstico da conformidade de resultados as equações irão variar de acordo com o parâmetro analisado. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. HAGE, C. D. A. NASCIMENTO, L. S. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, de 15 de Março de 2012. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, RE Nº 2. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, de 11 de Agosto de 2006. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, Serviços Odontológicos Prevenção e Controle de Riscos. Anvisa, 1 ed.

Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Medicina. Botucatu, SP. Dissertação. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION.  p.   DONATELLI, L. A RDC 15 inclui a Odontologia ou não?. Cristófoli Biossegurança, 2018. Disponível em: < https://www. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. GALICIOLI, S. M. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, p. HACKNEY RW JR, CRAWFORD JJ, & TULIS JJ. Using a biological indicator to detect potential sources of cross-contamination in the dental operatory. J Am Dent Assoc; 129: p.  n°.  Rio de Janeiro. MADEIRA, M. Z. SANTOS, A. G. BARBOSA, A. P. BARBOSA, W. F. GARBIN, A. J. I. MARTINS, R. J. S. Orientação sobre as normas de biossegurança da vigilância sanitária na prática odontológica, como forma de evitar riscos à saúde do profissional, do paciente e da comunidade.

In Congresso de extensão universitária da UNESP, 2015. Universidade Estadual Paulista (UNESP). OLIVEIRA, D. Disponível em <http://www2. ifrn. edu. br/ojs/> Acesso em 05 de Abril de 2020. PADOVEZE, M. n. PAUROSI, D. R. ASCARI, R. A. Disponível em <https://www. cdc. gov/mmwr/volumes/65/wr/mm6513a5. htm?s_cid=mm6513a5_w#suggestedcitation> Acessado em 16 de março de 2020. PEREIRA, M. A. R. OLIVEIRA, S. C. RAMOS, J. FIGUEIREDO, C. H. FILHO, A. A. ALMEIDA, M. ROSEIRA C. E. SILVA D. M. PASSOS I. Rev. Latino-Am. Enfermagem. SOUZA, E. S. PIERI, F. M. DESSUNTI, E. M. KERBAUY G. ANEXOS ANEXO A- Planilha Para Avaliação Da Conformidade Do Processamento Para Saúde Adaptados Para A Atenção Primária À Saúde – Instrumento Utilizado Para Coleta De Dados.

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