Princípios e Métodos em gestão educacional: administração e supervisão

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

 A supervisão está relacionada à visão panorâmica de alguma coisa que, no nosso caso, são as ações promovidas no contexto educacional. Nesse contexto, supervisor é o profissional que pratica a supervisão. A sua função é ficar sempre atento a todos os acontecimentos da escola, seja no âmbito pedagógico ou administrativo. Segundo informa Giancaterino (apud Lagar et al. p. Em análise do contexto acima, o que se conclui é que “a aparente neutralidade escondia as forças que buscavam enfraquecer a participação social. O papel do supervisor concentrava-se nos aspectos tecnoburocráticos educacionais”. Lagar et al. p. O supervisor, de acordo com essa visão tecnicista, desempenhava o papel de controlar a execução das tarefas, respectivamente ligadas aos devidos profissionais competentes. Nesse sentido, o supervisor transcende a função meramente de inspeção e passa a coordenar o trabalho pedagógico.

Nesse novo cenário ele torna-se um parceiro do docente, com vistas na conclusão de uma aprendizagem real, significativa. Isso significa que essa é a atual prática dos supervisores nas escolas? Receio que não, pelo menos na grande maioria. O grande problema da educação brasileira é esse distanciamento entre teoria e prática. Enquanto os costumes insistirem em arquivar as teorias revolucionárias e fazer prevalecer as práticas defasadas, continuaremos rumando ao insucesso. Em 1986 surgiu um livro que se tornou clássico no âmbito da Administração Escolar, na visão marxista, em que o autor argumenta que “a administração pode ser vista, tanto na teoria como na prática, como dois amplos campos que se interpenetram: a “racionalização do trabalho” e a “coordenação do esforço humano coletivo”.

Paro, 1986). Paro empenha-se em compreender a administração em geral, comum a todo tipo de estrutura social, e a administração geral, forma concreta da administração historicamente determinada pelas relações econômicas, políticas, sociais, que se verificam sob o modo de produção capitalista. Daí destaca seu caráter instrumental e, como tal, aplicável a uma visão de administração escolar voltada para a transformação social. Em face dessa variedade de entendimentos, adotamos, para este balanço crítico, a expressão organização e gestão, em que organização é compreendida como unidade social que reúne pessoas que interagem entre si e que opera por meio de estruturas e processos organizativos próprios, para se alcançar os objetivos da instituição e gestão, o processo de tomada de decisões e a direção e controle dessas decisões2.

Pérez Gómez, 1999, p. São razões, a nosso ver, bastante fortes para postular dos legisladores, dos planejadores e gestores e dos intelectuais, que coloquem como critério de eficácia das políticas, diretrizes e normas legais, a qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens, colocando os elementos pedagógico-didáticos como foco central das formas de organização e gestão escolar e do projeto pedagógico, já que escolas existem para que os alunos aprendam solidamente os conceitos, desenvolvam o seu pensamento e seus processos de raciocínio, habilitando-os a atuar de modo transformador na vida social, cultura, profissional. Não seria sensato desconhecer a potencialidade teórica e prática de muitas inovações levadas a efeito nos sistemas de ensino, na pesquisa e nas escolas.

Entretanto, embora reconhecendo a variedade de olhares com que se vê hoje a escolarização obrigatória, é necessário saber se os objetivos práticas escolares que propõem concorrem, efetivamente, para objetivos democráticos para a maioria da população. Se, no entanto, se acredita na educação escolar como direito social universal, se se acredita no desenvolvimento da capacidade de pensar como requisito para a participação social, se se aceita que sem conteúdos científicos e culturais não se promove o desenvolvimento mental, então há que se apostar numa “escolaridade igual para sujeitos diferentes, em uma escola comum”, assim definida por Gimeno Sacristán: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Nilda. BRASIL. Ministério da Educação. UNESCO. Plano Decenal de Educação para Todos. Brasília, 1996.

Profesores y escuela – Hacia una reconversión de los centros y la función docente? Madrid: Ediciones Pedagógicas, 1994. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura – As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. FREITAS, Luís C. Madrid: Morata, 2000. LIBÂNEO, José Carlos. Formação de professores e nova qualidade educacional. In: Revista Educativa, Goiânia, v. jan. LOPES, Alice C. e MACEDO, Elisabeth (orgs. Currículo: debates contemporâneos. São Paulo: Cortez, 2003. LUCK, Heloísa et al.

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