Principais indicações terapêuticas de fármacos anabolizantes dispensados em uma drogaria

O consumo de esteroides anabolizantes é recomendado por especialistas para indivíduos que apresentam uma queda na produção de testosterona, como uma resposta do organismo ao processo de envelhecimento. Por outro lado, fármacos anabolizantes foram desenvolvidos nos últimos anos com a finalidade de se aprimorar a estética corporal e o rendimento esportivo (IRIART; ANDRADE, 2002; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). O uso de substâncias conhecidas como anabolizantes compreende uma prática bastante comum na população contemporânea, sobretudo por indivíduos que buscam um aperfeiçoamento da estética muscular corporal. Sendo assim, trata-se de uma prática em ascensão por atletas e praticantes de atividade física. A relativa facilidade de obtenção de alguns produtos, especialmente em academias e drogarias, contribuiu para uma parcela ainda mais acentuada de consumo de anabolizantes nas últimas décadas, inclusive no Brasil (BAHRKE et al.

IRIART; ANDRADE, 2002). Tal medida é fundamental para garantir o consumo de produtos que apresentem uma validação clínica, visto que foram previamente testados e aprovados por órgãos de fiscalização responsáveis. Além disso, um número substancial de falsificação de fármacos anabolizantes tem sido reportado, os quais podem acarretar prejuízos indesejáveis à saúde da população (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2020). Assim, o profissional farmacêutico também pode contribuir para a orientação dos produtos que apresentem validação clínica e, portanto, minimizem os riscos à saúde dos consumidores (MORAES et al. De acordo com Moraes e colaboradores (2012), erros de prescrição e dispensação de anabolizantes são bastante comuns no Brasil e podem resultar em prejuízos bastante devastadores à saúde da população.

Tratam-se de fármacos baseados na atuação do hormônio testosterona, o qual é responsável pela manifestação de determinadas características físicas e fisiológicas, sobretudo com relação a aspectos masculinos (ALMEIDA et al. IRIART; ANDRADE, 2002; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). A população contemporânea é caracterizada pela busca cada vez mais intensa de padrões estéticos de beleza, muitas vezes inatingíveis por recursos e meios naturais. Sendo assim, a procura por alternativas que proporcionem um corpo escultural, em um curto prazo, é bastante evidente nos tempos atuais, este contexto, o consumo de fármacos anabolizantes se mostra uma prática comum dentre praticantes de atividades físicas, especialmente por indivíduos jovens (IRIART; ANDRADE, 2002; IRIART et al. NA busca por taxas maiores de autoestima e percepção de aceitação pessoal também contribuem enormemente para uma maior adesão ao consumo de anabolizantes por jovens em todo o mundo.

Em alguns casos, a falência hepática pode ser evidenciada, em conjunto com uma considerável morbilidade funcional (ALMEIDA, 2010; BRINQUINHO et al. KAFROUNI et al. Similarmente, casos de danos renais também foram reportados, em decorrência do uso indiscriminado de anabolizantes. Efeitos psicossociais também foram relacionados ao uso de anabolizantes, sobretudo com relação à cafeína e bolderona. Casos de ansiedade, por exemplo, podem ser, portanto, potencializados pelo consumo indiscriminado de anabolizantes (FERNANDES, 2017). A automedicação, por conseguinte, compreende um dos maiores entraves relacionados ao uso de fármacos anabolizantes em todo o mundo. Uma divulgação mais ampla dos riscos relacionados ao uso indiscriminado dessas substâncias, sobretudo a longo prazo, é considerada uma medida primordial para o fortalecimento da temática no Brasil (ALMEIDA, 2010). Almeida (2010) inclusive ponderou que a quantidade de potenciais efeitos colaterais se mostra mais acentuado que a obtenção de resultados estéticos desejados, em que o uso de determinados produtos pode ser, assim, considerado questionável.

Isso é ainda mais notório ao se avaliar casos de mortalidade relacionados ao consumo de alguns esteroides anabolizantes. Portanto, a avaliação acerca da qualidade do produto é indispensável para a obtenção de resultados benéficos à saúde (ALMEIDA, 2010; MORAES et al. Desse modo, observa-se que no Brasil ainda há uma resistência profissional e popular na condução e seguimento das legislações vigentes, o que pode resultar em danos irreparáveis à qualidade de expectativa de vida de indivíduos que consomem fármacos não registrados e desprovidos de validação clínica (MORAES et al. Portanto, o conhecimento e análise dos produtos anabolizantes mais consumidos pela população brasileira pode contribuir para a implementação de estratégias preventivas mais eficazes sobre a atenuação de danos colaterais relacionados.

Ao mesmo tempo, será possível sugerir-se os produtos mais adequados ao perfil e expectativas de cada indivíduo (MORAES et al. REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa apreende anabolizantes falsificados. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. n. p. outubro/dezembro 2010. ALMEIDA, Mariana Mendes de; SILVA, Angelita Cristina; Carneiro-Júnior, Miguel Araújo. out. BRINQUINHO, Mônica; SOUSA, Ana Andresa; RESENDE, Janine; VALENTE, João. Hepatotoxicidade associada ao uso de esteroides anabolizantes. Galicia Clin. v. Culto ao corpo e uso de anabolizantes entre praticantes de musculação. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. n. p. p. mai. Harmer, P. A. Anabolic-androgenic steroid use among young male and female athletes: is the game to blame? Br J Sports Med. set. MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Anabolizantes. Disponível em: <https://bvsms. saude. Rev. Psiq. Clín. v. n. p. sep 1 1996.