Prevenção do Pé Diabético

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Biomedicina

Documento 1

Também conhecido por suas complicações, no qual comprometem a produtividade do seu portador, a sua qualidade de vida e influencia na sobrevida dos indivíduos (BRASIL, 1993). A neuropatia periférica sensorial e motora é a de maior impacto, pois, juntamente com a doença vascular periférica, propicia o aparecimento do “pé diabético”, que é uma complicação mutilante, recorrente, onerosa para o indivíduo e para o sistema de saúde e também de manuseio clínico cirúrgico complexo (BRASIL, 2001). Pé diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos. Essa complicação tem características fisiopatológicas multifacetadas, decorrente da combinação da neuropatia sensitivo-motora e autonômica periférica crônica, associada à doença vascular periférica e com as alterações biomecânicas que conduzem à pressão plantar anormal (KOZAK, 1996).

Dados epidemiológicos indicam que o pé diabético é responsável por 50% a 70% das amputações não traumáticas em membros inferiores e 15 vezes mais frequentes entre os diabéticos, concorrendo com 50% das internações hospitalares (BRASIL, 2006). Bem como descrever algumas estratégias para avaliação desses fatores. METODOLOGIA O estudo é um levantamento bibliográfico de caráter descritivo exploratório, com abordagem qualitativa. A pesquisa exploratória tem o objetivo de caracterizar inicialmente o problema, classificando e definindo, onde irá proporcionar maior familiaridade com o problema exposto referente ao tema. A sua abordagem é qualitativa, pois se trata de uma pesquisa descritiva, onde as informações não podem ser quantificáveis. Foram utilizadas base de dados como o SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS), dentre outras literaturas clássicas, todas com relevância ao tema escolhido para pesquisa.

Já o diabetes gestacional é a modificação das taxas de açúcar no sangue que é identificado pela primeira vez durante o periodo gestacional, podendo desaparecer ou não após o nascimento do bebê (OPPERMANN, 2006; SMELTZER, 2009). O DM tipo 2 se tornou um grande problema de saúde pública, e que acomete tanto os países desenvolvidos como os em desenvolvimento, sendo considerada uma das maiores epidemias desse século e que as taxas crescentes dessa patologia estão agregadas a hábitos alimentares inadequados e ao sedentarismo. Sendo assim, o número de pessoas com diabetes está aumentando em consequência do envelhecimento e crescimento da população, do sedentarismo, da crescente urbanização e do aumento da prevalência de obesidade (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2006). Neste sentido, percebe-se que a medida que o mundo passa por um processo de desenvolvimento tornando-se mais urbanizado, tem como consequência a mudança no estilo de vida, alimentação menos saudável que desencadeia o aumento do peso corporal e desenvolvimento de doenças como o Diabetes Mellitus.

Segundo Brasil (2006), o número de portadores de DM no mundo chegava há 177 milhões no ano de 2000, com a probabilidade de alcançar 350 milhões de indivíduos em 2025, representando a 5º causa de óbito, ou seja, o DM é uma doença de grande prevalência em todo o mundo, independente de condição social, etnia, sexo, idade, raça e cor. Além disso, já há estudos que trazem indícios que quando há excesso de insulina, esta estimula a proliferação de células musculares lisas e endoteliais, em consequência da ação desse hormônio sobre os receptores dos fatores de crescimento podendo desencadear o processo da aterosclerose, assim como, a hipertensão devido uma retenção de sódio pelos túbulos renais. NEUROPATIAS DIABÉTICAS A neuropatia Diabética (ND) leva a perda de sensibilidade sendo a complicação mais frequente nos pacientes portadores de Diabetes Mellitus, afetando o sistema nervoso periférico, sensitivo e motor, podendo ser de maneira generalizada ou isolada (BRASIL, 2006).

Segundo Hess (2002), ocorrem danos em alguns componentes no sistema nervoso sensorial, devido a ND que pode levar a perda ou alterações da sensibilidade, por isso o paciente não tem consciência das lesões que sofre, descobrindo-as somente quando é feito uma avaliação visual. Salientam ainda que, a neuropatia motora poderá causar deformidades nos pés, devido à atrofia de alguns músculos, levando a alterações anatômicas como o pé em garra, que leva ao aumento da pressão e força do atrito por não se acomodarem em calçados normais, dificultando assim a mobilidade do paciente. A Neuropatia autonômica causa a diminuição da sudorese, resultando em uma pele fina e ressecada havendo mais probabilidade de romper, há também um diminuição no fluxo sanguíneo no pé, tendo como consequência a osteopeia (diminuição da massa óssea) que vai desencadear a fratura dos ossos do tarço (IPONEMA; COSTA, 2007).

Caiafa et al. dizem que, o Pé Diabético é a denominação dada a alterações no sistema nervoso periférico de forma isolada ou em conjunto dos membros inferiores dos portadores de diabetes. Caracteriza-se por modificações ortopédicas, vasculares, infecciosas ou no sistema nervoso. De acordo com Dallilus (2007), a combinação dos efeitos da isquemia, infecção e neuropatias variam entre cada individuo, causando gangrena, deformidades, úlceras e infecções resultando no pé diabético. Essas complicações surgem a partir da duração e falta de controle da Doença. ESTRATÉGIAS PARA PREVENÇÃO Pitta et al. ressaltam a importância de um acompanhamento do paciente diabético mais rigoroso nas unidades de saúde, através da educação em saúde. No sentido de aumentar a prevenção, para evitar que os pacientes cheguem aos hospitais em um estágio, em que a amputação seja a única indicação.

Nota-se que o Diabetes Mellitus por se tratar de uma enfermidade crônica e não ter cura, é essencial que se faça um tratamento acompanhado por uma equipe de saúde multidisciplinar promovendo estratégias de controle do diabetes, evitando complicações como a amputação e ajudando ao individuo e ter uma boa qualidade de vida. Nesse sentido é importante estratégias de educação em saúde, onde visa disseminar conceitos de educação e de saúde, deve ser feito uma troca de informações em saúde, além disso é de fundamental importância o uso da ferramenta promoção em saúde que necessita de uma combinação de apoios educacionais e ambientais que objetiva atingir ações e condições de vida condizentes a saúde, sendo importante além da transmisão de informações, a educação e escuta qualificada (MACENO et al, 2013).

Dessa forma cabe aos profissionais de saúde estar atentos, identificando os possíveis pacientes com risco e planejando intervenções individualizadas para promover o controle da patologia. Sendo assim a educação constitui um conjunto de práticas e saberes que conduz a prevenção de doenças e a promoção da saúde. A educação em saúde é uma ferramenta importante influenciando de forma positiva na mudança de comportamento, hábitos de vida e na aderência ao tratamento, essas ações devem ser caminhos propulsores dos programas de assistência a pacientes com diabetes nas redes de serviço de saúde. REFERÊNCIAS BRAGANÇA, C. M. p. CARDOSO, H. Insulino resistência e obesidade. In: Grupo de Estudo da Insulino-Resistesncia da sociedade Portuguesa de endocrinologia Diabestes e metabolismo.

Manual Sobre Insulino-Resistecia. php?pid=S1677-54492011000600001&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em: 10 abr. CONSON, I. C de O; NEY-OLIVEIRA, F; ADAN, L. F. S. GARDNER, D. F. Endocrinologia Básica e Clínica. ed. Rio de janeiro: Reichmann, 2002. p. IPONEMA, E. C. COSTA, M. B. Orgs. Feridas: fundamentos e atualizações em enfermagem. São Caetano do Sul: Yendis, 2007. p. F. da C. et al. Conhecimento e Práticas dos Diabéticos acerca das Medidas Preventivas para lesões de Membros Inferiores. Revista Baiana de Saúde Pública, João Pessoa, v. R. REICHELT, A. J. SCHMIDT, M. I. ed. Porto alegre: Artmed, 2006. p. PITTA, G. B. pdf> acesso em: 26 mar 2012.  ROCHA, Roseanne Montargil; ZANETTI, Maria Lúcia; SANTOS, Manoel Antônio dos. Comportamento e conhecimento: fundamentos para prevenção do pé diabético.

 Acta Paul Enferemagem, São Paulo, v. n. SMELTZER, S. C. et. al. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgico. org. br/diabetes-tipo-2>. Acesso em: 29 out 2012 ______. São 12 milhões de diabéticos no Brasil. Disponível em: <http://www. Disponível em:<http://www. diabetes. org. br/attachments/diretrizes09_final. pdf>.

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