Posições Melaine Klein

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Klein, partiu do âmbito fisiológico da teoria freudiana, aprofundando-se na dimensão psicológica, com o objetivo de estudar a mente, isto é, suas fantasias, medos, angústias e etc, das crianças de pouca idade (OLIVEIRA, M. P. Seu primeiro desafio foi elaborar uma técnica de análise que tornasse possível acessar o inconsciente da criança, já que não se podia esperar que esta conseguisse se expressar verbalmente como um adulto o faz. Assim, elaborou a análise por meio de brincadeiras, utilizava atividades lúdicas para interpretar as manifestações do inconsciente da criança, expressas, obviamente, de forma simbólica. É importante citar que Klein diverge do pai da psicanálise sobre a importância fundamental atribuída à sexualidade, pois na proporção em que coloca a agressividade, inerente a criança, como centro de sua teoria, ao invés da vida sexual, pode–se influir que ela expandiu o freudismo ao estudar estes sentimentos inatos ao dedicar-se nos fenômenos psicóticos, que foram escassamente estudados por Freud (Riviere, 1986a).

A Introjeção e projeção também são usadas desde o inicio da vida servindo a esse objetivo primário cego. A introjeção do objeto bom também é usada pelo ego como uma defesa contra a ansiedade (KLEIN, M. p. Ao considerar esta posição, é possível se entender o psicótico, pois o ego utiliza a cisão como mecanismo de defesa para lidar com suas ansiedades, procurando espalhar seus impulsos de destruição (ROSSONI, S. Assim, o processo de cisão vem para colocar em ordem o que previamente estava embaralhado. Essa cisão culmina em separar amor e ódio. A relação com o primeiro objeto significa sua introjeção e projeção e devido a isso, desde o inicio as relações de objeto são moldadas por uma interação, entre introjeção e projeção, e entre objetos e situações internas e externas.

Esses processos fazem parte da estruturação do ego e do superego, preparando o terreno para o aparecimento do complexo de Édipo, após os seis meses de idade (KLEIN, M. Desta maneira, desde o principio, o impulso destrutivo é contra o objeto e primeiro se comunica em fantasias de ataques contra o corpo materno. Os medos persecutórios derivados dos impulsos sádico-orais do bebê, de assaltar o corpo materno e retirar seus conteúdos bons, são de grande importância para o desenvolvimento da paranoia e esquizofrenia (KLEIN, M. Segundo isso, a introjeção se refere ao mecanismo primitivo do bebê de introjetar todos os objetos, como o seio materno, seguido pelo polegar, por brinquedos, etc. A este seio é concedido poderes sobrenaturais de onipotência tanto para o bem quanto para o mal, sendo capaz de uma gratificação ou de uma frustração infinita, ou seja, quando o seio é tido como gratificador, todos os sentimentos bons são relacionados a ele, em contra partida quando é visto como mau, associa-se todos os sentimentos destrutivos.

Já a projeção se origina nas identificações projetivas que a criança de pouca idade tem em suas fantasias. Ela ainda não concebeu a diferenciação entre o seu corpo e o corpo de sua mãe, assim acredita que este é um prolongamento dela mesma. A genitora passa a ser, desta forma, a representante da própria criança, o que justifica que falemos em uma identificação projetiva (OLIVEIRA, M. Assim, na constituição do sujeito, surge na mente do bebê um medo de perseguição externa e interna por parte dos pais, resultante dos ataques agressivos realizados, previamente, em fantasia (Klein, 1948). Este medo constitui a parte cruel do superego, incitando ansiedade. A criança tenta superá-lo de uma forma maníaca, onipotente, no enfrentamento à urgência da posição depressiva.

Para tanto, faz uso das fantasias maníacas, estas, que intuem controlar os objetos, como o seio, os pais e até os excrementos da criança. Estas fantasias surgem com todos os aspectos de onipotência do próprio distúrbio maníaco (OLIVEIRA, M. Acesso em 31 ago. Leader, D. Fantasia em Klein e Lacan. In B. Burgoyne & M. Rio de Janeiro: Zahar. Klein, M.  Our adult word and other essays. London: Medical Books. Klein, M. Isaacs, S. A Natureza e a função da fantasia. In M. Klein (Org.  Os progressos da psicanálise. Klein, Contributions to psycho–analysis. London: Hogart Press. Klein, M. The early development of conscience in the child. In M. org/ scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1679-432X2007000200005>. Acesso em: 02 set. PSICOARTIGOS. Melaine Klein.

Acesso em: 01 set. Heimann, P. Certas funções da introjeção e da projeção no início da infância. In M. Klein (Org. Segal, H. Introdução à obra de Melanie Klein. São Paulo: Nacional.

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