Portfólio OS SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Bovinocultura de corte 20 6 CRONOGRAMA 22 CONCLUSÃO 24 REFERÊNCIAS 25 1 INTRODUÇÃO Os sistemas agrossilvipastoris são representados por consórcios de animais com cultivos agrícolas e árvores ou arbustos, em uma mesma área, de forma simultânea ou ao longo do tempo. A característica que mais se sobressai nestes sistemas, além das árvores, é a presença de animais e de forragem necessária para sua alimentação. O que os difere dos sistemas silvipastoris é a presença dos cultivos agrícolas (MONTAGNINI et al. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma proposta para implementação de um sistema agrossilvipastoril, em um situação-exemplo estabelecida, onde um determinado produtor busca alternativas para atingir o uso de sua terra e diversificar as atividades agrícolas desenvolvidas por ele; considerando, ainda, que sua área agricultável se encontra ocupada por pastagens em estado de degradação, que não atendem às necessidades do rebanho.

O produtor deseja, portanto, manter e qualificar a bovinocultura de corte, por meio da recuperação da capacidade produtiva das pastagens; proporcionar maior conforto ambiental aos animais através do consórcio do pasto com produção florestal; e, ainda, consorciar a produção agrícola. Tal prática pode conferir benefícios ao ambiente quando comparadas às pastagens tradicionais, sem a presença de árvores, assim como a conservação do solo e dos recursos hídricos, promoção da fixação de carbono e aumento da biodiversidade. As vantagens destes sistemas em relação aos sistemas convencionais são: Segundo Santos et al. quando implantados e manejados de maneira correta proporcionam melhor conforto térmico para os animais. Segundo Olivares e Caro (1998), aumentam o ganho de peso dos animais.

Além disso, segundo Martins et al. No capítulo 4 faz-se a justificativa para o modelo proposto. No capítulo 5, discorre-se sobre as etapas de implementação. No capítulo 6, esboça-se um cronograma para implementação. E no capítulo 7 há a conclusão do assunto. OBJETIVOS Com a proposta de implementação do sistema agrossilvipastoril apresentada, deseja-se obter os seguintes objetivos: • Reformar as pastagens degradadas, visando atender as necessidades do gado; • Implementar cultura silvícola para produção de madeira e para proporcionar maior conforto ambiental para o gado; • Introduzir cultura agrícola para produção simultânea. Tradicionalmente, as espécies florestais mais plantadas no Brasil pertencem ao gênero Eucalyptus, seguidas por outras dos gêneros Pinus, Acacia e Tectona (EVANS, 1999; SBS, 2006). Portanto, este trabalho propõe a silvicultura do Eucalyptus spp.

para o sistema agrossilvipastoril a ser implementado. Segundo Neto e Paiva (2010), as etapas para implantação compreendem a sistematização do terreno; o controle de formigas e cupins; o preparo do solo; a correção e adubação do solo; a decisão do arranjo espacial; o plantio; a manutenção; a desrama; e o desbaste. Cultura agrícola Segundo Freitas et al. O ideal é começar o pastejo com animais menores até que as árvores atinjam o tamanho ideal. Portanto, este trabalho propõe a cultura agrícola de milho e de forrageira para o sistema agrossilvipastoril a ser implementado. Segundo Freitas et al. as etapas para implantação compreendem a correção do solo; o preparo do solo; a adubação; o plantio da cultura; o plantio da forrageira; a decisão de compra de maquinário; os tratos culturais; o controle de plantas daninhas; o controle de pragas e doenças; a adubação de cobertura; e a colheita da cultura.

Bovinocultura de corte Segundo a Embrapa Agrossilvipastoril, sistemas agrossilvipastoris e silvipastoris podem acelerar a precocidade sexual de novilhas da raça nelore. Dentre as diversas culturas anuais, o milho tem sido a espécie mais utilizada no consórcio com cultivos arbóreos (MACEDO et al. FERREIRA et al. e com forrageiras para formação de pastagens (JAKELAITIS et al. FREITAS et al. principalmente por sua tradição de cultivo, disponibilidade de genótipos comerciais adaptados às diferentes regiões ecológicas do Brasil, e suas inúmeras utilidades na propriedade rural. Mensurações de temperatura e umidade feitas em globo negro mostraram que, de maneira geral, nenhum dos sistemas apresentou condições ideais para o desenvolvimento dos animais, devido ao calor na região no período de avaliação (abril a novembro).

Porém, nos tratamentos com árvore as condições eram menos severas. Da mesma forma, a carga térmica radiante, outro indicador de conforto térmico, também mostrou melhores condições para as novilhas nos sistemas com presença de árvores (BERTOGNA, et al. IMPLANTAÇÃO 5. SILVICULTURA Espécie escolhida A cultura escolhida para implantação do sistema agrossilvipastoril é a de Eucalyptus spp. Que podem ser distribuídas sistematicamente em toda a área ou colocadas próximo aos olheiros de alimentação dos formigueiros. Segundo Neto e Paiva (2010), o controle de cupins, por sua vez, é feito com o uso de cupinicida, o qual é aplicado antes do plantio das mudas da(s) espécie(s) arbórea(s). Preparo do solo No elenco de alternativas existentes para o preparo do solo de forma ambientalmente mais adequada, destacam‐se o sistema de plantio direto para as culturas agrícolas e forrageiras, e o cultivo mínimo, ou preparo reduzido do solo para plantio florestal (NETO; PAIVA, 2010).

O sistema de plantio direto é caracterizado pelo revolvimento mínimo do solo e manutenção de resíduos (palhada) da cultura antecessora para a realização da semeadura (FERREIRA et al. A técnica do cultivo mínimo ou preparo reduzido do solo para plantios florestais foi concebida prevendo a manutenção dos resíduos vegetais (serapilheira e sobras da colheita) sobre o solo, seguido de um preparo localizado, que pode ser, comumente, uma cova (em áreas acidentadas) ou um sulco (em áreas onde a mecanização é possível). Para as espécies de eucalipto existem informações mais específicas, que também poderão servir de base para auxílio na definição da adubação daquelas espécies que não possuem recomendações (NETO; PAIVA, 2010). Segundo Neto e Paiva (20120), as espécies de eucalipto são bastante tolerantes ao alumínio do solo, dispensando a calagem para a correção da acidez do solo.

Entretanto, a aplicação de calcário pode ser justificada em situações em que o solo apresenta baixos níveis de cálcio e magnésio, aliado à ausência desses nutrientes nos fertilizantes utilizados. Para condições de solos com baixa fertilidade natural recomenda‐se para o plantio de espécies de eucalipto a seguinte adubação (NETO; PAIVA, 2010): ‐ Fontes de fósforo: • 200 a 300 g de fosfato reativo, aplicado no fundo da cova; • 150 g de superfosfato simples, aplicado em covetas laterais na ocasião do plantio ou até 10 dias após o plantio. ‐ Fonte de N e K: • 150 g/planta de NPK (20‐05‐20) + 0,5% de B + 0,5% de Zn, aplicadas em coroamento 40 a 60 dias após o plantio; • 150 g/planta de cloreto de potássio, aplicados em coroamento, nas duas estações chuvosas subsequentes ao plantio.

Segundo Neto e Paiva (2010), o replantio deve ser realizado sempre que necessário, com objetivo de reduzir possíveis perdas por mortalidade ocorridas no plantio. Para esta operação deve‐se realizar o levantamento do percentual de mortalidade das mudas que, quando superior a 5%, justifica o replantio. Manutenção Em relação ao componente florestal, o controle da competição, possível de ocorrer nas covas, ou nas linhas de plantio, diante da eventual presença de espécies agrícolas ou forrageiras, bem como de plantas daninhas, deve ser uma prioridade. Recomenda‐se o controle da vegetação, através de capinas, manual ou química, em uma faixa mínima de 1 metro, até pelo menos o primeiro ano. Optando‐se pelo controle químico desta operação, atenção especial deve ser dada a possíveis danos causados às espécies florestais decorrentes da deriva de herbicidas (NETO; PAIVA, 2010).

Nesta prática, eliminam‐se árvores defeituosas e, ou, em excesso, permitindo mais espaço para o desenvolvimento das melhores e aumentando a produção de madeira de melhor qualidade (toras) e, consequentemente, de maior valor econômico. No Sistema Agrossilvipastoril, o desbaste também é uma estratégia para proporcionar maior passagem de radiação solar, favorecendo o desenvolvimento da pastagem (NETO; PAIVA, 2010). Cultura agrícola Espécie escolhida A cultura escolhida para implantação do sistema agrossilvipastoril é a de Milho. Tabela 2: classificação milho. Fonte: os autores. O plantio do milho não deve ser tardio, devido ao aumento dos riscos de insucesso, tanto pela redução da ocorrência de chuvas, quanto pela queda de temperatura que prejudica o crescimento da cultura (FREITAS et al. Plantio da forrageira Como na cultura anual, o plantio da forrageira deve também alcançar a densidade de plantas ideal para o estabelecimento da pastagem.

A quantidade de sementes vai variar em função da espécie, do valor cultural e do sistema de semeadura empregado. Sistemas de semeadura que colocam as sementes distribuídas uniformemente na área e na profundidade adequada vão reduzir o consumo e, ainda, proporcionar estande uniforme. No caso da braquiária, é recomendado de dois a quatro quilos de sementes viáveis por hectare, quando semeadas adequadamente. Um aspecto importante referente à necessidade de prevenção contra os danos causados por pragas e doenças é utilizar cultivares resistentes ou tolerantes (FREITAS et al. Adubação de cobertura A adubação de cobertura consiste na aplicação de nutrientes, principalmente nitrogênio e potássio, por volta dos 30 dias após o plantio, momento em que o sistema radicular das plantas está estabelecido e sua taxa de crescimento já é mais intensa, no entanto, a época de aplicação pode variar de acordo com a cultura.

No caso do consórcio entre cultura agrícola e gramíneas, para formação de pastagem, é importante que sejam adicionadas doses mais elevadas de nitrogênio em cobertura, para que se garantam altas produtividades da cultura agrícola, sendo a forrageira beneficiada com o residual dessa adubação, formando a pastagem mais rapidamente e com melhor qualidade (FREITAS et al. Colheita da cultura Para colheita de culturas como milho, sorgo e arroz o procedimento é o mesmo adotado para o caso do monocultivo ou consorciadas com forrageiras. Deve‐se sempre que possível antecipar a operação, pois as forrageiras continuam a crescer após a senescência da cultura, o que pode dificultar a colheita mecânica ou até mesmo inviabilizá‐la (FREITAS et al. BURNER & BRAUER, 2003). No Brasil, já foram realizados estudos para a avaliação de gramíneas forrageiras tolerantes ao sombreamento podendo ser indicadas espécies dos gêneros Panicum e Brachiaria.

A Brachiaria brizantha tem sido a mais utilizada nos Sistemas Silvipastoris por ser hoje a forrageira de maior disseminação no país e também por apresentar uma tolerância mediana ao sombreamento, com produção de massa satisfatória (GARCIA, TONUCCI & GOBBI, 2010). Opta-se pela utilização da Brachiaria. Componente animal Os animais em Sistemas Silvipastoris são ao mesmo tempo um produto e uma ferramenta de manejo. CRONOGRAMA A seguir apresenta-se um modelo de cronograma básico para implantação do sistema agrossilvipastoril. Tabela 3: cronograma. Fonte: os autores. Atividades Ano 1 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Correção do solo Controle de formigas e cupins Plantio milho Plantio Forrageira Plantio Eucalipto Correção de adubação e adubação de cobertura – cultura agrícola Colheita milho Atividades Ano 2 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Inserção do gado Descama eucalipto Atividades Ano 10 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12 Colheita da madeira CONCLUSÃO O presente trabalho foi de extrema importância para o entendimento prático de técnicas e conhecimentos vistos em sala de aula, de maneira teórica.

Com o estudo de caso, foi possível compreender as ações tomadas no ramo de agronomia, especificamente no papel da Assistência Técnica Rural; bem como as dificuldades intrínsecas encontradas na implantação de um sistema agroflorestal como o sistema agrossilvipastoril. LAVENDER, R. H. Light modification in a developing silvopastoral system in the UK: a quantitative analysis. Agroforestry Systems, v. p. Juiz de Fora: Embrapa-CNPGL, 1998. CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. J. ABREU, J. G. Forragicultura e pastagens: temas em evidência. Lavras: UFLA, 2002. A comparison of two methods for the establishment of a silvopastoral system on degraded pasture land. Disponível em: http://www. fao. org/WAIRDOCS/LEAD/X6109E/x6109e04. htm#bm04. CARVALHO, M. M. et al. Produção forrageira de gramíneas cultivadas sob luminosidade reduzida.

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