Poema meu anjo

Tipo de documento:Questões e Exercícios

Área de estudo:Letras

Documento 1

Mãos à obra: Meu anjo Meu anjo tem o encanto, a maravilha, Da espontânea canção dos passarinhos. Tem os seios tão alvos, tão macios Como o pelo sedoso dos arminhos. Triste de noite na janela a vejo E de seus lábios o gemido escuto. É leve a criatura vaporosa Como a frouxa fumaça de um charuto. Parece até que sobre a fronte angélica Um anjo lhe depôs coroa e nimbo. com. pt/). Inicie a sua análise procurando, no poema, palavras e conjuntos de expressões que demonstrem como o sujeito lírico se posiciona no texto literário. Comece observando: Marcas da 1ª pessoa do discurso e seu interlocutor: Sujeito lírico: quem “fala”? O enunciador é masculino ou feminino? O sujeito lírico é uma figura masculina que revela um profundo sentimento.

A quem o sujeito lírico dirige o seu discurso? A uma mulher, de quem exprime características delicadas, tais como: “Meu anjo tem o encanto, a maravilha” (v. gemido (v. morte (v. Céu/Mundo onírico anjo (v. criatura vaporosa (v. celestes desmaios (v. sorriso (v. Natureza/Animais passarinhos (v. arminhos (v. paraíso (v. Efemeridade/Inconcretude Fumaça (v. Relembre gênero e modo a partir do capítulo IV de Carlos Reis). Pode-se considerar que o poema pertence ao modo lírico, tendo em vista que é perceptível a expressão dos sentimentos e sensações do eu lírico. Agora que você já possui noção dos campos lexicais e da configuração do sujeito lírico do poema, você já pode construir uma paráfrase: Ou seja, a paráfrase objetiva reescrever um determinado texto mantendo o seu sentido, o seu conteúdo.

Ela pode ser utilizada para a explicação ou interpretação de qualquer texto, literário ou não. Com suas palavras, produza paráfrases dos seguintes versos, de forma a conservar a equivalência semântica: Meu anjo tem o encanto, a maravilha, Da espontânea canção dos passarinhos. Nestes versos, é possível notar que a paixão sentida pelo eu lírico não era correspondida, visto que o destino fez com que a amada não tivesse o mesmo sentimento por ele. Sugestão de estudo: Tente, também, produzir paráfrases de conjuntos maiores de versos, assim se tornará apto a parafrasear poemas completos, de forma a explicitar a sua interpretação e enriquecer a sua análise. Conclusões: Após o estudo do conteúdo do poema, você pode responder as seguintes questões: Qual a temática do poema? O ultrarromântico desenvolve o tema do amor platônico de maneira idealizada, comparando a amada a um anjo.

Como o eu lírico define o seu interlocutor? As características da interlocutora, demonstradas ao longo do poema, revelam uma beleza suave e encantadora. A relação que se estabelece entre os sujeitos é recíproca? Por quê? Justifique utilizando versos do poema. Um deles, mais externo e objetivo, é a forma, o outro, mais interno e subjetivo, é o conteúdo. Essas partes estão intimamente interligadas, ou seja, uma é completamente dependente da outra. A forma, por exemplo, fornece “pistas” para pensarmos o conteúdo, os traços estéticos do poema e até mesmo o estilo individual do escritor. Até agora você observou parte do conteúdo, dando ênfase aos aspectos mais básicos dele. A partir de agora você deverá observar os aspectos formais do mesmo poema. Como você deve ter observado, há uma uniformidade na medida dos versos; quantas sílabas métricas os versos apresentam? Dez sílabas métricas em cada verso.

Consulte o capítulo 2 e 3 de Goldstein referente à metrificação e responda: Que nome é dado à medida métrica usada no poema de Álvares de Azevedo? Versos decassíslabos ou versos heroicos. Na tabela anterior (exercício ‘8’), assinale em que sílabas estão os sons mais fortes, em cada um dos versos. Utilize como ponto de partida os exemplos do capítulo 2 de Goldstein, mas tente, de forma autônoma, identificar as sílabas fortes, ou as sílabas em que recai o apoio rítmico dos versos. Note que Goldstein apresenta algumas categorias como “rima interna e externa”, “rima consoante e toante”, “rimas cruzadas, emparelhadas, interpoladas e misturadas” e “rima rica e rima pobre”. ESTROFE III: Parece até que sobre a fronte angélica Um anjo lhe depôs coroa e nimbo.

Formosa a vejo assim entre meus sonhos Mais bela no vapor do meu cachimbo. Rimas: externas, consoantes e pobres. ESTROFE IV: Como o vinho espanhol, um beijo dela Entorna ao sangue a luz do paraíso. Dá morte num desdém, num beijo vida E celestes desmaios num sorriso! Rimas: externas, consoantes e pobres. Do ponto de vista da forma, o poema apresenta 5 estrofes, de 4 versos cada uma. As rimas que compões o poema são externas, consoantes e predominantemente pobres. Por fim, as estrofes se apresentam de forma isométricas. BIBLIOGRAFIA AZEVEDO, Álvares de. Lira dos Vinte Anos. In: DICIONÁRIO TERMINOLÓGICO PARA CONSULTA EM LINHA. Portugal, Ministério da Educação e Ciência, 2014. Disponível em: <http://dt. dgidc. minedu. Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

COELHO. Nelly Novaes. Literatura & linguagem: a obra literária e a expressão lingüística.

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