PLANTIO DIRETO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Tecnologia

Documento 1

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA PD – Plantio Direto SPD – Sistema Plantio Direto. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Crescimento da área de plantio direto no Brasil, no perído de 1972 a 2017. LISTA DE QUADROS Quadro 1: Área sob plantio direto no Brasil, por Estado 22 RESUMO A degradação das terras pela ação em exclusividade do homem é um problema de ordem mundial, que afeta de maneira irreversíveis extensas áreas de cultivo, e faz contribuições para o decréscimo de rendimento das culturas de importância econômica, tanto para o consumo interno como para exportação, e para empobrecer o produtor rural e a sociedade como um todo, que tem a obrigação do pagamento de altos preços pelos produtos agrícolas e seus derivados. Neste contexto, a importância da sustentabilidade ambiental tem sido de forma frequente discutida e mostrada pelos mais variados setores da sociedade.

Assim, uma das alternativas para aumentar a sustentabilidade dos cultivos agrícolas é adotar sistemas conservacionistas de produção. JUSTIFICATIVA 12 1. OBJETIVOS 13 1. Objetivo Geral 13 1. Objetivos Específicos 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 14 2. SUSTENTABILIDADE 14 2. MANEJO DO PLANTIO DIRETO 25 4. Culturas de cobertura e Rotação de culturas 25 4. Semeadura orgânica 26 4. Questões da água 27 4. Equipamento 27 4. No entanto, a maior parte da expansão do plantio direto em todo o mundo tem ocorrido desde a metade até o final da década de 1990, facilitada pelo uso de herbicidas e aprimoramento das tecnologias de plantio direto (DERPSCH et al. TEMA Visando a sustentabilidade agrícola e adoção de sistemas para o cultivo, o presente trabalho aborda o sistema de plantio direto. Neste sentido, será abordado o conceito de desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, bem como o conceito de plantio direto, suas vantagens, desvantagens, desafios e métodos de aplicação e manutenção deste sistema.

Além disso serão apresentados o histórico de aplicação do plantio direto e seus impactos econômicos e sociais. PALAVRAS-CHAVE Sustentabilidade. Entre aqueles de maior utilização, ao longo do tempo, especialmente para grãos, apresenta-se o Sistema de Plantio Direto (SPD). A utilização do SPD apresenta-se nos cultivos em médio ou longo prazo, para melhorar a estrutura dos solos, em incrementar os estoques de matéria orgânica do solo e suas frações, e em melhorar a fertilidade. OBJETIVOS Para a realização deste trabalho, foram elencados objetivos gerais e específicos, que tem como principal função nortear a pesquisa, assegurando que os resultados sejam obtidos de forma satisfatória. Objetivo Geral Identificar como o plantio direto pode realizar contribuições para a sustentabilidade agrícola.

Objetivos Específicos a) Apresentar um histórico do plantio direto; b) Apontar os principais aspectos do desenvolvimento sustentável; c) Identificar vantagens e desvantagens do plantio direto; d) Apontar os fatores que limitam o sistema de plantio direto; 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. Neste sentido, ecossistemas e ambientes saudáveis são necessários para a sobrevivência de seres humanos e outros organismos. As formas de reduzir o impacto humano negativo são através de pesquisas em engenharia química ambientalmente correta, da gestão de recursos ambientais e da proteção ambiental. A informação pode ser obtida através da Computação e Química ambientais, Ciências da Terra, Ciência Ambiental e Biologia da Conservação. Outra ciência relevante neste sentido é a Economia Ecológica que estuda os campos da pesquisa acadêmica com o objetivo de abordar as economias humanas e os ecossistemas naturais (FAWCETT et al.

O caminho para a sustentabilidade também é um desafio social que implica leis internacionais e nacionais, planejamento urbano e transporte, estilos de vida locais e individuais e consumismo ético. Porém, ainda existe uma falta de consistência na sua interpretação. Apesar da natureza abrangente do conceito sustentar uma força política, sua formulação atual contém fraquezas significativas. Estas fraquezas abrangem uma percepção incompleta dos problemas de pobreza e degradação ambiental, e a confusão sobre o papel do crescimento econômico e sobre os conceitos de sustentabilidade e participação social. Essas deficiências podem levar a inadequações e contradições na formulação de políticas públicas adequadas e prejudicar o comércio internacional, agricultura e silvicultura (ALTIERI, 2018). AGROECOLOGIA O termo agroecologia teve sua origem nos anos 1930.

As diversas formas de produção de alimentos para pequenos produtores baseadas na agroecologia geram conhecimento local, promovem a justiça social, alimentam a identidade e a cultura e fortalecem a viabilidade econômica das áreas rurais. A agroecologia é vista como uma solução real para as crises modernas (clima, desnutrição, etc. não conformes ao modelo industrial, mas transformando-a através da construção de sistemas alimentares locais que criam ligações rural-urbanas, baseadas na produção agroecológica de alimentos. LA VIA CAMPESINA, 2015). O PLANTIO DIRETO O plantio direto consiste em uma maneira de cultivar lavouras ou pastagens, anualmente, perturbando minimamente o solo. Na literatura já estão sendo documentados os benefícios ambientais e econômicos do plantio direto implementado como o princípio central da AC (HOBBS et al.

Um dos principais fatores implícitos ao sucesso do plantio direto em combinação com os outros princípios da AC é a conservação dos recursos do solo, reduzindo a erosão eólica e hídrica (VERHULST et al. É importante ressaltar que o plantio direto em combinação com os outros dois princípios de CA pode reduzir os custos de produção e aumentar a lucratividade, frequentemente atribuído a reduções no consumo de energia e mão-de-obra em comparação aos sistemas convencionais (ERENSTEIN et al. O plantio direto possui muitos serviços ecossistêmicos, tais como a contribuição para a captação de C de solo e a redução das emissões de gases de efeito estufa do solo em circunstâncias específicas (VAN KESSEL et al.

Mas, os benefícios econômicos associados à redução da erosão do solo são provavelmente as principais razões para a adoção do plantio direto (DERPSCH et al. A pesquisa bibliográfica consiste no levantamento bibliográfico, para a compreensão e análise do que já foi produzido sobre o assunto, objeto de estudo, como o tema de pesquisa científica. A pesquisa bibliográfica deste trabalho tem caráter qualitativo que é considerada um método de investigação científica cujo foco tem caráter subjetivo do objeto analisado, através do estudo de suas particularidades e experiências individuais (RUIZ, 1992). O método aplicado neste estudo foi dividido em duas fases: a coleta de fontes bibliográficas, na qual foi o levantamento da bibliografia existente e, logo após a coleta de informações, na qual foi realizado o levantamento dos dados, fatos e informações contidas na bibliografia selecionada.

Para o levantamento da bibliografia, foram selecionados artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais dos últimos 10 anos. A busca pelos textos foi realizada de forma predominantemente manual e nas bases de dados disponíveis da internet. Atualmente, o Brasil é um dos países que mais utilizam o SPD. No Quadro 1 é apresentada a área sob plantio direto em cada estado brasileiro (FUENTES LLANILLO et al. Quadro 1: Área sob plantio direto no Brasil, por Estado BRASIL E ESTADOS SUPERFÍCIE SOB PLANTIO DIRETO (ha) Brasil 32. Rondônia 236. Acre 7. Pernambuco 16. Alagoas 12. Sergipe 7. Bahia 1. Minas Gerais 1. Fonte: IBGE, 2017, adaptado por Fuentes Llanillo et al. IMPACTOS AMBIENTAIS DO SPD 4. Gases de efeito estufa O plantio direto possui potencial de sequestro de carbono por meio do armazenamento de matéria orgânica do solo nos campos de cultivo.

O cultivo inverte as camadas do solo, mistura-se no ar e aumenta, gradativamente, a atividade microbiana. A matéria orgânica se decompõe muito mais rápido, liberando seu carbono na atmosfera. O óxido nitroso é um potente gás de efeito estufa, 300 vezes mais forte que o CO2, e permanece na atmosfera por 120 anos. A fertilização de terras com nitrogênio (excessivo) aumenta a liberação de óxido nitroso (OMONODE et al. Água do solo O plantio direto melhora a qualidade do solo (função do solo), carbono, matéria orgânica, agregados, protegendo da erosão, evaporação da água e colapso estrutural. Além disso, a redução do preparo do solo proporciona uma menor compactação deste, o que pode ajudar na diminuição da erosão do solo (BALOCH et al.

Recentemente, pesquisadores do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos descobriram que a agricultura de plantio direto torna o solo muito mais estável do que o solo arado. Desta forma, campos de plantio direto geralmente têm insetos e anelídeos mais benéficos, mais material orgânico e conteúdo microbiano e variedade de vida selvagem. Este é o resultado da cobertura melhorada, do tráfego reduzido e da menor chance de destruir pássaros e animais que nidificam no solo (a aração destrói todos eles). Neste sentido, como o solo não é arado no método de plantio dia, resulta em menos poeira no ar (FRAZÃO et al. IMPACTOS SOCIAIS DO SPD Diversos indicadores de benefícios sociais com promoção através do SPD poderão ter apresentação, entretanto, aqueles que mais impressionam são aqueles na demonstração que, várias comunidades dos agricultores familiares passaram a possuir uma atividade econômica nos últimos tempos, por causa da estratégia com emprego na expansão do SPD para tal característica fundiária.

E o efeito para reduzir o tempo de trabalho e de energia propiciado pelo SPD acaba se tornando com maior evidência nesta população (RODRIGUES, 2005). Dessa forma o agricultor é beneficiado de várias maneiras. Esse acordo auxilia as empresas de energia a atender às demandas regulatórias para a redução da poluição, especialmente as emissões de carbono (MILLER et al. MANEJO DO PLANTIO DIRETO O plantio direto requer algumas habilidades diferentes da agricultura convencional. Todo sistema de produção, se feito incorretamente, tendem a prejudicar os rendimentos, que podem diminuir drasticamente. Por isso é necessário o uso de uma combinação de técnicas, equipamentos, pesticidas, rotação de culturas, fertilização e irrigação, de acordo com as condições locais (DERPSCH et al. Os resíduos vegetais são as matérias vegetais remanescentes, provenientes de culturas de cobertura, aparas de relva, vida vegetal original, entre outros.

Estes resíduos apodrecem sob o papelão, desde que permaneçam suficientemente húmidos. Este apodrecimento atrai vermes e outros microrganismos benéficos para o local da decomposição, podendo criar uma camada de solo rico, em algumas estações, geralmente da primavera ao outono ou do outono à primavera, e após alguns anos. As plantas podem então ser semeadas no solo na primavera, ou os buracos podem ser cortados no papelão para permitir a semeadura. Usando este método em conjunto com outras práticas sustentáveis ​​como compostagem/vermicompostagem, culturas de cobertura e rotações são muitas vezes consideradas benéficas tanto para a terra como para quem a utiliza (MIRSKY et al. O plantio direto requer muito menos potência máxima dos tratores agrícolas, portanto, o equipamento (um trator) pode ser menor que o lavrador.

A utilização de um trator menor e mais leve traz o benefício adicional de reduzir a compactação (GRISSO et al. Temperatura do solo, resíduo e fertilizante Outro problema do plantio direto é que, na primavera, o solo se aquece e seca mais lentamente, o que pode atrasar o plantio. O aquecimento mais lento está relacionado ao fato de os resíduos das culturas serem mais leves do que o solo que seria exposto no preparo convencional, e por isso absorve menos energia solar. Este fator pode ser gerenciado usando limpadores de linha em uma máquina plantadeira. As decisões em torno do momento do plantio direto são muito complexas e dependem das interações entre o conteúdo de água no solo e a finalidade para a qual o SPD é destinado.

O solo precisa estar no teor de água correto antes de executar qualquer preparo, e o objetivo do SPD influenciará a frequência e o tipo de implementos de preparo do solo utilizados. O uso do SPD a longo prazo dependerá de fatores associados aos custos e lucratividade do sistema, à saúde do solo e aos impactos ambientais. Para muitos agricultores, manter a lucratividade agrícola é uma prioridade, portanto fatores econômicos, são, também um desafio na implementação do SPD (DANG et al. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através desta revisão de literatura, foi possível perceber que o plantio direto está sendo amplamente promovido em todo o mundo, mas que o desempenho do plantio direto é altamente dependente do contexto ao qual está inserido. Mas ainda é necessário o desenvolvimento de novas técnicas de manutenção deste sistema, além de buscar meios de redução de custos.

REFERÊNCIAS ALTIERI, M. Agroecology. Boca Raton, 2. ed, CRC Press, 2018, 448 p. F. SILVEIRA, P. M. Culturas de cobertura e qualidade física de um Latossolo em plantio direto. Rev. S. ALI, S. ANSAR, M. HASSAN, A. Buildup of soil organic carbon and stable aggregates under conservation tillage in loess dryland soil. n. p. BLANCO-CANQUI, H. MIKHA, M. M. STAHLMAN, P. W. Regional Study of No-Till Impacts on Near-Surface Aggregate Properties that Influence Soil Erodibility. Soil Science Society of America Journal, v. n. CAMARGO, A. et al. Org). Meio ambiente Brasil: avanços e obstáculos pós-Rio-92. ed. R. BELL, M. J. FREEBAIRN, D. M. J. Agric. Biol. Eng. v. v. pp. FAO. Agroecology knowledge hub. Agroecology definitions. WAHID, A. SIDDIQUE, K. H. M. The role of allelopathy in agricultural pest management.

v. n. n. FOLEY, J. A. O’CONNELL, C. RAY, D. K. WEST, P. C. SIEBERT, S. TILMAN, D. ZAKS, D. P. M. SALOMONSSON, L. HELENIUS, J. RICKERL, D. SALVADOR, R. WIEDNHOEFT, M. GOEDE, R. G. M. BRUSSAARD, L. FABER, J. KAYE, J. SEIDEL, R. Abiotic nitrate retention in agroecosystems and a forest soil. Soil Sci Soc Am J. v. v. n. p. GALLARDO-LÓPEZ, F. et al. R. Agroecology: ecological processes in sustainable agriculture. CRC Press, Boca Raton, 1997. GODFRAY, H. C. PITMAN, R. Equipment considerations for no-till Soybean seeding. Virginia Cooperative Extension, p. HARPER, D. Sustain. Philos. Trans. R. Soc. B. B. Urban Sustainability in Theory and Practice. Environment. Development and Sustainability, 8 p. LA VIA CAMPESINA. MIGLIORINI, P. WEZEL, A. Converging and diverging principles and practices of organic agriculture regulations and agroecology.

A review. Rev. How to Utilize Carbon Credits. Nat. Resources Man. Util. Env. SPARGO, T. MOYER, J. GRANTHAM, A. M. WEBER, D. Agroecologia na construção do desenvolvimento rural sustentável. Agric. São Paulo, São Paulo, v. n. p. OLSON, K. R. Soil organic carbon sequestration, storage, retention and loss in U. S. croplands: Issues paper for protocol development. Soc. Am. J. v. n. n. p. PALM, C. BLANCO-CANQUI, H. DECLERK, F. LINQUIST, B. A. VAN GROENIGEN, K. J. LEE, J. RODRIGUES, W. Valoração econômica dos impactos ambientais de tecnologias de plantio em região de cerrados. Rev. Estudos Regionais, v. n. A. TEASDALE, J. R. CURRAN, W. S. DA SILVA, F. A. M. CORBEELS, M. XAVIER, J. A review. Agron. Sustain. Dev. v. Environ. v. pp.

TALLMAN, S. No-till case study, richter farm: cover crop cocktails in a forage-based System. G. WEST, T. O. Effects of no-till on yields as influenced by crop and environmental factors. Agron. J. Climate, duration and N placement determine N2O emissions in reduced tillage systems: a meta-analysis. Glob. Change Biol. v. p. WEZEL, A. et al. Agroecological practices for sustainable agriculture. A review. v. n. p. ANEXO I Figura 1: Crescimento da área de plantio direto no Brasil, no perído de 1972 a 2017. Fonte: IBGE, 2017, adaptado por Fuentes Llanillo et al.

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