PARVOVIROSE CANINA - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

PATOGENIA. SINAIS CLÍNICOS. CASO CLÍNICO. DIAGNÓSTICO. TRATAMENTO. O parvovírus canino é um DNA vírus, sem envelope lipoproteico e capsídeo composto por 60 capsômeros. Este vírus é resistente e capaz de sobreviver nas fezes em temperatura ambiente por mais de um ano e em solo contaminado por vários meses, é estável na presença de pH entre 3,0 e 6,0 (TRAVASSOS, 2009). PATOGENIA A infecção com CPV ocorre por via fecal-oral. Durante a enfermidade aguda, aproximadamente 1-2 semanas após isso, elimina-se uma quantidade maciça de parvovírus (mais de 1 bilhão de virions por grama de fezes) nas fezes de cães infectados. Como o vírus consegue sobreviver e permanecer infeccioso por muitos meses no ambiente, fomites e contaminação ambiental exercem um papel importante na transmissão (SHERDING, 2003).

A severidade pode aumentar por meio de fatores tais como estresse, condições de canil (superlotação e higienização), infecção bacteriana secundária e doenças intercorrentes (cinomose, coronavírus, salmonelose e parasitismo intestinal). Infecções viricas agudas frequentemente resultam em leucopenia, e isso ocorre em parte devido a necrose nos folículos linfóides. Uma das causas da necrose podem ser os efeitos citolíticos diretos produzidas pela multiplicação do vírus ou toxinas (THOMSON, 1983). CASO CLÍNICO No Centro veterinário foi atendido um cão da raça labrador, três meses, 5kg, cujo proprietário relatou estar apático, com vômito e diarreia sanguinolenta. O animal possuía duas vacinas nacionais: Imuno Vet (V10) e Raipet (antirrábica) que foram aplicadas pelo funcionário da agropecuária onde foram compradas.

A limpeza e desinfecção do ambiente são medidas de prevenção, embora somente o formaldeído é eficaz. Deve-se ter cuidado também com a infecção cruzada entre portadores humanos, animais ou objetos inanimados (MCCANDLISCH, 2011). Os sinais apresentados pelo animal contaminado envolvem anorexia, apatia, vômitos e diarreia sanguinolenta, podendo levar à morte se não tratada rapidamente (SOUZA, 2012). A diarreia pode se apresentar de formas diferentes, com traços de sangue, cor amarela ou hemorrágica (DECARO, et al. O histórico do animal e os sinais clínicos facilitam o diagnostico mais provável de modo a executar um plano de recuperação (PRITTIE, 2004). Os Cães que se recuperam do PCV desenvolvem imunidade de longa duração que pode ser vitalícia (NELSON, et al, 2001). DIAGNÓSTICO Apesar de ter um diagnóstico sugestivo, a parvovirose deve ser diferenciada de gastroenterites bacterianas e de outras doenças virais (TRAVASSOS, 2009).

O hemograma deve ser considerado medida de rotina em qualquer caso de gastroenterite aguda. Os achados mais frequentes em casos de infecção por PCV são leucopenia com neutropenia. A gravidade da leucopenia pode ser proporcional à gravidade da enfermidade clínica, e a resposta nos leucócitos sanguíneos é um indicador útil de possível recuperação. Nos casos mais leves, pode ser utilizado soluções eletrolíticas orais nos cães sem histórico de vômito, seguida por uma dieta com alimentos que não sejam sólidos. Os cães mais gravemente afetados devem receber uma fluidoterapia intravenosa, como solução de ringer com lactato. Devem se suspender os alimentos e a água até que os vômitos tenham parado por pelo menos 24 horas e a diarréia tenha diminuído, as exigências hídricas devem ser cumpridas pela infusão intravenosa (YAMADA, 2007).

É fundamental manter o isolamento dos casos hospitalizados de outros pacientes, e a equipe hospitalar deve ser orientada a respeito dos métodos adequados de limpeza e desinfecção para evitar a disseminação do vírus. Em princípio, deve-se fornecer uma dieta leve e de fácil digestibilidade, com transição gradativa para a ração normal. Filhotes de cadelas vacinadas adquirem anticorpos através do colostro, ou seja, são imunes a doença apenas durante as primeiras semanas de vida. A maior taxa de infecção é relatada em filhotes com mais de seis semanas de vida (TILLEY, 2015) Quando o filhote apresenta um risco de infecção baixo, a vacinação com cepa vacinal menos atenuada com oito semanas de idade e reforçando com 12 semanas de idade garante imunização.

Entretanto, quando há um maior risco de infecção, deve-se realizar doses da vacina mais frequente, com seis, nove e 12 semanas de idade. Recomendam-se reforços anuais da vacinação e em cadelas prenhes, não deve-se utilizar vacina atenuada (TRAVASSOS, 2009). Cães infectados eliminam o vírus em grande quantidade pelas fezes durante a enfermidade, sendo altamente infecciosos para outros cães. p. COETZER, J. A. W. TUSTIN, R. Diferentes Abordagens Terapêuticas em Cães com Parvovirose Caracterização do Uso de Antibióticos. DECARO, N. et al. Clinical and virological findings in pups naturally infected by canine parvovirus type 2 Glu-426 mutant. J. FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Medicina Interna de Pequenos Animais. ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan,p.

OLIVEIRA, E. C. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, 2007. PRITTIE, 2004; WILLARD, 2009. Diferentes Abordagens Terapêuticas em Cães com Parvovirose– Caracterização do Uso de Antibióticos. Disponível em: www. repository. SOUZA, M. G. Doenças Infecciosas. In: CRIVELLENTI L. Z. C; BENESI, F. J. KOGIKA, M. M. MEDEIROS, R. COSTA, E. O. FERREIRA, A. J. P. W. K. Consulta Veterinária Em 5 Minutos: Espécies Canina e Felina 3 ed. – Barueri, SP: Manole, 2008. TRAVASSOS, V.

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