OS EFEITOS BIOQUÍMICOS DAS VITAMINAS E ANTIOXIDANTES NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO NA DOENÇA DE ALZHEIMER

As políticas que permitem o gerenciamento eficaz da demência incluem melhor coordenação entre os serviços de saúde e de cuidados de longo prazo.  No entanto, o principal objetivo deve ser adotar estratégias adequadas para preservar o status cognitivo e/ou retardar a deterioração cognitiva3. O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa altamente incapacitante caracterizada pela morte progressiva de neurônios e pelo encolhimento do cérebro, processos sempre acompanhados pelo déficit cognitivo gradativo, falhas na memória de curto prazo, perdas na linguagem e na fala, na coordenação motora e na capacidade de aprendizagem. Os danos causados pelo mal de Alzheimer são considerados irreversíveis. A doença pode afetar pessoas em qualquer idade embora seja mais comum na velhice.

 Comportamentos de estilo de vida apropriados, incluindo boa nutrição e atividade física ao longo da vida, são os primeiros passos na prevenção de doenças crônicas e incapacidades na terceira idade3.  Hoje é bem reconhecido que certos nutrientes derivados da dieta, incluindo ácidos graxos poliinsaturados e compostos polifenólicos contidos em frutas e vegetais, podem impactar dramaticamente o envelhecimento do cérebro, possivelmente levando a uma melhor cognição e habilidades motoras.  Todos esses compostos exercem potente atividade antioxidante e antiinflamatória.  No entanto, o seu potencial para melhorar a cognição não se limita às suas propriedades antioxidantes, uma vez que também envolvem processos moleculares e celulares específicos que suportam a plasticidade cerebral4.  Por exemplo, verificou-se que a melhoria da plasticidade neuronal pela ingestão de omega-3 foi mediada pela regulação positiva do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF)5,6.

O estudo se justifica, pois, pesquisas poderiam ajudar a estabelecer os efeitos da modificação antioxidante circulante no declínio cognitivo e no risco ou progressão da DA, mas os dados experimentais são escassos ou inconclusivos no momento.  Existem várias razões pelas quais os estudos anteriores que visam o tratamento da DA possam ter fornecido resultados nulos, incluindo intervenções que visam o processo da doença tarde demais no seu desenvolvimento para eficácia (onde a prevenção secundária pode ser mais promissora).  Além disso, novos ensaios para a prevenção primária da DA seriam particularmente desafiadores, uma vez que a patogênese da doença parece ter décadas de duração Novas pesquisas são, portanto, valiosas para esclarecer o papel da nutrição e modificação antioxidante a longo prazo na etiologia da DA.

  Objetivo O principal objetivo desta revisão foi analisar os efeitos bioquímicos das vitaminas e antioxidantes contidos em alguns alimentos no tratamento e prevenção na doença de Alzheimer. Metodologia Será realizada uma revisão de literatura integrativa, que permite a combinação de artigos que fizeram uso de diversas metodologias (experimentais e não-experimentais), sendo, portanto, um método mais amplo, mas que mantém o rigor metodológico empregado em revisões sistemáticas. Referências 1. Mitra S, Behbahani H, Eriksdotter M. Innovative Therapy for Alzheimer's Disease-With Focus on Biodelivery of NGF.  Front Neurosci. Castro-Quezada I. Wilde MC, Vellas B, Girault E et al. Lower brain and blood nutrient status in Alzheimer's disease: Results from meta-analyses. Alzheimers Dement (N Y). Sep; 3(3): 416–431. Banerjee A, Khemka VK, Ganguly A, Roy D, Ganguly U, Chakrabarti S.

 PLoS One.  2014;9:e86558. Forbes SC, Holroyd-Leduc JM, Poulin MJ, Hogan DB. Effect of Nutrients, Dietary Supplements and Vitamins on Cognition: a Systematic Review and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials.  Can Geriatr J.