OS DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

COMO A SOCIEDADE, A ESCOLA E FAMÍLIA AFETAM AS PESSOAS. A MULHER NOS ESPORTES E AMBIENTE ESCOLAR. COMO É POSSÍVEL TORNAR A SOCIEDADE MAIS IGUALITÁRIA?. CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS. A CONSTRUÇÃO DOS PAPEIS DE GÊNERO As relações de gênero na sociedade são construídas, mantidas e modificadas pela própria sociedade. Os vários estereótipos de gênero criaram uma forte influência cultural na sociedade que influência sobre como os indivíduos se veem, se comportam, se respeitam e até em seus direitos. Na idade média a sociedade já era muito exigente quanto aos papeis do homem e da mulher. A mulher era vista como uma serva para o marido e não tinham os direitos básicos de um indivíduo como à educação, a maioria das profissões e esportes.

A Igreja justificava e incentivava essa forma de vida, e por terem forte influência nessa época, existiam muitas leis contra a liberdade das mulheres. Essas consequências se manifestam por diversos meios, como por exemplo na parte da sociedade que prega o conservadoradorismo e alimenta vários retrocessos para os dias de hoje. A estrutura familiar patriarcal contribui para a propagação da diferença entre gêneros desde a infância, alguns afetam seriamente a qualidade de vida dos indivíduos. A maioria desses pais que se intitulam conservadores usam como justificativa as diferenças biológicas ou a bíblia para influenciar os papeis dos indivíduos. Os filho são criados sendo ensinados a se orgulharem do seu gênero, imporem respeito, valorizar a força do homem, o filho é influenciado a ter certos tipos de gostos e há uma liberdade sexual maior em comparação as filhas, que são ensinadas a se reprimirem, a submissão, que é normal ter uma menor liberdade, são estimuladas a amadurecer e casar-se cedo.

Essa ideia atrapalha o desenvolvimento das filhas, cria-se meninas sem expectativas em um futuro com todas as possibilidades que um homem tem. A escola também pode influenciar nisso quando separa certos tipos de atividades para meninas, e outras apenas para meninos. A diferença é que não há um desequilíbrio grande como as mulheres em algumas áreas, apesar de afetar muitas pessoas. O que mais faz diferença na rotina dos homens são os constantes estereótipos e “piadas” que propagam comportamentos e regras extremamente fúteis, tais como: determinar certos tipos de cores para cada gênero, hoje em dia existem casos de pessoas que acham um absurdo vestir um menino com a cor rosa. A ideia que os homens devem bancar as mulheres mesmo que elas sejam independentes financeiramente e que chorar e demonstrar fraqueza e sentimentos são coisas de mulher.

Essa última pode ser considerada uma das mais graves, pois a depressão vem sendo um grande problema atualmente e espalhar essa ideia acaba criando um tabu que impossibilita a ajuda psicológica que poderia estar sendo realizada. Por isso, mesmo depois de conquistar o direito de praticar tais esportes nas escolas ainda não era socialmente aceito. Na verdade, há casos que mesmo demonstrando grande habilidade a visibilidade nem se compara a seleção masculina, como a Marta Vieira da Silva que mesmo recebendo por cinco vezes o título de melhor jogadora entre o futebol feminino no mundo, uma conquista que superou a seleção do futebol masculino, e ainda assim não tem metade da visibilidade que a seleção masculina tem. É muito difícil a visibilidade do futebol feminino crescer com um público que não está acostumado nem disposto a aceitar esse estilo “nova” de inclusão das mulheres nos esportes.

Devido ao estereótipo masculino, a maioria das mulheres nesse tipo de esportes eram conhecidas na infância por agirem como um menino enquanto eram desencorajadas pelos pais e dificilmente seguiam o esporte como carreira ou algo que fizesse parte de seu futuro. Na escola também não existia inclusão. As escolas já impediram muitas meninas de exercerem as mesmas atividades esportivas masculinas ao separar esportes por gêneros, principalmente se tratando do futebol. E, quando se há disponibilidade para todos os gêneros há um destaque muito maior ao gênero masculino. Essa diferença já tem sido consideravelmente superada nos últimos anos, mas é muito comum encontrar falhas e diferenças entre o tratamento dos gêneros, como por exemplo os meninos terem direito a mais horários de treinamento e mais participações entre competições escolares.

O tema do gênero abarca diferentes campos de conhecimento, portanto é considerado um Tema Transversal dos Parâmetros Curriculares Nacionais e apresenta a necessidade de uma reflexão e atuação na escola, já que é a área com mais poder de influência com exceção dos pais para debater esses conceitos. Deste modo, espera-se que sejam temas discutidos nas disciplinas escolares, já que esse assunto se mostra de grande importância e não está tendo o valor que deveria e acaba sendo silenciado nas práticas escolares e sociais. Sendo assim, nos temos o poder de ampliar as percepções das pessoas e favorecer o desenvolvimento melhor, de forma que possa raciocinar, repensar sua forma de ver as pessoas, trazer mais respeito e igualdade entre os gêneros. A melhor forma de chegar a está meta é através da influência da família e da escola.

Assim, é possível facilitar a desconstrução de conceitos e padrões preconceituosos, permitindo a formação de pessoas melhores e possibilitando a construção de uma sociedade mais igualitária e justa. REFERÊNCIAS LOURO, G. L. Orgs. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Editora Reviravolta, 2016. SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas na Educação.

43 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download