OS DESAFIOS DA PRÁTICA DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E A MULTIDISCIPLINARIDADE

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras chave: Psicopedagogia. Multidisciplinaridade. Institucional. Dificuldade de Aprendizagem. INTRODUÇÃO Sabe-se hoje que a psicopedagogia do século XXI está cada vez mais se posicionando diante da realidade escolar, observando e analisando fatores no qual o processo de ensino-aprendizagem se dá, e para onde está caminhando o ensino. Mery utilizou o termo pedagogia curativa para caracterizar o trabalho terapêutico com crianças que não aprendiam. Segundo ela, para atender às necessidades dessas crianças, o trabalho terapêutico deveria considerar fatores pedagógicos e psicológicos como intervenientes no processo de aprendizagem. GRASSI, 2009, pg 42). Aos poucos, foi se adotando o termo psicopedagogia em vez de pedagogia curativa, o objetivo da psicopedagogia era ofertar atendimento terapêutico aos alunos que não conseguiam acompanhar os conteúdos escolares, alunos que apresentavam desempenho baixo e que manifestavam comportamentos inadequados dentro da escola.

Afim de, melhorar a compreensão do processo ensino aprendizagem, a psicopedagogia nasce com o objetivo de ser um instrumento na perspectiva teórica quanto aplicada. Nesse movimento, ele se transforma e transforma o mundo, se apropria do conhecimento produzidos histórica e culturamente, se produz sujeito humano e gera conhecimentos. GRASSI, 2009, pg 47-48). Na concepção de Vygotsky, o desenvolvimento está baseado no organismo ativo, e o pensamento é construído em um ambiente histórico e social, isto é, as influências sociais, em vez de biológicas, são fundamentais na sua teoria. Ele defende que o desenvolvimento procede de fora para dentro, pela internalização. Dos estudos de Vygotsky que abordam a formação social da mente e as estruturas do pensamento e da linguagem (Vygotsky, 1993; 1994), destaca as seguintes ideias por ele defendidas: A abordagem vygotskyana contribui para ilustrar o papel da linguagem no pensamento e o estudo da simbolização e do símbolo, tão presentes na aprendizagem das crianças.

De acordo com (Cordié, 1996): [. passou-se da era do proletariado para a do estudante. Na primeira, ser analfabeto não representava um problema, uma vez quem não tinha instrução ou escolaridade era socialmente reconhecido pela capacidade de desempenhar diferentes ofícios (o de sapateiro e o ferreiro, por exemplo) e, portanto, tinha o seu lugar na sociedade. Na era do estudante, é necessário estudar primeiro para depois exercer uma profissão, e é preciso dominar alguns conhecimentos científicos para ser socialmente reconhecido. OS DESAFIOS DA PSICOPEDAGOGIA ATUALMENTE E A IMPORTÂNCIA DA MULTIDISCIPLINARIDADE O psicopedagogo do século XXI cabe posicionar-se diante dessa realidade, observando e analisando como se dão as aprendizagens, por onde caminha o processo de ensino-aprendizagem e que dificuldades surgem ao longo dele, considerando o contexto atual.

BOTH, 2012. p. É preciso transformar a escola e o professor, é importante que o educador aplique atividades significativas, isto é, atividades em que os alunos compreendem o “para que” de sua realização, nas quais tenham sentido e significado em si mesmas, e tenham prazer em realizá-las. Conforme a autora Cartaxo (2013), vale ressaltar a importância das atividades para os alunos, oferecendo-lhes oportunidades de escolha e tomadas de decisão, favorecendo sua independência na realização de diversas ações do dia a dia, cabe ao professor ter essa importante função de mediador do processo de ensino e aprendizagem, se movimentando junto ao currículo, propondo atividades, lançando desafios respeitando às características, potencialidades, expectativas, desejos e necessidades de cada aluno, despertam o interesse do aprendizado, de modo que o professor observe, registre e reflita continuamente, em caráter diagnóstico e processual, sobre tudo o que ocorre com cada uma, para que essa avaliação oriente as decisões pedagógicas, especialmente acerca de quais atividades poderão favorecer uma aprendizagem mais prazerosa e significativa para o desenvolvimento do aluno, em seus aspectos individual e social.

A instituição deve, acima de tudo, ensinar o aluno a pensar. A relação entre a afetividade e a aprendizagem tem influência fundamental que garantem ao aluno um ensino de qualidade. A participação da família e a presença do professor ajudam no aprendizado, no comportamento, na socialização, no respeito, na autoestima para que o desenvolvimento da criança na inserção na escola seja efetivo. O afeto e amor são as principais chaves para uma boa aprendizagem, e os educadores precisam estar atentos para que o fator afetivo entre o educador e o educando seja essencial para que o próprio sujeito envolva valores e o caráter para o desenvolvimento integral. Além disso, os educadores têm que se preocupar com a participação e a formação para que as crianças sejam críticas, solidárias, atuantes, criativas e felizes, onde os vínculos afetivos promovam pontos positivos no processo de aprendizagem e socialização.

Disponível em: <http://meuartigo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi possível concluir com este trabalho que a psicopedagogia se configura em prática fundamentada em teoria, com um amplo campo de pesquisa e investigação sobre a aprendizagem no espaço escolar, no qual se configura numa área de conhecimento relativamente nova, que busca a integração dinâmica de conhecimentos de várias ciências e áreas de estudo, no qual teve sua origem marcada pelas intensas transformações sociais, políticas e históricas ocorridas na Europa no século XIX e que ela surgiu de uma necessidade: tratar as dificuldades de aprendizagem e resolver questões referentes ao fracasso escolar. Pudemos observar e concluir que a psicopedagogia tem um percurso multidisciplinar, no qual analisamos nas várias teorias, disciplinas e práticas diferentes que discorreram sobre a aprendizagem do sujeito e que é preciso olhar o sujeito em sua totalidade.

REFERÊNCIA AMANCIO, Cristiane Ferreira Cunha. Desenho infantil enquanto objeto de investigação psicopedagógico. Disponível em <http://www. pdf> Acesso em: 29/10/2017. BHERING, Eliana. FULLGRAF, Jodete B. G. Planejamento na educação infantil: revelando intenções, reflexões e desejos. – (Série Fundamentos da Educação). CORDIÉ, A. Os atrasos não existem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. GRASSI, Tânia Mara. Fundamentos da Psicopedagogia. Disponível em: <http://mariamasarelapsicopedagoga. blogspot. com. br/2011/04/fundamentos-da-psicopedagogia. Acesso em: 26/11/2017. ROSENAU, Luciana dos Santos; Diagnóstico do fazer docente na educação infantil. Curitiba: Ibpex, 2012. VIGOTSKY, L. S.

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