OS BENEFÍCIOS DA MUSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Música

Documento 1

R Pereira (Orientador) Professor a (Examinadora) ________________________________________________ Professora responsável pela coordenação do TCC SANTOS 2018 AGRADECIMENTOS DEDICATÓRIA Conteúdo RESUMO 9 INTRODUÇÃO 10 1. A MÚSICA E SEU CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO 10 2. REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL 18 3. EXPERIÊNCIAS ESCOLARES EM MÚSICA 24 CONCLUSÃO 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28 RESUMO O objetivo deste trabalho foi refletir sobre a importância do uso da música no processo pedagógico no ensino infantil. Todo contexto histórico do uso do musica no ambiente escolar, a fala dos autores e as experiências em sala de aula nos dias atuais, nos provou a importância desse ensino no processo de ensino e aprendizagem das crianças e apresentar tendências que ressaltaram a criatividade, sensibilidade e improvisação. O contexto histórico da educação musical brasileira caminha junto com todo processo da educação.

Segundo Ana Mãe Barbosa (1989) a conscientização histórica dos educadores da área de Artes possibilita uma análise do sistema educacional, que será fundamental para geração de ações transformadoras. O Brasil antes da chegada dos portugueses era habitado pelos índios, que cultivavam em sua cultura a arte da musica, conforme relatam os primeiros exploradores europeus em registros da época. Segundo Andrade 1963; Loureiro 2003, a musica indígena era de caráter ritualístico e religioso ligado a rituais de magia. Ainda que descrita como melodicamente simples, era dotada de uma sonoridade intensa e de uma cadência rítmica forte e definida. Segundo Orazem (2006) o principio jesuítico era que todos tinham acesso ao ensino de arte e da música, pois seus fundadores partiam do principio de que o artista não possui um dom divino, então qualquer ser humano é capaz de apropriar-se do dom artístico, aprimorando-o sempre.

Durante anos de catequização os jesuítas serviram-se da inclinação natural dos índios para a música, utilizando-a como meio de vincular os princípios da fé religiosa crista e como forma de aproximarem-se do ambiente nativo. LOUREIRO, 2003, p. De acordo com Almeida (2007), a presença da musica na escola brasileira do período colonial era intensa e valorizada como uma das formas de transmitir os valores e a moral da fé cristã e católica, tanto para os indígenas como para os portugueses que habitavam no Brasil. A alfabetização musical era feita paralelamente à alfabetização na língua portuguesa e ao aprendizado das outras disciplinas. Segundo Almeida (2007), o ensino de Música e Desenho era oferecido não como uma disciplina tradicional, mas como uma atividade extracurricular.

Nas escolas tradicionais, faltava o ensino de musica e do desenho. Devido à falta de escolas de musica, neste período começaram a aparecer os professores particulares, principalmente os de piano, já que aprender esse instrumento fazia parte de boas maneiras. Dessa maneira inicia-se o que Mario de Andrade chamou de Pianolatria, e assim: Essa Pianolatria era perpetuada e incentivada pela vinda e permanência de professores estrangeiros, que segundo Martins (1993), transmitiam conceitos defasados, comparando-se aos praticados na Europa. ALMEIDA, 2007) De acordo com Almeida (2007) em 1841, é aprovado o projeto de criação do Conservatório de Música, no Rio de Janeiro, que só veio a efetivar-se em 13 de agosto de 1848. Segundo Almeida (2007) após esses anos, deu-se inicio ao período da Segunda Republica marcada por acontecimentos que mudaram os rumos da política brasileira.

No período de 1930 a 1936 foram criados o Ministério da Educação e Saúde Publica e o Conselho Nacional da Educação e os Conselhos Estaduais de Educação. Entretanto, afirma Loureiro (2003) que o clima do nacionalismo dominante no Brasil, a partir da revolução de 30, fez com que o ensino de musica, crescesse em importância nas escolas, passando a ser um dos principais veículos de exaltação da nacionalidade, o que veio determinar sua transmissão por todo o país. Durante esse período, três músicos – educadores, Liddy Chiafarelli Mignone, Antônio de Sá e Heitor Villa-Lobos agem com intervenções e ações, que tinham por intenção alcançar todos educandos do país, demostrando assim preocupação com a educação musical.

Ao idealizarem algumas mudanças no ensino de música, esses educadores inseriram duas metodologias para serem desenvolvidas em instituições diferentes: Villa- lobos implementaria o canto orfeônico na rede de escolas públicas do país, objetivando, por meio de um trabalho oral, musicalizar as massas escolares. decretando assim a obrigatoriedade do canto orfeônico nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Criou no mesmo ano, o curso de pedagogia de música e canto orfeônico e o orfeão dos professores do distrito federal. Segundo alicia, esse projeto além do objetivo social, também apresenta o lado politico pedagógico, instituindo nas escolas públicas o canto orfeônico como uma prática cívico musical. O Canto orfeônico acontecia nas exortações cívicas, que eram transformadas em manifestações de exaltação ao presidente, as apresentações marcavam todos os feriados Nacionais, eram realizadas no pátio do ministério da educação e cultura e em estágios de futebol, chegando reunir 40 mil vozes juvenis.

Após o fim do Estado Novo, 1961 foi promulgada a primeira LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), em cumprimento à determinação da Constituição sobre a obrigação da União em legislar sobre a educação nacional. Surge assim o movimento da criatividade, que se baseava em atividades de conhecer e vivenciar a música de formas variadas, como ser sentida, tocada e dançada. Os professores de música entregaram-se a um fazer pedagógico-musical que, embora buscasse o novo, fundia-se em diversas linguagens artísticas num todo. O que na verdade se buscava era alcançar uma nova forma de expressão que privilegiasse mais o processo e menos o produto. LOUREIRO, 2003, p. A lei 5692/71 (LDB), cria alguns paradoxos e interpretações equivocadas que culminaram na utilização da musica na escola como pano de fundo para outras linguagens artísticas, afirma Loureiro (2003).

Um dia após o evento aconteceu uma audiência pública no Senado, onde foi aprovada a inclusão da musica na subcomissão de cinema, teatro, comunicação social do senado. REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL O RCNEI ou Referencial curricular nacional para a educação infantil, l tem como objetivo compartilhar conhecimentos, parâmetros e orientações pedagógicas, que visam contribuir com a inserção de praticas educacionais, auxiliando o educador em seu desempenho em sala de aula. Sendo este subdivididos em três volumes, Volume 1: Introdução, Volume 2: Formação pessoal e social, Volume 3: Conhecimento de mundo. O primeiro volume configura-se em introduçã,o trazendo o conceito de cuidar, educar, e infância. traz o perfil do professor da educação infantil e seus objetivos, além da visão do profissional, em sala de aula e como as instituições devem organizar-se respeitando a diversidade e pluralidade cultural e social de seus alunos.

Em cada bloco traz uma relação ao conteúdo e uma orientações ao professor para o desenvolvimento dos pontos tratados anteriormente pelo RCNEI O segundo traz a música como tema principal, trazendo objetivos,atividades, e apresentando como a musica é importante na formação da criança, esta estando sempre presente na vida do individuo e por fim trazendo considerações ao educador quanto ao tema  Artes Visuais na Educação Infantil não apresenta apenas trabalhos artísticos ou pinturas, mas apresenta a criança um universo de possibilidades contidas nas imagens (RCNEI 1998) coloca que: No processo de aprendizagem em Artes Visuais a criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e/ou externa(RCNEI,1998 pg: 87) Nota-se que há a possibilidade do aluno desenvolver seus próprio conhecimentos ligados ao tema, e o professor deve levar em conta as capacidades da faixa etária da criança para o desenvolvimento das atividades.

Linguagem oral e escrita, não se resume apenas a introdução a escrita por parte dos alunos da pré-escola, mais trata dos primeiros contatos da criança com a escrita e a linguagem oral, o Referencial curricular nacional para a educação infantil  também traz varias sugestões de trabalhos que podem ser executados com os alunos como contação de historias e introdução ao letramento. Por fim o ultimo tópico tratando a matemática, que norteia-se também em duas divisões a primeira relacionada a crianças menores, que devem ser direcionas a entender e ganhar as primeiras noções de quantidade e crianças da pré-escola que, são direcionas ao raciocino lógico e o entendimento de cada numero correspondente a uma determinada quantidade.

Nota-se que o Referencial curricular nacional para a educação infantil, traz inúmeros pontos que auxiliam o trabalho do professor em sala de aula, regulamentando e padronizando,quais são as funções, e matérias a ser abordado sem cada fase na educação infantil. Permitindo desta forma que o aluno seja respeitado em sua capacidade de aprendizado e o professor possa seguir uma base para seu trabalho O Referencial curricular nacional, para a educação infantil  em seu texto traz pontos de importe valor para o professor em relação as suas atitudes em sala de aula e quais maneira deve proceder diante dos desafios encontrado na educação infantil, servindo de norte para suas atividades diárias. Segundo Moreira (2014) nas aulas de música, se desenvolve o trabalho em equipe, todos precisam trabalhar em Harmonia, com o mesmo objetivo, desempenho, comprometimento com os ensaios e em praticar a musica com o grupo.

Por isso é importante que aconteça em sala de aula. Ao realizar aulas de musica no ambiente escolar, a instituição de ensino não tem por objetivo a formação de músicos, mas sim da vivência, contato e compreensão da linguagem musical. Contribuindo assim para a formação total de cada aluno. Segundo Gainza (1988) As atividades musicais na escola podem ter objetivo preventivo, nos seguintes pontos: físico: oferecendo atividades que aliviam tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga; Psíquico: promovendo processos de expressão, descarga emocional e comunicação através do estímulo musical e sonoro; Mental: proporciona situações que contribuem para estimulo e desenvolvimento do sentido da ordem, organização, harmonia e compreensão. Loureiro 2010, p 128) Todas as atividades pedagógicas oferecidas por meio da linguagem musical são direcionadas a relação entre o objeto de estudo e o sujeito.

O modo como é desenvolvido e trabalhado o processo e o objeto da aprendizagem é o que irá valorizar a ação pedagógica desenvolvida na prática social concreta, sendo assim mediadora entre o social e o individual. EXPERIÊNCIAS ESCOLARES EM MÚSICA Segundo Mödinger é preciso fazer uma reflexão sobre a nossa relação com a música, o que gostamos de ouvir nos rádios, na televisão, uma musica que nos remete a alguém, nos faz lembrar-se de certos momentos, que nos acalma, que nos fazem sentirmos especiais, podemos perceber que nossa relação com a música acontece por diversas maneiras e muito cedo, tem como inicio nosso contato com as canções infantis folclóricas que apresentamos para as crianças muitas vezes no período de gestação.

Por esse motivo a música nas escolas precisa acontecer de forma renovadora que chama atenção dos alunos, de forma que sintam prazer em estarem participando das aulas, são de extrema importância que os professores estejam atentos a novos ritmos, variações culturais, diversificando a forma do ensino para que os alunos possam aprender a sentir, ouvir, apreciar, e dar valor para todo conhecimento passado, ou melhor, para toda musica que lhes por apresentada. Vale ressaltar que a disciplina de artes pode ser uma ferramenta para a alfabetização para as crianças, pois aprendem com seu próprio corpo, criam imagens, sons e movimentos. Segundo algumas educadoras a música chegou para acalmar as crianças que normalmente estavam sempre agitadas, para tirar a agressividade e para auxiliar no processo de alfabetização.

E além de ajudar a minimizar as dificuldades no comportamento, também pode ser utilizada para mudar a situação dos casos de defasagens escolares, diminuindo o numero de evasão, o que existia muito na unidade escolar, era como se as aulas de música trouxessem o aluno de volta para a sala de aula despertando o melhor dele. Também chegaram à conclusão de que a música ajuda no desenvolvimento corporal e mental da criança, trabalhando assim o todo da criança. Destacam também a importância da música na disciplina através do relaxamento auxiliando na aprendizagem. E no auxilio da música em questão de organização, disciplina e da audição. Rio de Janeiro: F. Briquiet, 1963. BARBOSA, Ana Mãe.

Arte-Educação no Brasil: realidade hoje e expectativa futuras. Estud. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Ensino de primeira à quarta séries, 1997. FIGUEIREDO, Sérgio Luiz Ferreira de. Educação musical e realidade social; uma experiência na comunidade cafuza de José Boiteux – Santa Catarina. In: SIMPÓSIO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 6, 1997, Londrina. FUSARI, M. F. R. FERRAZ, M. H. Anais. São João del Rei, 1985 LIBÂNEO, José Carlos, Democratização da Escola Publica: a pedagogia critica social dos conteúdos. ªEd. São Paulo: Loyola, 1987. LIBÂNEO, José Carlos. Edelbra, 2013. OLIVEIRA, Glacy Antunes de. Critérios de qualidade para a avaliação de ensino e aprendizagem em música. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPPOM, 7, 1994, São Paulo. Anais. Arte e educação: uma estratégia jesuítica para a catequização dos índios no Brasil colonial.

  SNYDERS, George. A escola pode ensinar as alegrias da música? São Paulo: Cortez, 1992. VILLAÇA, Iara de Carvalho. Arte-Educação: A arte como metodologia educativa.

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