O uso das ferramentas digitais como alternativa no ensino de alunos com dificuldades de aprendizagem

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Embora ocorram poucas contestações a essas considerações, o que se observa nas escolas, de forma geral, é a pouca utilização dessas novas tecnologias para desenvolver os conteúdos curriculares. Inicialmente, essa escrita procura delimitar o papel das novas tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) nas práticas escolares, demonstrando as vantagens do uso desses recursos junto aos alunos, especialmente aqueles com dificuldades de aprendizagem. Pontuam-se algumas características dessas ferramentas, os pressupostos que permeiam seu uso na educação e alguns cuidados com a sua utilização pelos professores. Num segundo momento, busca-se explicitar o campo de atuação da psicopedagogia e alguns dos espaços de ação para o psicopedagogo, considerando que este campo, bem como o profissional desta área, está diretamente envolvido com as questões da aprendizagem.

Após, aborda o conceito de dificuldade de aprendizagem, tecendo algumas considerações sobre a interação desse aluno com as ferramentas digitais. Imersos nessa sociedade do conhecimento _ e da aprendizagem_ não se pode privar os alunos do uso dessas ferramentas. O debate sobre o uso das ferramentas digitais no ensino já esta presente há algum tempo nas pesquisas acadêmicas e nas práticas escolares, não podendo mais ser substimada. Nessa direção, torna-se primordial que os alunos aprendam a aprender com consciência das transformações que ocorrem, o que justifica a relevância de os professores estarem sempre preparados para auxiliar seus alunos em relação às incertezas que ocorrem nesse processo, de forma a contribuir para uma formação mais humana (ASSMANN, 2000). Uma das grandes vantagens das tecnologias digitais (e agora já considerando o uso por alunos com dificuldades de aprendizagem) é a possibilidade de individualização do ensino, na medida em que o ritmo do aluno, o tempo para seus avanços são respeitados nos jogos, softwares e ferramentas digitais.

Dentre as tecnologias, a com maior alcance nas práticas escolares e cotidianas são o computador e a Internet, que possuem características interativas com o meio, visto que permitem a integração de diferentes mídias e recursos tecnológicos. Por isso, esse avanço tecnológico deve ser encarado como um meio para alcançar melhor qualidade no processo de ensino aprendizagem, sendo fundamental para tal a mediação do professor. Dessa forma, a [. adoção de plataformas, aulas e objetos educacionais digitais (vídeos, games, objetos, redes sociais, aplicativos, etc. podem contribuir para que cada aluno desenvolva habilidades e competências compatíveis com novas demanda sociais, construindo um percurso próprio de aprendizagem, no seu ritmo e a partir das suas necessidades, construa experiências de aprendizagem coletivas e colaborativas, potencialmente reformulando espaços e tempos escolares e ampliando o papel do professor como mediador de conhecimento.

LIMA, 2014, p. Segundo Paulo Freire, se deve educar, antes de tudo, a partir da vivência e experiência do aluno, posto que é a “(. leitura do mundo que precede sempre a leitura da palavra” (FREIRE, 2007, p. A educação formal, escolar, não pode manter-se alheia ao contexto sociocultural dos estudantes, imersos em uma realidade cada vez mais interativa e conectada às novas tecnologias. Os computadores conectados em rede, jogos digitais, redes sociais, blogs, sites de compartilhamento são instrumentos técnicos cada vez mais utilizados e que podem contribuir muito com a aprendizagem dos alunos, mas não são, por si só, a garantia do sucesso escolar. Para que o uso das TIC’s contribua para as práticas educativas, é necessário, dentre outras coisas, investir na formação e no embasamento teórico do professor, para que os docentes coloquem essas ferramentas digitais a serviço de seu planejamento.

Se para alguns objetivos, um jogo digital ou uma pesquisa na Internet são boas opções, para outros, o melhor pode ser uma aula expositiva ou a leitura do livro didático. o objetivo do uso da metodologia com a Internet não deve ser o divertimento. Ele pode e será mais efetivo se for agradável. Mas o objetivo primeiro deve ser aquilo que se pretende com a disciplina e com a temática trabalhada. Limitar o uso da Internet a vontade de dar aulas "diferentes” é subestimar seu potencial pedagógico como instrumento de acesso às informações [. Para Chamat (2004), a psicopedagogia desenvolveu-se a partir das diversas queixas relacionadas à aprendizagem: “os educadores preocupados com o grande número de alunos com dificuldade de aprendizagem inseriram uma área intermediária entre a psicologia e a pedagogia que foi denominada de psicopedagogia.

p. ” Embora inicialmente tenha recebido grandes contribuições da área da saúde, a psicopedagogia, como o próprio nome permite inferir, consolidou-se como um campo do conhecimento que emprega contribuições da psicologia e da pedagogia. De acordo com Chamat (2004), a psicopedagogia surge a partir das diversas queixas relacionadas à aprendizagem: “os educadores preocupados com o grande número de alunos com dificuldade de aprendizagem inseriram uma área intermediária entre a psicologia e a pedagogia que foi denominada de psicopedagogia. ” Esta nova área, a psicopedagogia, estabelece uma metodologia específica que busca clarificar as causas do não aprender. Numa perspectiva orgânica, as dificuldades de aprendizagem são consideradas como desordens neurológicas que interferem na recepção, integração ou expressão de informação e são manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio, habilidades matemáticas ou habilidades sociais.

Numa perspectiva educacional, as dificuldades de aprendizagem refletem uma incapacidade ou impedimento para a aprendizagem da leitura, escrita ou cálculo ou para a aquisição de aptidões sociais. A dificuldade de aprendizagem emerge sempre no período em que a criança ingressa formalmente na escola. É um momento de grande importância no qual a criança precisa desempenhar tarefas para o seu desenvolvimento, como adquirir capacidades nas relações interpessoais, obter sucesso escolar, aprender a escrever e a ler, manter um comportamento administrado por regras (MAZER; BELLO, MAZON, 2009). Obter baixo rendimento na escola interfere não apenas na autoestima da criança, como também em sua capacidade produtiva, na aceitação pelas crianças com idades aproximadas, familiares e em diferentes aspectos do seu desenvolvimento, inclusive um desenvolvimento sócio afetivo apropriado.

No caso dos seres humanos, a aprendizagem se dá em grupos; tais grupos estimulam, estabelecem e pactuam posturas adequadas e aceitas socialmente. Busca-se fazer aqui um recorte sobre aprendizagem no que tange ao fracasso escolar, compreendendo que o não aprendizado escolar estimula a exclusão social, estigmatiza o sujeito aprendente e, por vezes, define o sue insucesso profissional e pessoal. O não aprendizado na escola é a principal causa do fracasso escolar, embora evasão escolar, trabalho infantil, condições socioeconômicas estejam envolvidos. É o não-aprender que rotula o sujeito como intelectualmente limitado. Weiss (2004, p. Assim, as TIC’s permitem a ligação desse aluno com o mundo exterior, permitindo-os interagir, conhecer e compreender essa nova realidade. O prazer em realizar a atividade através das TIC’s, comuns a maioria dos alunos, deve ser considerada como um fator determinante no sucesso do processo de ensino aprendizagem.

Sobre isso, é bom destacar o quanto as novas tecnologias diminuem a tensão entre professor e aluno, na medida em que torna o processo educativo mais significativo ao estudante, o que favorece o convívio. Essa maior harmonia é algo a ser considerado, como reforça Fernández (1991): Necessariamente na aprendizagem entram em jogo, numa maneira individual de relação, pelo menos quatro níveis, aportados pelo ensinante e pelo aprendente em um processo vincular. Para aprender, necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente) e um vínculo que se estabelece entre ambos. pra realizar o contato do aluno com o objeto da aprendizagem. As situações de interação com as novas tecnologias permitem que a criança reproduza esquemas do cotidiano e organize suas projeções. As ferramentas digitais podem contribuir para o ensino de alunos com dificuldades de aprendizagem na medida em que considerem as individualidades e reais necessidades desse público.

Isso pode ocorrer de muitas formas: a riqueza de ferramentas que possibilitam experiências visuais, a facilitação da escrita quando esta não é possível por meios manuais; e muitos outros. Tais possibilidades geradas no ambiente digital e virtual são diversas e devem ser aproveitadas para oportunizar experiências e saberes a esses estudantes, que geralmente são dificultados pelas metodologias tradicionais de ensino. O uso das novas tecnologias é um mecanismo estratégico de desenvolvimento da aprendizagem, pois propicia o envolvimento do aluno e possibilita a apropriação significativa do conhecimento. Essas ferramentas auxiliam de forma efetiva o aluno, estimulando-os a buscarem e socializarem com esses recursos de forma a melhorar seu desempenho escolar. Essas ferramentas tecnológicas além de facilitar o acesso aos novos conhecimentos servem também de base para novas adaptações aos sistemas variados de transmissão de conhecimento de maneira a melhorar, transferir e transformar os fatores complicado em algo mais acessível e sedimentado, transformando a teoria em prática.

As TIC’S como são chamadas essas tecnologias, servem de auxílio ao estudo e facilitam a aprendizagem trazendo o conhecimento de forma mais estruturada. Estudar e usar as tecnológicas de informação, transformando o que é complicado em útil, além de ser mais criativo, é estimulante. CHAMAT, L. Diagnóstico Psicopedagógico: o diagnóstico clínico na abordagem interacionista. São Paulo: Vetor, 2004. FERNANDEZ, A. Inteligência aprisionada. KENSY, V. Aprendizagem mediada pela tecnologia. Revista Dialogo Educacional, Curitiba, v. n. p. BELLO, A. C. D. BAZON, M. R. ago. Disponível em: <http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0100- 9651997000200006> Acesso em: 20 jun. Revista Pátio, v. p. WEISS, M. Psicopedagogia Clínica: Uma Visão Diagnóstica dos Problemas de Aprendizagem Escolar. Rio de Janeiro: DP&A,2000.

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