O Tratamento das estrias por Carboxiterapia

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Biomedicina

Documento 1

Obrigada ao meu irmão Diego Roberto Fares, pelas palavras de ânimo e por sempre acreditar em mim. Ao meu namorado Luís Guilherme Aguiar, que foi um grande parceiro ao meu lado, sem você seria tudo mais difícil. Agradeço também a todos os docentes do curso de Especialização Biomedicina Estética, pela contribuição no meu conhecimento profissional. SUMÁRIO RESUMO 03 1. INTRODUÇÃO 04 2. CONCLUSÃO 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Estrias rubras 13 Figura 2 – Estrias albas. Figura 3 – Carboxiterapia aplicada a estrias 19 Figura 4 – Efeitos do tratamento com carboxiterapia após 8 sessões. RESUMO O presente estudo objetiva discutir a eficácia da carboxiterapia no tratamento de estrias atróficas. Para a realização desse estudo, como metodologia optou-se por uma pesquisa de revisão literária qualitativa.

Os artigos científicos revisados foram buscados em bases de dados da PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/BIREME). Jéssica Aparecida Fares. Pós-Graduação em Biomedicina Estética pelo Núcleo de Estudos e Treinamento Ana Carolina Puga– NEPUGA – Londrina/PR. INTRODUÇÃO A busca do corpo perfeito é crescente e incessante1. As mulheres mostram preocupações com as alterações que se processam em seus corpos: celulite, manchas de sol, varizes, estrias, dentre outros2. Estrias são espécies permanentes de cicatrizes dérmicas e a aparência pouco atraente pode ter um impacto psicológico negativo sobre algumas pessoas.  Apesar de não existem diretrizes consensuais sobre o tratamento das estrias, o tratamento com carboxiterapia tem surtido bons efeitos e obtido boa aceitação no meio estético por melhorar a elasticidade da pele, a circulação e ajudar a reparar o colágeno10,11,12.

OBJETIVO GERAL • Conhecer como se processa o tratamento das estrias pela carboxiterapia. Objetivos específicos • Explicar a técnica, o procedimento e o processo de reparação tecidual pela carboxiterapia; • Apresentar a etiologia das estrias e os tratamentos existentes para atenuá-las; • Enumerar o resultado de estudos sobre o uso da carboxiterapia no tratamento de estrias. REVISÃO DA LITERATURA 3. As estruturas da pele A pele é o maior órgão do corpo humano e é composta das seguintes camadas principais: epiderme, onde estão as células epiteliais; a derme, dividida em derme superficial, média e profunda; e a hipoderme13. O epitélio queratinizado é sustentado pela derme e pelo tecido conjuntivo subjacente. Contém melanócitos (células que produzem o pigmento castanho chamado melanina), que confere cor à pele, cabelo e pêlos.

Quanto mais melanina os melanócitos produzirem, mais escura é a pele16. Já a derme é a parte profunda da pele. É um tecido conjuntivo denso irregular com fibroblastos, algumas células adiposas e macrófagos. São reações adversas cutâneas comuns causadas durante a gravidez, afetando aproximadamente 50% a 90% das gestantes.  As estrias também são vistas em outras condições, como ganho de peso rápido (obesidade), hipertrofia muscular (fisiculturistas), endocrinopatias (como a síndrome de Cushing), aumento de mama ou como efeito colateral do uso e abuso de corticosteróides tópicos.  São mais comumente vistas nas coxas, abdômen, seios femininos e braços nos machos. Em gestantes, foram identificados preditores independentes de estrias: idade mais jovem, história materna e familiar de estrias, aumento do peso pré-gestacional e pré-parto, aumento do peso ao nascer e ausência de doença crônica.

Nessas mulheres, as marcas de estiramento com coceira podem ser um sinal de herpes gestacional20.   Além disso, nas estrias rubras, as fibras de colágeno tornam-se mais espessas, mais densamente compactadas, dispostas em um padrão paralelo e mostram uma redução nas fibras elásticas.  Por outro lado, as estrias têm menos vascularização e tendem a ser muito pálidas.  As estrias albas são semelhantes a cicatrizes dérmicas maduras e achatadas ou alongadas27.   As estrias rubras apresentam linfócitos, monócitos e neutrófilos ao redor dos vasos sanguíneos, um incremento nas células mesenquimais e fibroblastos ativos, evidenciando uma fase inflamatória. Com a evolução clínica, elas se tornam atróficas e sem cor, denominadas estrias albas. O dióxido de carbono é um gás inodoro e incolor que, quando injetado por via subcutânea, difunde-se ao nível da microcirculação cutânea.

Como resultado, o organismo tentará corrigir o que considera um desequilíbrio nos níveis de oxigênio/dióxido de carbono, aumentando o fluxo sanguíneo para fornecer oxigênio e nutrientes à pele e aos vasos. Esse processo melhora a aparência da pele11. O uso de dióxido de carbono na medicina não é uma técnica nova, na verdade tem sido usada na terapêutica médica há séculos. Relatos sugerem que nos séculos XVII e XVIII, a carboxiterapia foi usada para tratar úlceras cutâneas crônicas e por suas propriedades anti-infecciosas, e sua aplicabilidade foi expandida durante a década de 1930 para tratar arteriopatias orgânicas e funcionais12. Os cirurgiões também notaram redução do tecido adiposo adjacente e edema fibroso. Com base nessas observações, gradualmente foram desenvolvidas novas possibilidades do uso da carboxiterapia com aplicabilidade em medicina estética não-invasiva e na dermatologia34.

O ponto primordial a considerar em relação ao aumento da circulação propiciada pela carboxiterapia é que a hipercapnia melhora a oxigenação tecidual. Quando aplicado topicamente (por exemplo, como banho de água com CO2), o aumento na concentração de dióxido de carbono dentro do tecido e dos vasos sanguíneos periféricos faz com que as arteríolas pré-capilares se dilatem, o que acaba por aumentar o fluxo sanguíneo para a pele11. A hipercapnia reduz ainda mais a resistência das artérias na pele e nos músculos, que se dilatam devido ao declínio do pH. A carboxiterapia é um tratamento seguro e de baixo custo que oferece uma alternativa para tratamentos mais dispendiosos, como cirurgia ou tratamentos com laser de dióxido de carbono ablativo.

Os pacientes permanecem acordados para o tratamento, que leva apenas alguns minutos e não apresenta risco de cicatrizes, formação de crostas, vermelhidão prolongada ou infecção, como o resurfacing a laser e outros tratamentos. Em vez de tratar as estrias do lado de fora, a carboxiterapia as trata a partir do interior da pele com o suprimento de oxigênio do corpo e a renovação da circulação local38. Por fim, é importante ressaltar que trata-se de um método minimamente invasivo que envolve a aplicação de dióxido de carbono por via subcutânea através de pequenas infiltrações na pele 36 (Figura 3).   Figura 3 – Carboxiterapia aplicada a estrias Fonte: Lopes39 Com essa técnica, a vasodilatação é alcançada com a oxigenação tecidual que estimula a microcirculação e a oxidação dos ácidos graxos atuantes no tecido atrófico e cicatricial das estrias36 deixando a pele mais lisa e suave (figura 4).

avaliaram e compararam a eficácia e segurança da carboxiterapia vs plasma rico em plaquetas (PRP) no tratamento de estrias. Este estudo incluiu 20 pacientes com estrias albas.  Cada paciente recebeu tratamento na forma de injeção de PRP no lado direito (grupo A) e na sessão de carboxiterapia no lado esquerdo (grupo B) a cada 3-4 semanas durante 4 sessões.  Biópsias de pele foram realizadas antes e após o tratamento e foram submetidas a coloração imuno-histoquímica de fibronectina. Houve uma melhora significativa na estria alba em ambos os grupos após o tratamento.  O tratamento foi realizado na área da pele nas estrias localizadas no estômago, nádegas e coxas.  A sonda cutométrica foi utilizada para avaliar a elasticidade da pele.  Quatro medidas foram realizadas imediatamente antes de cada tratamento e um mês após a última sessão.

 A documentação fotográfica foi feita antes e após uma série de tratamentos para avaliação clínica das alterações da condição da pele. A análise estatística dos resultados obtidos com o uso do Cutometer (parâmetros R2 e R8) demonstrou que a carboxiterapia melhorou significativamente a elasticidade da pele nas estrias. A velocidade do gás deve ser de 50 a 80 mL/min, em dispositivos que pré-aquecem o gás. O método pode ser usado para estrias rubras e albas44. Os resultados podem ser observados geralmente após a terceira sessão de tratamento. As estrias ficam gradualmente menos visíveis e toda a superfície da pele, mais lisa e compacta. Assim, embora as estrias permaneçam visíveis, toda a área parece mais saudável.

Como critério de inclusão elegeu-se os artigos publicados em formato completo nos idiomas, português, inglês e espanhol. Foram excluídos do estudo os artigos que não contribuíam para a compreensão do tema em análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pele é o maior órgão do corpo e tem a notável capacidade de se expandir e contrair conforme necessário14. A pele é forte e elástica, mas seus tecidos de suporte podem ser danificados se forem esticados além de sua capacidade ou muito rapidamente4,6. Esta rápida expansão da pele pode levar ao aparecimento de estrias.   Quando a camada média da pele é esticada muito rapidamente, algumas de suas fibras de colágeno podem se quebrar. Isso permite que os vasos sanguíneos subjacentes apareçam, deixando para trás as marcas vermelhas ou arroxeadas7,38.

Com o passar do tempo, elas ganham uma cor branca ou prateada à medida que os vasos sanguíneos são restaurados. Normalmente, as marcas não desaparecem por completo6,7. Embora não sejam fisicamente dolorosas, as estrias podem trazer problemas psicológicos, afetar a confiança e a autoestima de uma pessoa, especialmente em caso de ocorrência em mulheres4,29. Mesmo sendo tratadas, as estrias não desaparecem completamente, no entanto, ficam mais lisas e claras e em alguns casos, quase imperceptíveis. As injeções subcutâneas de dióxido de carbono (CO2) tornaram-se cada vez mais populares no campo da medicina estética, dada sua capacidade de promover a oxigenação da pele a partir da microcirculação subjacente.  Ao contrário da aplicação tópica de compostos oxigenantes, essa técnica garante a liberação desimpedida de O2 para os tecidos, gerando um efeito de Bohr que troca O2 com CO2 no nível dos capilares dérmicos.

 As alterações microcirculatórias, devido à liberação transitória de CO2, melhoram a perfusão da pele e facilitam o fornecimento de nutrientes e o descarte de resíduos.  O suprimento de oxigênio que se segue estimula a produção de colágeno e acelera o metabolismo celular. com. br/artigos. htm>. Acessado em: 26 jan. LIMOEIRO, B. n. p. Toschi, A. Estrias e Cicatrizes Atróficas. In: Maio, M. D. L. Tratamento em estrias: um levantamento teórico da microdermoabrasão e do peeling químico. Disponível em: <http://siaibib01. univali. P. D. Ação comparativa entre microagulhamento e microgalvanopuntura no tratamento de estrias albas. Disponível em: <http://tcconline. utp. Liu, L; Ma, H; Li, Y.  Interventions for the treatment of stretch marks: a systematic review.  Cutis. Amaral, C.

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