O papel da cultura afro-basileira e indígena para democratização social

Tipo de documento:Portfólio

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Nesse sentindo, destaca o ato de considerar a diversidade da população brasileira de sua formação identitária, de matriz branca europeia, indígena e do negro africano e que vem intensificando o interesse de pesquisadores que tem se debruçado com bastante atenção para essa área do conhecimento. Observa-se, dessa forma que por um longo período, o ensino foi direcionado preferencialmente para atender às demandas educacionais da população branca e com poder aquisitivo dominante. No entanto percebe-se uma mudança nesse cenário no final da década de 1980, que com o processo de redemocratização pós Ditadura Militar e às pressões sofridas por alguns segmentos da sociedade principalmente pela comunidade negra, que iniciam um processo de mobilização dos movimentos contra o racismo, exigindo maior efetividade das políticas públicas acerca da igualdade, do reconhecimento do negro como cidadão integro com os mesmo direitos dispensados a sociedade branca.

Apesar da população brasileira ser formada por 45% de pessoas negras, segundo o IBGE, presenciamos ideologias que remetem às desigualdades e estereótipos racistas. Percebe-se que há uma predominância de um imaginário étnico-racial que favorece a brancura, privilegiando de forma específica as raízes europeias da nossa cultura, desconsiderando ou menosprezando grupos de valor cultural de grande significado para a nossa constituição histórico-cultural que são os africanos, os indígenas e os asiáticos. Em seu artigo 26, acrescido na Lei nº 9,394/1996, prevê muito mais do que a simples inclusão de novos conteúdos, e sim reivindica que as relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, as práticas de ensino, as condições em que acontece a aprendizagem, os objetivos táticos e explícitos da oferta do ensino nas escolas sejam repensadas e reavaliadas.

Segundo o § 2º da Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004 do Conselho Nacional de Educação (CNE), o objetivo do ensino de história e Cultura Afro-brasileira e Africana deve focar no reconhecimento e na valorização da identidade, da história e da cultura dos afro-brasileiros, garantindo a igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, juntamente com os indígenas, europeus e asiáticos. Dessa forma as instituições de ensino devem ser respaldadas na garantida da autonomia de suas ações sobre este tema, devendo estas construir e organizar projetos pedagógicos que estejam de acordo com as exigências previstas na Lei acima citada, devendo essas instituições buscarem parceria com as comunidades escolares, como também a colaboração direta ou indireta das instituições universitárias, dos grupos sociais e culturais ligados ao Movimento Negro, para que assim seja propiciado a interação da escola com a comunidade.

Neste contexto, destacam-se as contribuições de vários autores que versam sobre a inclusão da história e cultura dos afro-brasileiros e dos africanos, levantando análises reflexivas sobre o tema em questão. Nesse sentido, Bernard(2005), salienta sobre a necessidade da efetivação de diretrizes que possam nortear a elaboração de projetos de valorização da história e da cultura dos afro-brasileiros e dos africanos, sendo que tais ações devem se comprometer com a educação focada nas relações étnico-raciais, favorecendo a interação e integração desse povo com o meio em que vive de forma íntegra. Em seu livro Raul Lody organiza a coleção “Olhar a África e ver o Brasil”, que mostra fotografias de Pierre Verger. A Coleção traz em cada livro uma temática.

Na obra Influências, as fotos de Verger revelam a beleza da cultura africana e a força de sua influência na música, na dança, na culinária, no vestuário, nas artes e em muitos outros costumes do cotidiano brasileiro. Já na obra Crianças, as fotografias de Pierre Verger revelam a beleza da cultura africana e a força de sua influência também no cotidiano brasileiro. O livro destaca temáticas como a alegria, as brincadeiras, os instrumentos musicais (como os tambores, a kalimba e a flauta,), as danças e a culinária. A escola como instituição formadora de cidadãos, deve assumir o compromisso de proporcionar a redução dos índices de preconceito racial, tanto no seu cotidiano educacional como na comunidade de sua abrangência.

REFERÊNCIAS BERNARD, François. “Por uma redefinição do conceito de diversidade cultural”. In: Brant, Leonardo. Diversidade Cultural. São Paulo: Cortez, 2000 PASSOS, Joana Célia dos. “Discutindo as relações raciais na estrutura escolar e construindo uma pedagogia multirracial e popular”. In. Nogueira, João Carlos (Org. Multiculturalismo e a pedagogia multirracial e popular. gov. br/mipid/sugestoes/filmes-cultura-ne. Acesso em 22 de nov.

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