O NEGRO NA MARINHA DO BRASIL: INSERÇÃO, COTIDIANO E DESIGUALDADE

Tipo de documento:Pré-projeto

Área de estudo:História

Documento 1

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 02 3. OBJETIVOS 07 3. Objetivo Geral 07 3. Objetivos Específicos 07 4. FONTES E METODOLOGIA 07 5. Ponderando toda a trajetória do negro em nosso país, compreendemos que uma análise acurada revela as mais cruéis repressões que foram desempenhadas mediante a justificativa da cor da pele. Na contemporaneidade, evidencia-se que o negro ainda sofre com a discriminação e o preconceito, sendo esses, os frutos colhidos devido ao processo escravagista. Considerando essa problemática, nos empenhamos em investigar as questões centrais que abarcam o negro no contexto da Marinha do Brasil, elucidando desde o início de sua estruturação no Brasil, ou seja, em 1822, até o ano de 1870 com o término da Guerra do Paraguai, sendo esse, nosso recorte histórico. Assim, fundamentaremos nos seguintes questionamentos: • Como se deu a inserção do negro na Marinha? • O que levou o negro a submeter-se a essa inserção? • Como foi o cotidiano do negro nesse contexto? • A convivência entre negros e brancos na Marinha era saudável? • A hierarquia militar possibilitava a ascensão do negro? • Quais os tratamentos destinados ao negro? Existiam desigualdades nos primórdios da Marinha? Doravante essa problemática, bem como estes questionamentos, tem-se a relevância de nossa pesquisa, a qual visa abordar uma parte da história do negro, até então, ignorada pela historiografia e silenciada pela Marinha, sendo discutida por poucos pesquisadores, os quais se preocupam com o tratamento dado ao negro ao longo da História do Brasil.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Ao analisar a contribuição dos negros escravizados para o desenvolvimento do Brasil, raramente dialoga-se sobre aqueles denominados de “Escravos da Nação”, ou seja, aqueles que forneciam mão de obra para o Estado. Pedro enviou à Bahia a expedição Rodrigo de Lamare, a Marinha brasileira não tinha existência. MAIA, 1936, p. Mediante os dados disponibilizados pela “Apostila História Naval” da Marinha do Brasil (2017), a formação da Esquadra Brasileira dá-se apenas em 10 de novembro de 1822, conforme indicamos anteriormente. A Marinha, bem como os outros setores que compõem as Forças Armadas – Aeronáutica e Exército - possuem uma relevância irrefutável para o país. O Historiador Álvaro Pereira do Nascimento (2010, p. de 14 de fevereiro de 1885. Nascimento (2010, p. reitera que até 1888, foram recrutados “8.

garotos e rapazes”. Desse modo, o historiador afiança ainda que a Marinha concebia-se como uma instituição disciplinadora, a qual era marcada pela ausência de uma ascensão social e aqueles que ocupavam o fastígio da pirâmide hierárquica representavam os “educadores” do corpo de marinheiros, sendo esses, os brancos. Aludindo a esses castigos corporais que afetavam, sobretudo, os negros, o doutor em História, Marco Morel revela em sua obra “João Cândido: a luta pelos direitos humanos”, que A história dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira é longa e repleta de episódios violentos. Na realidade, não se trata de característica isolada dessa instituição, mas das forças armadas em geral e situa-se, em linha de continuidade, nos variados contextos de uma sociedade que viveu mais de três séculos de escravismo e tradição autoritária, deixando permanências até hoje.

MOREL, 2008, p. Destaca-se que além do supracitado recrutamento forçado, a Marinha estabeleceu a compra de escravos, assim, a Força Naval brasileira constituía-se em um misto de pobres, bandidos, pardos e negros. Em seu livro “Em Outra Coisa não Falavam os Pardos, Cabras, e Crioulos: O "Recrutamento" de Escravos na Guerra de Independência na Bahia”, o Historiador Hendrik Kraay (2000, p. No artigo ““Nunca o inimigo havia visto as costas destes filhos da liberdade”: Experiências negras na guerra”, a Historiadora Daniela Vallandro de Carvalho (2009, p. relata que “há indícios de que muitos destes soldados não obtiveram a prometida liberdade, tendo sido remetidos à instituições do Império na corte, e possivelmente, re-escravizados”. Nascimento (2010) revela que além de serem submetidos à falsa promessa de alforria, os escravos no interior da Marinha continuavam reprimidos pelas humilhações e pelos castigos físicos.

Embora inserissem nas Forças Navais com o intuito de se libertarem e alcançarem melhores condições de vida, esses negros encontravam o obstáculo de uma ideologia hierárquica, onde os dominantes eram brancos e os dominados eram negros. Ademais, deparavam-se com os discursos raciais, os quais insistiam em rebaixar o negro em todos os contextos sociais. FONTES E METODOLOGIA De acordo com o doutor em Educação, João José Saraiva da Fonseca (2002, p. qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica”, ponderando que a mesma incide em um “levantamento de referências teóricas”, as quais permitem “[. ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto”. Dessa forma, para a construção de uma pesquisa científica deve-se ter, primordialmente, uma organização dos caminhos a serem percorridos para chegar ao objeto de estudo.

Essa organização incide na metodologia, uma análise dos instrumentos empregados em uma pesquisa. Assim, doravante a metodologia aqui exposta, somada as fontes coletadas, lograremos os subsídios necessários para a construção de nosso Trabalho de Conclusão de Curso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARVALHO, Daniela Vallandro de. “Nunca o inimigo havia visto as costas destes filhos da liberdade”: Experiências negras na guerra (Brasil Meridional, 1835-1845). º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2009. Disponível em: http://www. uel. br/revistas/afroatitudeanas/volume-1-2006/Gilberto%20da%20Silva%20Guizelin. pdf. Acesso em: 11 jun. Chicago (EUA): Conference on Latin American History, 2000. MAIA, João Prado. Através da História Naval Brasileira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1936. MARINHA DO BRASIL. pdf. Acesso em: 20 fev.

História Naval. Disponível em: https://www. marinha.  A Revolta da Chibata e seu Centenário. ed. São Paulo: Revista Perseu, 2010. Recrutamento para a Marinha Brasileira: República, Cor e Cidadania. In: MUGGE, Michéias H. com. br/2017/03/21/brasil-esta-entre-10-paises-mais-desiguais-do-mundo-aponta-pnud/. Acesso em: 11 jun. SILVA, Ana Rosa Cloclet da.  Construção da Nação e Escravidão no Pensamento de José Bonifácio: 1783-1823.

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