O NEGRO NA MARINHA DO BRASIL: INSERÇÃO, COTIDIANO E DESIGUALDADE

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

É perceptível, até mesmo em um curto período de análise, a extensa diversidade de tipos físicos que variam não somente pela idade ou sexo, mas pelo formato dos olhos, tipos de cabelos e a cor da pele. Fatores estes, que derivam de características físicas ou biológicas e, atualmente são contribuintes no processo de desigualdade social. A história dos negros no Brasil sintetiza-se na grande contribuição desses para o desenvolvimento do país, no entanto, concomitante a essa conjuntura temos a submissão do negro ao homem “branco”, ou seja, a escravidão. Ponderando toda a trajetória do negro em nosso país, compreendemos que uma análise acurada revela as mais cruéis repressões que foram desempenhadas somente pela cor da pele.

Na contemporaneidade, evidencia-se que o negro ainda sofre com a discriminação e o preconceito, sendo esses, os frutos colhidos devido ao processo escravagista. Os caminhos a serem percorridos e os instrumentos utilizados, são o que chamamos de método, ou seja, os procedimentos empregados na pesquisa. Postas essas considerações, destacamos que o presente trabalho utilizará de uma pesquisa bibliográfica, conceitual e documental, por meio da qual alcançaremos determinadas informações pertinentes a nossa temática. Assim, visando desenvolver a problemática e responder aos questionamentos da referida pesquisa, utilizaremos determinadas fontes para compreender a estruturação da força naval, como “Através da História Naval Brasileira” (1936) de João Prado Maia; “Apostila – História Naval” (2017), da Marinha do Brasil; bem como o endereço eletrônico e os documentos do Ministério da Defesa e da Marinha do Brasil.

Ademais, empregaremos referências bibliográficas e historiográficas que abordam o negro dentro da Marinha, com obras como “Recrutamento para a Marinha Brasileira – República, Cor e Cidadania” (2013) e “A Revolta da Chibata e seu Centenário” (2010), ambas de Álvaro Pereira do Nascimento; “Em Outra Coisa não Falavam os Pardos, Cabras, e Crioulos” (2000) de Hendrik Kraay; “O Recrutamento de Libertos para a Guerra do Paraguai” (2015) de Vitor Izecksohn e “Nova História Militar Brasileira” (2004) dos organizadores, Celso Castro, Vitor Izecksohn e Hendrik Kraay. As fontes designadas para essa pesquisa estão disponibilizadas em endereços eletrônicos, bem como em bibliotecas físicas e virtuais. E ainda em julho de 1822, quando D. Pedro enviou à Bahia a expedição Rodrigo de Lamare, a Marinha brasileira não tinha existência.

MAIA, 1936, p. Mediante os dados disponibilizados pela “Apostila História Naval” da Marinha do Brasil (2017), a formação da Esquadra Brasileira dá-se apenas em 10 de novembro de 1822, conforme indicamos anteriormente. A Marinha, bem como os outros setores que compõem as Forças Armadas – Aeronáutica e Exército - possuem uma relevância irrefutável para o país. Dentre essas “oportunidades”, ressalta-se a proteção do governo, isto é, do Estado escravista. A compra por Escravos da Nação intensifica-se mediante o surgimento das revoltas e guerras, como a Guerra Farroupilha e a Guerra do Paraguai. Nessa conjuntura, os escravos que foram à guerra, almejavam a suposta “liberdade” por sua luta em defesa da pátria. De acordo com a Historiadora Daniela Vallandro de Carvalho (2009, p. “há indícios de que muitos destes soldados não obtiveram a prometida liberdade, tendo sido remetidos à instituições do Império na corte, e possivelmente, re-escravizados”.

CASTRO, Celso; IZECKSOHN, Vitor; KRAAY, Hendrik. Nova História Militar Brasileira. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. FONSECA, João J. Saraiva da. KRAAY, Hendrik. Em Outra Coisa não Falavam os Pardos, Cabras, e Crioulos: O "Recrutamento" de Escravos na Guerra de Independência na Bahia. Chicago (EUA): Conference on Latin American History, 2000. MAIA, João Prado. Através da História Naval Brasileira. br. eames/files/HISTORIA_NAVAL. pdf. Acesso em: 20 fev. MARINHA DO BRASIL.  A Revolta da Chibata e seu Centenário. ed. São Paulo: Revista Perseu, 2010. NASCIMENTO, Álvaro Pereira do. Recrutamento para a Marinha Brasileira: República, Cor e Cidadania. Dissertação de Mestrado (Mestrado em História Social) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996. SOARES, Carlos Eugênio Líbano. Clamores da Escravidão: Requerimentos dos Escravos da Nação do Imperador, 1828.

História Social. Campinas, Nº 4-5, p.

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