O IMPACTO DAS INSURTECHS NAS CORRETORAS DE SEGUROS TRADICIONAIS

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Administração

Documento 1

Contextualização, Situação Problemática e Questão de Pesquisa 4 1. Objetivos 5 1. Objetivo Geral 5 1. Objetivos Específicos 5 1. Justificativa 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO 8 2. Em decorrência disso, muitas empresas e mercados já foram ou estão sendo impactados devido às inovações causadas pelas tecnologias digitais e amplo uso da internet, e, as empresas que não estiverem presentes no meio digital correm o risco de desaparecer, assim como aconteceu com a Kodak que não acreditou na fotografia digital e que iria se desenvolver ainda mais do que a analógica. Muitas empresas ofertam seus produtos e serviços pela internet e novos modelos de negócios foram criados devido à internet. Exemplo são empresas como Airbnb e Uber que surgiram na internet e estão voltadas para atender as necessidades dos consumidores conectados, principalmente a nova geração, denominada de millennials1 ou geração Y, cujos comportamentos no meio digital vão desde pesquisar preços e compartilhar informação, até comprar e contratar novos serviços como o de locomoção.

A geração Y está muito bem familiarizada com as tecnologias digitais, no entanto, ainda há muitas empresas recém no início da implantação de um processo de transformação para o meio digital. Diante dessa transformação, tanto nos hábitos dos consumidores como nos modelos de negócios, torna-se imprescindível para as empresas que ambicionam se destacar em seus mercados, que adotem as tecnologias digitais. Objetivos Específicos Para atingir o objetivo geral foram propostos como objetivos específicos: a) Identificar a conceituação de insurtechs e quais as principais tecnologias que essas empresas estão aplicando; b) Realizar um mapeamento das insurtechs brasileiras e quais as tecnologias essas empresas utilizam; c) Descrever como são as vendas de seguros no Brasil atualmente pelas corretoras de seguros tradicionais; d) Elencar possibilidades para que as seguradoras tradicionais possam incorporar as novas tecnologias e tendências ao seu modelo de negócios para se manterem competitivas.

Justificativa De acordo com o 7º Relatório de Análise e Acompanhamento dos Mercados Supervisionados, publicado pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados (2019, p. “o faturamento dos mercados supervisionados pela SUSEP atingiu R$ 245,6 bilhões” em 2018, o que representa aproximadamente uma participação de 3,6% do total do PIB brasileiro, que foi de R$ 6,9 trilhões (IBGE, 2020). Ainda segundo o mesmo relatório da SUSEP (2019, p. estima-se que o faturamento do setor de seguros possa alcançar entre 6% a 10% do PIB, “valores observados em países com mercado segurador maduro”. Adicionalmente, segundo dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (CAMARA-E. NET, 2018), o Brasil possui 78 insurtechs, quase o dobro das 40 primeiras presentes no mapeamento anterior, realizado em junho de 2017. Segundo Gonçalves (2018) essas empresas atuam em três segmentos principais: “40% têm foco em produtos, 28%, em data e analytics e 12% na jornada do usuário”.

Portanto, é fato que as insurtechs estão crescendo e se tornam uma ameaça real para as seguradoras tradicionais. Assim, justifica-se a viabilidade para a realização desta pesquisa, de forma a compreender melhor onde essas empresas se situam e como operam, bem como buscar compreender como poderão afetar o mercado de seguros brasileiro atual e as operações das corretoras de seguros tradicionais. Simplificadamente, um seguro consiste numa transferência de risco, ou seja, um cliente transfere um risco (roubo de automóvel, por exemplo) para um provedor de cobertura de seguro (seguradora), que, por sua vez, avalia o risco e cobra uma quantia correspondente de dinheiro (prêmio), sendo todos esses itens registrados na apólice (contrato de seguros). A apólice contém as condições do seguro, ou seja, as informações sobre coberturas, garantias, prêmio, como acionar a seguradora em caso de sinistro (se ocorrer o roubo do automóvel) para que o segurado receba a indenização (BELLI, 2018).

A aplicação das tecnologias digitais modernas aos seguros altera as avalições de risco, por exemplo, os objetos segurados (um automóvel ou uma casa), podem ser enriquecidos com sensores e conectividade que permitem seu rastreamento e monitoramento online em tempo real, o que possibilita uma avaliação de riscos mais detalhada pelas seguradoras (BALASUBRAMANIAN; LIBARIKIAN; MCELHANEY, 2018). Os dados coletados pelos sensores em tempo real de produtos conectados são um exemplo das inovações exploradas pelas insurtechs. Algumas das insurtech recentemente criadas adotam técnicas de rastreamento do condicionamento físico de seus clientes, a partir de dispositivos com tecnologia wearable (do inglês “vestível”), que consiste em dispositivos eletrônicos inteligentes (sensores e micro-controladores) que podem ser incorporados à roupa, calçados, acessórios ou usados no corpo como implantes, de forma a reconfigurar o risco e a responsabilidade para personalizar as transações de seguro de vida ou saúde (MCFALL; MOOR, 2018).

Os veículos autônomos que sofrem danos menores são direcionados às oficinas de reparo para o serviço, enquanto, por outro lado, um carro autônomo de substituição é enviado. Em casa, os dispositivos de IoT serão cada vez mais usados para monitorar de forma proativa os níveis de água, a temperatura e outros fatores principais de risco, e alertarão proativamente os inquilinos e seguradoras dos problemas antes que eles surjam. A inteligência artificial é outra tecnologia digital que vem se desenvolvendo rapidamente. Consiste no emprego de computação para simular o processo de pensamento e comportamento de seres humanos (como raciocínio e planejamento). Atualmente, a IA vem sendo amplamente empregada por empresas como Facebook e Google, entre outras, por meio de armazenagem de dados e informações para auxiliar nas decisões complexas por meio de algoritmos (SCHWAB, 2016).

Figura 1 – Diferenças entre IA, AA e AP Fonte: reproduzido de Balasubramanian, Libarikian e McElhaney (2018, p. No Brasil, a Sul América Seguros já vem aplicando IA. Entre outros serviços, a seguradora disponibiliza aos clientes de seguro automotivo benefícios por meio do aplicativo Sul América Auto que oferece serviços interativos, como realizar o cálculo de rotas ou do prêmio do seguro facilmente pelo aplicativo (FERREIRA, 2018). Segundo Belli (2018), o modelo tradicional para a venda de seguros é aquele no qual normalmente intervém um corretor de seguros, que envia para a seguradora uma declaração de risco e o seguro a ser contratado; tal solicitação passa pela área de assinatura para aprovação e rejeição e, em alguns dias, a apólice de seguro é enviada física ou virtual (BELLI, 2018).

Entretanto, com aplicação da IA o trabalho de intermediação do corredor será reduzido, deixando-o para o trabalho de assessoria ao cliente. Ainda segundo a Camara-e. net (2018), o público-alvo atendido pelas insurtechs é principalmente o organizacional, pois 72,41% atendem ao segmento B2B e 65,52% atendem ao segmento B2B2C, enquanto 51,72% atendem somente aos consumidores finais, também chamados de B2C (CAMARA-E. NET, 2018). A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico começou a fazer o mapeamento das insurtechs brasileiras em junho de 2017. Segundo os levantamentos divulgados em sua página de internet havia 25 insurtechs no país em agosto de 2017. net, (2018). Uma constatação interessante do mapeamento, segundo mostrado na figura 5, a seguir, é a de que 62,07% das empresas foram criadas para resolver problemas como a prospecção de clientes, 50% para integrar corretores e seguradoras e 41,83% para desburocratizar o setor, “derrubando a tese de que as insurtechs entraram no mercado para substituir corretor e seguradora” (CAMARA-E.

NET, 2018). Figura 5 – Dores que resolvem Fonte: reproduzido de Programa Nacional de Insurtechs – Comitê de Insurtechs (CAMARA-E. NET, 2018). em seu artigo 17º: É vedado aos corretores e aos prepostos a) aceitarem ou exercerem empregos de pessoa jurídica de direito público, inclusive de entidade paraestatal; b) serem sócios, administradores, procuradores, despachantes ou empregados de empresa de seguros. Parágrafo único. O impedimento previsto neste artigo é extensivo aos sócios e diretores de empresa de corretagem (BRASIL, 1964). Diante disso, os corretores de seguros atuam como profissionais autônomos, habilitados por lei para “intermediar, promover e vender os contratos de seguros, para os consumidores de seguros, que são os segurados, mediante habilitação fornecida pelas autoridades regulamentadoras, junto às seguradoras e resseguradoras” (FERREIRA, 2018, p. Os corretores de seguros também possuem um “papel importante na divulgação de informações sobre os produtos ou serviços oferecidos pelas seguradoras, bem como na interação com o consumidor” (FERREIRA, 2018, p.

Plano de Análise dos Dados Como você irá estruturar a análise dos dados coletados.  IDEM OBSERVAÇÃO ACIMA 4 CRONOGRAMA Cronograma Meses/2018 Item Especificações Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1 Elaboração do projeto X X X X 2 Levantamento Bibliográfico X X X X X X X 3 Elaboração Instrumento de coleta de dados X X 4 Coleta de Dados X X X X X  X 5 Análise Critica do Material X X X X X 6 Implementação da Pesquisa X X X 7 Entrega Relatório - Parcial I X 8 Entrega Relatório - Parcial II X 9 Redação do Artigo – Parcial I X 10 Redação do Artigo – Parcial II X 11 Defesa do Artigo em Banca X 12 Entrega Final do Trabalho X 5 ORÇAMENTO Planilha com a relação dos gastos referentes à realização da pesquisa.

REFERÊNCIAS BALASUBRAMANIAN, Ramnath; LIBARIKIAN, Ari; MCELHANEY, Doug. Seguro 2030 - O impacto da IA no futuro do seguro. McKinsey & Company. BRASIL. Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Disponível em: <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/LEIS/L4594. htm>. Acesso em: 23 fev. CAMARA-E. Transformação digital: aplicações e limitações de seu uso em empresas de seguro no Brasil. f. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Fundação Getúlio Vargas – EBAPE/FGV, Rio de Janeiro, 2018. FREITAS, Felipe Oliveira de Paula. O impacto das novas tecnologias no mercado de seguros brasileiro. Acesso em: 22 fev. GONÇALVES, Vinicius. Transformação digital: confira as macrotendências na área de seguros.

Consumidor Moderno, Inovação. Novembro de 2018. br/explica/pib. php>. Acesso em: 22 fev. MCFALL, Liz; MOOR, Liz. Who, or what, is insurtech personalizing?: persons, prices and the historical classifications of risk. com. br/insurtech/mapa-das-insurtechs-brasileiras/>. Acesso em: 22 fev. PwC – PricewaterhouseCoopers. Pesquisa Global indústria 4. Projetos de estágio e pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. Colaboração Grace Vieira Becker, Maria Ivone de Mello. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. gov. br/menuestatistica/SES/Relat_Acomp_Mercado_2019. pdf >. Acesso em: 22 fev. APÊNDICES (opcional) Ordenação dos anexos: Apêndice A, Apêndice B,. sobre as referências consultadas estão todas mencionadas no texto e na lista de referências ao final, assim como te enviei os PDFs do que eu usei, caso não tenhas o PDF de algo, veja se tem como baixar direto dos sites informados na lista de referências e se não conseguires algo é só me pedir.

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