O fenômeno fintech

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Gerenciamento de Projetos

Documento 1

As fintechs já começam a ser percebidas como uma alternativa viável aos bancos, principalmente para as pessoas denominadas de millennials1, ou para as empresas, geralmente PMEs2 e empreendedores em início de seus negócios, cujas soluções oferecidas pelos bancos tradicionais costumam ser muito demoradas ou os valores das taxas, serviços e juros ainda altos demais. De acordo com uma pesquisa abrangente realizada por Liarte e Liarte (2016, p. “o auge do fintech foi desencadeado em 2013, para se consolidar mais tarde em 2014 e 2015”. Até a data de publicação dessa pesquisa, que apresenta o mapeamento de mais de 266 fintechs mundialmente, as quais foram organizadas numa base de dados pública denominada “Radiografía del fintech”3, ainda não havia um consenso “sobre o que é e, mais importante, o que não é fintech” (LIARTE & LIARTE, 2016, p.

A palavra fintech tem sido usada de forma abrangente, tanto para se referir sobre o uso de tecnologias inovadoras, como sobre as startups que estão provocando transformações e melhorias no setor de serviços financeiros. Há o exemplo da “Intoo”, uma startup que foi criada “para facilitar o empréstimo para pessoas jurídicas que em geral não são bem atendidas pelos bancos – por serem pequenas demais ou porque o banco tem dificuldade em checar a capacidade delas de quitar a dívida” (FRAGA, 2016). Nesse caso, a empresa Intoo usa de sistemas que vasculham bases de dados em outros órgãos (Receita Federal, Tribunal de Justiça e Junta Comercial, etc. para fazer as análises de risco do crédito em apenas três minutos, podendo aprovar ou não um pedido de antecipação de recebíveis, enquanto nos bancos esse processo pode levar de 20 a 45 dias.

A diferença básica é que as fintechs têm a expertise tecnológica e, em geral, seus empreendedores arriscam em modelo de negócios que possuem uma lógica diferente dos bancos, estabelecidos há mais de um século e altamente fiscalizados porque precisam seguir normas rígidas do BACEN. Mas, segundo Fraga (2016), em 2013 houve o marco regulatório para regulamentar o funcionamento de instituições que permitem a realização de pagamentos sem o intermédio de uma instituição financeira. Uma das inovações trazidas pela internet é o crowdfunding, que se apresenta como forma de obter financiamento sem endividamento – diferente dos financiamentos com dívida que são os empréstimos, linhas de crédito e mercados de empréstimos P2P. As plataformas de crowdfunding para produtos, causas sociais, projetos criativos ou negócios de capital tem sido amplamente utilizadas e funcionam como uma espécie de “financiamento coletivo prévio” na qual os usuários que fornecem os fundos/dinheiro são conhecidos como doadores, para as causas ou projetos sociais, e recebem recompensas ou brindes por terem participado do financiamento coletivo.

O dinheiro recebido por empresários que solicitam crowdfunding é um adiantamento para o desenvolvimento ou fabricação de produtos, que são enviados em primeira mão aos usuários que apostaram neles, conhecidos como patrocinadores. No crowdfunding para financiamento de capital os usuários recebem cotas de participação (ações) da empresa e são conhecidos como investidores de capital próprio. Enquanto o crowdfunding imobiliário utiliza plataformas que permitem aos desenvolvedores imobiliários arrecadar dinheiro para realizar seus projetos, sendo que os usuários que fornecem fundos são conhecidos como investidores imobiliários (LIARTE; LIARTE, 2016). Estão incluídos nesse segmento os bancos recentemente criados em vários mercados com modelos 100% digitais, focados no consumidor e com modelos escaláveis. As fintechs de gestão de finanças pessoais oferecem serviços e soluções para que as pessoas ou empresas possam gerenciar adequadamente seu dinheiro, geralmente através de aplicativos e da web.

Muitas destas fintechs obtêm os dados sobre a conta bancária ou investimentos e cartões de crédito dos usuários graças às APIs dos bancos (LIARTE; LIARTE, 2016). Na categoria de serviços de pagamento e transações estão agrupadas todas fintechs que oferecem serviços e produtos relacionados a pagamentos e transferências, desde que todos os processos associados sejam realizados digitalmente. Também inclui as fintechs que oferecem suporte a esses pagamentos, criando redes e gateways de pagamento ou através de software back-end, entre outros (LIARTE; LIARTE, 2016). REFERÊNCIAS FRAGA, Nayara. O fenômeno Fintech: a nova leva de startups que invadiu o sistema financeiro. Época Negócios, 27/01/2016, 08h25 atualizada às 15h04. Disponível em: <https://epocanegocios. globo. Acesso em: : 31 mar. TORRES, Nágila Natália de Jesus; SOUZA, Cleidson R.

B. de. Uma revisão da literatura sobre ecossistemas de startups de tecnologia. Acesso em: : 31 mar.

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