O FENÔMENO DO EMPREENDORISMO CRIANDO RIQUEZAS

Enquanto sob o ponto de vista da gestão, baseada em Drucker e da psicologia, baseada em McClelland, o empreendedorismo está associado ao comportamento humano. Assim, por consequência, é dada maior ênfase nos aspectos de criatividade e intuição dos indivíduos, bem como suas motivações para empreender. Mas também continua a ter aspectos de inovação para empreender e ainda é estudado sobre a gestão do negócio e das pessoas. Enquanto isso, Weber trouxe uma visão integrada sobre o empreendedor, baseada em seus estudos de Sociologia, que apresenta tantos os aspectos de inovação ou incubação de ideias, mas com uma ânsia para a criação de empresas, buscando o lucro das operações baseadas nas inovações. Enquanto para Drucker, o empreendedor é aquele que sempre está buscando a mudança, reagindo a ela e explorando-a como sendo uma oportunidade os outros autores falam que o empreendedor é uma pessoa criativa que busca o lucro ao abrir uma empresa, mas também se trata de pessoa com capacidade aprimorada de percepção do ambiente para detectar oportunidades, na visão de McClelland.

Quadro 1 – Definições de Empreendedor Autor/Época Definição Século XVII Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato de valor fixo com o governo. Richard Cantillon (1725) A pessoa que assume riscos é diferente da que fornece capital. Jean Baptiste Say (1803) Lucros do empreendedor separado dos lucros de capital. Francis Walker (1876) Distingue entre os que forneciam fundos e recebiam juros, e aqueles que obtinham lucro com habilidades administrativas. Joseph Schumpeter (1934) O empreendedor é um inovador e desenvolve tecnologia que ainda não foi testada. O empreendedorismo pode ocorrer também devido à necessidade de sobrevivência e não apenas para aproveitar as oportunidades de mercado detectadas. Nesse caso, o negócio costuma ser aberto devido ao individuo não tem alternativas para a geração de renda, algo que acontece bastante quando há crise na economia e altas taxas de desemprego ou por falta de capacitação específica para as demandas do mercado de trabalho.

O intraempreendedor, conforme mencionado no Quadro 1, segundo a definição de Pinchot (1983) é o indivíduo que atua dentro de uma organização já estabelecida. Para Hashimoto (2009), o intraempreendedor age com independência, pois ele define os objetivos e metas da organização, toma decisões, busca e gerencia recursos, escolhe as estratégias de ação, traça planos de ação para alcançar resultados relevantes para a empresa. Esse autor recomenda que as organizações criem ambientes para existência de uma cultura que possa desenvolver o intraempreendedorismo, pelo estímulo de ideias ou processos inovadores. D. PETERS, M. P. SHEPHERD, D. A.