O FEMINISMO DE PAGU PATRÍCIA REHDER GALVÃO

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:História

Documento 1

As informações vêm de todos os lados e os equívocos são os mais variados. Chegam ao cúmulo de acreditar que feminismo seja o oposto de machismo. Vamos esclarecer definitivamente esta dúvida que paira no ar. Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm por objetivo comum os direitos iguais e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres, além de promover os direitos das mulheres e seus interesses. A terceira onda feminista surgiu no final da década de 80 e tomou força na década de 90 e perdura até os dias de hoje.

Veio para quebrar paradigmas e revolucionar o modo como foram conduzidas as ondas anteriores. No novo cenário não há voz só para mulheres brancas de classe média-alta. Agora, elas são de todas as cores, etnias, classes, religiões e origens culturais. Nas primeira e segunda ondas feministas, as mulheres conquistaram direitos como “licença-maternidade, criminalização do assédio sexual nas relações de trabalho, alteração no Código Civil [. Impossível até mesmo para os valores de hoje. Sim, porque ainda hoje quem não se choca ao saber que uma menina com apenas doze anos inicia sua vida sexual. Em 1922, ano em que acontece a Semana da Arte Moderna, ela se envolve com Olympio Guilherme, diretor do primeiro filme neorrealisra brasileiro. Aos catorze, engravida e faz um aborto.

Em 1925, aos quinze anos já colaborava no Brás Jornal, assinando Patsy. “Os sessenta poemas” nunca foram encontrados e ao que tudo indica, mencioná-los pode ter sido uma ironia que a escritora usou para se referir à censura da época. O Álbum de Pagu foi descoberto por José Luís Garaldi e estampado na revista número 2 (1975). Em 1930, Pagu incendeia o Bairro do Cambuci em protesto contra o governo provisório. Participa em manifestação popular para derrubar uma cadeia em São Paulo, cujas condições de funcionamento eram desumanas. Choca a sociedade conservadora casando-se com Oswald, grávida dele, que acabara de se separar de Tarsila. ‘Donee mihi satisfaciam’. O padre Bremmond diz que os retirantes podem ficar em qualquer posição contanto que venham ‘les consolations les larmes et le reste’.

E em qualquer posição ficam eles, implorando ‘uma faísca de tua doçura e uma torrente de tuas voluptuosidades’ Parece Freud mas não é É um trechinho do velho livro místico: ‘O espelho da alma” citado pelo acima citado padre Bremmond, grande esteio da Academia Francesa. E no seu livro sobre a ‘conquista mística’ continua ensinando pra gente uma porção de coisas que a gente não sabe. É muito engraçada a história da consolação sensível e dos ‘contentos’ da espanhola dona Tereza de Jesus, que chega a sentir a presença da força de Deus. Os fenômenos que elucidam os delírios históricos dos santos e freiras foram bem verificados por Freud nas experiências de hipnose com que ele começou os seus estudos.

Constata-se cada vez mais que o misticismo só aparece nas civilizações recalcadas e doentias. Agora, que nós caminhamos embora muito devagar para uma época sem recalque e de moral biológica racionalizada, onde não existirão nem desvios sexuais nem retiros físicos, Freud e o Padre Manfredo podem pedir demissão. ” Saibam ser maricões 07 de abril de 193, Num. “Meninas que nasceram errado mas que não querem se conformar em seguir à lei da natureza. Em 1933, Patrícia publica Parque Industrial, primeiro romance proletário brasileiro, sob o pseudônimo de Mara Lobo. A obra narra a vida das operárias da cidade de São Paulo, sendo considerada um dos principais pontos da trajetória da escritora como militante, como mostra o trecho abaixo: “O bonde se abarrota.

De empregadinhas dos magazines. Telefonistas. Caixeirinhos. No local foi construído um edifício. Restaram correspondências e textos poéticos. Ainda na cadeia, em 1940, começa a redigir carta autobiográfica a Geraldo Ferraz, depois editada no livro Paixão Pagu. A seguir, alguns trechos do livro: “Quando a gente julga não estar ainda completamente degenerada, quando se dá ainda importância a toda essa série de conceitos inventados pelos homens, mas tão repetidos que acreditamos neles como verdades eternas – lealdade, verdade, sinceridade, honra. E do outro lado, infâmia, vergonha. Em 1962, com câncer de pulmão, vai a Paris para uma operação que não é bem sucedida e tenta suicídio. Retorna ao Brasil e morre em Santos (SP) no dia 12 de dezembro. A figura de Pagu com seus ideais, seu modo diferente de viver, suas obras, sua coragem e vontade de transformar a visão distorcida e machista em relação às mulheres foi decisiva para o desenrolar da história do feminismo no Brasil.

A pesquisadora Lúcia Maria Teixeira, publicou em 1989 o livro Pagu – Patrícia Galvão – livre na imaginação, no espaço e no tempo, posteriormente transformado em filme, dirigido pelo filho de Pagu, Rudá de Andrade e Marcelo Tassara. Além do livro, também foi prestada uma justa homenagem no seu aniversário de cem anos denominada exposição Viva Pagu. Referências bibliográficas ABNT 2019: saiba como aplicar o seu. Disponível em: https://blogmettzer. com/referênciasbibliográficas-abnt-2019/. Acesso em: 23 ago 2019. DAFLON, C. nexojornal. com. br>expresso>2018/11/23. Acesso em 23 vago 2019. FEMINISMO. com/pagu/. Acesso em: 20 ago 2019. GASPARETTO JR, A. Primeira Onda Feminista. Disponível em: https://wwwinfoescola. Disponível em: https://www. wdl. org/pt/item/4391/. Acesso em: 21 ago 2019 10. PAGU. wikipedia. org/w/index. php?title=55148025. Acesso em: 21 ago 2019. SANTOS, C.

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