"O Existencialismo é um Humanismo", de Jean-Paul Sartre

Tipo de documento:Síntese

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Les Éditions Nagel, Paris, 1970] Sem dúvidas, Jean-Paul Sartre está entre os intelectuais mais influentes do século XX. Um pensador muito conhecido por seus escritos sobre a condição humana e, sobretudo, através do pensamento filosófico existencialista. O livro “O Existencialismo é um humanismo” foi escrito a partir de uma conferência (anunciada pelo Le Monde) onde Sartre objetivava apresentar de modo didático sobre as máximas da linha de pensamento existencialista. Além disso, almejava responder críticas feitas por correntes cristãs e de pensamento filosófico mais fechado, como o comunismo. Assim, o livro – publicado em 1946 – objetivou realizar uma defesa do existencialismo diante de impressões, para ele, equivocadas ou de má-fé. Quanto ao desespero, trata-se de um conceito extremamente simples. Ele significa que só podemos contar com o que depende da nossa vontade ou com o conjunto de probabilidades que tornam a nossa ação possível (SARTRE, 1946, p.

Segundo Sartre, a angústia não oferece obstáculo à ação, pelo contrário, seria uma condição para a ação. Ao perceber-se sozinho e abandonado no mundo, com infinitas possibilidades de escolhas e a responsabilidade por cada uma delas o homem acaba por jogar-se no mundo e construindo a si mesmo. Mas para ele isso não precisa ser compreendido de maneira pessimista, pois é através da liberdade e da responsabilidade em suas escolhas que o homem se constrói como uma obra de arte. Para o existencialismo eu sou responsável por mim, mas também pelos outros, tendo em vista o que “[…] crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo-me, escolho o homem” (SARTRE, 1946, p. É por isso que Sartre afirma que o existencialismo é um humanismo, entretanto, não compreendendo o ser humano dentro de um modelo idealizado ou como meta, pois o que existe é um projeto de ser humano em constante “fazer-se”.

Ele aponta para o risco de um humanismo fascista que inferioriza outras concepções de homem. A vida de um homem morador do campo não é melhor nem pior que a de um homem morador de uma cidade metropolitana, pois todos os dois estão agindo de acordo com as suas escolhas e responsabilidade em diferentes realidades. Todavia, essas escolhas quando tomadas não podem ser mascaradas dentro de um determinismo religioso ou naturalista do ser humano. Escolhas essas que acabam por defini-lo. Ele cria uma comparação da arte com a moral na perspectiva existencialista, tendo em vista “que, nos dois casos, existe criação e invenção. Não podemos decidir a priori o que devemos fazer”. Isso porque as decisões morais não estariam definidas no concreto.

Para isso ele relembra o caso de um aluno que solicitou uma ajuda para o dilema de cuidar da sua amada mãe ou ir para a guerra (no período da Segunda Guerra Mundial), as escolhas poderiam ser definidas como corretas, dependendo a interpretação e dos envolvidos.

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