O ensino de contrabaixo elétrico no curso de extensão em música

Campo Grande. p. Publicado em 2019, o estudo realizado por Ítalo Artur Viana de Melo, intitulado “O ensino de contrabaixo elétrico no curso de extensão em música e o habitus conservatorial: existe relação?” aborda principalmente a questão do ensino de contrabaixo elétrico e sua relação com o habitus conservatorial. O objetivo do estudo é avaliar se há relação entre o ensino de contrabaixo elétrico no contexto do programa de extensão em música da Universidade Federal da Paraíba e o habitus conservatorial, levando em consideração o fato de que o contrabaixo elétrico é um instrumento destinado às práticas da música popular e que sua entrada ainda é recente nas instituições de ensino superior em música. Para isso, no estudo apresentam-se a delimitação do programa de extensão em música e o perfil dos estudantes de contrabaixo elétrico, a definição de habitus, bem como de habitus conservatorial e a metodologia aplicada ao ensino de contrabaixo elétrico versus habitus conservatorial.

Ignorar esta realidade seria desacreditar os valores dos alunos, presentes no processo de ensino e aprendizagem. Em relação à metodologia aplicada ao ensino de contrabaixo elétrico no programa de extensão em música da Universidade Federal da Paraíba, o autor realizou algumas perguntas ao professor da turma de 2016. A primeira indagação feita ao professor foi em relação ao planejamento de suas aulas, visando o entendimento de como ele atende a demanda do curso, levando em consideração toda a diversidade presente na turma. O professor responde que o programa de extensão propõe uma flexibilidade com o conteúdo programático, de maneira a considerar a variedade de perfil dos ingressantes no curso. Nesse sentido, o professor tenta estabelecer pontes entre o conhecimento trazido pelo aluno e os conhecimentos técnicos e teóricos da música, fundamentalmente percepção musical e leitura musical.

Além disso, outro aspecto relevante de relação é o poder concentrado nas mãos do professor, onde apesar do mesmo ter relatado que os conteúdos e repertórios são elencados de acordo com cada aluno, quem decide sobre estes temas de forma individual é o professor. O autor conclui que existe uma relação entre o ensino de contrabaixo elétrico e o habitus conservatorial no programa de extensão, apesar de toda a diversidade presente neste contexto. Verifica-se, no decorrer do artigo, que o mesmo encontra-se bem estruturado, uma vez que apresenta a definição dos aspectos estudados e em seguida aborda os fatos com base na pesquisa realizada. No entanto, verifica-se que o artigo não está bem fundamentado e embasado, pois não apresenta diversas referências ao longo do estudo.

Pode-se concordar, de fato, com o autor que apesar de toda a diversidade presente no contexto do artigo, existe uma relação entre o ensino de contrabaixo elétrico e o habitus conservatorial no programa de extensão.