O ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Assim, podem ser utilizados diversos recursos para favorecer o processo ensino-aprendizagem das crianças com necessidades especiais, o professor de matemática deve incluir situações de seu cotidiano para facilitar a compreensão além de, também ser viável a utilização do lúdico, como os jogos que podem auxiliar nesse processo. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Matemática. Deficiência. Introdução A inclusão se apresenta como uma temática cada vez mais abordada no âmbito escolar, havendo leis e diretrizes voltadas a inclusão do aluno público, alvo da educação especial, tais como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, os regulamentos e normas sobre a implantação do Atendimentos Educacional Especializado e das Salas de Recursos Multifuncionais e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (MATURANA, 2017).

A inclusão não exige apenas reestruturação relativas a condições físicas mas, a adaptação da sociedade para que esse indivíduo possa participar de forma igualitária e ser reconhecida como um cidadão igual a todos (AMARAL, 2014). A construção de uma sociedade inclusiva se constituí como um processo extremamente relevante na composição de um Estado democrático. A inclusão pode ser compreendida como um direito comum a todos. As comunidades devem ser influenciadas a aceitar a diversidade humana e as diferenças de cada um e realizar um esforço coletivo para que as oportunidades de crescimento sejam uniformizadas, com qualidade, em todas as áreas da vida (CORREIA, 2014). No que concerne a legislação, a inclusão é garantida pela Lei 13. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos (SANTOS, 2015, p.

A inclusão deve ser encarada como um processo histórico e ao mesmo tempo dialético com um olhar crítico e multidisciplinar, considerando diversos aspectos condicionantes (sociais, econômicos, geográficos, culturais, dentre outros), os intrísecos e extrínsecos que determinam a vida social e a exclusão e posteriormente a inclusão do indivíduo. O proceso de inclusão é um dos indicativos de progresso da sociedade, significa a expansão da inclusão dos indivíduos na sociedade. A mesma acontece quando um maior número de pessoas participam da vida social (MOTA, 2010). Existem diversas condições para que as pessoas portadoras de deficiência sejam incluídas dentro da sociedade. Ainda dentro da lei, destaca-se o inciso III do artigo 59 que afirma que as escolas comuns devem ter: ”professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996).

O trabalho de educação inclusiva tem sido visto como desafio, já que se tem conhecimentos ainda escassos sobre métodos de estimulação em meio ás necessidades educativas apresentadas e a falta de recursos aos professores e alunos, sendo verificada um distanciamento entre crenças, atitudes e práticas pedagógicas. Existem alguns obstáculos que podem ser citados em relação a expansão da educação inclusiva, falta de materiais, dificuldade de adaptação do ambiente e recursos, dificuldades na efetividade das Políticas educacionais, problemas de organização e falhas na formação acadêmica (SILVEIRA, 2012). Um marco para a educação inclusiva foi o acontecimento da Conferência Mundial de Educação Especial que ocorreu nos dias 7 e 10 de junho em 199, em Salamanca na Espanha. Compareceram 88 representantes de governo e 25 organizações internacionais.

 Esta nova condição, salas de aula com alunos que possuem diferentes ritmos e níveis de aprendizagem, deveria ser percebida pelos professores como modo de favorecer o processo de ensino -aprendizagem (TOLEDO, 2012). Quanto a formação desses profissionais, as instituições de ensino superior tem realizado modificações na matriz curricular, afim de garantir a formação de professores para a educação dos alunos de instituição pública alvos da educação especial. Acredita-se que a formação de professores do ensino regular há uma necessidade de ser reavaliada para que possa atender de forma integral aos princípios inclusivos, não significando dizer que deverá ser incluídas outras disciplinas nos cursos de formação de professores (PORTA, 2015). A formação desses profissionais devem ser estruturadas da forma que possam: [.

toná-los capazes de desenvolver uma educação inclusiva, o curso de formação de professores de ensino regular tem de estar inteiramente voltado para práticas que acompanham a evolução das ciências da educação e que não excluem qualquer aluno. Segundo Moraes (2015): No processo da educação inclusiva o alicerce e ambiguidade da matemática perdem sua camuflagem, sua roupagem de homogeneidade e rigidez, confronta-se com a gritante voz da diversidade e adaptação da escola, em todas as suas particularidades, as singularidades dos alunos que compõem a sala de aula, uma reorganização estrutural da escola, de todos os elementos da prática pedagógica, considerando o dado do múltiplo, da diversidade, e não mais o padrão, o universal. Inevitavelmente, o saber matemático perde sua hegemonia classificatória e seletiva, não sendo ele quem dita as regras da aprendizagem, mas sim as necessidades dos alunos.

A importância de se entender a complexidade do trabalho docente, a heterogeneidade da sala de aula, funde-se em identificar também a relevância da matemática em sua diversidade relacional com a contextualização e capacidade dos alunos. Portanto, o aluno é o ponto de partida para a aprendizagem matemática, o professor consequentemente, precisa conhecer esse aluno e a própria instituição escolar, em seu contexto social (MORAES, 2015, p. O ensino da matemática na perspectiva inclusiva além de abordar os conteúdos de uma forma diferenciada para os alunos com necessidades especiais, também devem ser realizadas de forma que estimulem a sua autonomia. O profissional deve focar na preocupação não da criança aprender todo o currículo ensinado e sim buscar transmitir conhecimentos relacionados ao aprendizado de colaboração, autonomia, livre expressão de ideias e ser reconhecido e recompensado pelo seu esforço.

Para que seja possibilitada a inclusão, as aulas necessitam ser mais lúdicas, repetitivas e um currículo mais flexível para que essa criança participe do processo de aprendizado plenamente. A inclusão dos alunos com deficiência no ensino da matemática deve ser realizado através da quebra do paradigma da matemática tradicional, do ensino mecanizado que baseia-se em decoração de fórmulas e conceitos e não no aprendizado do conteúdo. Assim, podem ser utilizados diversos recursos para favorecer o processo ensino-aprendizagem das crianças com necessidades especiais, o professor de matemática deve incluir situações de seu cotidiano para facilitar a compreensão além de, também ser viável a utilização do lúdico, como os jogos que podem auxiliar nesse processo.

Referências ALMEIDA,M. Lei nº 13. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Estatuto da pessoa com deficiência – Brasília : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015. p. BRASIL, Ministério da Educação. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional Especializado para Deficiência Mental. htm>. Acessado em 24 fev. de 2020. CEOLIN, T. MACHADO, A. Universidade Federal de São José dos Reis, São José Del Rei, 2016. CORRÊA, M. H. C. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. L. M. Inclusão das Pessoas Portadoras de Deficiência no Mercado de Trabalho: desafios e tendências. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. W. A formação de professores que ensinam matemática no contexto da educação inclusiva.

Didática e Prática de Ensino na relação com a Formação de Professores. EdUECE- Livro 2. MATURANA, A. MORAES, M. C. V. Educação matemática e deficiência intelectual, para inclusão escolar além da deficiência: uma metanálise das dissertações e teses 1995 a 2015. f. p. PAIVA, J. C. M. BENDASSOLI, P. K. Educação matemática inclusiva: uma análise quantitativa de investigações acadêmicas. Revista de Educação, Ciências e Matemática v. n. jan/abr 2014. Formando Professores de Matemática para uma Educação Matemática Inclusiva: (re) significando concepções sobre ensino e aprendizagem de geometria de alunos com deficiência. Disponível em: < http://www. ufjf. br/ebrapem2015/files/2015/10/gd13_Leiliane_Ramos. pdf>. C. MARTINS, L. A. R. Práticas de Professores Frente ao Aluno com Deficiência Intelectual em Classe Regular.

A. B. O professor de biologia diante da inclusão de alunos com deficiência: desafios, limites e possibilidades, 2013. f. Monografia – Curso de Biologia, Universidade Estadual do Ceará, Beberibe, Ceará, 2013. Ed. Esp. Marília, v. n. p. Formação de professores em serviço por meio de pesquisa colaborativa visando à inclusão de alunos com deficiência intelectual. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Londrina, Centro 47 de Educação, Comunicação e Artes, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2011. TORISUE. M. SILVA, M. UCEFF, v. n. p. ZOLIN, A. C.

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