O desejo e a necessidade no cuidado com o corpo: uma perspectiva estética na prática de Enfermagem

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - É de conhecimento de boa parte da população que a estética é uma área que está cada vez mais crescente em nossa atual sociedade, sendo assim, trazer a debate a procura do cuidado com o corpo é essencial, visto que vivemos atualmente em um contexto cultural onde há um padrão a ser seguido. Sendo assim, a estética é considerada uma prática fundamental, já que a mesma diz respeito à harmonia das forma/cores, fazendo com que seu paciente esteja bem consigo mesmo. Objetivos: Fazer uma análise acerca do desejo e necessidade no cuidado com o corpo, a fim de mostrar alguns dos parâmetros envolvendo a saúde física e mental das pessoas que procuram passar por tais procedimentos.

Métodos: Foram retirados 16 artigos, publicados nos anos de 2010 a 2020, extraídos das bases de dados: Scielo, PubMed e Google Acadêmico. Sendo assim, faz-se necessário o questionamento: como o desejo e a necessidade no cuidado com o corpo têm atingido as pessoas ultimamente? O desejo e a necessidade com o corpo pode nos atingir de duas maneiras: positivamente, quando o resultado final, seja do tão sonhado procedimento estético ou da rotina de exercícios físicos ou dieta, aumenta nossa auto-estima fazendo-nos sentir bem consigo mesmos por ter alcançado tais resultados, e pode nos atingir de maneira negativa quando as nossas expectativas são saciadas apenas por um determinado momento ou são expectativas irreais podendo desencadear uma série de problemas mentais/alimentares, sendo então, muito tênue a linha que separa essas duas maneiras de como o cuidado com o corpo pode nos afetar, pois, estudos relatam que as pessoas estão cada vez mais instáveis nesse âmbito, podendo se tornar um inimigo quem deveria ser utilizado como aliado para nosso bem-estar Este estudo tem como objetivo geral fazer uma análise sobre como o desejo e a necessidade no cuidado com o corpo tem afetado nossa atual sociedade.

Tem como objetivos específicos: relatar como o cuidado com o corpo (procedimentos estéticos, em específico) pode interferir na auto-estima e saúde mental das pessoas, evidenciar casos onde tais cuidados podem fazer mal à saúde mental construindo uma correlação com os possíveis distúrbios associados de uma maneira geral Atribuímos o que é considerado uma pessoa bela às características físicas que pertencem ao padrão que é imposto pela cultura no qual cada indivíduo está inserido. A porcentagem de aceitação por parte das pessoas que nela vivem é proporcional a “beleza” de quem está sendo avaliado, sendo este um dos motivos pela qual hoje podemos observar um aumento nos casos de problemas de saúde relacionado tanto à mente como a alimentação. Portanto, pode-se dizer que a relevância desta pesquisa é voltada a instigar o debate acerca desses cuidados e até onde pode ser considerado uma prática saudável Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, classificada em uma leitura crítica/reflexiva onde foram extraídos 16 artigos das bases de dados: PubMed, Google Acadêmico, Scielo e LILACS entre os anos de 2010 a 2020 utilizando os descritores: estética e cuidado com o corpo, cuidado com o corpo, saúde mental e estética, aesthetic, health care, body caring.

DESENVOLVIMENTO 2. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Sendo assim, os profissionais que atuam em tal área, trazem além dos benefícios físicos, os benefícios à saúde mental. Observando o cenário, expor o pensamento do profissional que atua na área é essencial. Em uma entrevista realizada em 2018, a esteticista, Luciana Nazário diz que as pessoas estão cada vez mais procurando ser saudáveis, se abstendo da ideia de “apenas” pertencer ao padrão imposto, como por exemplo, as modelos de algum tempo atrás que se importavam exclusivamente com sua aparência, e hoje, é perceptível que a busca por se tornarem mais saudáveis está aumentando.

Em concordância, Silva (2015) relatou que a busca pelo corpo perfeito pode trazer sérios problemas, principalmente para as mulheres, pois é o público que mais sofre pressão estética nos dias atuais (está diminuindo, porém ainda se faz presente) Como mencionado anteriormente, a beleza está ligada com vários aspectos mentais, e às vezes, a baixa auto-estima pode ser motivo do desenvolvimento de uma variedade de disfunções como os distúrbios alimentares, de distorção de imagem, automutilação e até mesmo depressão. Fonte: Dados da pesquisa (2020) 2. APECTOS NEGATIVOS RELACIONADOS AO CUIDADO COM O CORPO Em um estudo feito por Scherer (2017), foi destacado que por mais que os procedimentos estéticos assegurem uma maior qualidade de vida quando têm resultados bem sucedidos, tanto no funcionamento psicossocial quanto no estado físico das pessoas, ainda há aquela porcentagem que se sente insatisfeita podendo piorar sua saúde mental (cerca de 50% dos indivíduos que procuram tais procedimentos têm critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos).

Ao final, o autor concluiu que a realização desses procedimentos não é contraindicado em pacientes que possuem tais disfunções, porém o profissional deve saber como proceder: ter reconhecimento do problema, assumir uma postura ética diante da situação e conhecer os riscos associados Em um experimento feito por Silva (2017), foram entrevistados 207 estudantes das áreas da nutrição e educação física, onde na área da educação física os estudantes apresentaram-se mais insatisfeitos com seus corpos em comparação aos estudantes de nutrição e por isso mais propensos a desenvolverem hábitos alimentares não recomendados (majoritariamente as mulheres). Já em outro estudo feito por Copetti (2018) em adolescentes, foi relatado que a insatisfação com seus corpos está atrelada à idealização do corpo perfeito que a sociedade nos impõe e é disseminado pela mídia, e como conseqüência há o aumento de TAs (Transtornos alimentares), sendo a magreza vigente uma das principais motivações para o desenvolvimento de tais afecções De acordo com Floriane (2018), a necessidade da perfeição reflete na insegurança que temos com nossos corpos: “Almejar a perfeição é estar a um passo da frustração” (FLORIANE, F.

M; p. n. COSTA, S. M; MACHADO, O corpo e a imagem corporal em adolescentes: perspectivas a partir do cuidado integral à saúde. Revista adolescência & saúde, Rio de Janeiro, v. n. Auto-estima e auto-imagem: a relação com a estética. UNIVALI, Santa Catarina, 2010 GONÇALVES, J. S; SCHNEIDER, A. P; Nutrição Estética: valorização do corpo e da beleza através do cuidado nutricional, Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio Grande do Sul, 2011 NEVES, P. A; QUADROS, J. V. B; DOMENI, T. V; DADAMOS, I. R; FERREIRA, I. R; CAVALHEIRO, C. n. SEVERO, V. F; VIERA, E, K. Intradermoterapia no tratamento de gordura localizada. Revista Saúde Integrada, v. O Avanço da Estética No Processo De Envelhecimento: Uma Revisão de Literatura, Revista Multidisciplinar de Psicologia, v.

n. SOUZA, J. R; CAMPOS, L. G.

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