O CUIDADO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA REVISÃO DE LITERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Scielo e Lilacs, resultando em 16 artigos que respondiam a pergunta norteadora da pesquisa. Os estudos foram agrupados e classificados em três categorias: O cuidado de enfermagem à pessoa com esquizofrenia, Convivendo com o diagnóstico e O papel da família no cuidado ao paciente com esquizofrenia. Percebemos que o senso comum ainda permeia o cuidado da enfermagem, e para uma nova forma de cuidado, é preciso levar a ciência para a prática. A criação de vínculo entre a enfermagem e pacientes contribui para o cuidado integral. Para isso, é preciso tempo e disponibilidade para a escuta, humanizando o cuidado de enfermagem. INTRODUÇÃO A esquizofrenia é um grave transtorno mental que se caracteriza por sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, e sintomas negativos, que são o enfraquecimento da área afetiva do paciente.

Tal enfraquecimento afetivo deve-se ao preconceito, ainda presente na sociedade, que mantém o paciente com esquizofrenia longe do convívio social (CORDEIRO et al. Comumente, o surgimento do primeiro surto acontece em jovens adultos, variando entre 15 a 20 anos em homens e 20 a 25 anos em mulheres (LIMA et al. Estudos feitos no Brasil apontam 75. novos casos por ano de pessoas com esquizofrenia, o que representa 50 casos para cada 100. Outro importante cuidado de enfermagem são o acolhimento e a formação de vínculo. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um instrumento que proporciona maior autonomia para o enfermeiro, favorecendo o registro de suas ações, promovendo uma aproximação com usuário e a equipe multiprofissional (ESPERIDIÃO et al. Porém, muitas vezes, o enfermeiro em saúde mental continua realizando práticas tradicionais, administrando medicações, verificando a equipe de enfermagem, atendendo, realizando encaminhamentos para outros profissionais, controlando materiais e fazendo registros.

Dentre as novas práticas, destaca-se a prática de grupos, pois é uma intervenção em saúde que compõe uma nova alternativa de assistência aos pacientes e familiares. Os grupos são utilizados como instrumento de cuidado e ainda para mostrar possibilidades, conhecimentos e experiências. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 13 artigos que respondiam a pergunta norteadora da pesquisa: Qual a produção cientifica na área da enfermagem sobre o cuidado do profissional ao paciente com esquizofrenia? Na base de dados SCIELO foram encontrados 24 artigos. Novamente, após a aplicação dos critérios de inclusão, foram selecionados dez artigos que respondiam a pergunta norteadora, porém sete deles já encontrados na base LILACS. Assim, utilizaram-se três artigos do SCIELO.

Nesta análise e interpretação dos resultados foi realizada leitura analítica com a finalidade de ordenar e sumariar as informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitassem a obtenção de respostas ao problema da pesquisa. No total, foram analisados 16 artigos. C. Galera, S. A. F. Ajustamento familiar após o surgimento da esquizofrenia 2013 Conhecer a trajetória de famílias nos primeiros cinco anos da doença mental. Lima, D. U. Garcia, A. P. R. C. Pacheco, C. K. R. Figueiredo, L. Silva, S. M. Efetividade dos Centros de Atenção Psicossocial no cuidado a portadores de sofrimento psíquico em cidade de porte médio do Sul do Brasil: uma análise estratificada 2010 Analisar a efetividade dos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS) no cuidado de portadores de sofrimento psíquico em Pelotas, Rio Grande do Sul.

Nicolino, P. S. Fonseca, L. M. Galera, S. A. F. A. P. Sales, C. A. O cotidiano familiar da pessoa com esquizofrenia: cuidando no domicílio 2012 Conhecer o cotidiano do familiar quanto ás suas vivencias em relação ao cuidado para com o individuo esquizofrênico em seu domicilio. A. P. Santos, E. M. Tironi, N. Garcia, A. P. R. F. Significação da psicose pelo sujeito e seus efeitos para a clinica de enfermagem 2012 Identificar a apreensão do paciente acerca de sua experiência psíquica diante da psicose, indicando uma direção de tratamento á luz da leitura psicanalítica. Sales, C. A. Schuhli, P. A. P. O cuidado de enfermagem à pessoa com esquizofrenia Nesta categoria, foram incluídos os artigos de análise qualitativa que demonstraram o cuidado do profissional enfermeiro ao paciente com esquizofrenia no atendimento em psiquiatria.

Para Lima et al. Marques et al. Oliveira & Furegato (2012) e Muniz et al. o cuidado da enfermagem ainda precisa superar desafios e adequar novas ações para um melhor cuidado ao paciente. É centrado na pessoa e não no transtorno, sendo diferente do modelo antigo em que havia o distanciamento profissional e julgamentos. Levando em consideração o modelo biopsicossocial e este novo olhar para o cuidado, são muitas as novas possibilidades de tratamento, como a psicoterapia, terapia ocupacional, orientação familiar, abordagem psicossocial em instituições, grupos de autoajuda e estratégias de acompanhamento do sujeito na sociedade (MARQUES et al. Para Lima et al. a atual forma de cuidado, que está de acordo com os princípios da reforma, leva em consideração a reinserção social. Inclui ainda a precaução contra o suicídio e diminuição do estresse familiar.

Os pacientes revelam que as mudanças que a esquizofrenia causa, como alucinações e delírios, mudam drasticamente a vida que levavam, ocasionando barreiras para o autocuidado, estudos, relacionamentos e vida profissional. Vários relatos revelam a dificuldade de manter o trabalho depois da descoberta deste transtorno, pois se torna mais complicada a vida social (OLIVEIRA et al. NICOLINO et al. Isto se deve ao estigma de que as pessoas com esquizofrenia não se adequam às normas sociais. O resultado deste desprezo ao paciente é o sentimento de incompetência, culpa, desesperança, baixa autoestima, destruição de sonhos, desrespeito com os sentimentos e incompreensão por parte de familiares e amigos (OLIVEIRA et al. Tais medidas fazem parte do novo modelo de atenção psicossocial (TOMASI et al. O papel da família no cuidado ao paciente com esquizofrenia Nesta categoria estão os artigos que falam sobre a importância da família no cuidado aos pacientes, bem como o cuidado do profissional de saúde à família, preparando-a para cuidar de seu parente.

Temos estudos de análise qualitativa (SALES et al. SCHULHI et al. SANTOS et al. As emoções vividas neste momento foram de dúvida em como lidar com o presente e como seria o futuro de seu parente, e ainda sobre como iriam lidar com as mudanças (SANTOS et al. Para Sales (2010) e Schülhi (2012) existem diferentes tipos de sobrecarga que o familiar pode passar. A objetiva diz respeito ao tempo que o cuidador oferece para as necessidades do dia a dia, como por exemplo o autocuidado. E existe também a subjetiva, que é de caráter emocional, composta pelos sentimentos e experiências estressantes. No entanto, para Giacon & Galera (2013) estas sobrecargas variam de acordo com a família, tempo de convivência com o familiar e conhecimento sobre o diagnóstico.

Já para Oliveira & Furegato (2011) as dificuldades para a adesão a terapêutica é devido ao cansaço e a sobrecarga do cuidador, que prejudica a qualidade de vida. Segundo Vedana et al. a 50% das pessoas com esquizofrenia não aderem ao tratamento medicamentoso. Podemos concluir então que, dependendo da relação entre o paciente e o familiar, pode haver pontos positivos e negativos no tratamento, dependendo quanto conhecimento o familiar possui. Para Fonseca et al. O enfermeiro, como educador, deve fazer orientações para os familiares, explicando sobre o transtorno e seu tratamento. Logo, com informações, a família poderá auxiliar no tratamento e contribuir para a reinserção social, seguindo os preceitos da reforma psiquiátrica. Referências CARDOSO, L. GALERA, S. A. GALERA, S. A. F. Expressões utilizadas por familiares ao relatarem experiências de conviver com o adoecimento mental.

 Acta paul. Ajustamento familiar após o surgimento da esquizofrenia.  Rev. bras. enferm.   Brasília , n.   Ribeirão Preto, n.   v.   Disponível em: <http://pepsic. bvsalud. org/scielo. Compreendendo a equipe de enfermagem na assistência ao paciente esquizofrênico. Rev. Rene. n. v.  Rev. bras. enferm.   Brasília , n. v.  Texto contexto - enferm.   Florianópolis , n.   v.   p. MUNIZ, M. NICOLINO, P. S. et al. Esquizofrenia: adesão ao tratamento e crenças sobre o transtorno e terapêutica medicamentosa.  Rev. Relação de ajuda com paciente psiquiátrico: além do paradigma médico.  SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. Ed. port. R. F. Um casal de idosos e sua longa convivência com quatro filhos esquizofrênicos.  Rev. esc. JÚNIOR, A. C. S.

A realidade do viver com esquizofrenia. Rev. bras. enferm.   Brasília , , n. v. p. fen. ufg. br/revista/v12/n3/v12n3a06. htm>. Acesso em 28 out. Eletr. Enf. Internet]. V. Disponível em: <http://www. v.   p. VEDANA, K. G. G.

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