O CONHECIMENTO HISTÓRICO NA PERSPECTIVA DE WALTER BENJAMIN

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Foi realizado um levantamento bibliográfico das principais obras que retrataram a perspectiva de Walter Benjamin acerca do funcionamento social e elucidou-se o modo como as subjetividades são produzidas e subjazem aos discursos hegemônicos com seus múltiplos efeitos de Verdade sobre a estrutura do pensamento. Foram evidenciados os mecanismos de alienação para a manutenção dos interesses elitistas e aristocráticos favoráveis ao sistema capitalista e aos tradicionalismos que somente poderiam ser desconstruídos por meio da revolução resultante da conscientização. Concluiu-se que a influência da filosofia marxista e do materialismo histórico de Karl Marx foi essencial para a atuação crítica e política de Walter Benjamin na operacionalização das realidades e de seus agenciamentos que o fizeram apostar na enunciação de outras possibilidades narrativas de caráter não hegemônico, mas originalmente potentes em sua abertura ao devir e a modificação de práticas como alternativas ao percurso da história.

Palavras Chave: História; Walter Benjamin; Filosofia da História. Introdução Esse trabalho pretende analisar a literatura acerca das principais obras de Walter Benjamin. Como no Dicionário Abbagnano vemos, respectivamente, o significado dos termos: “A História como rerum gestarum, significaria ciência dos fatos ou a ciência que estuda os acontecimentos no tempo” (ABBAGNANO, 1998, p. ou então: “A História como os próprios fatos ou um conjunto ou a totalidade deles” (ABBAGNANO, 1998, p. O fato é que, um significado importante para a realidade histórica em geral, mais relevante filosoficamente, é a história como o mundo histórico, a totalidade dos modos de ser e das criações humanas no mundo, ou a totalidade da “vida espiritual” ou das culturas. De fato, neste âmbito que se podem distinguir as interpretações filosóficas da história que constituem a chamada Filosofia da História.

ABBAGNANO, 1998). O “sujeito”, “objeto”, e “conhecimento”, de modo bem simplificado estão apresentados, sem aprofundar-se no que cada um acarreta como problemática filosófica. SCHAFF,1986). Enquadrando em alguns modelos teóricos o que se chama de “processo do conhecimento”, este mesmo o qual ocorre através da interação do sujeito que conhece, do objeto do conhecimento, e como resultado os produtos mentais que chama-se conhecimento, nos modelos a que pode-se chamar mecanicista, idealista-ativista, e um último que frisa a interação entre sujeito-objeto. SCHAFF, 1986). CONHECIMENTO HISTÓRICO PARA WALTER BENJAMIN Walter Benjamin nasceu em 15 de julho de 1892 em Berlim. A revolução compreendida como um dispositivo para a desestabilização das políticas de dominação de uns pelos outros e de destruição dos meios, onde se estruturam a ordem fascista sobre as forças produtivas.

A filosofia da história de Benjamin convoca o leitor a atentar-se aos modos como os fenômenos são representados pelo sentido otimista do opressor que visa engendrar nos corpos o desejo de se integrar a configuração maquínica e futurista que sobreimplica a sua força aos meios produtivos resultantes do plus de mais valia (GUATTARI, 1988). A romantização dos progressos sociais, científicos e culturais do século é denominada como catástrofe que passa a ser questionada sobre a finalidade para quem ela serve. O percurso discursivo de Benjamin é atravessado pelo movimento artístico surrealista e se aproxima do pessimismo presente nos escritos aforismáticos de Nietzsche (GIACOIA, 2002) que revelam a tirania de uma realidade construída para favorecer aos ideais elitistas. Contudo, identificado à categoria de vencido, ele rechaça as práticas que positivam os modos de vida fascistas e mantenedoras das injustiças vigentes.

Portanto, desnaturaliza-se as práticas narrativas que racionalizam o fascismo presente na filosofia da história. REFERÊNCIAS ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. ed. Tradução de Alfredo Bosi. Ensaios de esquizo-análise. Campinas: Papirus, 1988. HABERMAS, J. “L’actualité de W. Benjamin. Petrópolis: Vozes, 1996. LÖWY, M. A filosofia da história de Walter Benjamin. Palestra proferida na sede de estudos avançados da USP. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2002.

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