O COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB O ENQUADRE DA BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM BNCC NA EDUCAÇÃO BÁSICA: A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, UMA R

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Orientador: Prof. Dr. Emanoel Pedro Martins Gomes Uruçuí-PI 2022 NOME DO ALUNO O COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA SOB O ENQUADRE DA BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC) NA EDUCAÇÃO BÁSICA: A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, UMA REALIDADE DE NOSSA LÍNGUA. Artigo Científico apresentado no Curso de Licenciatura Plena em Letras Português do PARFOR/UESPI, como requisito para obtenção do título de Licenciado em Letras Português. Orientador: Prof. Objective: To analyze the BNCC regarding the work with linguistic variation in basic education, observing and relating to the perspective of language and social variationist language how this phenomenon is treated from skills and competencies for a theme that is naturally diverse. Methodology: The study has an explanatory and descriptive character, as it will identify and analyze the skills and competencies related to working with linguistic variation, how the document interfaces with the variationist view of language in the classroom.

Results: The results will be able to penetrate our own teaching activities, in the sense of evaluating our own teaching practice in relation to working with language. Final Considerations: The data collected and analyzed may also help other teachers to understand what this document says, what practices are already in place in teaching and which ones should still be implemented so that students can broaden their conceptions of language and have contact with linguistic pluralism. Keywords: Linguistic Variation; BNCC; Language; 1. É preciso compreender que essa mudança, como se pensava originalmente, termina não apenas no tempo, mas também no espaço, na classe social e na representação estilística. Neste foco na linguística, críticas duras têm sido dirigidas aos professores em geral e aos professores de língua portuguesa mais especificamente, que têm sido encarregados de ensinar a ler e escrever.

Os pesquisadores mencionados demonstraram vários problemas em seu estudo: os professores usam uma variedade de registros linguísticos que os alunos não entendem; eles não levam em consideração a experiência linguística que os alunos trazem para a escola e não dão espaço para os alunos falarem, então apenas eles sempre têm o direito de falar em situações de conversação; ainda demonstram desconhecimento das realidades econômicas, sociais e culturais do grupo social do aluno. O objetivo geral, portanto, deste artigo é analisar a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) quanto ao trabalho com a variação linguística na educação básica, observando e relacionando a perspectiva de língua com a linguagem sociovariacionista. Analisaremos como esse fenômeno é tratado a partir de habilidades e competências para uma temática que naturalmente é diversa.

Os procedimentos de coleta e análise de dados estão serão feitas leituras constantes da BNCC, com ênfase naquilo que se fala sobre a variação linguística e/ou sua relação com outros assuntos. Serão elaboradores resumos e quadros para sistematizar os trechos, os tópicos discursivos centrais tratados em cada ocorrência direcionada à variação linguística, de forma a tentar reduzir e mapear as principais discussões sobre o tema. Além disso, nessa etapa verificaremos quais termos e definições aludem a esse fenômeno da língua e com quais outros conteúdos de língua portuguesa a base tende a relacioná-los. Deste modo, será feita uma análise documental, a qual, para Lüdke e André (1986, p. apesar de pouco explorada na educação, pode ser de grande valia em pesquisas qualitativas.

Quadro 01- Questionário a ser utilizado para a coleta de dados. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI CAMPUS: SERRADOS DO ALTO PARNAIBA COORDENAÇÃO GERAL DO PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS Pesquisadoras: NOME DO ALUNO e Professor Orientador: Dr. Emanoel Pedro Martins Gomes 1. De que modo a variação linguística é tratada a partir da compreensão de sua influência no nosso dia-a-dia? 2. A partir de que ponto pode ser encontrada ou trabalhada essa variação no ambiente escolar? 3. A atividade de linguagem, sob essa ótica, se processa primeiramente na mente, isto é, uma atividade individual que se exterioriza através da faculdade inata dos seres humanos, a linguagem, via língua natural. Logo, a língua para a concepção focada no pensamento apenas traduz o pensamento, ou seja, pensar bem implica falar bem, expressar-se bem.

Traváglia (2009) considera que, nessa abordagem, há um constructo de regras que servem para organizar logicamente as informações, consequentemente a linguagem como forma de transmissão material do pensamento. Resultam dessa abordagem, por exemplo, as concepções de “certo” e “errado”, e tendências prescritivas sobre a língua. Essa perspectiva perpassa o ensino até os dias de hoje, quando determinadas práticas levam os alunos ao entendimento de que o aprendizado de regras e normas modelizam o bem falar. A noção de código recupera a visão de Saussure, para quem a língua era um sistema ordenado em códigos construídos por um significante e um significado. Longe de nossa discussão trazer o postulado saussuriano, consideramos que esse linguista fez uma escolha epistemológica em não aderir o social à reflexão da língua, questão que nos leva a aproximá-lo dessa segunda concepção de linguagem.

Traváglia (2009) apresenta a terceira concepção de linguagem sobre a qual nos apoiamos para discutir e analisar a variação linguística no quadro Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2018): linguagem como forma de interação social. Conceber a linguagem nos moldes interativos e sociais é um convite a assimilar a língua como lugar de interação e negociação de sentidos e propósitos. Nessa concepção o que o indivíduo faz com a língua é agir no mundo, negociando-o, transformando-o, agindo sobre ele e posicionando social e ideologicamente nossas compreensões na relação com o interlocutor. Traváglia (2009) enfatiza que os objetivos do ensino de língua materna devem priorizar a pluralidade de discursos, por sua vez, da variação linguística. Para o autor, a variação é inerente a todas as línguas naturais e segmenta-se em dois domínios: os dialetos, variedades que ocorrem devido às falas das pessoas; e os registros, também chamados de estilos, que ocorrem em razão do uso que fazemos da língua em determinadas situações.

A variação dialetal desenvolve-se a partir de variáveis como a região, o território, constituindo o caso de variação diatópica; os dialetos sociais, que se desenvolvem em virtude da classe social que os sujeitos ocupam, sendo a norma-padrão considera a de prestígio pelas tendências mais elitistas; a idade, o sexo e também a geração, como o exemplo das gírias; e os dialetos na dimensão da função, considerando os papeis e funções que assumimos e como isso se reflete em nosso dizer e modo de usar a língua. A variação de registro está relacionada ao grau de formalismo com que usamos a língua em determinados contextos; à modalidade de uso da língua, se escrita ou falada; ao status, geralmente correlacionado à função que desempenhamos; à tecnicidade, quando analisamos nosso interlocutor e presumimos determinado volume de informação que nos faz optar por uma linguagem mais erudita ou mais informal; à norma, quando fazemos uso da linguagem de prestígio, por interpretarmos em nosso ouvinte a capacidade para se dirigir a ele utilizando uma linguagem que reflita esse grau de relação.

A espontaneidade e o falar popular cotidiano parecem ser os caminhos que nos conduzem a refletir sobre o fenômeno da variação linguística no ensino, pois e nesse contexto que o “vernáculo parece ser, portanto, a fonte mais segura para a investigação dos fenômenos da mudança linguística que afetam determinada língua num dado momento histórico” (BAGNO, 2007, p. A crença na linguagem estática e invariável está relacionada principalmente à natureza normativa da gramática tradicional, que remonta à Grécia antiga, quando os estudiosos estavam principalmente interessados ​​em interpretar a linguagem usada nos textos de autores clássicos e preservar a língua grega da "corrupção" e "abuso". A linguagem escrita - especialmente a linguagem clássica - é altamente considerada, considerada mais pura, mais bonita e mais correta do que qualquer outro tipo de linguagem.

No entanto, a linguística moderna prioriza a linguagem falada sobre a linguagem escrita por várias razões, incluindo que todas as sociedades humanas conhecidas têm a capacidade de falar, mas nem todas as sociedades têm escritas. Analisando nossa própria sociedade, podemos concluir que a escrita pertence à minoria, pois grande parte da população brasileira é analfabeta ou semialfabetizada, e mesmo quem vai à escola não a usa muito. A variação linguística refere-se a diferentes usos da mesma língua pelos falantes. são respeitadas e valorizadas por sua especificidade linguística e cultural, mas têm o direito inalienável de aprender diferentes formas dessas expressões. Eles não podem negar esse conhecimento porque têm que fechar as já estreitas portas da ascensão social.

BORTONI-RICARDO, 2005, p. As escolas devem reconhecer que os alunos agregam um caráter profundo à sua cultura, principalmente na língua falada, o que não significa categorizá-la como feia ou errada. Antunes (2009) apontou que a forte ligação entre as instituições escolares e a linguagem correta ou incorreta vem contribuindo para a manifestação do viés linguístico. Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação.

BRASIL, 2017, p. Sobre a prática docente dos professores de português nas escolas, desde que os resultados sejam passados, podemos refletir melhor acerca de nossa prática docente, principalmente a gestão das mudanças linguísticas em sala de aula, e claro, reconsiderar a atuação comunicativa de uma forma mais efetiva. de forma a ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos (BRASIL, 2017, p. As escolas não podem ignorar as diferenças sociolinguísticas. Professores e alunos devem estar bem cientes de que existem duas ou mais maneiras de expressar a mesma coisa.

Além disso, essas formas alternativas servem a diferentes propósitos comunicativos, são aceitas por diferentes sociedades são respeitadas e valorizadas por sua identidade linguística e cultural, mas têm o direito inalienável de aprender diferentes formas dessas expressões. Eles não podem negar esse conhecimento porque têm que fechar as já estreitas portas da ascensão social. Entendemos que, embora os professores sintam que a linguagem não é homogênea e se preocupem para que a fala dos alunos não seja estigmatizada, é difícil se afastar do discurso autoritário que ainda prevalece nas escolas, definindo o que é linguagem "correta" e o estigma é considerado diferentes. As linguagens dos padrões, mesmo que não sejam mencionadas nos livros didáticos e mesmo que não sejam sistematicamente discutidas nos cursos de português, devem ser discutidas com os alunos, principalmente quando os alunos apresentam uma gravidez de diversidade linguística.

Conclui-se que o curso traz mudança linguística em seus textos e aborda isso nos textos introdutórios. No entanto, existem grandes lacunas na consciência de diferentes falas, representações sociais da variação linguística, reflexão sobre a mudança linguística e repensar a atuação e avaliação de certas variantes ao articular as habilidades apresentadas em sala de aula. REFERÊNCIAS ANTUNES, Irandé. p. BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. ª ed. São Paulo: Loyola, 1999. Nós cheguemu na escola, e agora? sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2005. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Língua Portuguesa. Brasília: MECSEF, 1998. BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Matemática. Acesso em: 13 nov.

GERALDI, João Wanderley. Concepções de linguagem e ensino de português. In: GERALDI, J. W. p. SUASSUNA, Lívia. As variedades linguísticas e o ensino de português: contribuições dos estudos culturais. In: LIMA, Maria Auxiliadora Ferreira; COSTA, Catarina de Sena Sirqueira Mendes da; ALVES FILHO, Francisco. Org).

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