NTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO ESTTRATÉGIA PARA O SUCESSO DE ESTUDANTES DE ALTA PERFORMANCE

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

De modo que, a análise aqui apresentada, se referenciou em uma revisão da literatura recente, a respeito da compreensão sobre a inteligência emocional, funcionamento da rotina de alunos de alto desempenho e a forma como a psicanalise atualmente interpreta e prevê essa relação. Portanto, considera-se a importância de articulação nesse tema, por se tratar de discussão recente, requerendo mais aprofundamento na área, sobretudo na perspectiva psicanalítica, uma vez que são escassas as articulações nessa linha epistemológica e cientifica. Palavras-Chave: Inteligência emocional. Psicanálise. Alta performance. De modo que, um tema que entra em convergência, quando se discute a inteligência emocional, são os relevantes contextos de estresse, associados a situações que envolvem conjunturas, tais como, a aprovação no ENEM e concursos públicos, sobretudo, pelos consideráveis níveis de competitividade e exigências qualificatórias que demandam em cada um desses cenários.

Desde 1999 o Exame Nacional do Ensino Médio ENEM, é utilizado por algumas Instituições de Ensino Superior IES brasileiras, como requisito para ingresso ao ensino superior (INEP, 2018). Se tornando, portanto, gradativamente nestes últimos 20 anos, o modelo de avaliação mais concorrido, para ingresso na qualificação acadêmica. O ENEM atualmente é considerado o maior vestibular no Brasil, sobretudo, para as instituições públicas, o sistema de ingresso pode ser realizado através de três modelos sistêmicos, sendo eles: Sistema e seleção única (SISU), destinado ao ingresso nas universidades e institutos federal e estadual; o Programa Universidade para todos (PROUNI) que seleciona alunos com bolsas integrais ou parciais para faculdades, centros universitários e universidades privadas; e o Fundo de financiamento estudantil (FIES) que disponibiliza financiamento parcial ou integral para ingresso em faculdades, centros universitários e universidades privadas.

Dados do Instituto Nacional de estudos e pesquisas educacionais Anísio Teixeira - INEP (2019) aponta que em 2018 foram 5. Vale ressaltar, que algumas instituições utilizam o modelo misto, onde além a nota do ENEM, é requerida também outra etapa de avaliação realizada pela própria instituição (MATIAS E TOLEDO, 2016). Em outra vertente, para além da graduação, está à corrida pela tão concorrida efetivação no mercado de trabalho. Assim, os concursos públicos se configuram como uma das alternativas mais cobiçadas entre os brasileiros. A carreira pública se torna atrativa pela conjuntura salarial, que geralmente é mais bem empregada do que na esfera privada e, sobretudo, pelo seu teor de estabilidade e possibilidade de estabelecimento de plano de cargos e carreira. Os últimos concursos para analista do INSS; operacional e administrativo dos correios, e bancários da caixa econômica federal, juntos mobilizaram mais de 4 milhões de candidatos inscritos (JCCONCURSOS, 2019).

Esse método científico possibilita buscar e analisar artigos de uma determinada área da ciência, visto que esse tipo de pesquisa nos permite ter uma visão mais ampliada do tema, confrontar ideias ou concordância existentes entre os autores (GIL, 2008). Para Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, no qual é elaborada através de matérias documentais que se fundamenta das contribuições de diversos autores sobre determinado assunto. Para a construção deste trabalho, foi delimitado o objeto de estudo, e posteriormente feito uma pesquisa exploratória, cuja finalidade foi obter uma maior aproximação do tema por meio da leitura de textos, artigos, livros. Na análise dos textos foram avaliados os contextos referentes aos conceitos de emoção e inteligência emocional, e de que forma estes interagem no processo de estudos voltados para concursos públicos em alto grau de concorrência.

Utilizamos como palavras-chave: inteligência emocional, emoções, desempenho e psicanálise. e NORONHA, Ana Paula P 2018 SCIELO Avaliação do nível de inteligência emocional em estudantes de medicina de diferentes períodos da graduação. Estudo transversal Belo Horizonte 2017-2018. COURY, Marayara I. F. BVS Desenvolvimento da compreensão emocional. V. et al TAVELA JUNIOR, J. S. SCIELO SCIELO BVS Total 7 Fonte: Autora (2020) 3. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO VIÉS PSICANALÍTICO COMO ESTRATÉGIA PARA ALTA PERFORMANCE 3. As emoções são geradas constantemente, mas, em geral, não temos consciência disso. Essa reação inicial transparece em milésimos de segundos, sem que a pessoa perceba o que está acontecendo (DOUX, 1998). Anatomicamente, Oliveira e Jesus (2014) explicam que as emoções são geradas no sistema límbico: um conglomerado de estruturas situado abaixo do córtex.

Esse processo se deu muito cedo na história dos mamíferos. Nos humanos, está conectado às áreas corticais desenvolvidas recentemente. Inteligência Emocional No escopo da inteligência emocional, diversos autores se debruçaram na tentativa de conceituar o termo e aproximar seu sentido no máximo da compreensão entre a complexidade das emoções e sua relação com praticas, tomadas de atitude e comportamento em geral. Atualmente estudos com foco na inteligência emocional, tem se destacado consideravelmente no meio científico. Todavia, segundo Coury (2019) esse interesse científico, só começou por volta de 1960 e se concentrava exclusivamente no âmbito da psicoterapia, sendo o estopim para maior discussão acerca do conceito, datado a partir da década de 1990 principalmente, através dos estudos de Daniel Goleman.

De modo que, na perspectiva psicológica, o entendimento de Leahy, Tirch e Napolitano (2013, p. acerca da inteligência emocional “engloba a natureza geral da consciência e adaptação emocional, sugerindo uma característica geral que possui implicações abrangentes no comportamento adaptativo. Dentre alguns, a autora supracitada menciona os instrumentos de desempenho, que tem como foco avaliar a performance; e os instrumentos de autorrelato, que se constitui de questionário auto avaliativos acerca do nível de percepção sobre suas próprias habilidades. Contudo, Batista e Noronha (2018) ressaltam que pesquisas recentes divergem acerca da efetividade da avaliação da autorregulação emocional. Em pesquisa realizada pelos autores, foi possível identificar que regular as próprias emoções é um recurso precioso de preservação da saúde mental.

Contudo, a pluralidade de contextos em que o sujeito avaliado pode estar inserido, e a multiplicidade cultural implicam necessariamente em ampliar outras perspectivas avaliativas. De modo que, por meio desses instrumentos, ao longo de anos de pesquisas nas mais variadas áreas, tais como: trabalho, estudo, dinâmica social, foi possível identificar que fatores, como Otimismo, autorrealização, felicidade, independência e responsabilidade social se relacionam de maneira positiva com o contexto de inteligência emocional (COURY, 2019). Ora, se a proposta é aumentar carga de ensino e atuar com foco em personalizar esses alunos trabalhando-os para a excelência diante do mercado de trabalho que os espera, então nada mais constitucional que permitir e, sobretudo, promover qualidade psíquica a estes sujeitos. Uma das áreas mais visadas e concorridas em meio acadêmico, é a formação em medicina.

A implicação de anos de estudo e práticas exaustivas, como meio para atingir o status de uma formação em uma área com considerável know how, conduz estudantes num processo de preparação, com características de devoção. Assim, Coury (2019) salienta que é comum aos aspirantes em processo de preparação, e os efetivos estudantes de medicina, conduzirem sua rotina de estudos de maneira intensa, focada nos conteúdos, se abstendo de vida social e qualquer outro interesse de lazer, que eventualmente, possam desvirtuá-los de seus propósitos. Nesse aspecto, Olivieri (2018) traz uma reflexão onde aborda questões acerca dos princípios e valores que são tomados diante da escravização de uma paixão, em detrimento de si mesmo. E este, se deu através da I Conferência Internacional de Neuropsicanálise, em Londres, onde na ocasião, foi fundada a Sociedade Internacional de Neuropsicanálise (CALLEGARO, 2011).

De maneira que, ao longo do último século, com todo avanço na área da investigação científica, foi possível promover a compreensão mais holística acerca do funcionamento cerebral e suas relações com o inconsciente, nos permitindo elucubrar acerca de conceitos neuropsicanalíticos. Fajardo (2016) destaca que, Freud em seu ensaio “projeto para uma psicologia científica”, abordava a compreensão acerca do aparelho psíquico a partir da ideia de uma cadeia neuronal, onde se destaca o “Q”, que em última instância, se refere a uma espécie de energia ou descarga elétrica. De modo que, os neurônios dessa cadeia se distinguiam entre os permeáveis, responsáveis pelas memórias; os impermeáveis que impedem a passagem de neurônios e os perceptuais sendo estes os que percebem elementos, mas não retém informações.

Essas proposições Freudianas são relevantes para a compreensão, por exemplo, de que são essas interações neuronais que conduzem o entendimento psicanalítico acerca dos princípios de prazer e satisfação. O terceiro passo consiste em potencializar a aprendizagem, ou seja, tornar-se consciente sobre as particularidades de seu aprendizado. Assim, Olivieri (2018) apresenta uma espécie de equação para alcançar os resultados tão almejados, que consiste em: tempo em sala de aula x qualidade do aprendizado + tempo de estudo x qualidade do estudo. De modo que, se valendo dessa estratégia é possível aplicar técnicas de aprendizado que serão melhor explanadas na tabela. Tabela 2 – Técnicas para o processo de aprendizagem focado na alta performance. Técnica Descrição Contribuição Leitura ativa Após terminar de ler um parágrafo, página, ou capítulo, feche-o e busque o lembrar com o máximo de detalhes e se explicar tudo o que você aprendeu! Você pode fazer isso em voz alta, na sua mente ou esquematizando tudo em uma folha branca.

Auxilia no reforço da memória, sem sobrecarregar o cérebro. Alterar técnica de resolução de exercícios. Se proponha em exercícios diferentes para o mesmo conteúdo (alterne leitura, fichamento, reprodução de aula, etc). Possibilita a neuroplasticidade, ou seja, varias possibilidades de resolução para um mesmo problema. Realize intervalor regulares de qualidade. E finalmente o sétimo passo e talvez o mais importante no qual Olivieri (2018) refere-se ao que é feito no tempo livre e como estabelece os relacionamentos. Aprender a aproveitar o tempo livre é tão complexo quanto aprender e praticar todo o resto, anteriormente mencionado no processo. De modo que, se conectar de forma significativa em atividade prazerosas e divertidas com outras pessoas, buscar atividades que qualifiquem a saúde mental, como processo terapêutico, técnicas de relaxamento, ou seja, atribuído significado e relevância ao tempo no qual não está estudando.

Diante do exposto, Tavela Junior (2018) salienta que cada pessoa desenvolve suas habilidades de forma bastante particular, não sendo, portanto, as propostas de treino da inteligência emocional, uma receita inflexível ou infalível. De modo que, o autor reforça a importância de escolher a técnica mais adequada ao objetivo no qual se propõe. Vale ressaltar, que as limitações desse estudo se apresentaram diante da escassez de conteúdo na literatura, que faça uma interlocução discursiva entre a perspectiva psicanalítica e a inteligência emocional aplicada ao contexto da alta performance. Portanto, caracterizando este estudo como essencial para maior discussão, sobretudo, por se tratar de um tema que reflete a realidade de uma parcela considerável da população brasileira. REFERÊNCIAS ARAGÃO, G.

Devo me importar com a concorrência em concurso público?. In: JUSBrasil artigos [on line], 2017. V. n. CALLEGARO, MARCOS M. O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as neurociências revolucionaram o modelo de processamento mental. Porto Alegre: Artmed, 2011. n. p. DOUX J. L. O cérebro emocional – Os misteriosos alicerces da vida emocional. FRANCO, Maria G. S. E. C; SANTOS, Natalie N. Desenvolvimento da compreensão emocional. São Paulo: Atlas, 2008. GOLEMAN, D. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. GOLEMAN, D. com. br/carreira/os-concursos-publicos-mais-procurados-e-cobicados-para-2019/. Acesso em: 05 Fev. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA INEP. Dados do censo da educação superior As universidades brasileiras representam 8% da rede, mas concentram 53% das matriculas. Disponível em: http://portal. inep. gov. br/sinopses-estatisticas-do-enem.

Acesso em: 04 Fev. Sabe quais são os concursos públicos mais disputados da história. In: JCCONCURSOS [on line], 2019. Disponível em: https://jcconcursos. uol. com. MATIAS, L. e TOLEDO, S. Enem: veja como 1. instituições usam a nota do exame. In: Guia do estudante [on line], 2017. gov. br/component/content/article?id=40361. Acesso em 06 Fev. MORAES A. P. São Paulo: Editora Paulus, 2014. OLIVIERI, A. Os 8 passos para se tornar um estudante de alta performance, 2018. PIRES, Antônio P. Psicoterapia psicanalítica focada nas emoções. V. et al. Inteligência emocional: uma revisão de literatura internacional. Estudos interdisciplinares em psicologia. V. SISU. Cursos mais procurados no SISU. In: Portal SISU, 2018. Disponível em: https://sisu2018mec. com. S. Manual de treinamento em inteligência emocional. Dissertação de mestrado. Universidade José do Rosário Vellano.

Belo Horizonte, 2018.

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