Nietzsche

Tinha muita firmeza em seus escritos e chegou a ‘decretar’ a morte de Deus, em uma crítica rígida ao cristianismo de sua época. Além de Zaratustra, escreveu: Ecce Homo. Crepúsculo dos Ídolos; O anticristo; Humano demasiado humano, entre outros. As três metamorfoses é o discurso de abertura de “Assim falou Zaratustra, escrito entre 1883 e 1885. O autor apresenta um processo de transformação (metamorfose) do espírito. Metáfora, é outro instrumento utilizado por Nietsch, e usa a comparação ou, a “designação de um objeto ou qualidade mediante uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança”. Análise crítica da obra. Jorge Larrosa, autor de Linguagem e Educação depois de Babel (editora Autêntica), no capítulo intitulado: A liberdade libertada propõe uma análise para a leitura das três metamorfoses.

“Nesse texto o herói da liberdade é o leão. Digamos que o camelo é uma mescla de moral cristã, má consciência e espírito ascético: um animal gregário, domesticado, escravizado, servil e de carga, um animal que diz sim a tudo o que se lhe impõe e que encontra sua felicidade em cumprir com seu dever. Assim, essa metamorfose espiritual é um amadurecer e crescer, em busca da liberdade que pode ser encontrada na criança capaz de criar e recriar, significando um recomeço. As três figuras do texto são emblemáticas, mas, o Leão, tem um significado ao meu vê um pouco ambíguo, pois, ao mesmo tempo que ele é o herói, aquele que quer fazer-se livre, ao mesmo tempo não consegui sair do estado em que se encontra, pois, existe uma força maior a do dragão sendo este entendido como o supressor dos valores que potencializam a singularidade, sendo assim, a liberdade e vontade também não se concretizam.

Em se tratando de transformação do espírito, esta resistência ao que está estabelecido ou ao que é imposto socialmente falando, este rebelar-se ou lutar contra o que o domina, pode ser o que Larrosa entende como o herói negativo. Ele vive no confronto, sem avançar para algo concreto em termos de resultado. Fazendo uma analogia disso com a contemporaneidade, vejo que por mais que o mundo viva em sua maioria em democracia, há uma prisão das mentes dominadas por convenções que impõem valores ultrapassados revestidos de modernismos. Era inteligente e dedicado aos estudos, o que lhe rendeu o convite para lecionar Filologia na Universidade de Basileia, com apenas 24 anos. Foi bastante influenciado por Shopenhauer do qual leu suas obras. Em 1981 escreve seu primeiro livro: O nascimento da tragédia.

Outros se seguiram como: Deus está morto (o mais famoso). Vieram ainda: O nascimento da falta da culpa; Má consciência; O animal estimador; Moralidade do costume; O sim de Zaratustra, etc. São Paulo, 2007 Mundo educação, disponível em: <https://mundoeducacao. bol. uol. com. br/biografias/friedrich-nietzsche.