MOLLUSCO

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Lamarck adotou o termo apenas para mariscos, caracóis e lesmas, entretanto, deve-se a Pilsener a atual classificação dos moluscos, cujos estudos anatômicos e ecológicos definiram tudo que hoje é considerado molusco.            O Filo Mollusca é um dos maiores grupos de invertebrados que conquistaram popularidade entre amadores e colecionadores. A prática de colecionar moluscos datam do século XVII e muito contribuíram para o conhecimento acumulado até hoje sobre o grupo, sendo atualmente  considerado um dos filos que se obtém um melhor conhecimento do ponto de vista taxonômico.  São conhecidas em média 100. formas viventes e outros 35. Sensores químicos também estão presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido.

O pé é a estrutura muscular mais desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. O restante dos órgãos está na massa visceral. Nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Algumas macromoléculas só completam a sua fragmentação no interior das células de revestimento do intestino (digestão extracelular). A maioria dos moluscos apresenta sistema circulatório aberto ou lacunar, no qual o sangue é impulsionado pelo coração, passa pelo interior de alguns vasos e depois alcança lacunas dispostas entre os vários tecidos, nas quais circula lentamente, sob-baixa pressão, deixando nutrientes e oxigênio, e recolhendo gás carbônico e outros resíduos metabólicos. Essas lacunas são as hemoceles. Os cefalópodes constituem uma exceção, pois têm sistema circulatório fechado.

Na cavidade celomática abrem-se os nefrídios, as estruturas excretoras. Na cópula, dois indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos quais fecundam-se reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto). Nas formas aquáticas, há espécies monoicas e espécies dioicas (como o mexilhão). A forma mais comum de desenvolvimento é o indireto. Os estágios larvais mais conhecidos dos moluscos são a véliger e a trocófora. Existe uma boca anterior e posteriormente uma pequena cavidade do manto. Informações sobre crescimento e maturidade sexual são escassas. Sabe-se que espécies de Prochaetoderma youngei atingem o tamanho adulto e torno dos 2 meses e sua maturidade sexual em 1 ano. Estas são informações de animais mantidos em tanques, já que a espécie vive em profundidades em torno de 2000 metros.

Rios (1994) informa a existência de 4 espécies no Brasil: Neomenia herwigi, Falcidens sp. Algumas espécies ocorrem em todo o mundo e algumas espécies até dominam a macro fauna local. Ocorrem desde o Ártico até a Antártida. Vivem em fundos lodosos, sobre hidróides ou octocora. São animais que variam de 1mm até 30 cm. Seus corpos variam do quase esférico, alongado, achatado e estreito. Na costa da Itália, espécimes de Veleropilina podem ser encontradas em profundidades de 180 metros. Mas a grande maioria ainda vive em profundidades abissais. Estas profundidades não permitem que animais vivos sejam observados, então pouco se sobre a sua ecologia. Observando-se a concha, baixa, que produz pouca resistência e o formato do pé, pode-se concluir que são animais adaptados para viver em águas rasas e de forte movimento.

Talvez este seja um legado dos tempos em que estes animais viviam em águas costeiras. As valvas nestes representantes dos moluscos são sem duvida, as informações morfológicas mais representativas para a classificação do grupo, a primeira característica observada é a exposição da valva no cinturão, onde, pode estar na sua maioria exposta como em Leptochiton pode estar parcialmente exposta como em Katharina ou totalmente recoberta como em Cryptochiton. A valva cefálica (Valva I) pode apresentar forma semi-elíptica como no gênero Mopalia e elíptica como no gênero Leptochiton, dentes de inserção (ou pranchas de inserção) podem ser contínuos como o gênero Hanleya ou separados em dentículos menores como Chaetopleura. Ainda abordando os dentes de inserção eles podem ser sulcados longitudinalmente como Ischnoplax ou lisos como Chaetopleura.

As valvas intermediarias são as estruturas com mais modificações encontradas. A relação da escultura geralmente é muito difícil se concluir um padrão, devido ao fato que a escultura presente, não segue o mesmo padrão por toda a valva, por exemplo: a escultura na área central em grande parte dos casos não é a mesma da área lateral (como é o caso de Chaetopleura angulata), que por sua vez, em algumas espécies, segue o padrão da valva por inteiro (como é o caso de Leptochiton darioi). Após a fecundação, a larva apresenta um estágio planctônico (superfície da água) e depois, com a modificação da larva em um novo indivíduo, a larva cai pra região bentônica (fundo do oceano).

Poucas espécies entre os quitons podem apresentar simbiose, entre estes, Cryptochiton stelleri o maior representante na classe até o momento, pode apresentar entre os filamentos branquiais uma espécie de carangueijo (carangueijo ervilha Opisthomus transverse) e um poliqueta (Acholoe vittata). Figura 4: Morfologia do animal Figura 5: Morfologia da concha Figura 6: Polyplacophora. Espécie: Tonicella Lokii. Outro exemplo, Quíton. A posição filogenética do grupo é bastante controversa. Por exemplo, Brusca & Brusca (2003) e Simone (2009) consideram os bivalves mais relacionados filogeneticamente com os escafópodes do que com os demais moluscos. Já Giribet et al. com base exclusivamente em dados moleculares, considera os escafápodes mais relacionados com os solenogastres (moluscos desprovidos de conchas) e com os cefalópodes. Os escafópodes são bentônicos e vivem com a extremidade mais larga da concha, onde se situam o pé e a cabeça rudimentar, enterrada no sedimento, enquanto que a porção mais afilada da concha se projeta para fora do substrato.

Os adultos podem ser encontrados em fundos inconsolidados, lodo e areia, desde regiões de águas rasas até 4. m de profundidade. Segundo Brusca & Brusca (2003), existem cerca de 900 espécies descritas de escafópodes. De acordo com o “site” Malacolog, 101 espécies de Scaphopoda estão registradas para o Atlântico Oeste. Rios (1994) relacionou 30 espécies para o Brasil. Este grupo de moluscos são os que mais se assemelham ao molusco generalizado, descrito anteriormente, exceto no fato de apresentarem geralmente uma concha espiralada, que os torna assimétricos. A maioria dos gastrópodes apresenta uma concha univalve, achatada ou espiralada, no interior da qual se aloja a massa visceral.  Algumas espécies têm um opérculo, que tapa a entrada da concha quando o animal se recolhe. No entanto, existem muitas exceções, como as lesmas marinhas ou nudibrânquios, que não apresentam concha, dependendo de elaboradas defesas químicas para a defesa.

Os gastrópodes marinhos respiram por brânquias localizadas na cavidade paleal, enquanto os terrestres não as apresentam.  Nos chocos, além dos oito tentáculos vulgares, como nos polvos, existem dois com que capturam as presas, que podem ser projetados com grande rapidez. Nas lulas também existem dois tentáculos especializados na captura de presas, mas estes não são retráteis. A cabeça destes animais é distinta e apresenta olhos muito eficientes, semelhantes aos dos vertebrados, bem como órgãos dos sentidos químicos e tácteis muito desenvolvidos. O sistema nervoso é desenvolvido, com maior tendência para a cefalização que os restantes grupos do filo Mollusca. Experiências têm revelado um elevado grau de inteligência nestes animais, considerados os mais evoluídos nesse aspecto nos invertebrados.

 Esta situação permite explicar a perda de concha, dado que era necessário libertar o manto desse material rígido para que este pudesse funcionar como bomba de água. Além de excelentes predadores, são igualmente eficientes na fuga e na camuflagem, devido á sua  capacidade de mudar a cor e a textura do seu revestimento, bem como devido à bolsa do ferrado, que produz uma tinta negra que perturba um possível atacante. A mudança de cor e mesmo de textura do corpo pode ser extremamente rápida e está intimamente associada ao sistema nervoso dos cefalópodes. A inervação seletiva de células especiais da pele - cromatóforos - origina um padrão de manchas, que ao olho humano resulta em alterações bruscas de pigmentação.

Geralmente a pele do cefalópode é translúcida e apresenta uma camada profunda de células brancas refletoras, designadas leucóforos. Em polvos a fêmea pode armazenar o espermatóforo no interior da cavidade paleal durante dois meses, até encontrar um local adequado para depositar os ovos.   Geralmente existe algum grau de cuidados parentais, especialmente entre os polvos. As fêmeas colocam os ovos numa pequena cova, que guardam durante desde algumas semanas até 8 meses, dependendo da temperatura da água. Não se alimentam durante esse período, morrendo pouco depois que os jovens nascem. Em lulas é igualmente frequente os progenitores morrerem imediatamente após o acasalamento, deixando os ovos envoltos em finas membranas ancorados no fundo arenosos do oceano. No entanto, no caso dos mexilhões de água doce a fertilização é interna.

Figura 16: Ostras Figura 17: Mexilhão Ostricultura A ostreicultura, ou cultivo de ostras, configura-se como um ramo da aquicultura que vem se destacando como um negócio viável para o  desenvolvimento das comunidades de pescadores artesanais.  Indústria que tem por objeto a produção e melhoria das ostras. Os Países asiáticos foram os pioneiros no desenvolvimento dos cultivos das espécies marinhas aonde o cultivo de ostras vem de muitos séculos. O cultivo de ostras talvez seja uma das formas mais antigas de aquicultura, datando, pelo menos, do período do Império Romano (Korringa, 1976). Para a balsa apresentar uma maior vida útil o ideal é que a estrutura de armação permaneça fora da água. O sistema de ancoragem para o fundeio da balsa é feito por 4 cabos ligados às poitas.

  Cultivo em Mesa, Tabuleiros, Varal ou Rack Empregado em locais com profundidade de até 3 metros, estas estruturas são semelhantes a uma “mesa”, onde os pés são enterrados em fileiras, espaçadas entre si a cada 2 a 3 metros. Conjunto de estacas ou postes cravados no leito da água e ligados entre si por madeira, para manter as lanternas com ostras suspensas no volume d’água. O material utilizado para a construção destas estruturas pode ser o bambu, pelo seu baixo custo. Este dado depende das condições do local e tamanho das embarcações que irão operar no parque de cultivo. O número de espinheis por região produtora dependerá principalmente da produtividade primária do local. As estruturas contendo as ostras (lanternas, caixas, etc. são atadas à linha principal, a intervalos de 0,8 a 1,00 m.

a lotação de um espinhel dependerá também, como mencionado, da produtividade primária, mas, para efeito de calculo, pode ser estimado um valor em torno de 3. As pesquisas desenvolvidas por Masayo Fujita (1885-1968) utilizando núcleos de grande porte derivado de conchas de água doce (Unionidae) auxiliaram, no ano de 1913 os trabalhos de Mikimoto, de forma a obter maior número de pérolas esféricas e de tamanho comerciável, aumentando a produção em escala industrial. Em 1924 Masayo Fujita iniciou o cultivo de bivalves produtores de pérolas de água doce com exemplares de Cristaria plicata, Hyriopsis schlegelii e Margaritifera laevis no lago Biwa (Biwako em japonês), atualmente é o maior produtor deste tipo de pérolas e o lago Biwa produz cerca de 70% da produção local.

O que é e como se forma uma pérola? A pérola nada mais é do que uma estrutura de origem orgânica, fisicamente possui um núcleo e camadas nacaradas na periferia depositada de forma concêntrica. A sua estrutura química possui lamelas e prismas de carbonato de cálcio (cerca de 92,6%) que causam a refração da luz, água (em torno de 0,5 a 0,6%) e outros elementos (aproximadamente 3%) geralmente responsáveis pela coloração da pérola, dispostos como um sanduíche e intermediados por um material orgânico conhecido como conchiolina (entre 2 e 3%). A formação natural da pérola se dá quando um sedimento ou micro organismo penetra na inserção entre o manto e a concha, causando uma verdadeira irritação nesta região e, como proteção, o molusco produz uma camada nacarada que ficará em volta deste micro organismo soldando-o na concha, estas são as chamadas "meias - pérolas".

 Pérolas irregulares não têm muito valor comercial, mas algumas em forma de gota, lágrima ou cone, são utilizadas em algumas joias. A região do Marajó pode ser a primeira região brasileira, em nível de importância, com ocorrência de pérolas naturais em água doce, abrindo perspectivas para produção em massa de pérolas cultivadas para exportação, abrindo um novo filão econômico para o nosso Estado. As ostras que produzem uma das pérolas mais desejadas pelas mulheres foi confirmada pelos pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPa) que estudaram peças de uma coleção particular. As pérolas que as ostras produziram foram retiradas da baía do Marajó, na confluência dos rios Tocantins e Pará.

A pesquisa foi comandada pelo geólogo especializado em mineralogia, Marcondes Lima da Costa, que juntamente Hemult Hohn, atualmente em Santa Catarina, publicou no início deste ano um trabalho científico de análise de 12 pérolas, emprestadas pela professora Teresinha da Silva, publicadas na revista de geologia Rem (revista Escola de Minas). As madrepérolas podem ser facilmente encontradas em feiras ao ar livre e feiras de artesanato, como montada aos domingos na praça da República. “As peças vendidas nessa feira são simples, mas caso recebessem um tratamento diferenciado, alcançariam um valor alto em outros mercados”, destaca. Com a publicação, os dois pesquisadores pretenderam chamar a atenção para o potencial da baía do Marajó para o cultivo de pérolas, sobretudo agora, quando o governo do Estado pretende alavancar o programa polo joalheiro, cujas instalações no antigo presídio São José serão inauguradas em setembro.

“O Pará tem tradição mineral, com significativa produção de ouro extração de  pedras preciosas, como ametista e topázio, e o polo viria a preencher  uma lacuna de mercado” analisa o pesquisador. Importância para o homem São componentes importantes de diversos ambientes marinhos, terrestres e de água doce. A fascinação pelas conchas é tanta que muitas pessoas se dedicam a colecioná-las. Há associações e confrarias espalhadas pelos quatro cantos do mundo, voltadas integralmente a estudos, discussões e encontros dedicados a tal atividade, que recebe o nome de conquiliologia. Referências Disponível em: <http://malaconet. br. tripod. pdf> Acessado em 3 de Agosto de 2013. Disponível em: <http://www. aridesa. com. br/servicos/click_professor/regis_romero/aulas_digitais/MOLUSCO. asp> Acessado em 3 de Agosto de 2013.

Disponível em: <http://biologimollusca. blogspot. com. br/2010/01/monoplacophora. net/showall/chitons> Acessado em 3 de Agosto de 2013. Disponível em: <http://www. conchasbrasil. org. br/materias/scaphopoda/default. Disponível em: <http://www. neema. ufc. br/tecostra. html> Acessado em 3 de Agosto de 2013. Disponível em: <http://www. neema. ufc. br/Sistemas%20de%20cultivo. html> Acessado em 5 de Agosto de 2013.

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