Mindfulness e sua aplicabilidade no transtorno de ansiedade generalizada

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Palavras-chave: Mindfulness. Ansiedade. Eficácia. Abstract The key question on which this work was based was: which technique can be considered complementary to the psychotherapy process and how effective is its use? Based on this, the following general objective was established: to analyze the effects of mindfulness use in generalized anxiety disorder; and as specific objectives: to describe the concept of anxiety, to describe the concept of mindfulness and to survey the evaluations on the use of mindfulness. Mindfulness proves to be a very effective and well-tolerated therapy, without major antagonistic acts, despite having a particularly short period of practice, the initial beneficial effects serve as motivators and help in the maintenance and consistency of practice. Ansiedade Segundo Beshok e Boff (2018), a ansiedade pode ser descrita como um estado psicológico e fisiológico qualificados por respostas cognitivas, somáticas, comportamentais e emocionais; embora seja uma reação natural na vida humana, é considerada um dos males do século XXI, isso ocorre porque muitos quadrantes ansiosos eventualmente evoluem para transtornos psicopatológicos.

Por exemplo, é comum que um indivíduo sinta ansiedade em alguns momentos da vida, como antes de uma prova ou apresentação de grande importância, no entanto, quando esse sentimento se torna tão insuportável que imobiliza a vida de um indivíduo, algo está incorreto. Embora a ansiedade apareça em todos os seres, independentemente do sexo, idade ou raça, segundo dados apresentados pelo DSM-5 (2014), o predomínio é duas vezes maior em mulheres do que em homens, tendo seu ápice na meia idade. Estudos de neurociência afirmam que a amígdala é uma estrutura importante quando se trata de medo, pois produz a estimulação de sistemas que gerenciam a expressão de uma variedade de reações, especificamente a área central e os flancos; na presença de perigo, respostas fisiológicas e comportamentais ocorrem nos corpos dos indivíduos para sinalizar que a sobrevivência do ser ou da espécie pode estar ameaçada, o medo excessivo e a preocupação contínua são os gatilhos primários para o aparecimento da ansiedade (NUNES, 2017).

O medo faz parte do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), mas nem todo mundo que tem medo sofre com isso, já que o medo é uma reação natural do ser humano, uma ação preventiva e protetiva, para que esse medo seja considerado TAG, necessita estar acompanhado com outros sintomas, como é exposto abaixo: A. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto). D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. Segundo DSM-5 (2014), o medo ou a ansiedade está presente como característica preponderante no transtorno de fobia, caracteriza-se pela presença de uma determinada situação ou objeto conhecido como estímulo fóbico; quando um indivíduo entra em contato com um estímulo de medo ou ansiedade, o medo e a ansiedade são quase sempre desencadeados.

Certas características diagnósticas desse transtorno de fobia, segundo o DSM-5, são apresentadas separadas como critérios, como mostra o Quadro 1: Quadro 1 – Características diagnósticas das fobias segundo o DSM – 5 CRITÉRIOS CARACTERÍSTICAS Critério A O medo ou a ansiedade esta circunscrito à presença de uma situação ou objeto particular, devendo este medo ser intenso ou grave. Critério B O medo ou a ansiedade é evocado quase todas as vezes que o indivíduo entra em contato com o estímulo fóbico. Critério C O indivíduo evita ativamente a situação. Critério D O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real apresentado pelo objeto ou situação ou mais intenso do que é considerado necessário. métodos de manipulação corporal: neste grupo os métodos empregados incluem o movimento de partes do corpo.

Alguns exemplos são, quiropraxia e massagem; 5. terapias de energia: usando os campos de energia, como o Yoga, Qigong, Reiki e shiatsu, campos eletromagnéticos, campos de pulso. Diferentes estudos sobre meditação e/ou yoga e as alterações fisiológicas correlacionadas a essas práticas encontraram reduções da frequência cardíaca, alterações do fluxo sanguíneo encefálico e da atividade encefalográfica, modificações nas concentrações de neurotransmissores, variações hormonais, reduções da temperatura corporal, aumento no volume sanguíneo, alterações dos sentidos e da percepção, aumento da resistência galvânica da pele, diminuição da resistência vascular periférica, queda do consumo de oxigênio e gás carbônico, redução do lactato sanguíneo – apontando para um possível controle consciente de sistemas considerados como involuntários (FARIA et al.

p. Um estudo realizado por Peixoto e Gondim (2020), sobre a operacionalização do mindfulness, em 38 estudos, mindfulness foi definido como um traço (uma característica individual estável), outros estudos, 8 especificamente, como um estado (estado temporário invocado durante a coleta de dados) e 9 como uma habilidade (fortalecida por meio de um programa de intervenção baseado em mindfulness ou um breve treinamento). Somente 3 estudos mencionaram mindfulness como um estado e um traço, conforme mencionado no quadro abaixo: Quadro 1 - Operacionalização de mindfulness Mindfulness Definição Exemplos Estudos (autor/ano) Traço/ disposicional Característica estável que difere entre os indivíduos Foram aplicadas escalas de autorelato de mindfulness, dificuldade de regulação emocional e inventário de sintomas em 853 indivíduos a fim de identificar associações entre mindfulness, regulação emocional e disfunções psíquicas (depressão, ansiedade).

Foram aplicadas escalas de autorrelato de mindfulness, dificuldade de regulação emocional e experiência em relações íntimas, a fim de verificar se as habilidades de regulação emocional e apego estariam relacionadas ao mindfulness disposicional. Arch e Craske, 2010; Brockman et al. Bullis et al. Hill e Updegraff, 2012; Iani et al. Kaiser et al. Kotsou et al. LeBlanc et al. Luberto et al. Quaglia et al. Reese et al. Sauer e Baer, 2009; Shafiee-Tabar, Akbari-Chermahini, 2017; Tong e Keng, 2017; Zhang et al. Estado Indivíduos são conduzidos por um áudio a se posicionarem em um estado mindfulness (estado breve – apenas no momento do experimento) Investigou-se se mindfulness facilitava a regulação emocional implícita. Para tanto, participantes foram induzidos a um estado de tristeza e em seguida fizeram um exercício de mindfulness, distração ou ruminação.

Indivíduos com experiência na prática de mindfulness foram convidados a compor a amostra (mais de 2 anos de prática, com prática regular) e no experimento foi solicitado que eles vissem um vídeo e logo após evocassem memórias autobiográficas opostas ao conteúdo emocional do filme (e. g. filme triste – memória alegre). Alkoby et al. Garland et al. Egan et al. Keng et al. Kiken e Shook, 2014. Estado e habilidade Indivíduos são submetidos a uma intervenção baseada em mindfulness ou um rápido treino em determinada técnica de mindfulness e no momento da coleta são convidados a permanecer em um estado mindfulness Examinou-se as relações entre mindfulness e o uso de reavaliação cognitiva. Para isso, 7 vezes por semana durante um programa de intervenção baseado em mindfulness (habilidade), participantes fizeram um exercício de meditação de 10 minutos de mindfulness em casa e completaram uma medida do grau de mindfulness (estado) vivido durante a meditação, bem como uma medida do uso de reavaliação positiva em relação à semana anterior.

Conforme (2017), a utilização do mindfulness tem inúmeras consequências biológicas para a saúde mental e física, proporcionando benefícios como redução do estresse e melhora do bem estar psicológico e emocional, bem como aplicabilidade eficiente no tratamento da depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de personalidade borderline. Nota-se, então, que todos os autores mencionados aqui ressaltam a importância do mindfulness e os benefícios físicos e psicológicos da utilização da técnica, sendo eficaz para qualquer faixa etária e para qualquer classe de pessoa. Considerações Finais Com base nos achados deste estudo, é possível concluir que o uso de técnicas de mindfulness é bem aceito por pacientes de várias gerações; a aplicabilidade do método tem como objetivo diminuir a tensão, a ansiedade e a carga emocional, que surgem das mais diversas maneiras e, mais especificamente, ajuda no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada.

A ansiedade sempre fez parte do cotidiano dos indivíduos; no entanto, a sociedade de hoje muitas vezes tem sido chamada de "sociedade da ansiedade"; por mais de somente a um tempo relativamente curto estar ocorrendo a prática do mindfulness, já se mostra uma prática benéfica física e psicologicamente. Foi possível analisar as diferentes definições do mindfulness, sendo considerado como um traço estável, como um estado temporário e como uma habilidade, que pode ser constantemente fortalecida por meio de treinamento, podendo aparecer em certas ocasiões com essas características mescladas. Mindfulness para manejo da ansiedade em candidatos à carteira nacional de habilitação. Revista Destaques Acadêmicos, v. n. nov. ISSN 2176-3070. br:8080/xmlui/bitstream/ handle/123456789/2383/TCC%20corrigido. pdf?sequence=1>. Acesso em: 21 de julho de 2022.

FARIA, Mariana Bastos; et. al. Acesso em: 03 de agosto de 2022. GERMER, Christopher K. SIEGEL, Ronald D. FULTON, Paul R. Mindfulness: o que é? Qual a sua importância? Mindfulness e Psicoterapia. Estudo das relações numa amostra de estudantes portugueses. OMNIA, Revista Interdisciplinar de Ciências e Artes, 7, 23-40, 2017. Disponível em: <net/profile/FabioGoncalves7/publication/320388551_Ansiedade_e_satisfacao_com_a_vida_Estudo_das_relacoes_numa_amostra_de_estudantes_portugueses/links/5afaa561a6fdccacab16e18e/Ansiedade-e-satisfacaocom-a-vida-Estudo-das-relacoes-numa-amostra-deestudantes portugueses. pdf >. Acesso em: 08 jul. Acesso em 01 out. LACERDA, Tiago. Edifício do Professor. In. TG-DOXA. Psico. Saú. v. n. p. Ribeirão Preto, v. n. p. mar. Disponível em: <http://pepsic. br/bitstream/123456789/2668/1/Gabriela%20Nunes. pdf>. Acesso em: 28 jun. PEIXOTO, Liana Santos Alves; GONDIM, Sônia Maria Guedes. Mindfulness and emotional regulation: A systematic literature review.

Santo Tomás de Aquino: Razão a serviço da fé. In. Uol Educação. Disponível em: http://educacao. uol. B. Neufeld & B. P. Rangé. Terapia cognitivo-comportamental em grupos: das evidências à prática. Disponível em: https://apps. who. int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017. eng. pdf.

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