Metodos utilizados no diagnóstico da doença celíaca

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Diante disso, um rápido diagnóstico pode representar uma maior qualidade de vida ao indivíduo acometido, minimizando a manifestação de gravidades clínicas relacionadas à progressão clínica da doença celíaca. Palavras-chave: Diagnóstico. Doença. Glúten. Saúde. O diagnóstico da doença celíaca geralmente ocorre na fase tardia da vida, visto que alguns pacientes se mostram assintomáticos, enquanto as mulheres compreendem o grupo populacional que apresenta maior risco em desencadear a doença (CONCEIÇÃO-MACHADO et al. SANTOS; RIBEIRO, 2019). Mais especificamente, a doença celíaca corresponde a uma doença de origem autoimune, causada por intolerância intestinal ao glúten. Os sintomas geralmente são observados entre seis meses e dois anos de vida, apesar de também serem evidentes durante a fase adulta, para alguns casos.

Dentre os sintomas mais frequentes, determinados transtornos de ordem gastrointestinais são destacados, tais como diarreia ou prisão de ventre crônica, dor abdominal, inchaço na barriga, danos à parede intestinal, baixa absorção de nutrientes, perda de peso e desnutrição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). JUSTIFICATIVA Considerando a elevada prevalência da doença celíaca na população contemporânea mundialmente, inclusive no Brasil, a realização de estudos mais aprofundados e conclusivos acerca dos fatores relacionados à patologia se mostra uma medida desejável e de grande valia. Além disso, a elevada complexidade relacionada ao desencadeamento da doença celíaca revela a necessidade de um maior aprofundamento acerca da temática, possibilitando a caracterização da evolução clínica, de acordo com as características de cada paciente.

Sendo assim, a realização de investigações de métodos referentes à prevenção, diagnóstico e tratamentos mais adequados ao perfil de cada paciente é incentivada por especialistas (AMIL DIAS, 2016). METODOLOGIA Para atender ao objetivo geral do presente trabalho, serão efetuadas buscas digitais nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Science Direct e Pubmed, sendo pesquisados trabalhos científicos e acadêmicos, tais como monografias, dissertações, teses, capítulos de livros e artigos. Será enfatizada a busca de trabalhos publicados nos últimos dez anos, ou seja, entre 2009 e 2019. Desde então, foi constatado que o consumo de glúten seria a explicação mais plausível para o evidente aumento na prevalência da doença celíaca mundialmente (AMIL DIAS, 2016; KELLY et al. Estudos posteriores constataram que a doença celíaca compreende uma doença de caráter autoimune, determinada por fatores genéticos, os quais resultam em intolerância ao contato com o glúten.

O glúten compreende uma proteína encontrada em alimentos como trigo, aveia, cevada, centeio, malte, bem como seus derivados, incluindo massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodca e alguns doces (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019; RUBIO-TAPIA et al. Assim, indivíduos acometidos pela doença celíaca são intolerantes ao consumo de glúten, o qual dificulta a absorção de nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água pelo organismo. Além disso, a transmissão cruzada de alimentos, objetos e utensílios contaminados por glúten também é responsável pelo desencadeamento da doença (ARAÚJO et al. Tais relatos evidenciam a necessidade de se realizar um rápido e eficiente diagnóstico da doença, possibilitando a minimização de potenciais danos à saúde dos portadores da doença (ALMEIDA et al.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Adicionalmente, é importante ressaltar que a prevalência da doença se encontra em ascensão em todo o mundo. Entretanto, especialistas destacam que muitos casos não são devidamente diagnosticados e/ou notificados, de modo que a doença celíaca ainda seja subestimada. Portanto, um correto e adequado diagnóstico da doença propicia a obtenção de dados epidemiológicos mais próximos à realidade, de acordo com cada região analisada (OLIVEIRA et al. Por isso, o diagnóstico por biópsia deve ser adotado como uma abordagem de correlação clínica, de modo que outros procedimentos comprobatórios são de grande valia para um diagnóstico confiável para a doença celíaca (ALMEIDA et al. SDEPANIAN et al.

Considerando a etiologia autoimune relacionada à doença celíaca, a triagem sorológica de anticorpos também compreende uma estratégia bastante eficaz para o seu respectivo diagnóstico (BAGHBANIAN et al. Ademais, uma considerável parcela de casos de doença celíaca é diagnosticada somente em fases mais tardias da vida, revelando a necessidade de se adotar ferramentas que resultem em um diagnóstico precoce da doença (CONCEIÇÃO-MACHADO et al. BONAMICO et al. De acordo com Amil Dias (2016), o avanço do conhecimento científico e tecnológico propiciou o advento de novas técnicas e métodos diagnósticos para a detecção da doença celíaca, incluindo métodos de investigação molecular. Tal fato é incentivado pela descoberta da influência de fatores genéticos que tornam alguns indivíduos mais susceptíveis ao desencadeamento da doença (AMIL DIAS, 2016).

Por conseguinte, a evolução de métodos diagnósticos também revelou que ainda existe uma carência de dados que relacionem a ingestão de glúten a uma maior prevalência de doença celíaca. Sob tal perspectivas, estudos recentes sugerem que possam existir outros fatores envolvidos em maiores taxas de prevalência da doença, evidenciando a necessidade de se realizar investigações mais aprofundadas acerca de tal temática (AMIL DIAS, 2016; LIONETTI et al. CONSIDERAÇÕES FINAIS A compreensão dos fatores relacionados à prevalência e a progressão clínica da doença celíaca são cruciais para o estabelecimento de estratégias mais eficazes, tanto para a prevenção quanto para o tratamento adequado da doença. SOARES, A. R. C. et al.

Diagnóstico e tratamento da doença celíaca: uma revisão. ARAÚJO, H. M. C. ARAÚJO, W. M. n. p. maio/jun. BAGHBANIAN, M. FARAHAT, A. Bahia, M. Penna, F. J. Sampaio, I. B. Nenna, R. Montuori, M. Luparia, R. P. Turchetti, A. A. Soroprevalência da doença celíaca em ambulatório pediátrico, no nordeste do Brasil. Arq Gastroenterol. v. n. SANTANA, M. L. P. SILVA, R. C. P. ASSIS, A. M. O. Triagem sorológica para doença celíaca em adolescentes. v. n. p. Kelly, D. A. v. p. Lionetti, E. Castellaneta, S. Francavilla, R. A. Bai, J. C. Biagi, F. Fasano, A. Disponível em: <http://bvsms. saude. gov. br/dicas-em-saude/2061-doenca-celiaca>. Acesso em 17 jun. v. n. p. Oliveira, R. P. et al.

High prevalence of celiac disease in Brazilian blood donor volunteers based on screening by IgA antitissue transglutaminase antibody. Eur J Gastroenterol Hepatol. v. n. Alencar, M. L. et al. Prevalence of celiac disease in an urban area of Brazil with predominantly European ancestry. World J Gastroenterol. Hill, I. D. Kelly, C. P. Calderwood, A. RIBEIRO, C. S. Percepções de doentes celíacos sobre as consequências clínicas e sociais de um possivel diagnóstico tardio na doença celíaca. Demetra. v. ROSTAMI, K. SANDERS, D. SCHUMANN, M. ULLRICH, R. VILLALTA, D. Moraes, M. B. Fagundes-Neto, U. Celiac disease: clinical characteristics and methods used in the diagnosis of patients registered at the Brazilian Celiac Association. J Pediatr (Rio J). v. n. p. SILVA, T. S. p.

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