METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO NA INTEGRAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FISIOLOGIA HUMANA NO ENSINO MÉDIO

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Linguística

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Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pela autora. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. MOI, Jaquilini Fatima. Metodologia da Problematização na integração dos conteúdos de Fisiologia Humana no Ensino Médio/Jaquilini Fátima Moi – 2019. f. JAQUILINI MOI METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO NA INTEGRAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FISIOLOGIA HUMANA NO ENSINO MÉDIO Mato Grosso, 18, de julho de 2019. BANCA EXAMINADORA: ____________________________________ Profº. Dr. Marcos André de Carvalho Presidente UFMT - PROFBIO _____________________________________ Profª. Dra. Este estudo refere-se uma iniciativa inovadora de implementação da Metodologia da Problematização, segundo a técnica das etapas do Arco de Maguerez. O principal objetivo da presente pesquisa foi analisar os limites e as possibilidades desta proposta de incentivo à assimilação de conteúdos de Fisiologia Humana no Ensino Médio.

O campo de estudo foi a Escola Estadual da Polícia Militar “Cabo PM Antônio Dilceu da Silva Amaral”, localizada no Município de Sorriso (MT). Almejou-se despertar o interesse dos alunos pelo conteúdo de fisiologia e, consequentemente, proporcionar uma maior facilidade na assimilação do mesmo por meio de uma análise reflexiva dos problemas que vêm interferindo na produtividade escolar, para que os alunos possam transformá-los e contribuir com melhorias na sociedade. Em um segundo momento, foi avaliada a aprendizagem de conceitos em sala de aula e o despertar da criticidade desses estudantes para uma ação-reflexão-ação na solução dos problemas do cotidiano no qual se encontram inseridos. The field of study was the Military Police State School “Cabo PM Antônio Dilceu da Silva Amaral”, located in the Sorriso municipality (MT).

The aim was to arouse the students' interest in the physiology content and, consequently, to make it easier to assimilate it through a reflective analysis of the problems that have been interfering with school productivity, so that the students can transform them and contribute with improvements in society. In a second moment, it was evaluated the learning of concepts in the classroom and the awakening of the criticality of these students for an action-reflection-action in the solution of the daily problems in which they are inserted. The method employed in this work was the focal group, a research method capable of simultaneously reflecting themes using the author's personal points of view, in order to approximate and correlate the facts, offering flexibility and adaptability in analysis for identification and results report. Having concluded the teaching and learning process, it could be stated that the Problematization Methodology, when applied according to the Maguerez Arc stages, may solve the most diverse problems that interfere with school productivity, allowing students a dynamic reflection on reality and the achievement of viable solutions in their social context.

Tabela 4 - Modalidade, Técnicas e Aplicações de ensino sócio individualizado 27 Quadro 1 - Resultado obtido antes da aplicação do "Arco" 69 Quadro 2 - Resultado obtido após a aplicação do "Arco" 70 LISTA DE ABREVIAÇÕES ABP - Aprendizagem Baseada em Problemas BV - Biblioteca Virtual LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MP - Metodologia da Problematização MT – Mato Grosso OAC - Objeto de Aprendizagem Colaborativa PIB - Produto Interno Bruto PNE - Plano Nacional de Educação PR - Paraná TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação UEL - Universidade Estadual de Londrina Sumário 1 Introdução 1 1. Objetivos 4 1. Objetivo Geral 4 1. Objetivos Específicos 4 1. JUSTIFICATIVA 5 1. A Produção do Capital Humano 33 2. Metodologias de Ensino das Ciências Biológicas 34 2. Políticas Públicas Nacionais da Educação 37 3 percurso metodológico 39 3.

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DO CONTEÚDO 39 3. Critérios de Inclusão 40 3. APÊNDICE III TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO. APÊNDICE IV TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO. APÊNDICE V ROTEIRO EDUCACIONAL. FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DO METODOLOGIA. A APLICABILIDADE DO ARCO DE MAGUEREZ. g. características, pressupostos e consequências diferenciadas) que possibilitam aos alunos a apreciação das disciplinas por meio da aplicabilidade de novas maneiras de se aprender. Em contrapartida, ainda encontramos as repercussões negativas que são provocadas pela resistência natural dos grupos às mudanças, ou ainda, pelas metodologias aplicadas de maneira inadequada ou aquelas que se pautam na forma tradicional de estudo, onde os resultados acabam não sendo não os esperados. Nesse caso, um novo método pode ser apontado como inconveniente, se ele não tiver sido orientado na Aprendizagem Baseada em Problemas, segundo Berbel (1998).

Nos estudos respaldados em metodologias ativas toma-se como interface a promoção de uma reflexão voltada para a literatura, com incentivo à autonomia dos alunos e potencialização da área pedagógica, alinhando as direções para se obter resultados positivos e promissores. De acordo com Saviani (2008, p. A escola tem uma função especificamente educativa, propriamente pedagógica, ligada a questão do conhecimento é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar. “As abordagens histórico-críticas, tanto a de Gasparini como a de Saviani, segundo Vanessa Manosso Ramos (2012), exaltam a superação do senso comum e da cultura popular por meio dos conceitos científicos e da “cultura erudita”.

Entretanto, ambas deixam “no ar” duas questões importantes: se a intenção do método é a superação do cotidiano do aluno através do conhecimento ou se o conhecimento científico é uma forma de transformar a cultura popular (RAMOS, 2012, p. Em 1989, Bordenave e Pereira publicaram o livro intitulado “Estratégias de Ensino e aprendizagem” (1991), onde abordam os caminhos para a Educação Problematizadora. Objetivos 1. Objetivo Geral  Analisar a efetividade (i. e. limites e as possibilidades) da Metodologia da problematização seguindo as etapas do Arco de Maguerez, para o ensino de conteúdos de Fisiologia Humana propostos para o Ensino Médio da rede pública. Objetivos Específicos • Realizar uma sondagem prévia do conhecimento/percepção dos alunos sobre os temas a serem abordados, a partir da análise de um grupo focal; • Desenvolver as atividades necessárias para aplicação da Metodologia da Problematização orientada pelas cinco etapas do Arco de Maguerez; • Avaliar os dados coletadas, apresentando os resultados do processo de incentivo aplicado nas turmas de alunos da 2ª série do Ensino Médio, da Escola Estadual da Polícia Militar denominada “Cabo PM Antônio Dilceu da Silva Amaral”, do Município de Sorriso (MT); • Desenvolver um roteiro do uso do Arco de Maguerez, como produto educacional.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  Esta dissertação foi fundamentada em uma proposta inovadora para o ensino e aprendizagem de Fisiologia Humana no Ensino Médio com o tema depressão, onde a escola estadual acima citada forneceu a “base analítica” da investigação. Entretanto, vale ressaltar que, ao longo de estudos com vasta literatura, novos conhecimentos vão surgindo, proporcionando a abertura de outros “pontos-de-vista” pedagógicos, onde a pesquisadora pôde observar o comportamento e resultado de sua proposta sob outro prisma educacional, bem mais condizente com os seus objetivos iniciais de ensino e aprendizagem. Os conceitos pedagógicos que envolveram esta investigação são: (i) de ensino e aprendizagem; (ii) da evolução das teorias educacionais no Brasil; (iii) da aplicabilidade da Teoria/Metodologia da Problematização; e (iv) do procedimento metodológico da teoria do Arco de Maguerez.

No presente estudo, foram apresentadas as visões dos mais renomados autores e pesquisadores nacionais sobre as metodologias implementadas na presente proposta, como eixo norteador de processos e ações de aprendizado disciplinar em Ciências Humanas e Biológicas no Nível Médio. referencial teórico  2. Essa “teoria de aprendizagem não é um método, mas uma concepção de ensino” que propôs a ideia de que todo aluno é capaz de construir seu próprio conhecimento (OLIVEIRA, 2006, 2007, 2008, 2009). A teoria de Piaget foi ampliada por uma de suas alunas, Emília Ferrero, que a aplicou no campo da leitura e da escrita em defesa do conceito de que toda criança consegue se alfabetizar sozinha, desde que ela seja introduzida em um ambiente que lhe ofereça letras e textos, onde o professor tem o papel de mediador do ensino.

Nesse caso, o educador atuará como o "tradutor" do saber para a criança (OLIVEIRA, 2006, 2007, 2008, 2009). A teoria pedagógica de Waldorf, que surgiu no início do século XX durante a década de 1919, foi baseada na Antroposofia, ciência elaborada pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, que estudou o ser humano em seus três aspectos (i. e. e. diferenças identificadas nos indivíduos) ou propor atividades motoras ou sensoriais por meio da arte, música e ciência. Segundo Montessori, toda criança deve ser “incentivada a desenvolver um senso de responsabilidade” a partir do aprendizado (OLIVEIRA, 2006, 2007, 2008, 2009). A Integração Curricular e o Movimento de Educação Progressista surgiram no final da década de 1980, em função das discussões sobre integração curricular estarem ganhando maior destaque por parte de estudiosos atuantes no campo.

Nesse movimento consideramos como seus precursores os trabalhos de William Kilpatrick, especialmente através de sua publicação “Kilpatrick’s The Project Method” em 1918, quando lançou os fundamentos básicos da integração curricular. Tanto a literatura nacional como a internacional vêm oferecer classificações para as “tendências ou correntes” de ensino e aprendizagem, onde podemos destacar (LIBÂNEO, 2005, p. a) No âmbito internacional: os trabalhos de educadores e pesquisadores como o de Guy Palmade, Robert Clausse, Jesus Palácios, Georges Snyders, Bogdan Suchodolski, Renée Gilbert, Bernard Charlot, entre outros; b) No âmbito nacional: os trabalhos de Paulo Freire, Dermeval Saviani, José Carlos Libâneo, Maria das Graças Misukami, Moacir Gadotti, Gaudêncio Frigotto, dentre outros. Os pesquisadores/educadores acima citados se encontram inseridos na pedagogia renovada; no tecnicismo educacional; em todas as pedagogias críticas inspiradas na tradição moderna como a pedagogia libertária, a pedagogia libertadora, e a pedagogia crítico-social, que são práticas pedagógicas com tendências que continuam ativas e estáveis.

Ainda segundo Libâneo (2005, p. § 2º), essas práticas continuam: “[. Correntes Pedagógicas Contemporâneas. Correntes Modalidades 1. Racional - tecnológica Ensino de excelência Ensino Tecnológico 2. Neocognivistas Construtivismo pós-piagetiano Ciências cognitivas 3. Sociocríticas Sociologia crítica do currículo Teoria histórico-cultural Teoria sociocultural Teoria sócio cognitiva Teoria da ação comunicativa. na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação de desafios, a resolução de problemas e a construção do conhecimento novo a partir de conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos” (BERBEL, 2011, p. Bastos (2006) conceitua as metodologias ativas como: “[. processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema”. Mitre et al. definem as metodologias ativas como aqueles que: “[.

Desde a primeira década de 1980, surgiram críticas a essa corrente pedagógica (LAVOURA, 2015, p. Saviani e Duarte (2012), por sua vez, vem se retratar sobre os comentários a cerca da teoria histórico-crítica: É interessante notar que nessas críticas se unem conservadores da direita e ultras da esquerda. Esses últimos consideram que ser crítico é ser intransigente, é negar inteiramente tudo o que a burguesia produziu, e assim acabam fazendo uma espécie de coro comum com a direita, fustigando a pedagogia histórico-crítica (SAVIANI; DUARTE, 2012, p. Em contraposição, argumenta Saviani, que a pedagogia nova veio deslocar as questões acerca da educação para a “problemática” da aprendizagem. Desse modo, subordina-se a teoria à prática, dissolvendo aquela nesta para procurar as respostas relativas à pergunta “como aprender”, que chegou à generalização do lema “aprender a aprender” (SAVIANI, 2008).

e. prática). A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez, conforme afirma Berbel (1998) têm como ponto de partida a realidade que, quando observada sob os diversos ângulos (problemas), permitirá ao estudante e ao professor a identificação e extração dos problemas existentes no cotidiano escolar. A junção da metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez proporciona a aplicação de várias teorias de ensino e aprendizagem para solucionar os problemas enfrentados diariamente pelos professores, segundo Bordenave e Pereira (1991, p. como ensinar sem “massificar” ou sem “coisificar” os alunos”. Tabela 2. Modalidade, Técnicas e Aplicações de ensino individualizado. Modalidades Básicas Técnicas Abordagem de Ensino Aplicações Individualizado Aula Expositiva Aluno - agente passivo Disseminação de conhecimento atualizado Estudo Dirigido Aluno - agente ativo Estimular método de estudo e pensamento reflexivo; levar a autonomia intelectual; Capacidade dos alunos de planejar e gerir seu próprio aprendizado.

Ensino por fichas Aluno - agente ativo Revisão e enriquecimento de conteúdos Projeção de fichas Aluno - agente passivo Disseminação de conhecimento atualizado Resolução Exercícios Aluno - agente ativo Estimular a capacidade para utilizar ideias e informações; Habilidades dos alunos em testar suas ideias e evidências. Instrução programada Aluno - agente ativo Apresentação de informações em pequenas etapas e sequência lógica. Grupo de cochicho Aluno - agente ativo Máximo de participação individual; Troca de informações; Funciona como meio de incentivo; Facilita a reflexão. Discussão dirigida Aluno - agente ativo Solução conjunta de problemas; Participação de todos os alunos. Brainstorming Aluno - agente ativo Criatividade (ideias originais). Participação total e livre.

Simpósio Aluno - agente ativo Divisão de um assunto em partes para o estudo; Apresentações de ideias de modo fidedigno; O grupo faz a conferência do que foi apresentado. Exige trabalho em grupo e atividades individuais. Método de problemas Aluno - agente ativo Desenvolve o pensamento reflexivo. Desenvolve o pensamento científico. Unidades didáticas Aluno - agente ativo Compreensão do “todo” a ser estudado: Incentivo ao aluno e a criatividade, flexibilidade nas atividades; permite organização do conteúdo aprendido. Unidades de experiências - Jogos de empresas - Aulas práticas Aluno - agente ativo Aplicação dos conceitos teóricos na prática; permite ao aluno uma análise crítica e a reconstrução da experiência social. Ela oferece aos estudantes uma visão sincrética ou global do problema à analítica, a partir da sua teorização, para que se possa chegar à síntese provisória do mesmo, que é a sua compreensão.

A síntese prossegue na “práxis”, obrigando os atores (i. e. professor e aluno) a uma seleção das soluções mais viáveis, momento em que se opera a transformação da realidade. A modernização de métodos educacionais, por si só, não garante o fim da busca por melhorias, mas fornece uma oportunidade para que a escola cumpra o seu papel na sociedade como “lugar de apropriação do conhecimento”, onde se realiza a identificação de problemas, influenciando na transformação dos indivíduos e da comunidade onde se encontram inseridos (BORDENAVE; PEREIRA, 1991). A Problematização é um método que, nos últimos anos, tem conquistado espaço em inúmeras instituições educacionais de ensino superior (i. e. cursos de graduação e pós-graduação) e em diversos conteúdos de disciplinas da educação básica.

A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) de Berbel, de acordo com informações de Rocha (2008, p. pode ser descrito da seguinte forma: “[. Nessa etapa os alunos poderão identificar todas as suas dificuldades em relação ao ensino, problematizando-as. Esse é o momento de em que os problemas serão distribuídos para o grupo de alunos para que, em cooperação com o professor, possam solucioná-los, sintetizando esta etapa de estudo (ROCHA, 2008). Os Pontos-chave formam a segunda etapa da Problematização, momento no qual os alunos poderão refletir sobre as causas da existência do problema, de maneira que percebam a complexidade daqueles que são de ordem social, onde será preciso agir com determinação. Logo em seguida, o professor deverá propor um questionamento sobre as determinantes do problema porque elas atingem as suas próprias causas, onde todos deverão observar que também existem variáveis “indiretas” que interferem no problema.

Essa etapa deve ser crítica e reflexiva, devido à persistência dos alunos na busca por soluções para o problema, onde devem procurar interferir na realidade para solucioná-lo (ROCHA, 2008). O objetivo principal da Metodologia da Problematização é o preparo de estudantes para atuação na sociedade, de forma que possam contribuir na transformação desta, oferecendo melhorias (BERBEL, 1998). Berbel (1998, p. ressalta que: Com todo o processo, desde o observar atento da realidade e a discussão coletiva sobre os dados registrados, mas principalmente com a reflexão sobre as possíveis causas e determinantes do problema e depois com a elaboração de hipóteses de solução e a intervenção direta na realidade social, tem-se como objetivo a mobilização do potencial social, político e ético dos alunos, que estudam cientificamente para agir politicamente, como cidadãos e profissionais em formação, como agentes sociais que participam da construção da história de seu tempo, mesmo que em pequena dimensão.

Está presente, nesse processo, o exercício da práxis e a possibilidade de formação da consciência da práxis. A Metodologia da Problematização vem proporcionar, simultaneamente, o aprendizado de conteúdos e a formação de cidadãos críticos e reflexivos, capazes de conviver e cooperar com melhorias que proporcionem a transformação da sociedade (BERBEL, 1998). O Arco de Maguerez veio caracterizar as etapas do processo de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), apoiando na implementação de procedimentos didáticos do professor, seja na reprodução ou transmissão de conteúdo, onde os alunos devem ouvir, ler, memorizar e refletir para atuar, de forma contributiva, na sociedade. A Figura 2 apresenta a proposta de Charles Maguerez, que é o Método do Arco e as suas respectivas etapas de aplicação.

Figura 2. Proposta de Maguerez – Método do Arco. Fonte: Rocha (2008, p. Observação da realidade: é a primeira etapa em que o aluno fará a observação com seus próprios olhos da realidade onde o tema de trabalho está acontecendo na vida real. O aluno é parte integrante deste processo que, com o seu olhar verificará in loco perceberá o que está inadequado, indigno, insatisfatório, impróprio, carente, enfim, problemático. Este é o momento no qual o aluno está problematizando a realidade, onde ele se questiona diante dos possíveis fatores associados ao problema (BERBEL, 1998). Nesta fase, em grupo, os alunos deverão observar e decidir qual problema irão estudar e solucionar, de acordo com a sua realidade, passando para a segunda fase do arco, que é a dos pontos-chave; 2. Pontos-chave: neste momento o aluno será provocado para que possa encontrar as possíveis causas do problema.

Demonstrar confiança em suas próprias ideias e ter capacidade para formular hipóteses para a resolução de problemas são características importantes para todos os cidadãos. Para que o cidadão, dentro de uma postura responsável, seja capaz de raciocinar diante dos valores morais, enxergando o que é melhor para si e para o outro, de se conduzir por leis próprias, de se autogovernar, é necessário que ele crie hipóteses como soluções para os problemas da realidade (GARCIA et al.  Aplicação à realidade: segundo Berbel (1999), nesta etapa iremos evidenciar o compromisso do aluno com o seu meio, onde ocorre “ação-reflexão-ação” ou teoria-prática-teoria, que é o exercício das práxis pedagógica: “A práxis implica na ação e reflexão dos indivíduos sobre o mundo para transformá-lo” (FREIRE, 1983, p.

Desse modo, o educando pode voltar à realidade inicial, pondo em prática no meio sociocultural o que foi observado, questionado, discutido, teorizado e refletido para poder resolver um problema”. Relação da Problematização com os Saberes de Professor e Práxis Pedagógica  O reconhecimento de saberes de professor e sua certificação se constituem em enormes desafios para as escolas/instituições de ensino, uma vez que historicamente, esses organismos têm se distanciado das culturas dos trabalhadores, onde os processos implicam na compreensão de outras formas de sistematização de saberes “fora” dos processos formais. os procedimentos que caracterizam a prática educativa foram se estabelecendo e adquirindo características próprias no âmbito do senso comum, tendo como guia o bom senso de seus agentes” (SAVIANI, 2007, p.

Em contrapartida, da época de Sócrates e Platão (séc. V a. C) até a primeira metade do século XX, a prática pedagógica se transformou no momento de reflexão crítica da própria prática educativa. Na última década do século XX até os dias atuais, vê-se claramente a relação da Problematização com a práxis da educação na transformação dos sujeitos para sua inserção na sociedade (SAVIANI, 2007). Segundo Freire (1979), o educador tem um compromisso que não se extingue com a sociedade que é o papel de trabalhador social no processo de mudança, ou seja, de transformar os “oprimidos” (indivíduos) em sujeitos ativos e reflexivos na solução de problemas. Foi através de uma visão crítica da realidade do ensino, daquela época, que Paulo Freire (1979) implementou suas ideias de preparar os indivíduos através da educação, aqueles que se encontravam “desarmados” (i.

e. sem apropriação do conhecimento), para o enfrentamento da realidade, mas de um modo que possibilitasse “identificar” para “adentrar” no que está sendo observado. Freire (1979) apresentou a ideia essencial da Problematização a partir do pensamento de que “não há mudança no estático”, mas sim naquele que “se joga” na realidade de ação-reflexão para se preparar para enfrentar o “cotidiano social”. O ponto fundamental do método eram as discussões obre os diversos temas que nasciam das palavras geradoras, promovendo a identificação e reflexão sobre os problemas do cotidiano e a compreensão do mundo e da realidade social. Paulo Freire ficou conhecido nos anos 60 por sua metodologia inédita de ensino aplicada em 300 trabalhadores de canaviais em Angicos, no Rio Grande do Norte onde, conforme os registros época, teve sua funcionalidade em “45” dias.

Ele criou uma metodologia de alfabetização de adultos que, baseada nos contextos e saberes das comunidades, além de respeitar as experiências de vida adquiridas pelos indivíduos. O conceito de Dermeval Saviani A pedagogia histórico-crítica defendida por Dermeval Saviani surgiu no início da década de 1980, respondendo ao apelo de educadores brasileiros para se superar os limites das pedagogias críticas e não críticas, como visões crítico-reprodutivas representadas pelas concepções tradicional, escolanovista e tecnicista. Ela difundiu-se como pedagogia nos anos 80, mas só na década de 1990 é que alcançou ascensão em todo o mundo, sendo que no Brasil se caracterizou pelo neoconservadorismo através das reformas educativas (SAVIANI, 2011). Portanto, a concepção pressuposta nessa visão da pedagogia histórico-crítica é o materialismo histórico [.

Saviani (2008, p. destaca que: O estudioso busca superar as teorias não-críticas e as crítico-reprodutivistas, pois ambas não possuem o entendimento histórico sobre a educação, tampouco materialista. Para essas concepções a educação é isolada dos fenômenos sociais e também dos fenômenos históricos. Já a teoria crítica, que tem a pedagogia histórico-crítica como alicerce didático-metodológico sobre a educação, busca [. Dessa forma, segundo Saviani (1999), pode-se explicitar os conceitos fundamentais utilizados em todos os campos do pensamento e das ações dos seres humanos. A Produção do Capital Humano As relações sociais que os indivíduos estabeleceram na produção da sua existência somadas à capacidade de produção do ser humano constituem o “modo de produção”, o qual nos oferece o método para caracterizar e analisar as sociedades (FRIGOTTO, 2010).

O modo de produção da existência humana, que inspirou a Pedagogia Moderna defendida pelo professor-pesquisador Gaudêncio Frigotto nas duas últimas décadas, foi impulsionado no período industrial. Ele engloba todas as relações sociais que os indivíduos estabelecem, sejam mediatizados pela técnica (ou não) na produção de produtos, leis de acesso, ou apropriação de bens produzidos, ideias, ideologias ou instituições para legitimar a sua existência (FRIGOTTO, 2010). A concepção do trabalho como base do princípio educativo para a organização e desenvolvimento humano foi-nos apresentada por Karl Marx em sua obra “O Capital”, a qual continua sendo utilizada na orientação de estudos até os dias atuais, partindo do princípio de que o “capitalismo” se constitui na “mola-mestra” do desenvolvimento econômico e social.

Já na formação profissional, o conhecimento vai se transformar em “força produtiva” para o trabalhador (FRIGOTTO, 2010). A concepção do capital humano de Karl Marx se desenvolveu até o século XXI, tendendo à valorização do capital intelectual do trabalhador, cuja composição engloba alguns fatores (i. e. conhecimento, experiências e o “saber escolar”) e consiste em uma parte dos recursos e valores das organizações (FRIGOTTO, 2010). A Figura 4 vem apresentar a nova concepção de capital humano nas organizações da atualidade. Muitas dessas atividades se limitam à transmissão de informações tendo como recurso didático exclusivo o livro e sua transcrição na lousa, porém, a tecnologia trouxe outras práticas educativas através da incorporação de ferramentas eficazes no processo de ensino e aprendizagem (BRASIL, 1998).

Por falta de estrutura físico-tecnológica necessária, as ferramentas da tecnologia ainda são muito pouco utilizadas nas escolas públicas brasileiras para o ensino das Ciências da Saúde e Biologia. Em contrapartida, as organizações privadas de ensino oferecem metodologias inovadoras, que têm avançado atingindo o nível de “ambiente virtual” que, muitas vezes, tendem a denegrir o conhecimento com a ausência do sujeito principal na articulação das ideias: o educador (FRIGOTTO, 2010). O livro “Desafios de ser Professor hoje”, de Chassot (2011) fala sobre os currículos de Ciências que se encontram, cada vez mais, em busca de uma abordagem interdisciplinar, onde a ciência deve ser estudada de forma inter-relacionada com a Tecnologia e a Sociedade. Chassot (2011) aponta outros pesquisadores como Ruppenthal, Santos e Prati (2011), que concordam com a importância da diversidade de recursos no uso de metodologias variadas para estimular o estudante a uma participação mais dinâmica e criativa, potencializando o aprendizado.

Considerando que os conteúdos a serem abordados pelo professor devem estar vinculados às realidades sociais regionais, a fim de estimular o interesse dos alunos pela sociedade, o educador deve ministrá-los de outra forma além da tradicional, considerada maçante, repetitiva e estática. O educador deve passar a se focalizar no aluno e na sua nova maneira de construir conhecimentos, permitindo-lhe a apreensão do conteúdo “via” ferramentas tecnológicas, de uma maneira crítica, a fim de conduzir e facilitar a retenção de muita informação em pouco tempo, onde o aluno precisa saber interpretar e desvendar sons e imagens para obter um conhecimento real e relevante (NETO et al. A assimilação de conteúdos de Ciências e Biologia através da tecnologia, quando usada como recurso metodológico, passa a ser uma opção do professor na condução das aulas, de forma interativa e dinâmica, proporcionando o desenvolvimento de trabalhos colaborativos em grupo; facilitando a socialização; buscando a resolução de problemas e se direcionando os alunos à construção do conhecimento e à autonomia nas decisões.

Nesse caso, é necessário que se implemente novas práticas pedagógicas, que exijam uma postura diferenciada do educador na utilização da Tecnologia da Informação, como um sistema inovador de aprendizagem, mas que permite o respeito pela individualidade através da abertura de espaço para debates e discussões, em níveis informativo e formativo, garantindo a transformação desses alunos em cidadãos capazes de ações condizentes com o contexto social vigente (NETO et al. Pedrozzani et al. educador e alunos). Políticas Públicas Nacionais da Educação   A Lei nº 9. dispõe sobre Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB), complementada pela Lei nº 4. em seu art. º vem estabelecer que (BRASIL, 1996): Art. É possível realizar um bom trabalho de alinhamento dos planos de educação para fazermos deste próximo decênio um virtuoso marco no destino do nosso País.

O texto legal do PNE em vigor, em seu art. º, elege o Ministério da Educação como o órgão que exercerá a função de coordenação federativa, com o objetivo de estimular as formas de colaboração entre os sistemas de ensino para que se tornem, cada vez mais, orgânicas e cooperativas, além de “estipular um prazo de dois anos, a partir da sua publicação, para que o Poder Público institua o Sistema Nacional de Educação”, conforme o que foi debatido e apontado como estratégico pela sociedade brasileira na Conferência Nacional de Educação em 2010 (BRASIL, 2014). O grande desafio do PNE (2014-2024) é o Ensino Médio, que deve ser ampliado para a educação profissional, nas redes estaduais municipais, onde o Estado fortalecerá “o seu papel de coordenação no território, fazendo busca ativa e viabilizando o planejamento de matrículas, de forma integrada” aos entes federativos, com monitoramento e avaliação contínua.

A articulação no âmbito nacional deve ser de forma estratégica: “[. A Figura 5 ilustra o número de obras classificadas por assunto com os enfoques considerados e a porcentagem destas em relação ao total de ‘64’ obras selecionadas no “processo de inclusão”. Figura 5. Distribuição das Obras quanto aos Conteúdos. Fonte: Autora (2018) *O número total de conteúdo é superior ao número de obras referenciadas, levando-se em consideração de que uma única obra pode abordar mais de um assunto. Critério de exclusão Definiu-se que o processo de exclusão ocorreria a partir de duas etapas, onde se submeteu o total de ‘64’ (100%) obras selecionadas. Etapas de Construção/Desenvolvimento do Conteúdo A etapa preliminar foi de seleção dos conteúdos bibliográficos, aplicando-se critérios de inclusão e, seguidamente, os de exclusão nas obras selecionadas a partir de plataformas da web, biblioteca virtual, material didático-científico, e outros necessários ao estudo.

A primeira etapa metodológica foi de listagem das obras científicas que compõem o conteúdo bibliográfico referenciado (n=31; 48%), relacionando-as por assunto pertinente aos descritores, temática e abordagens. A segunda etapa foi de construção dos resumos das obras, a partir da leitura das publicações para criação do referencial teórico, que é a base principal deste estudo. A terceira etapa foi de extração de informações para criação dos tópicos aqui apresentados em forma de “capítulos”, que compõem o corpo do texto. A quarta e última etapa foi de desenvolvimento do conteúdo e implementação das técnicas metodológicas, com base no conteúdo das obras bibliográficas, seguidas da análise dos dados e apresentação do resultado, cujos dados foram incluídos na conclusão desta pesquisa.

A partir da apresentação do OAC a autora pôde relacionar as estratégias a serem desenvolvidas para que o processo de ensino e aprendizagem pudesse ocorrer de forma satisfatória, isto é, que essa linguagem seja aplicada, entendida e assimilada eficazmente. b.  Pesquisa/Pauta: é a etapa onde o professor responsável pela disciplina se reúne com a turma para apresentar o projeto aos estudantes para que iniciem a pesquisa, buscando escolher entre diferentes temáticas um determinado assunto, que será incluído na “Pauta” e, consequentemente, trabalhado em sala de aula. Após definido o assunto, inicia-se a segunda etapa do processo. c. g. Análise dos dados: a análise obedeceu aos princípios metodológicos e a partir de uma avaliação rigorosa, foram considerados como fatores primordiais a transcrição dos áudios das entrevistas por meio do grupo focal, avaliação por frequência; a participação em aula; e as notas de testes e provas de cada integrante do grupo focal, obtidas nas aulas de Fisiologia Humana.

Feita a análise em 26 de abril de 2019, se agendou a data de 30/04/2019 para apresentação dos resultados aos interessados. h. Apresentação e divulgação do resultado: todo estudo, após finalização, necessariamente precisa apresentar os resultados obtidos ao professor-representante de turma do grupo focal, através de um relatório, que também será apresentado às coordenações – da escola estadual, por meio de relatório; e do Curso de Mestrado da autora, por meio desta Dissertação de Conclusão de Curso. Assim, em setembro de 2018, os envolvidos foram convidados (coordenação escolar, educador e alunos) a participar voluntariamente, para o qual firmaram dois termos: de assentimento e de consentimento livre e esclarecido. Foram escolhidas as duas turmas da 2ª série do Ensino Médio, da Escola Estadual da Polícia Militar “Cabo PM Antônio Dilceu da Silva Amaral”, do Município de Sorriso (MT).

Cada turma é composta por 30 alunos, porém um “grupo focal” composto por nove estudantes foi formado para que a proposta fosse implementada a partir do dia 1º de outubro de 2018. A escolha dos alunos que participaram do grupo focal foi por voluntariado. A Figura 6 ilustra as considerações da autora em relação a sua proposta de ensino, apresentando os percentuais correspondentes à busca ativa, organização dos dados, planejamento, gestão e avaliação do respectivo processo de ensino. depende da habilidade do pesquisador de traçar paralelos instrutivos, este volume espera apresentar e refletir minha própria experiência e a de outros com o uso de grupos focais para pesquisa, na esperança de que o leitor possa colher alguma orientação e sugestão que lhe auxilie no desenvolvimento de suas próprias práticas refletivas e reflexivas com grupos focais.

Por meio da contextualização das questões e da ilustração dos dilemas relativos a projetos da vida real, ele pretende oferecer soluções em potencial – algumas vezes parciais – e, no mínimo, advertências contra o uso de “soluções instantâneas”. A pesquisadora deverá estar atenta ao uso de um “grupo focal” como ferramenta de pesquisa porque ele pode levá-la a circunstâncias multifacetadas, debates metodológicos passionais e potencialmente contraditórios. Entretanto, visões conflitantes só emergem a partir de distintos pressupostos e contextos disciplinares de pesquisadores preparados e inteirados no assunto (BARBOUR, 2009). Para que a técnica seja eficiente é necessário um planejamento dessa atividade, é preciso também um facilitador (pesquisador) para mediar a interação do grupo, o número de participantes deve ser reduzido com no mínimo 6 e no máximo 15 participantes, e o tempo de duração também é algo a ser observado.

Por outro lado, exige maior preparação do local assim como resulta em menor quantidade de dados (por pessoa) do que ocorre na entrevista individual. A observação participante, por sua vez, permite ao moderador participar da pesquisa instigando os participantes e observando atentamente falas e expressões. Embora “grupo focal” ganhe destaque na coleta de dados em algumas áreas, em outras ainda há algumas ressalvas, como no casso da área educacional, pois muitos pesquisadores alegam que não foram produzidos dentro dos parâmetros comuns da área educacional. Tal situação acaba gerando resistência de alguns pesquisadores, principalmente na área de ciências, no emprego do método, situação que pode estar relacionada com o pouco material citado nessa área. Embora ainda haja essa resistência, muitos são os adeptos a essa técnica, pois se a educação busca respostas frente a problemas que dizem respeito à sociedade, os “grupos focais” consistem em uma excelente ferramenta para isso, pois nele os participantes irão se posicionar, dar ideias, criticar, analisar, inferir de forma coletiva dentro do tema exposto.

De submissão do “grupo focal” à entrevista (05/10/2018), onde foram feitas a coleta das “amostras”, que são os áudios transcritos a partir do roteiro “modelo” apresentado no Anexo I 3) Segunda Fase: de introdução da Metodologia da Problematização, conforme “roteiro” pré-estabelecido e sua inclusão na “Pauta” de aula, que obedecerá às etapas do Arco de Maguerez, tendo o prazo seis meses para análise dos dados e apresentação do resultado. Terceira Fase: formulação e apresentação de um intenso debate com a turma de alunos sobre o método a ser aplicado, cujo objeto é aumentar o interesse dos estudantes e, consequentemente, promover uma maior assimilação do conteúdo de Fisiologia Humana, apresentando as ferramentas (i. e. material de apoio) de apoio como multimídia, Datashow, rodas de conversas, e outras, que serão incluídas neste processo de ensino-aprendizagem.

Quarta Fase: momento de oportunidade de reflexão dos estudantes sobre a proposta apresentada, os assuntos a serem abordados e apresentação da justificativa por se buscar este caminho alternativo de mudança para melhoria da aprendizagem e apresentação do articulador do processo, que é o professor de Fisiologia Humana. Neste momento, fecham-se as etapas do Arco de Maguerez. Oitava Fase: de submissão do “grupo focal” à entrevista (15/04/2019), onde foi feita a coleta dos dados que foram os questionários de avaliação individual dos alunos componentes do grupo, conforme “modelo” apresentado no “Anexo II”. Nona Fase: de análise dos dados e apresentação dos resultados obtidos com a implementação da proposta de ensino-aprendizagem em 30/04/2019. Podemos identificar a presença de indiferenças em relação à transformação dos sujeitos que, posteriormente, se transformarão em ferramentas de mudança para a sociedade.

Independente das barreiras políticas encontradas, os educadores prosseguem no seu papel de mediadores dos indivíduos, para que o processo de apropriação do conhecimento seja acompanhado da “ação-reflexão-ação” da realidade social. Para isto, a pesquisadora buscou os referenciais teóricos que embasassem o uso da Teoria da Problematização no Ensino de Ciências, bem como o tema a ser escolhido pelos próprios alunos. Após foram entregues os termos de assentimento (Anexo III) e consentimento (Anexo IV), para que os mesmos pudessem ler e assinar, tomando ciência das condições, métodos e roteiro, além de se conscientizarem em relação ao início e término do processo de ensino e aprendizagem a ser implantado. A APLICABILIDADE DO ARCO DE MAGUEREZ Para dar início à dinâmica metodológica com a implementação da etapa inicial do Arco de Maguerez, que é a “Observação da realidade”, foi sugerido aos alunos do matutino que, durante o período de uma semana, relacionassem os principais problemas que os afligem e que acreditam ter influência direta na sua produtividade escolar, os quais gostariam de trabalhar.

Na etapa dos “Pontos-chave”, os alunos, separados por equipes, foram instigados a pensar, refletir e discutir acerca das questões levantadas durante o período de observação, sendo que, dessa forma, os mesmos foram levados a refletir: Como fariam isso? Quais seriam as principais formas de conhecer melhor o problema? Como deveriam acessar essa informação? Onde encontrar essa informação? Depois da discussão travada entre as equipes de alunos, foi feito um brainstorming1 , onde foram apresentadas todas as ideias para que, todos juntos pudessem elencar quais seriam os pontos-chave que poderiam “nortear” o caminho a ser percorrido. Durante essa tempestade de ideias foram muitos os pontos-chave elencados, mas, devido ao tempo de pesquisa ser escasso, foi necessário que se optasse pela escolha de apenas alguns dos pontos.

Nesse instante, a professora sugeriu que utilizassem um livro didático, como base de conhecimento dos sistemas, como um todo. Observando a vontade de se aprofundarem, cada vez mais, na leitura sobre o conhecimento dos sistemas do corpo humano foram disponibilizados links (endereços eletrônicos) para que pudessem, em outro momento, acessar vídeos sobre o assunto na plataforma do “You Tube”. Mediante a quantidade de dúvidas que haviam surgido no grupo de alunos em relação ao estudo da Fisiologia Humana, eles foram conduzidos para uma aula prática no laboratório de anatomia e microbiologia de uma Universidade parceira a escola, para que pudessem observar em in loco2 estruturas como órgãos e lâminas de tecidos humanos, para que então questionassem, com mais entrosamento, sobre o funcionamento dos diferentes sistemas.

Nesse sentido ainda foi realizado, uma dissecção do encéfalo de um ovino, que um dos estudantes trouxe de sua casa. Concluída essa etapa de leitura de artigos, pesquisas diversas e debates sobre as aulas de Fisiologia, onde foram abordados o estudo dos sistemas humanos, os alunos participaram de uma roda de conversa com um psicólogo, quando travaram uma conversa sobre todas as dúvidas encontradas principalmente de cunho comportamental. De acordo com Bardin (2016): [. a análise qualitativa não rejeita toda e qualquer forma de quantificação. Somente os índices é que são retidos de maneira não frequencial, podendo o analista recorrer a testes quantitativos: por exemplo, a aparição de índices similares em discursos semelhantes. Em conclusão, pode-se dizer o que caracteriza a análise qualitativa é o fato de a inferência - sempre que é realizada - ser fundada na presença do índice (tema, palavra, personagem, etc.

e não sobre a frequência da sua aparição, em cada comunicação individual (BARDIN, 2016, p. Leitura flutuante: consiste no primeiro contato com os dados, momento de se identificar para conhecer os textos e outras fontes; b. Escolha de documentos: é o momento de constituição do “corpus3 ”, a partir da organização do material, de forma que se possa responder a algumas normas de validade como: a exaustividade de não deixar de fora da pesquisa nenhum dos elementos, onde se faz necessário se esgotar em sua totalidade; a representatividade que o Universo estudado seja representado de forma fiel; a homogeneidade de que o tema deve ser obedecido com precisão; e a pertinência de que os documentos devem ser adequados aos objetivos do trabalho; c. Formulação de hipóteses e objetivos: devem ser levantas a partir da leitura inicial dos dados, para dar direcionamento à análise e delimitação do contexto; d.

Elaboração de indicadores: que é uma forma de facilitar a análise do material coletado; e. Preparação do material: é o momento de organização dos dados para o processo de análise. Assim o texto das entrevistas é recortado em unidades de registro (palavras, frases, parágrafos), agrupadas tematicamente em categorias iniciais, intermediárias e finais, as quais possibilitam as inferências. Por este processo indutivo ou inferencial, procura-se não apenas compreender o sentido da fala dos entrevistados, mas também buscar-se-á outra significação ou outra mensagem através ou junto da mensagem primeira (SILVA; FOSSÁ, 2013, p. Durante a etapa de exploração do material o investigador deve buscar categorizar o conteúdo das falas, reduzindo o texto em palavras e expressões significativas. É justamente nessa fase que a análise temática tradicional se encontra incorporada, fornecendo recorte de textos para formação de unidades de registros, que podem ser formadas por frases, palavras, temas, desde que sejam relevantes para a pré-análise (CAVALCANTE; CALIXTO; PINHEIRO, 2014).

Bardin (2016) descreveu a última etapa de análise de conteúdo como sendo de “tratamento dos resultados”, onde há a inferência e a interpretação dos dados que, para Silva e Fossá (2013) é o momento em que ocorre o “tratamento dos dados coletados”, dando significados a eles, para que seja realizada uma “análise comparativa de justaposição” entre todas as categorias existentes, reunindo os “semelhantes com semelhantes” e “diferentes com diferentes”. Por meio da análise dos resultados obtidos nas transcrições do grupo focal obtivemos os seguintes resultados 1. O “grupo focal” apresentou uma relação de problemas comuns, para serem trabalhados no processo; 2. Houve unanimidade em relação ao uso de ferramentas da Tecnologia da Informação e Comunicação para serem implementas nas aulas de Fisiologia Humana, constatando-se que as mesmas têm sido bastante utilizadas em conteúdos educativos, consideradas pelo grupo como de uso viável por contribuírem com a assimilação da disciplina;  3.

Todos concordaram em relação à importância da Fisiologia Humana na preparação de indivíduos para atuar em sociedade, afirmando que esta dinâmica veio contribuir no aumento de interesse por parte de toda a turma; 4. Todos afirmaram que esta metodologia de aplicação do ensino é mais intuitiva e dinâmica; 5. há várias metodologias ativas e que muitas delas recorrem a problematização como "estratégia de ensino e aprendizagem". Sendo um grande motivador dos discentes, pois desde o início da humanidade as atividades humanas geraram problemas exigindo do ser humano soluções dos mesmos para garantir a sua sobrevivência. O estudante deve ser instrumentalizado na escola para resolver problemas ante ao conhecimento já adquirido historicamente, uma vez que o método científico, no sentido de problematizar, irá proporcionar ao aluno emancipação e superação da alienação (SANTOS, 2005).

Quando comparado a categoria da relação da depressão com a fisiologia do sistema nervoso, também observamos um aumento. Nesse caso pudemos perceber que os alunos além de aprenderem sobre a depressão fizeram novas conexões de aprendizagem, pois, o conteúdo trabalhado está relacionado a um problema que acomete muitas pessoas hoje em dia.    Nós, educadores, sabemos que aprender conceitos é muito importante para a formação dos alunos, porém eles não devem assimilar decorando textos, e sim, se apropriando do conhecimento para posterior aplicação no cotidiano. Outrossim, que, em sua maioria, os conteúdos abordados em sala de aulas estão desvinculados da realidade dos alunos, o que os pode tornar insignificantes e/ou irrelevantes, pois não têm relação com o conhecimento trazido pelo aluno de maneira intuitiva, que é conectado ao seu universo de interesse.

Esse fato costuma ocorrer em relação ao ensino de Ciências porque as pessoas, normalmente, as vêm sob o olhar de visão científica, difícil e inalcançável, que deve ser superado pelos estudantes. Percebemos que, após a aplicação de um método a partir de um problema observado na realidade dos alunos, eles não só aprenderam os conceitos como também souberam aplicá-los, de forma adequada. Essa aplicação pôde ser verificada nas falas dos alunos e nas atividades desenvolvidas durante a pesquisa confirmando as afirmativas de Berbel (2011) de que, quando os alunos são conduzidos a problematizar aspectos da sua realidade, relacionando-os com os temas de estudo, isto se torna “um fato pedagógico inegavelmente mais rico”, se comparado com as outras formas utilizadas como atividades de estudo, as quais são usadas por boa parte das escolas que, na maioria das vezes, as trabalha de forma abstrata e bem distante da realidade dos estudantes.

Percebemos, então, que esta nova visão educativa proporciona o aparecimento de paradigmas de “ensinar a pensar”, propiciando ao educando ser mais autônomo para analisar, processar, empregar conhecimentos imprescindíveis ao desenvolvimento de suas habilidades (GARCÍA GARCÍA, 2000; COLOMBO E BERBEL, 2007) Durante aplicação do roteiro na fase inicial do grupo focal, não houve estudante que tivesse relacionou o conhecimento da fisiologia humana com a saúde. Percebemos, então, o quão vazias muitas vezes são nossas aulas, onde ficamos repetindo nomes e funções sem relaciona-los a manutenção desse sistema orgânico, e na prevenção de muitas doenças. De acordo com Gavidia (1993), só teremos condições de promover uma educação que auxilie o indivíduo a promover a própria saúde quando a escola tiver incluído como prioridade o aluno em seu currículo escolar, com vista ao desenvolvimento de capacidades de selecionar soluções e tomar decisões, com um projeto de uma formação integral dos alunos, e não apenas a transmissão do conhecimento.

Percebemos, porém, após, a aplicação do arco, que todos eles foram capazes de relacionar o conhecimento da fisiologia humana com a saúde, nesse sentido podemos concluir que quando os estudantes são ouvidos, estimulados e, principalmente, que os seus conhecimentos não sejam ignorados, podemos alcançar patamares muito melhores com relação a aprendizagem dos mesmos. Percebemos, que para o cidadão dentro de uma postura responsável, seja capaz de raciocinar diante dos valores morais, enxergando o que é melhor para si e para o outro, para sua saúde de se conduzir por leis próprias, de se autogovernar, é necessário que ele crie hipótese de soluções para os problemas da realidade (GARCIA et al. Em um primeiro momento, realizamos um diagnóstico com os sujeitos, procurando conhecer o contexto no qual estavam inseridos, e apresentamos a nossa proposta de trabalho orientada pela metodologia da problematização.

Em um segundo momento, planejamos e desenvolvemos os projetos de trabalho com os estudantes. Na última fase, ocorreu a socialização dos resultados, com apresentação, para a comunidade escolar, do projeto desenvolvido. Os dados obtidos nas observações, nas rodas de conversa e no grupo focal, com esses estudantes, corroboram os resultados de outros pesquisadores sobre a importância do aluno ser o agente ativo do seu conhecimento, partindo da observação de problemas da sua realidade, pois, ela auxilia os alunos a assumirem um compromisso com o meio, a partir da construção de novos caminhos, para solução dos problemas. Baseados nos relatos do grupo focal a respeito da utilização da metodologia da problematização com o uso do “Arco” confirmamos que essa metodologia produziu características facilitadoras ao processo de aprendizagem e maior sentido aos estudos teóricos.

Com o uso da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez todos os problemas que interferem na produtividade escolar são identificados pelos estudantes, através da observação da realidade, que poderá ser “problematizada” de forma dinâmica e reflexiva, apesar de não existir previsão quanto aos resultados. Nesse processo, todos os alunos tiveram participação ativa e demonstraram real interesse em todas as etapas da temática abordada. Podemos concluir que os objetivos da dissertação foram alcançados considerando que os estudantes conseguiram expandir o interesse pela Fisiologia Humana, assimilando plenamente o conteúdo, de forma crítica e reflexiva. Pode-se afirmar que os estudantes decidiram, dentro da sua realidade social, cooperar com melhorias para transformar o mundo. Em relação à pesquisa, considerando a relevância da mesma, foi positiva em relação aos resultados, apesar dos vários fatores de influência direta no mecanismo educacional nacional (político, social, econômico, ético), os quais tendem a reprimir práticas inovadoras de ensino e aprendizagem, como opositoras ao processo orgânico histórico de produção do trabalho.

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Interação: Participantes sentados em círculo. Pessoa sentada à direita do moderador vai dizer seu nome e assim sucessivamente. Regras básicas para o trabalho: a) falar uma pessoa de cada vez; b) evitar discussões paralelas; c) dizer livremente o que pensa; d) evitar o domínio da discussão por parte de um integrante; e) manter a atenção e a fala na temática em questão; DESENVOLVIMENTO 1º Momento Conhecimento prévio sobre o tema - O que você sabe sobre a depressão? - Na sua concepção a depressão deve ser considera uma doença? - Quais seriam os fatores que ocasionam a depressão? - Qual a relação da depressão com o sistema nervoso? - Como as sinapses químicas estão relacionadas com a depressão, e mudanças no humor? - Qual a relação de neurotransmissores e medicamentos antidepressivos? - Qual a relação entre depressão, sistema nervoso e os demais sistemas? - Há necessidade de conhecer o sistema nervoso para entender o processo depressivo? 2º Momento: tópicos norteadores do uso da metodologia: - Quais as melhores ferramentas que devemos implementar para tornar as aulas mais dinâmicas e eficientes? - Na sua opinião aprender sobre fisiologia humana é algo importante para o cidadão? - Qual a sua opinião com relação ao uso do Arco de maguerez no ensino de fisiologia humana? - O uso de uma nova metodologia pode auxiliar no dinamismo das aulas? - Com relação ao professor, ele se faz importante nessa metodologia? - O uso da metodologia da problematização com o uso do Arco de Maguerez promoveu maior interesse e participação da turma? APÊNDICE III UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE BIOLOGIA - PROFBIO TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado estudante, você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa acadêmica que tem como principal objetivo avaliar os limites e as possibilidades da utilização da metodologia da problematização para o ensino de Biologia.

Esse estudo é parte integrante do Projeto de Pesquisa intitulado: UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO NA INTEGRAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE FISIOLOGIA HUMANA NO ENSINO MÉDIO e se efetivará durante as aulas desta disciplina. Caso decida, a qualquer momento, desistir de participar da pesquisa, não sofrerá nenhum dano de qualquer natureza. A professora/pesquisadora estará à sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário em qualquer etapa da pesquisa. Salientamos ainda, que em qualquer tempo, e sempre que solicitado, o estudante pode requerer o registro do temo de assentimento livre esclarecimento, garantimos que os resultados estarão à sua disposição quando finalizada. Seu nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem sua permissão. Os dados e instrumentos utilizados na pesquisa ficarão arquivados com a pesquisadora responsável, por um período de ‘5’anos, e após esse tempo serão destruídos.

Sorriso-MT Telefone: 66-99667-1655 E-mail: jfm_bio@hotmail. com Pesquisador: prof. Dr Marcos André de Carvalho. Diretor do instituto de biociências – IB- UFMT CCBS II, Av. Fernando Corrêa da costa, n. Ao colaborar com a pesquisa o integrante contribuirá para que sejam alcançados os resultados destacados no objetivo do projeto mencionado anteriormente e assim poderá usufruir dos benefícios que a mesma poderá oferecer. Esperamos que o conhecimento vindo desta pesquisa traga benefícios importantes a sociedade quanto as possíveis melhorias no processo ensino-aprendizagem. Para participar deste estudo você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira e os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Solicitamos sua autorização para que o menor sob sua responsabilidade participe de possíveis apresentações e divulgações dos resultados deste estudo pelo Programa de Mestrado Profissional em Ensino de biologia em Rede Nacional (PROFBIO) ou a publicação em revista científica nacional e/ou internacional.

Informamos que em todas as etapas da pesquisa ou divulgação dos resultados da mesma a professora/pesquisadora garantirá para que o nome de seu responsável seja mantido em sigilo absoluto e sua imagem preservada. Declaro e confirmo que recebi duas vias assinadas/rubricadas pela pesquisadora, deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, onde assinarei/rubricarei todas as páginas sendo que uma das vias permanecerá comigo e a outra com a pesquisadora. Responsável pela pesquisa: Jaquilini Fatima Moi, aluna do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de biologia em Rede Nacional (PROFBIO), sob orientação da Prof. Dr. Marcos André de Carvalho Nome do participante: __________________________________________­­­­_______________ ________________________________ ____________________________________ Assinatura da pesquisadora Assinatura do representante legal RG ou CPF do representante legal: _______________________________________________ Sorriso, ______de ________________2019. Para maiores informações sobre o presente estudo, favor entrar em contato com: Pesquisadora: Jaquilini Fatima Moi Endereço: Rua Colorado 1010 Portal Kaiabi.

Marcos André de Carvalho. soRRISO – MT 2019 APRESENTAÇÃO Prezado(a) professor(a) Este produto educacional é parte do trabalho de conclusão do Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional – PROFBIO – UFMT e tem intensão de possibilitar aos professores do ensino médio nova metodologia de aula, para que desta maneira as aulas possam ser mais dinâmicas, contextualizadas por meio da problemática vivida pelos próprios alunos, possibilitando ao aluno ser o protagonista de seu conhecimento e sendo o professor o agente mediador. O tema de estudo deste produto se refere a fisiologia humana escolhido pelos próprios alunos, pois uma problemática muito constante nas escolas e fora delas é a depressão, partindo dessa problemática buscamos com essa metodologia fazer o estudo contextualizado desse tema, bem como do sistema nervoso e demais sistemas.

Metodologias ativas podem ser um bom caminho para sairmos das aulas tradicionais, onde o protagonista é o professor e o aluno é o agente passivo. Sabemos que, quando partimos da realidade do aluno o conhecimento se torna algo palpável e prazeroso, principalmente quando utilizamos situações problemas vivenciados por eles, dando assim, sentido ao conhecimento. Fase Preliminar: apresentação do Objeto de Aprendizagem Colaborativa (OAC), que é a Teoria da Problematização com o uso do Arco de Maguerez. Saiba mais sobre o Arco de Maguerez acessando aos links: 3. Primeira Fase: nesta fase é importante convidar os alunos da turma a ingressar no universo da Fisiologia Humana não como espectadores, mas como atores, sujeitos ativos capazes de submeterem a si próprios à transformação, a partir da produção de conceitos que levam a entender, mudar, e transformar as relações que os cercam.

Nessa fase devemos coletar dados, para podermos perceber o grau de conhecimento dos alunos sobre o tema que será abordado. Segunda Fase: introdução da Metodologia da Problematização, conforme “roteiro” pré-estabelecido e sua inclusão na “Pauta” de aula, que obedecerá às etapas do Arco de Maguerez, sendo estabelecido um prazo que pode ser de um bimestre ou dois. Trata-se de um momento de estudo crítico e reflexivo na busca pela solução do problema; c. ª Etapa – Teorização (quatro semanas): momento da investigação propriamente dita, onde os alunos buscam informações sobre o problema, dentro de cada um dos seus pontos-chave já definidos. Trata-se de uma pesquisa que pode ser realizada na biblioteca da escola, no laboratório de informática, nos sites de buscas, ou por meio de entrevistas com especialistas sobre o assunto, ou ainda, através da observação do problema em campo.

O material produzido nessa etapa deve ser devidamente registrado para posterior análise e/ou avaliação quanto a sua contribuição na resolução do problema; d. ª Etapa – Hipóteses de Solução (uma semana): nesse momento os alunos devem fazer uma avaliação de todo o estudo até então realizado, elaborando, de forma crítica e criativa, uma relação de possíveis soluções para o problema. Nessa etapa, é necessário um aprofundamento maior de cunho teórico e de pesquisa científica que, segundo Colombo e Berbel (2007), são informações que devem ser procuradas em locais como em artigos de revistas ou jornais, relatos, entrevistas, e outros necessários ao estudo. Nesse sentido, os alunos devem ser auxiliados pelo (a) professor (a) para que possam dar prosseguimento à pesquisa através de buscas em plataformas digitais como sites especializados, biblioteca virtual, etc.

Prosseguindo com a etapa de “Teorização”, outras maneiras de conhecer mais sobre o assunto é roda de conversas com profissionais da área, psicólogo ou psiquiatra, para que possam esclarecer as dúvidas que surjam durante as leituras e pesquisas. Também pode ser feita entrevistas com pessoas que estejam com depressão, pois, segundo Colombo e Berbel (2007), essa etapa: [. permite construir respostas apoiadas na literatura, por meio de informações de especialistas, pesquisas de cunho histórico, técnico e científico e também, por informações de pessoas que vivem o problema. Outra dica é dialogar com colegas, que estejam passando pela depressão, para entender melhor esse problema, que tem afetado seriamente a sociedade. Para encerrar todos os tipos de pesquisas, poderá ser proposto, novamente “roda de conversa” agora com um psiquiatra, para esclarecer sobre “medicamentos”: como e onde se efetiva a ação dessas drogas em estruturas orgânicas, quais os benefícios e malefícios do seu uso.

Caso não consiga um profissional psicólogo ou psiquiatra podem ser usados vídeos desses profissionais, falando sobre a depressão, acessando os links abaixo. youtube. com/watch?v=5vY8r7qw34A https://www.

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