MECANISMO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

O exemplo mais conhecido de fármacos com ação inespecífica são os antiácidos, o mecanismo de ação ocorre por uma reação de neutralização, que faz com que o pH estomacal aumente, nesta situação não ocorre a interação do antiácido com algum receptor do estômago. A ação inespecífica constitui a minoria dos fármacos, o mecanismo mais comum são para aqueles que agem de maneira especifica, ou seja, necessitam se ligar a alvos moleculares específicos para desencadearem sua ação farmacológica. Estes fármacos podem agir da seguinte forma: atuação sobre enzimas (ativação ou inibição), antagonismo, ação sobre membranas, ação na transcrição gênica. Certos fármacos podem fornecer íons inorgânicos que irão atuar como ativadores de enzimas, este íon  pode atuar de duas formas distintas: 1) O íon interage com o inibidor da enzima, inativando-o e assim impedindo que a enzima perca a sua ação; 2) o íon pode interagir diretamente com a enzima no sentido de alterar-lhe a conformação espacial e assim ativa-la.

Outros fármacos podem ativar enzimas por mecanismo de adaptação, ou seja, a presença do fármaco induz a enzima a modificar sua estrutura do seu estado inativo para ativo, este fato pode ser observado com os fármacos da classe dos barbitúricos, que induzem enzimas de seu metabolismo, este é um dos principais mecanismo de tolerância a barbitúricos. O antagonismo pode ser classificado em químico, fisiológico e farmacológico. No antagonismo químico o antagonista interage quimicamente com o agonista e assim o inativa, após a reação química entre o antagonista e o agonista pode formar-se um complexo inerte ou com atividade diminuída. Antagonismo fisiológico é aquele em que dois agonistas atuam em sistemas fisiológicas diferentes mas que o resultado final é que o efeito de um anula ou reduz o efeito do outro.

A histamina provoca vasodilatação enquanto que a adrenalina provoca vasoconstrição efeitos opostos que são conseguidos por ações em sistemas diferentes. No antagonismo farmacológico o agonista e o antagonista atuam no mesmo alvo molecular podendo ser no mesmo sitio de ação (competitivo) em sitio de ligação diferente (não competitivo). Fármacos que atuam na expressão gênica desempenham sua função por se ligarem a receptores intracelulares que após ativados terão ação sobre o DNA desta forma a atividade de enzimas como a DNA polimerase e a formação de RNAm poderão ser afetados. Os glicorticoides são fármacos que atuam por este mecanismo uma vez que, ao se ligarem a seus receptores eles diminuíram a expressão da enzima ciclooxigenase-2.

As quinolonas atuam inibindo a ação de DNA polimerase. Fármacos que atuam sobre a síntese proteica tem como seu alvo molecular o ribossomo, os fármacos podem atuar da seguinte forma: bloqueio de leitura do RNAt no sitio A dos ribossomos, mecanismo desenvolvido pelas tetraciclinas, bloqueio de enzima peptidiltransferase, desta forma não ocorre a formação de ligação peptídica, mecanismo desenvolvido pelo cloranfenicol; bloqueio da etapa de translocação impedindo assim que a cadeia peptídica se forme, mecanismo desenvolvido por aminoglicosideos. Os fármacos que atuam sobre a membrana plasmática possuem os seguintes mecanismos. Os processos pelos quais os fármacos são alterados por reações bioquímicas no corpo são designados, em seu conjunto, como metabolismo ou biotransformação dos fármacos.

O fígado é o principal órgão de metabolismo dos fármacos. Esse fator evidencia-se proeminentemente no fenômeno conhecido como efeito de primeira passagem. Com freqüência, os fármacos administrados por via oral são absorvidos em sua forma inalterada pelo trato gastrintestinal (GI) e transportados diretamente até o fígado através da circulação porta. Dessa maneira, o fígado tem a oportunidade de metabolizar os fármacos antes de alcançarem a circulação sistêmica e, portanto, antes de atingirem seus órgãos-alvo. MECANISMO AÇÃO E ALTERAÇÕES BIOQUÍMICA O mecanismo de ação deste medicamento é a redução da excitabilidade neuronal pela inibição dos canias de sódio, inibição dos canais de cálcio tipo L e N, aumento da resposta neuronal ao GABA (receptores GABA A), antagonismo de receptores glutamatérgicos do tipo AMPA e inibição da anidrase carbônica.

Sua metabolização é basicamente renal (90%), sendo excretado praticamente inalterado na urina. Entretanto, caso o paciente esteja em uso de carbamazepina ácido valproico e fenitoína – indutores enzimáticos- o metabolismo hepático é aumentado, com conseqüente diminuição do nível sérico. É uma medicação , em geral, bem tolerada. Os efeitos colaterais ocorrem em altas doses(acima de 400 mg/dia) e frequentemente, resovem-se com o tempo ou com a diminuição da dose. Foi lançado na frança em 1988 e, nos Estados Unidos, em 1993. Como os benzadiazepinicos, atua no complexo GABA-BDZ, embora não seja ele mesmo, um BDZ. É uma droga fortemente sedativa (hipnótica), com muito pouca ação ansiolítica, miorrelaxante e anticonvulcivante. O zolpidem é uma imidazopiridina. Possivelmente, por ser o primeiro agonista seletivo do receptor GABA-A para a subunidade α1, foi apontado como o hipnótico mais prescrito no mundo6.

Estudos em laboratório de sono mostraram que zolpidem prolonga o estágio II do sono bem como os estágios de sono profundo (III e IV). Na dosagem recomendada, o zolpidem não possui efeito sobre a duração total do sono paradoxal (fase REM). Em humanos, a preservação do sono profundo (estágios 3 e 4 – sono de ondas leves) pode ser explicada pela ligação seletiva do zolpidem aos receptores ômega-1.   • Propriedades farmacocinéticas  Absorção: após administração oral, o zolpidem apresenta uma biodisponibilidade de aproximadamente 70%, com as concentrações plasmáticas máximas sendo alcançadas entre 0,5 e 3 horas.  Distribuição: em doses terapêuticas, zolpidem possui farmacocinética linear. Menos comuns: abstinência, agitação noturna, alucinação hipnagógicas, cefaléia, convulsão, déficit de atenção e de memória, diarréia, dor abdominal, excitação, náuseas, pesadelos, prurido, rash cutâneo, sonambulismo, vertigens, vômitos.

ALTERAÇÃO LABORATORIAL Não á dados disponíveis na literatura até o momento. ANTIDEPRESSIVOS Os antidepressivos podem ser classificados de acordo com a estrutura química ou as propriedades farmacológicas. A estrutura cíclica (anéis benzênicos) caracteriza os antidepressivos heterocíclicos (tricíclicos e tetracíclicos). Os ADTs se dividem em dois grandes grupos: as aminas terciárias (imipramina, amitriptilina, trimipramina e doxepina) e as aminas secundárias (desmetilimipramina, nortriptilina e protriptilina). O incremento na disponibilidade de um ou mais neurotransmissores tem sido relacionado à ação antidepressiva dos IMAOs. A inibição não seletiva dos IMAOs fenelzina, isocarboxazida e tranilcipromina resulta em subsensibilização de receptores a2- ou b-adrenérgicos e de serotonina. Possivelmente as mudanças nas características dos receptores produzidas pela administração crônica de IMAOs se correlacionam melhor com a atividade antidepressiva do que o aumento na atividade do neurônio secundária ao aumento na concentração de neurotransmissores, e pode explicar a demora para início da ação terapêutica.

• Farmacocinética Os IMAOs são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal, sofrem biotransformação hepática rápida por oxidação e possivelmente têm metabólitos ativos. O início de ação se dá entre 7 a 10 dias com doses apropriadas em alguns pacientes, mas pode levar de 4 a 8 semanas para atingir o efeito terapêutico pleno. São altamente lipofílicos, concentrando-se principalmente no miocárdio e em tecidos cerebrais, se ligam a proteínas plasmáticas e sofrem metabolismo primariamente hepático. Muitos ADTs apresentam farmacocinética linear, isto é, mudanças na dose levam a alteração proporcional no nível plasmático. A vida média de eliminação varia ( por exemplo, imipramina de 4 a 34 horas, amitriptilina de 10 a 46, clomipramina de 17 a 37 e nortriptilina de 13 a 88) e o estado de equilíbrio é atingido em cerca de 5 dias.

A farmacocinética pode variar entre os sexos e a concentração pode diminuir antes da menstruação. CLONAZEPAM Os benzodiazepínicos estão entre as drogas mais prescritas no mundo e estima-se que o consumo de benzodiazepínicos dobre a cada cinco anos. O GABA é composto por cinco unidades, de modo que exitem vários subtipos de GABA e é responsável pela DEPRESSÃO DO SNC. O receptor de GABAa possui ligação específica para benzodiazepínicos, onde esta classe de medicamentos causa a potenciação de ação do GABA, logo é um AGONISTA do GABA. ISRS (INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPITAÇÃO) Os ISRSs, citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina são o resultado de pesquisa racional para encontrar medicamentos tão eficazes quanto os ADTs, mas com poucos problemas de tolerabilidade e segurança.

Os ISRSs inibem de forma potente e seletiva a recaptação de serotonina, resultando em potencialização da neurotransmissão serotonérgica. Embora compartilhem o principal mecanismo de ação, os ISRS são estruturalmente distintos com marcadas diferenças no perfil farmacodinâmico e farmacocinético. Todos os ISRSs apresentam alta ligação protéica (fluvoxamina e citalopram em menor grau). A fluoxetina é a única que apresenta metabólito com atividade clínica significativa (inibição da recaptação de serotonina e inibição de isoenzimas do citocromo P 450) , a norfluoxetina. A meia-vida prolongada da fluoxetina e da norfluoxetina e o tempo necessário para se atingir o estado de equilíbrio apresentam significado clínico, como a maior latência para o início da ação antidepressiva.  As concentrações plasmáticas de sertralina e citalopram são proporcionais às doses administradas (farmacocinética linear), o que não ocorre com fluoxetina, paroxetina e fluvoxamina, cuja farmacocinética não é linear.

Estes ISRSs diminuem seu metabolismo por ação inibitória dose-dependente das isoenzimas do citocromo P450 (CYP), o que significa que aumentos na dose administrada de fluoxetina, paroxetina e fluvoxamina levam a aumentos desproporcionais nos níveis plasmáticos, meias-vidas e possivelmente efeitos colaterais. Embora a absorção da formulação de liberação prolongada ocorra em ritmo mais lento e em concentrações plasmáticas inferiores, o total absorvido é o mesmo. A ligação proteica é moderada (cerca de 30% para a venlafaxina e 40% para o ODV). A venlafaxina sofre metabolização hepática com importante efeito de primeira passagem. O ODV é formado por 0-desmetilação pela isoenzima 2D6 do citocromo P450 (CYP2D6). Estudos in vitro evidenciam o envolvimento do CYP3A4 na metabolização da venlafaxina na N-desmetil-venlafaxina (menos ativo que o ODV).

A duloxetina não possui atividade inibidora sobre a MAO. CONCLUSÃO O uso de várias drogas é muitas vezes essencial para que se obtenha o resultado terapêutico desejado ou para o tratamento de doenças coexistentes. A interação potencial de drogas é a expressão que se refere às possibilidades de que uma droga possa alterar os efeitos farmacológicos de outra droga administrada concomitantemente. O resultado final pode ser a intensificação, inclusive com o aparecimento de efeitos tóxicos, ou a diminuição dos efeitos de uma ou de duas drogas. Ou ainda o aparecimento de novo efeito que não é observado com nenhum dos dois fármacos usados isoladamente. FERREIRA NETO, Armando et al.  Agressividade: ação terapêutica do topiramato.  Disponível em: <http://www. moreirajr.

com. asp?pNuTransacao=10586012013&pIdAnexo=1904295>. Acesso em: 10 maio 2018.  MORENO, Ricardo Alberto; MORENO, Doris Hupfeld; SOARES, Márcia Britto de Macedo. Psicofarmacologia de antidepressivos.  Revista Brasileira de Psiquiatria, [s.  Novos sedativos hipnóticos. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/rbp/v32n3/14. pdf>. Peter.  Metabolismo dos Fármacos.  Disponível em: <http://leg. ufpi. br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/files/Metabolismo dos farmacos.  Disponível em: <http://cefal-unifal. blogspot. com. br/2015/12/estudo-dirigido-2-clonazepam-rivotril. html>.

54 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download