MANUSEIO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Ambiente esse que apresenta series de situações, fatores e jeitos de serem potenciais riscos aos profissionais que estão presentes trabalhando, esses riscos podem ser de leves a graves. Fazendo assim com que possam desenvolver acidentes no trabalho e até o desenvolvimento de doenças profissionais por serem expostos a líquidos e sólidos biológicos presentes em analises de laboratório. Além disso se faz necessário, também o cuidado para que não haja contaminação cruzada desses materiais, de modo que não ocorra contaminação das pessoas que estão trabalhando. Esses tipos de cuidados são regras desenvolvidas e que precisam ser seguidas por meio de conjunto de ações que chamamos de Biossegurança (SANGIONI; et al. Biossegurança é um conjunto de ações que tem como objetivo a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, ensino, produção e prestação de serviços.

Logo, o objetivo geral desse artigo é: • Realizar uma breve reflexão sobre o manuseio de amostras biológicas, a partir da biossegurança, com o foco na contribuição para o aumento das práticas de preventivas. Como objetivos específicos temos: • O manuseio correto das amostras; • O esclarecimento dos regulamentos e normas acerca do transporte dos materiais; • Levantamento dos principais desafios e soluções para um manuseio correto. DESENVOLVIMENTO Em 1973 a transferência e expressão do gene da insulina para a bactéria Escherichia coli. Foi o primeiro acontecimento que provocou forte reação da comunidade mundial de ciências, em conjunto com a Conferencia de Asilomar em 1974. La foi tratado de questões perante as técnicas utilizadas na engenharia genética, e sobre a segurança necessária nos espaços laboratoriais, desse modo foi sugerido a existência de uma contenção que seria feita num programa experimental que possuísse eficiência sobre o risco estimado (KIMMAN; SMIT; KLEIN, 2008).

Segundo Burnett, Lunn e Coico, (2005) a partir dos anos 80, houve um movimento enorme de guias de regulações, normativas e regras que afetam a segurança e operação nos laboratórios clínicos além das pesquisas e as indústrias que realizam manipulação de agentes infecciosos, descartes de lixo contaminado e a exposição dos manipuladores aos patógenos. Sendo assim, se faz necessário uma melhor compreensão dos riscos associados a essas manipulações, que podem ser transmitidos por várias formas de rotas. Os profissionais apresentam como mais comum, as infecções de agentes bacterianos, patogênicos e com categorias micro-organismos que também possam apresentar infecções. Assim para que possa conter esses riscos e infecções se faz necessário a existência de conhecimentos, como as características peculiares dos agentes microbiológicos, grau de patogenicidade, a capacidade de invasão, sua resistência a possíveis processos de esterilização e por fim sua capacidade mutagênica (BURNETT; LUNN; COICO, 2005).

A CBS classificou os agentes biológicos que mais afetam o ser humano, animais e plantas, foi levado em conta critérios de classificação como, virulência, transmissão, estabilidade, concentração, volume, origem, potencial de infecção, possível tratamento. Objetos esses que são equipamentos de segurança, Equipamentos de proteção individual (EPIs), e proteção coletiva, além de barreiras secundárias que serão elementos vitais nas medidas de contenção (KIMMAN; SMIT; KLEIN, 2008). Os EPIs são utilizados para minimizar a possível exposição aos riscos ocupacionais assim evitando acidentes no trabalho. Também são utilizados de Equipamentos de proteção coletiva (EPCs) que tem o objetivo de minimizar uma possível exposição dos trabalhadores em casos de acidentes como por exemplo lava-olhos, chuveiro, cabines de proteção biológica, óculos, luvas.

Além disso são utilizados de barreiras secundarias que são realizadas na construção do laboratório, essas barreiras são muito importantes para que exista proteção para as pessoas dentro e fora do laboratório e o meio ambiente, temos como exemplos de barreiras a presença de ventilação e câmaras pressurizadas na entrada dos laboratórios (PENNA; et al. O transporte de produtos perigosos ou amostras biológicas devem ser geridos para evitar possíveis danos às pessoas e ao meio ambiente nos seus processos. E, por fim, e uma das mais importantes seria a acreditação que é o caminho que o laboratório apresenta seu grau de eficiência nos processos que são realizados pelo mesmo, seguindo as normas, legislações e os órgãos competentes do seu ramo de atuação (SAÚDE, 2017).

CONCLUSÃO Com o avanço da biotecnologia e suas colaborações nas diversas áreas como por exemplo a agricultura, economia e medicina faz com que esta área apresente riscos. Em razão disso existe a necessidade de normas de segurança que sejam destinadas a análise e o desenvolvimento de estratégias para que possam ser minimizados, esta é a principal função da biossegurança. Ela é de suma importância no controle dos riscos ocupacionais quanto no controle dos riscos que possam ocorrer nos ambientes ou ambientais, que sejam provenientes do avanço da nova tecnologia. Para que tudo isso realmente aconteça, se faz necessário que sejam efetivadas ações voltadas a passagem de informações para as devidas pessoas que lidam com isso diariamente, acerca das diretrizes existentes e suas normas, para que todos tenham a capacidade necessária para colocar em prática de maneira correta.

BRASIL. Classificação de Risco dos Agentes Biologicos. Brasília: MS, 2006. BRASIL. Diretrizes Gerais para o trabalho em contenção com Agentes Biológicos. COSTA, M. A. F. D. COSTA, M. Evidence Based Biosafety: A Review of the Principles and Effectiveness of Microbiological Contaimente Measures. Clinical Microbiology Reviews, v. n. p. PENNA, P. Princípios de Biossegurança aplicados aos laboratórios de Ensino Universitário de Microbiologia e Parasitologia. Ciência Rural, Santa Maria, v. n. p. jan 2013. Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia, Maringá, v. n. p. Jan 2015. ISSN 19821263.