Lúdico na matemática

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Zorkot Sant’Anna VIÇOSA – MG 2018 RESUMO No presente estudo, desenvolve-se uma análise a respeito do jogo e da brincadeira como elementos básicos no processo de assimilação do conhecimento. O foco principal é mostrar os vários aspectos do jogo como fonte motivadora do processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, ajudando de maneira especial quanto ao aspecto da motivação. Neste sentido, pela característica da pesquisa, buscamos mostrar as ideias essenciais das diferentes formas que tanto as brincadeiras quanto os jogos exercem no fazer pedagógico. Sob a luz do teórico Jean Piaget, que assegura que o lúdico é um instrumento pedagógico que exerce um posto imprescindível para o desenvolvimento autônomo, e criativo como também para a assimilação dos vários saberes produzidos de acordo com a história da humanidade.

Palavras-chave: Matemática. É componente importante na criação da cidadania. Ela precisa estar ao alcance de todos. Neste trabalho pretendemos demonstrar a importância das atividades lúdicas na aprendizagem da matemática. Demonstrar que a aprendizagem da matemática é mais eficaz quando lúdica, por ser atrativa, despertando o interesse do educando. Também objetiva uma educação menos formalista, mais integrada e voltada para o ser humano integral, valorizando o brincar, respeitando a liberdade, a iniciativa, e a criatividade. Há vários jogos envolvendo números e cada uma das quatro operações matemáticas, que possibilitam diversas maneiras de interagir com esses objetos do conhecimento. b) Estimula o pensamento, pois para participar tem que estar atento às situações que se renovam a cada momento. c) Desenvolve a socialização.

Durante o jogo acontecem discussões e troca de ideias, confronto de opiniões polêmicas, numa verdadeira situação de interação. d) Permite avanços na construção do número, contando, ordenando, estabelecendo correspondência, identificando suas formas de representação e fazendo operações. Os jogos devem ter regras, esses são classificados em três tipos: a) Jogos estratégicos: trabalham as habilidades de raciocínio lógico. Com eles, os alunos leem as regras e buscam caminhos para atingirem o objetivo final, utilizando estratégia. b) Jogos de treinamento: promovem reforço num determinado conteúdo ou substituem as cansativas listas de exercícios. c) Jogos geométricos: objetivam desenvolver a habilidade de observação e o pensamento lógico. Trabalham figuras geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos.

Usar jogos como recurso didático é uma chance. Eles podem ser usados na classe como um prolongamento da prática da aula. São recursos interessantes e eficientes, que auxiliam os alunos. O DESENVOLVIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO SEGUNDO PIAGET O desenvolvimento da criança, antes dos 6 anos, para Piaget (1976), pode ser estimulado por jogos. A brincadeira representa tanto uma atividade intelectual quanto social e através das mesmas se desenvolve as habilidades físicas, cresce cognitivamente e aprende a interagir com outras crianças. O processo começa para as crianças, na interação destas com o meio, e depois com os materiais concretos que as conduzem aos conceitos matemáticos. Acontece que estes materiais são fundamentais na passagem do concreto para o abstrato. Assim, é importante equipar as aulas de Matemática com todo um conjunto de materiais manipuláveis (cubos, geoplanos, tangrans, ábaco e outros).

Mas, só a utilização de materiais, não garante uma aprendizagem significativa. É preciso reflexão, pois na aprendizagem da Matemática é preciso atividade mental. Hoje em dia as crianças estão cheias de deveres, restando pouco para as atividades lúdicas, o que diminui as possibilidades de descobrirem sua própria maneira de ser, de fazer suas próprias descobertas (FRIEDMANN, 1996). O jogo é faz as crianças aproximarem-se do mundo adulto testando comportamentos, papéis e habilidades dos adultos com os quais convive. O jogo proporciona benefícios no desenvolvimento da criança. Através dele, ela manipula grandezas e quantidades, experimenta operações matemáticas, além de aprender a coordenar as suas ações com as de outra pessoa, aprender a planejar e a considerar os meios necessários para alcançar um objetivo (FRIEDMANN, 1996).

Para Vygotsky (1998), o jogo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança, pois, durante o jogo está sempre além de sua idade real. As professoras e as educadoras sabem, se quiserem ter sucesso nas suas propostas e atividades, que deverão apresentá-las em forma de jogo para que as crianças se interessem e participem com mais entusiasmo. Embora possamos aceitar que, enquanto a criança pequena joga, ela aprende e desenvolve suas capacidades, é bom que a escola leve isso em consideração na hora de usar uma ou outra metodologia; por outro lado, também pensamos que é melhor não abusar dessa utilização, para que o jogo não perca o seu ingrediente de liberdade e de criatividade. Existem três tipos de jogos que, frequentemente, são realizados nas escolas: a) Atividades apresentadas em forma de jogo.

b) O jogo pelo jogo. c) As situações planejadas de jogo. No terceiro tipo de jogo, poderíamos situar o que nomeamos de situações planejadas de jogo, as quais respondem à intenção de utilizá-lo para o desenvolvimento e aprendizagem. São situações planejadas de acordo com objetivos definidos. Um exemplo dessas situações são os cantinhos de jogo quando estão minimamente planejados, refletindo-se sobre as habilidades e as capacidades que podem ser favorecidas. Nesses cantinhos, são oferecidas diversas situações às crianças nas quais o jogo é a atividade principal. Essas situações devem possibilitar experiências diversas e, portanto, desenvolver capacidades variadas (MACEDO, 2000). Além de aumentar o prazer em sala de aula, transformando o ambiente em um espaço dinâmico, criativo, e atuante, que reflete na atitude, postura e participação dos envolvidos.

É preciso também, que os professores, busquem mensurar efetivamente resultados das atividades a que se propõe realizar de acordo com a meta a ser atingida. Ter claro o que se espera, é essencial para se aperfeiçoar meios de mensurar estas atividades. Vê-se também que o jogo contribui, não somente para o desenvolvimento cognitivo das crianças, mas também para o desenvolvimento psicossocial, proporcionando melhoria nas relações interpessoais e na inclusão social. Conclui-se que a atividade lúdica é importante para o desenvolvimento da criança como um todo, pois atua de forma primordial para a construção do conhecimento lógico-matemático. FEIJÓ, O. G. Corpo e Movimento: Uma Psicologia para o Esporte. Rio de Janeiro: ed. Shape, 1992. São Paulo: Moderna, 1996. KNÜPPE. L.

Pensamento Lógico Matemático. Revista do Professor, Porto Alegre: CPOEC, n. p. ago. dez. PIAGET, J. Biologia e conhecimento: ensaio sobre as relações entre as regulações orgânicas e os processos cognoscitivos. Jogo favorece a aprendizagem de noções matemáticas. Revista do Professor, Porto Alegre: CPOEC, n. p. jan. mar.

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