LOGÍSTICA REVERSA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Logística

Documento 1

O presente estudo teve uma abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura. Conforme os resultados obtidos, tendo em vista a época atual, faz-se necessário que as empresas incorporem os processos de logística reversa nos seus ciclos produtivos. Neste sentido, conclui-se que são imprescindíveis as pres­sões externas, para tornar da logística reversa uma prioridade no meio empresarial Palavras-chave: Logística reversa. Resíduos sólidos. Gestão empresarial. Para alcançar os resultados esperados nesta pesquisa foi realizada uma abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura. REFERENCIAL TEÓRICO 2. RESÍDUOS SÓLIDOS A crise estrutural nas cidades ocasionados por problemas de cunho político, econômico, ambiental, social e cultural vem acarretando uma urbanização de destino incerto (LOBODA et al.

apud MORO, 1976). A sociedade moderna está sentindo-se inquieta e desafiada devido à toda problemática ambientais e suas consequências catastróficas, em paralelo, fatores como intensiva industrialização, aglomeração urbana, exploração descontrolada dos recursos naturais, como também, o consumo demasiado de bens e consumo são relacionados com o avanço da economia. Já os resíduos sólidos possuem valor econômico agregado, pois têm a possibilidade de reaproveitamento, muitas vezes, até no próprio ciclo produtivo. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou a norma NBR 10. com o objetivo de “classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente” (ABNT, 2004, p. A NBR 10. apresenta como definição para resíduos sólidos: “Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

e nº 10. e nº 10. Os resultados analíticos da caracterização contribuem para a classificação do resíduo e favorecem a otimização do seu tratamento e destinação final. De acordo a norma NBR 10. da ABNT, os resíduos são classificados pela identificação do processo ou atividade que lhe deu origem, pela constituição e pelas características de seus componentes e pela comparação destes constituintes com a listagem de resíduos com potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente (ABNT, 2004). SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade é definida como a habilidade, no sentido de capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo (CARVALHO, 2006).

O termo sustentável, provém do latim sustentare, quer dizer, sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar (JACOBI, 2003). As últimas décadas mostraram um ritmo desenvolvimentista distorcido. Tanto o crescimento quanto o desenvolvimento econômico se pautaram por fatores estritamente financeiros, produtivos e de mercado, não levando em consideração o fator ambiental (PASSOS, 2009). Dessa forma, a busca pelo material bibliográfico, acerca da temática será realizada em três etapas. A primeira foi constituída do levantamento dos estudos em livros e periódicos, por meio de revistas eletrônicas e bases de dados virtuais, visando à coleta abrangente de informações e sendo possível abarcar uma vasta produção científica. Na segunda etapa foi realizada a análise de títulos e resumos, levando em consideração a relevância dos estudos, bem como sua fidedignidade.

Nesse momento, as publicações que não apresentaram relação direta com o escopo do presente artigo foram descartadas, bem como aquelas, cuja interpretação não se mostraram satisfatórias na descrição do estudo. A última etapa englobou a leitura crítica dos artigos considerados elegíveis, e foi elaborada uma síntese sobre a temática proposta. Antes da lei trazendo a introdução da logística reversa no gerenciamento de resíduos sólidos era possível observar um quantitativo expressivo de artigos, de acordo com a CEMPRE (2010), demonstrando a logística reversa era motivo de resistência para as empresas implementarem programas voltados para a temática, mesmo considerando o avanço do conhecimento relacionando o descarte incorreto dos resíduos pós-consumo com o aumento de impactos sobre a saúde humana e o meio ambiente (ROGERS, TIBBEN-LEMBKE, 1998; GUNGOR, GUPTA 1999; FLEISCHMANN et al.

Apesar dos avanços e das conquistas alcançadas, o processo de incorporação desse processo no ciclo produtivo ainda precisa vencer muitos obstáculos, conforme Machado (2002), as políticas ambientais têm sido conhecidas como as “desmancha-prazeres. De acordo com Stock e Mulki (2009), essas práticas podem ser explicadas analisando a percepção dos gestores, visto que os mesmos, acreditam que os custos envolvidos com o processo de reciclagem são maiores que os benefícios obtidos com o mesmo, adiando assim, o processo de implantação de programas de logística reversa. Diante disto, de acordo com Tachiwaza (2015) os líderes empresariais do futuro devem apresentar particularidades diferente dos líderes convencionais, para que assim, as empresas tenham uma eficiente elaboração de projetos voltados para logística reversa, evitando perda de recurso e ganhando uma posição de agente transformador frente ao meio empresarial, mas também, para a sociedade em geral.

Mesmo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12. Neste contexto, Oliva Junior (2013) retrata a visão sistemática, como algo que precisa ser desenvolvido em consonância, levando em conta as estruturas, inter-relações e mudanças nos padrões. Para que assim, de acordo com Valle et al. as decisões sejam aceleradas, pois as informações sempre estarão organizadas e disponibilizadas para os funcionários envolvidos em ciclo produtivo da empresa, mas principalmente para os tomadores de decisões, agilizando o controle gerencial, bem como, facilitará definir as medidas a serem implementadas em qualquer fase do processo. Freitas (2004) corrobora nesta discussão quando pontua a contribuição da visão sistêmica na identificação do que não pode ser feito pois, possibilita a identificação das ações que não agregarão valor à empresa, como também, a definição dos novos desafios e metas que deverão ser estabelecidos para alcançar os próximos passos para uma gestão sustentável.

Pelas empresas argumentarem, de forma constante, que os benefícios da implantação da logística reversa são tão atrativos, nos países desenvolvidos, a legislação obriga as empresas fabricantes, como também, as importadoras a implementarem seus respectivos programas de logística reversa. São Paulo (SP), 2004. BRASIL. LEI Nº 12. de 2 de agosto de 2010. Disponível em: <http://www. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. ed. São Paulo: Cortez, 2006. DEMAJOROVIC, J. Logística reversa: como as empresas comunicam o descarte de baterias e celulares? Revista de Administração de Empresas, v. n. p. MATURANA, L. M. A characterization of logistics network for product recovery. Omega - International Journal of Management Science, v. n. p. FREITAS, M. V. Estudo das Alternativas de Valorização Econômica para a Sustentabilidade da Gestão de Resíduos Urbanos no Brasil.

Dissertação – Mestrado em Economia do Desenvolvimento – PUCRS, Porto Alegre, 2010. GOUVEIA, N. Impactos socioambientais e perspectiva de manejo sustentável com inclusão social. p. JACOBI, P. R & BESSEN, G. R. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da sustentabilidade. The International Journal of Advanced Manufacturing Technology, v. n. p. –513, 2009 LAU, K. H. p. LOBODA, C. R et al. Estudo das áreas verdes urbanas de Guarapuava - PR. f. Gestão verde na Administração Pública: a mudança dos padrões de consumo “começa em casa”. UnB-CDS, Mestre, Gestão e Política Ambiental, 2002. MINISTÉRIO DE MEIO AMBIENTE. Chamamento para a Elaboração de Acordo Setorial para a Implantação de Sistema de Logística Reversa. Disponível em: <http://www. UNIMAR, Maringá/PR, v.

p. OLIVA JUNIOR, E. F. A Educação Ambiental como ferramenta de sustentabilidade na gestão dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Riachão do Dantas - SE. CURI, R. C. Modelos de gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos: a importância dos catadores de materiais recicláveis no processo de gestão ambiental. In: LIRA, W. S. p. ROGERS, D. S. et al. Going backwards: reverse logistics trends and practices. SILVA, H. LEITE, E. G. CABRERA, M. J. com. br/noticias/a-lei-da-politica-nacional-de-residuos-solidos/6713/>. Acesso em: mar/2019. STOCK, J. et al. B. et al. Fundamentos do gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

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