LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO, REVERSA E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Análise dos Impactos Ambientais da Logística Reversa de Óleos lubrificantes

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

SÃO PAULO RESUMO Os chamados OLUCs, ou óleos lubrificantes usados ou contaminados, assim como suas embalagens plásticas são resíduos que quando rejeitados de modo incorreto (descarte em lugares inapropriados), sujeitam o meio ambiente e a população diversos danos. A diminuição do ciclo de vida de diversos artigos no mercado atual, normalmente em virtude do progresso da tecnologia, aliado a enorme variedade de novos lançamentos, tem provocado aumento dos bens e materiais rejeitados pela coletividade e cooperado para a exaustão célere dos tradicionais modos de acondicionamento final destes produtos e consequentemente gerando o aumento das disposições inseguras, que causam poluição ambiental. A logística reversa aparece neste conjunto como um instrumento fundamental no reaproveitamento de múltiplos produtos e de diferentes modos.

Este estudo é uma pesquisa descritiva, pois irá delinear as principais técnicas de logística reversa desenvolvidas à área de óleos lubrificantes no País. A revisão bibliográfica será usada na análise das principais apreciações de logística reversa que estão na literatura, cujos autores são referência no tema. Óleos lubrificantes. Sumário 1 Introdução 5 1. objetivos 7 1. Procedimentos utilizados para esclarecimento do problema; 8 3 Metodologia 14 4 Análise de dados 14 5 Resultados 20 6 Considerações Finais 24 7 Referências bibliográficas 26 1 Introdução A diminuição do ciclo de vida de diversos artigos no mercado atual, normalmente em virtude do progresso da tecnologia, aliado a enorme variedade de novos lançamentos, tem provocado aumento dos bens e materiais rejeitados pela coletividade e cooperado para a exaustão célere dos tradicionais modos de acondicionamento final destes produtos e consequentemente gerando o aumento das disposições inseguras, que causam poluição ambiental.

LEITE, 2002, p. a logística reversa possui enorme valor e deve ser ponderada a partir da elevada quantidade de artigos publicados em todo o mundo, o oferecimento de várias modalidades de serviços especializados em diferentes campos, dos recursos que estão disponíveis e os comunicados da mídia, os cursos de especialização no tema, sendo todos aliados a concepção de novos institutos especializados no assunto, tanto no Brasil como no exterior. Ainda que existam diversos sistemas de logística reversa para lubrificantes usados, muitas ações desonestas, como a combustão do óleo, são frequentes, evitando que determinados locais atinjam percentuais mínimos de coleta, instituídos pela normatização. Assim sendo, é de vital gravidade o estudo, tanto o acadêmico como em representações empresariais e de meio ambiente, para que se aprimorem os modos de gestão destes resíduos no país, quinto maior comércio de óleos lubrificantes no mundo e, por conseguinte, o quinto maior causador de OLUC (FRANÇOLIN, 2013), o que coloca o Brasil muito distante para atingir as metas que estão estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei 12.

de agosto de 20103. Sendo assim, o objetivo desse estudo é expor e delinear as mais recorrentes técnicas de logística reversa do campo de óleos lubrificantes no Brasil. Em verdade, dos muitos problemas estratégicos que as organizações enfrentam talvez o mais desafiante seja o da logística. Bowersox, Closs e Cooper (2006) afirmam que as empresas líderes percebem que um sistema logístico bem projetado e bem operacionalizado, ajuda a alcançar vantagens bastante competitivas. Sob essa ótica, a gestão logística, nos últimos tempos, apresenta-se como atividade primordial para o sucesso das empresas em termos de posicionamento no mercado, ao criar diferenciais competitivos que refletem no seu desempenho, na satisfação dos clientes e na rentabilidade da empresa. A terceirização de serviços logísticos na forma conhecida hoje, se constitui numa das novas tendências da prática empresarial moderna, principalmente dentro dos conceitos do Suply Chain Management.

A contratação de serviços logísticos de terceiros aumentou 16,5% nos Estados Unidos em 1999, atingindo o valor de 45,3 bilhões de dólares (RAZZAQUE. De outro se constatou a crescente concorrência entre as empresa, que passou a se dar em nível globalizado. Com base nessa premissa observa-se novas tendências empresariais no que se refere à adoção de práticas de outsourcing de serviços logísticos. Essa complexidade dos sistemas logístico, que são chamados de sistemas logísticos globais, é citado por Dornieret al. como uma das razões por trás do rápido crescimento da terceirização na Logística. Segundo ele, como as reconfigurações logísticas requerem mudanças e melhorias nas instalações, retreinamento de pessoal e no desenvolvimento de sistemas integrados de processamento de dados, as empresas buscam firmas especializadas para ajudá-las a operacionalizar essas mudanças.

Essas tecnologias permitem reduzir mais facilmente os custos logísticos e aumentar o nível dos serviços oferecido, mas requerem altos investimentos e mão de obra treinada, o que pode constituir riscos para aqueles que começam a utilizá-la. Nesse contexto, os prestadores de serviços logísticos representam uma alternativa interessante. No que se refere à tecnologia da informação, Razzaque e Sheng (1998) reforçam essa observação, acrescentando a maior versatilidade que se pode obter com a utilização de prestadores de serviços logísticos. Tendo em vista o alto investimento em tempo e dinheiro necessários para desenvolver e implementar novas tecnologias e novos sistemas dentro da própria empresa, torna-se mais fácil utilizar serviços de terceiros. Além disso, a versatilidade permite às empresas contratantes alcançar melhorias no controle, na tecnologia e na operação, transformando custos fixos em variáveis.

Assim, mesmo um restrito conjunto de serviços logísticos, por mais simples e limitado que seja, deve ser oferecido pelo operador de forma coordenada e integrada. A execução dessas atividades devem sempre estar de acordo com as características e as necessidades do cliente. Dentre as diversas atividades logísticas, susceptíveis de serem contratadas, são agrupadas de acordo com a sua posição na cadeia de suprimentos. As mais comuns oferecidas por alguns operadores logísticos são chamadas de logística de suprimento (inboundlogistics) e logística de distribuição (outboundlogistics). A seleção e contratação de um prestador de serviços logísticos, no meio de uma oferta ampla e variada, devem ser criteriosas e constituem fatores que devem ser levados em consideração quando da tomada desse tipo de decisão, devendo ser considerados os benefícios e os riscos da terceirização.

Metodologia Como metodologia e de acordo com Moresi (2003), este estudo é uma pesquisa descritiva, pois irá delinear as principais técnicas de logística reversa desenvolvidas à área de óleos lubrificantes no País. A revisão bibliográfica foi usada na análise das principais apreciações de logística reversa que estão na literatura, cujos autores são referência no tema. Análise de dados É possível de ser avaliada a eficácia da logística reversa do OLUC, que foi implantada no Brasil ao se levar em conta os percentuais mínimos que devem ser coletados de acordo com o MMA, o Ministério do Meio Ambiente e MME, o e Ministério de Minas e Energia. Nos anos de 2009 a 2013 o percentual mínimo coletado que o MMA e MME estabeleceram foi de 30% do volume de óleo lubrificante acabado que é comercializado no país.

A tabela 1 assinala os volumes (m³), de produção, importação e comercialização de lubrificantes e do óleo usado coletado no país neste período de 5 anos. Assim como também aumentou significativamente o volume produzido e a comercialização do óleo rerefinado, o que ocasionou uma queda na quantidade de óleo importado. Em 2017 comercializou-se 1,4 milhão de m³ de óleos lubrificantes acabados e 388 mil m³ de OLUC, números bem maiores que os de 2016. A região sudeste foi a que mais coletou comercializou e a região Norte a que teve os índices menores. Entretanto, todas as regiões do país atingiram os alvos designados pelo MMA e MME, sobrepujando o percentual mínimo de coleta em quase 5%, com a Comercialização e Coleta de Lubrificantes por Região em 2012, (m³).

Tabela 2 - Comercialização e Coleta de Lubrificantes por Região em 2016, (m³) Fonte: MMA (2017) Em 2017, foram comercializados no país 1,1 bilhão de litros de óleos lubrificantes acabados e coletados 350 milhões de litros de OLUC, com um percentual de coleta de 35,59%, suplantando a meta instituída de 34%. Neste ano, o Brasil coletou 35,81% do volume de óleos comercializados, índice bem menor que a meta de 35,90% posta. Isto aconteceu em virtude do resultado ruim nos processos de coleta na região Sudeste que não obteve a sua meta de 42%. Tabela 6 - Comercialização e Coleta de Lubrificantes por Região em 2017 (l) Fonte: MMA (2017) Neste período o Estado de São Paulo obteve um desempenho ruim nos percentuais mínimos de coleta, colhendo 38,38% do volume de óleo lubrificante comercializado e também não atingiu seu objetivo meta nos anos de 2016 e 2017.

O Rio de Janeiro, entretanto, destacou-se 2017 e excedeu a meta em quase 6%, chegando ao índice de coleta de 47,58% de óleo comercializado. Tabela 7 - Comercialização e Coleta de Lubrificantes na Região Sudeste em 2017 (l) Fonte: MMA (2017) A Figura 2 oferece uma visão do progresso da coleta de OLUC nos anos de 2007 e 2016. O modelo de logística reversa do OLUC incrementado no país e desenvolvido por meio de pactos setoriais entre os institutos públicos e a iniciativa privada, já evitou que milhões de litros de óleos contaminados fossem rejeitados de modo impróprio no meio ambiente. O rerrefino do OLUC diminui as obrigações de importação do óleo básico e por isto é adequado à balança comercial, já que o petróleo nacional não possui em quantidade suficiente as substâncias lubrificantes.

Por isso, uma ampla recuperação dessa matéria, significará em menos quantidade de divisas necessárias para abastecer as necessidades internas do produto. Figura 3 - Atividades logística reversa, segundo Rogers (1998), desenvolvidas no mercado de óleos lubrificantes e de suas embalagens plásticas Fonte: Retirado de Nascimento (2014) Figura 4 - Atividades logística reversa, segundo Rogers (1998), desenvolvidas no mercado de óleos lubrificantes e de suas embalagens plásticas (continuação) Fonte: Retirado de Nascimento (2014) 6 Considerações Finais A adoção da logística reversa em determinados setores no país não é mais uma opção e, com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, virou uma obrigatoriedade. As empresas que nos próximos anos ainda não incrementaram seu modela de logística reversa precisarão expor ao governo propostas sustentáveis em relação ao descarte e ao tratamento de seus resíduos Para que a responsabilidade partilhada na Política Nacional de Resíduos Sólidos possa ser preenchida, é importante que todos que operam neste determinado setor estejam informados das responsabilidades e contribuições no ciclo do produto.

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