LIDERANÇA EM MEIO AOS CONFLITOS INTERNOS NAS ORGANIZAÇÕES

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão de projetos

Documento 1

Belo Horizonte - MG: IPEMIG, 2020. Especialização em Gestão de equipes e liderança. RESUMO Os conflitos existem desde o homem foi criado e geralmente ocorrem com muita frequência nas organizações e precisa ser abordado da forma correta. Sendo o conflito algo inevitável, o desafio, agora, é saber lidar com ele. O objetivo principal deste trabalho é analisar o papel do líder perante situações de conflito, verificando suas consequências e a postura da liderança no desempenho organizacional, sendo fundamental para o sucesso das organizações. Diferença entre ser chefe e ser lider 9 3. GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES 10 3. O início do conflito 10 3. Os tipos de conflitos 12 3. Gestão de conflitos 12 3. Acredita-se que a melhor maneira de criar equipes eficazes é aceitar a existência deles, resolvendo quando atrapalharem, ou encorajando, quando beneficiarem.

Em meio a um confronto de interesses, crenças, valores, conhecimentos e experiências, a consequência mais comum é o surgimento do conflito, e cabe ao líder administrá-lo ao invés de evitá-los. Os conflitos são importantes para todos e organizações. Que adiantaria se todos os funcionários pensassem do mesmo modo e tivessem a mesma opinião sobre um fato da empresa? Ideias divergentes são necessárias, pois através delas chega-se ao senso comum e é tomada a melhor decisão para o futuro da organização. Assim, é impossível imaginar uma empresa sem conflitos, já que seres humanos sempre têm opiniões e influências de vida diferentes. O estudo tem como objetivo analisar a atuação do líder diante dos conflitos nas organizações.

Primeiramente identificando a consequência dos conflitos no ambiente organizacional, discorrendo sobre a liderança dentro da organização. Ainda, analisando até onde as diferenças interpessoais podem causar os conflitos, sugerindo modelos de tomadas de decisão do líder perante situações de conflitos. A justificativa do estudo se dá pela sua relevância, pois o tema em estudo sob todos os aspectos vem ganhando espaço nas principais pesquisas acadêmicas e livros do país, pois o mundo está em constantes transformações e o líder deve acompanhar essas mudanças. O estudo deu mais ênfase discorrer sobre a liderança e os conflitos, uma vez que que eles podem interferir no andamento da organização. Nesse aspecto, até pode escolher o melhor perfil, mas não vai adiantar se não houver a competência para liderar.

A Liderança vem se tornando o principal assunto do mundo dos negócios. Através dela as organizações realizam projetos, expandem seus negócios e conquistam clientes. Através da comunicação, vem influenciando várias pessoas, para consecução de objetivos específicos, também sendo como um fenômeno que envolve vários grupos sociais. Os líderes são maiores quando se usa a humildade de entender o que seus seguidores necessitam. Como diz o grande guru da liderança, John C. Maxwell, o motivo de ser líder é a valorização das pessoas. Os bons líderes extraem o melhor das pessoas, fazendo com que elas evoluam dentro da organização e saibam também conviver em harmonia com personalidades e comportamentos divergentes. Desperta em seus colaboradores a capacidade crítica e os motivam a chegar a lugares que seriam impossíveis, até então, de alcançarem.

Vale ressaltar que o líder para liderar a sua equipe, deve ser capaz de liderar a sua própria vida. Segundo o autor, o líder impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação deste. A ênfase está nele. A Liderança Democrática é reconhecida pela participação e envolvimento da equipe na tomada de decisões, pela delegação da autoridade e pela decisão em conjunto. O líder orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase está no líder e também no grupo (MAXIMIANO, 2007). Já o líder Emergente, diz respeito àquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados à uma situação específica.

Significa que alguns membros da equipe irão liderar atividades nas quais eles são reconhecidamente bons especialistas. Uma das características da liderança emergente é que os membros da equipe se tornam seguidores por livre e espontânea vontade. Para alguns autores, é tida como uma liderança de bagunça, já que não se tem um líder nomeado específico. O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer. Ele não admite erros, culpa apenas o grupo organizacional pelas suas falhas e se vangloria quando algo dá certo. Adota as mesmas características do líder autoritário; é o típico ditado: Manda quem pode, obedece quem tem juízo. O líder inspira a sua equipe e segue junto com ela; o chefe dá ordens e apenas espera que sejam cumpridas.

Mussak (2010) confirma esta proposição, quando diz que Líderes eficazes lideram inspirando outras pessoas, e não dando ordens. Dirige seus funcionários para o sucesso, e melhor, vai com eles. O conflito pode ser definido, como um processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte afeta, ou pode afetar, negativamente alguma coisa que a primeira considera importante (THOMAS, 1992). O conflito, gerado pelas divergências, é a chave para interagir opiniões, pensamentos, gerações, dentre outras. As organizações são ambientes propícios para o surgimento destes, mas nem todos são compatíveis ao ambiente empresarial. Por isso, são encontrados dois tipos: o hierárquico e o pessoal. O hierárquico ocorre quando há dificuldades de relacionamento entre patrão e empregado, seja por divergência de opiniões ou dificuldades para atingir os objetivos da organização.

O conflito surge quando há a necessidade de escolha entre situações que podem ser consideradas incompatíveis. Todas as situações de conflito são antagônicas e perturbam a ação ou a tomada de decisão por parte da pessoa ou de grupos. Para a correta tomada de decisão do líder acerca do conflito é importante que sejam conhecidas as possíveis causas que levam ao seu surgimento. Dentre elas, podem-se citar: a) Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: é gerada pela incapacidade de atingir uma ou mais metas, por algum tipo de interferência ou limitação. Caso a outra parte consiga atingir o objetivo, acaba gerando um conflito pela primeira, ao achar que a mesma é responsável pelo seu insucesso; b) Diferenças de personalidade: as diferenças podem causar situações inevitáveis de conflito.

Os organizacionais ocorrem, geralmente, por diferenças entre departamentos, mudanças na organização ou por falha na comunicação. Chiavenato (2004) classifica os conflitos como: percebido ou latente, experenciado ou velado e manifestado ou aberto. O Conflito latente é aquele conflito não declarado e não há uma clara consciência de sua existência Já o conflito experenciado: é quando provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre uma parte e outra; geralmente não é demonstrado com clareza. No tocante ao conflito manifestado, nesse caso, é o conflito que já atingiu ambas as partes, é percebido por terceiros e pode interferir nos processos dentro da organização. O conflito é inevitável, o administrador precisa conhecer a respeito de suas possíveis soluções ou resoluções. Para gerir os conflitos é necessário adotar algumas medidas, definindo assim qual o melhor estilo a ser adotado.

Para Nadler et al. a administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação. Os seguintes passos considerados de importância são: a) Criar uma atmosfera afetiva; b) Esclarecer as percepções; c) Focalizar em necessidades individuais e compartilhadas; d) Construir um poder positivo e compartilhado; e) Olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado; f) Gerar opções de ganhos mútuos; g) Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; h) Estabelecer acordos de benefícios mútuos. Para haver também uma negociação avançada Conforme Martinelli e Almeida (2008) são necessários adotar três saberes, tais como: a) Saber comunicar: a maioria dos conflitos construtivos ou não é causada pela falha na comunicação; b) Saber ouvir: ouvir atentamente o que lhe dizem, dedicando atenção adequada ao emissor; c) Saber perguntar: quem ouve atentamente é totalmente capaz de fazer questionamentos condizentes com o assunto.

A arte da negociação na gestão de conflitos Várias são as definições encontradas sobre negociação. Para Acuff (1993) a negociação é o processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e necessidades. Explorando este conceito, nota-se que a comunicação assume um papel importante no processo da negociação, visto que ela está presente de forma intensa em todos os aspectos. Este é o ponto de maior desentendimento e conflito dentro das organizações, geralmente por falha no processo, em que a mensagem não chega ao receptor do modo como o emissor enviou. Muitos não têm a capacidade de ouvir e compreender o que foi dito por outros. Tanto no passado quanto no presente a negociação se faz necessária para manter a harmonia.

O ideal é que as duas partes saiam satisfeitas, o que os autores conceituam como negociação ganha-ganha, onde busca-se o bem-estar de ambas as partes, analisando as suas necessidades. A menos indicada, mas que comumente ocorre, é a negociação ganha-perde, em que é necessário que uma parte perca para que a outra saia satisfeita. Isso acaba gerando conflitos futuros, já que a parte lesada evita manter contato com a outra, contribuindo negativamente ou até destruindo um relacionamento interno na empresa. CONCLUSÃO Através do estudo verificou-se que com o surgimento de conflitos destrutivos, o líder assume papel importante na resolução destes, utilizando determinadas estratégias de gestão. Logo, é necessário que o líder gerencie os conflitos, extraindo o que for de positivo da situação, pois o líder pode exercer grande influência na resolução dos conflitos.

Durante a pesquisa, percebeu-se que uma das ferramentas fundamentais na solução dos conflitos é a comunicação clara é eficaz, pois quando há ruído na sua transmissão pode acarretar sentimentos de inquietação, ansiedade, discórdia, desavenças, entre outros. De acordo com a pesquisa, o melhor método de resolução de conflitos ainda é a negociação, cabendo o líder escolher qual o melhor tipo de negociador para resolver a situação. Para tal, a liderança deve ouvir as partes e tomar a melhor decisão para a organização, podendo até causar situação desfavorável para uma ou ambas as partes. Vale lembrar, nesse aspecto, que as partes devem estar dispostas a negociar. nº 3, p. BRUNETTA, Nádia; RIBEIRO, Regiane. Relações interpessoais: recursos humanos.

São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. CHIAVENATO, I. com. de julho de 2015. Disponível em: http:// www. administradores. com. Direito do trabalho. ed. São Paulo: Jurídico Atlas, 2009. NADLER, D. A. Trust and breach of the psychological contract. Administrative Science Quarterly, 41: 574 –599, 1996. RAHIM, M. A. Toward a theory of managing organizational conflict. Journal of Organizational Behavior. Vol. Issue 3, Special issue: Conflict and Negotiation in Organizations: Historical and Contemporary Perspectives (May, 1992), 265-274.

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