Leishmaniose Tegumentar - Trabalho escrito

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as leishmanioses são uma das doenças mais negligenciadas do mundo, afetando em particular as populações mais pobres. Está associada a diversos fatores como os sociais (nutrição, imunocompetência, extrativismo) e os ambientais (desmatamentos, construção de barragens, urbanização, migração e mudanças climáticas). Estas enfermidades têm ampla distribuição mundial, ocorrendo na Ásia, na Europa, no Oriente Médio, na África e nas Américas. Atualmente, dos 88 países em que a doença está presente, somente em 32 a leishmaniose é considerada doença de notificação compulsória. Apesar da falha de notificação, 12 milhões de pessoas são consideradas infectadas, 350 milhões convivem com o risco de contrair a doença e 1 a 2 milhões de novos casos ocorrem anualmente (1,5 milhão de casos de leishmaniose cutânea).

pifanoi. Os parasitas deste grupo localizam-se na pele e produzem a Leishmaniose Tegumentar (LT), caracterizada por lesões benignas, no homem, sem disseminação (metástases) nasofaríngea. Complexo braziliensis: são encontrados apenas nas Américas (região Neotropical). Fazem parte deste grupo a L. braziliensis e a L. As promastigotas multiplicam-se por divisão binária longitudinal e, após atingirem um grande número, invadem as porções anteriores do intestino e da faringe dos flebotomíneos fêmeas. Por serem as promastigotas a forma infectante, quando o inseto realiza o repasto sanguíneo (picada), estas são transmitidas aos hospedeiros vertebrados. • Forma amastigota: as promastigotas, no tecido dos hospedeiros vertebrados, são fagocitadas por células do sistema mononuclear fagocitário, no qual, em dois a cinco dias, se transformam em amastigotas.

Interações entre os receptores dos macrófagos e moléculas de superfície das promastigotas desencadeiam a entradas destas nas células fagocitárias. As amastigotas apresentam formas pequenas, com formatos ovoides e sem motilidade, pois não possuem flagelo livre, somente um rudimento que está presente na bolsa flagelar, caracterizada como uma pequena invaginação da membrana do parasita. wellcomei, L. whitmani, L. intermedia, L. ubiquitalis, L. ayrozai, L. L. lainsoni, L. V. naiffi, L. V. casos/ano. EPIDEMIOLOGIA A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de 2 milhões de novos casos das diferentes formas clínicas ao ano. Salienta-se que uma mudança no padrão de transmissão vem sendo descrita nas Américas.

Nos primórdios, esta ocorria somente entre animais silvestres. Com o adentramento do homem na mata, este passou a fazer parte do ciclo de transmissão como hospedeiro acidental. braziliensis. Entretanto o papel dos animais domésticos na manutenção do parasita no meio ambiente e como reservatório ainda não foi definitivamente esclarecido. DIAGNÓSTICO O diagnóstico é realizado através de testes diretos e indiretos, visto que não há um teste que apresente 100% de especificidade e sensibilidade. Deve-se compreender os métodos e suas limitações a fim de traçar um caminho para um diagnóstico definitivo com maior acurácia. Diagnóstico clínico: difícil devido à variedade de sinais da doença, confundindo-se com outras doenças. Sorologia: podem ser diretos, onde busca o antígeno ou indireto onde se busca os anticorpos.

Podem ser utilizados fixação do complemento, hemaglutinação indireta, aglutinação direta, imunoeletroforese, imunofluorescência indireta, ELISA, Western blot. O ministério da Saúde recomenda os testse de imunofluorescência indireta e o ELISA devido à alta sensibilidade na detecção de Leishmania, tanto em animais doentes quanto em animais assintomáticos. Porém, pode ocorrer falsos-positivos e falsos-negativos devido a reações cruzadas com outros agentes. Teste intradérmico de Montenegro: teste cutâneo, onde se inoculam na derme antígenos (preparados de formas promastigotas mortas) e se faz a leitura da reação inflamatória (nódulo ou pápula) após 48-72h. Outros são anfotericina B e alopurinol. Já em animais, utiliza-se drogas não recomendadas para humanos como metronidazol, levamizol, enrofloxacino, etc. O acompanhamento deve ser regular por 12 meses, porém para encerramento do caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), não é necessário aguardar o término do acompanhamento.

O tratamento de animais doentes não é uma medida aceita para o controle da LTA, pois poderá conduzir ao risco de selecionar parasitos resistentes às drogas utilizadas para o tratamento de casos humanos. VIGILÂNCIA O objetivo do Programa de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana (PV-LTA) é diagnosticar e tratar a doença o mais precoce possível a fim de reduzir as deformidades provocadas pela doença. As medidas de prevenção e controle devem levar em conta as características epidemiológicas e classificação de risco da área. No Brasil, a vigilância e o monitoramento é realizado nas regiões de maior prevalência, levando em conta aspectos ambientais, sociais e econômicos, buscando conhecimento amplo a fim de que estratégias de controle sejam flexíveis e distintas e adequadas às peculiaridades de cada região.

Sendo a prevenção pautada em diversos fatores e diferentes linhas de atuação. Medidas para humanos: diagnóstico e tratamento precoces a fim de reduzir as complicações provocadas pela doença e reduzir o contato com o vetor. Todos os casos devem ser notificados e investigados pelos serviços de saúde com o objetivo de classificar epidemiologicamente e acompanhar os casos. Medidas educativas: voltadas às formas de prevenção e deve estar associada a outras formas de controle e vigilância. Devem orientar a população sobre as medidas de proteção individual, como roupas adequadas, repelentes, mosquiteiros, telas finas em portas e janelas e proteção aos cães, tais como uso de coleiras com deltametrina 4%. REFERÊNCIAS CUBAS, Zalmir Silvino et al. Tratado de Animais Selvagens.

Vol. Acesso em 30/5/2017.

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