LAJES PRÉ MOLDADAS X PROTENDIDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

A protensão é caracterizada pela aplicação em uma estrutura em estado prévio de tensão, com o objetivo de melhoria na sua resistência e em seu comportamento, de acordo com as diversas condições de cargas que são aplicadas. Pois o concreto protendido acaba se destacando de acordo com seu estiramento da armadura, com armaduras pré-tracionada e pós-tracionada, conforme a fissuração a protensão pode ser limitada, completa ou parcial e em relação a aderência, pode ser verificada como inicial, posterior e sem aderência. As lajes protendidas estão em grande ascensão. Por possuir características que fazem com que o uso se torne ainda mais presente nas obras, com deformações menores do que o concreto armado e em estruturas metálicas, pois o emprego do aço de alta resistência acaba conduzindo a estrutura como uma forma mais econômica, com deformações mais oriundas conforme o peso próprio, podendo ser completamente eliminada, pois com a redução ou eliminação do escoramento e a ausência de vigas, acaba oferecendo vantagens evidentes na execução da obra, conforme à economia, tanto com relação ao material como o tempo.

Já as lajes pré-moldadas continuam se destacando por proporcionar melhorias tanto no aspecto racional como no organizacional das obras. Keywords: Preformed slabs; Prestressed slabs; Comparation; Benefits; Disadvantages. INTRODUÇÃO Atualmente o mercado da construção civil no Brasil cresce de maneira acelerada, por mais que tenha passado por anos em estado estagnado por falta de investimentos na área de infraestrutura e de habitação. De acordo devido ao investimento na economia e ao interesse do governo em criar projetos como o Minha Casa, Minha Vida e de Aceleração do Crescimento. Sendo que estes programas possuem o objetivo sobre a inclusão social de moradia e conquista de camadas menores com poderes aquisitivos da sociedade. Como maneira de modernizar a construção e a produção, de acordo com o ritmo de crescimento, o emprego da alvenaria estrutural em conjunto com os elementos pré-moldados foi muito bem visto.

O instrumento para a coleta de dados e informações utilizadas para a escrita deste trabalho foram: pesquisa bibliográfica, análise documental, normas, teses, manuais, monografias, trabalhos de conclusão de curso, livros e artigos, elaborando assim uma sequência sobre as principais abordagens do conhecimento de lajes e como deve ser realizado sua implantação no canteiro de obras. Com as informações pertinentes colidas, foi possível descrever os benefícios para essas soluções construtivas, possibilitando um breve comparativo entre estes dois modelos de lajes. DESENVOLVIMENTO 3. PRÉ-MOLDADOS: PRINCÍPIOS GERAIS De acordo com El Debs (2000) a construção civil pode ser entendida como uma indústria atrasada se comparada a outros ramos industriais, devido a apresentação de baixa produtividade, grande desperdício de materiais, baixo controle de qualidade, entre outros.

Por isso, uma das alternativas encontradas para mudar este cenário foi a implantação da utilização de alvenaria estrutural para a construção de edificações. Para Medeiros e Sabbatinil (1989 apud BRUMATTI, 2008) a evolução com o intuito de aperfeiçoar a indústria é o caminho natural para a construção civil. Segundo El Debs (2000) a industrialização se apresenta como maneira viável de forma econômica, quando o custo dos elementos se constitui de maneira que some os custos variáveis e fixos, resultando em um menor custo de acordo com a produção da manufatura. Isso ocorre com a determinação do numero de elementos os quais caracterizam a produção de maneira mínima, inviabilizando a produção industrial. De maneira desejável de acordo com a industrialização, El Debs (2000) e Koncz (1968) consideram que os componentes que são usados na construção civil devem possuir uma facilidade na execução dos meios mecânicos, com a possibilidade de ligações de maneira fácil e simples e desempenharem de maneira simultânea as funções de fechamento e estrutura.

As técnicas de pré-moldados geralmente são vinculadas a utilização de concreto na fabricação dos elementos, principalmente quanto a junção do concreto com a armadura, com a associação mais empregadas em concreto pré-moldado: concreto protendido e o armado. Devendo ser sempre considerado a questão do transporte da fabrica até o canteiro da obra, tanto se referindo ao custo das atividades, quanto ao respeito e a obediência dos gabaritos planejados para facilitar no transporte destes elementos. b) O pré-moldado realizado no canteiro de obras é executado de maneira que as instalações sejam temporárias nas proximidades da obra. Com as instalações um pouco sofisticadas, dependendo da produtividade que se deseja alcançar. De maneia geral existe uma certa propensão para uma baixa capacidade na produção, pois para estes elementos não se tem transporte em longas distancias, o que acaba facilitando o transporte e a obediência nos gabaritos.

Mas estes elementos acabam ficando sujeitos a impostos de acordo com a produção industrial e a circulação das mercadorias. Sendo que os resultados da inspeção ficam registrados e disponíveis aos clientes; e) Adaptabilidade: no futuro haverá menos demolição de edificações e demais demandas para adaptar as construções existentes como forma de adaptação para novas exigências do mercado. • Desvantagens O processo de pré-moldagem possui algumas desvantagens como o transporte e o içamento, para que os elementos sejam colocados no lugar definitivo, assim como a necessidade de promover a ligação entre os vários elementos os quais compõem a estrutura. El Debs (2000) acrescenta que as desvantagens deste modelo construtivo são de acordo com a colocação dos elementos em seu local de permanência, pois de acordo com a utilização, tudo acaba sendo relacionado com os custos e as limitações dos transportes, conforme a montagem dos elementos estruturais.

No caso do transporte, a limitação é de maneira geral, com os gabaritos de transporte e em relação a montagem e a disposição e condição de operação dos equipamentos para a realização. Para Revel (1973) as desvantagens começam com a necessidade dos equipamentos de elevações e deslocamento (transporte), a limitação do peso, o planejamento das atividades para a montagem dos elementos estruturais, acaba sendo mais importante que a logística das atividades para a sua concretagem, havendo a necessidade de prever o tempo gasto na montagem; assim como, possui restrição na liberdade de projeto, principalmente de acordo com a disposição das peças. Quando preciso, são complementadas com armadas passivas inferior de tração, sendo englobada pelo concreto da nervura. Figura 01: Os tipos de vigotas pré-moldadas Fonte: PINHEIRO, 2007.

A ABNT NBR 14859-1 cita os materiais de enchimento das vigotas como inertes diversos, sendo do tipo vazado ou maciço, de maneira intercalada com as vigotas, com a finalidade de reduzir o volume de concreto e o peso próprio da laje e servindo como fôrma para o concreto complementar. A laje é composta por concreto complementar, tendo como função a complementação das vigotas, o que acaba formando a capa da laje, com as nervuras na longitudinal, no caso de lajes treliçadas, formando nervuras na transversal. Para Nakamura (2009) os tipos mais comuns de pré-lajes (Figura 02) que são encontradas no Brasil, são: a) As treliçadas: são produzidas geralmente em usinas no próprio canteiro, com armaduras no interior e apresentando uma superfície rugosa, com função de garantir aderência na parte superior do concreto.

Possuem limitações em vencer pequenos vãos, de acordo com o projeto estrutural. O projeto pode ser realizado para que a carga seja suportada apenas pelos vãos com malhas de tela soldadas e alguns reforços realizados pontualmente em formato de gancho, com movimentação em seus locais de uso, como na Figura 05. Figura 04: Laje alveolar Fonte: BRUMATTI. Figura 05: Laje maciça Fonte: BRUMATTI. PROTENSÃO A protensão pode ser entendida como, uma pessoa que esteja carregando uma fila de livros na horizontal. Estiramento da Armadura de Protensão O estiramento das armaduras de protensão podem ser divididos de duas maneiras: a) Concreto Protendido com a presença de armadura ativa (de protensão), ou seja, as armaduras Pré-tracionadas: quando o estiramento da armadura é realizado com base em apoios independentes da peça, ou seja, antes do lançamento do concreto.

Sendo que após o endurecimento do concreto as ligações da armadura com os apoios são desfeitas e as tensões são transmitidas ao concreto por meio de aderência, têm-se um exemplo, quando peças pré-fabricadas protendidas são executadas nas pistas de protensão. b) Concreto Protendido com as armaduras ativas (de protensão), também denominadas de Prós-tracionadas: é quando o estiramento da armadura ativa é realizado logo após o endurecimento do concreto, através dos apoios na própria peça, com a finalidade de criar ou não efeitos de aderência na armadura com o concreto, um exemplo, quando as armaduras protendidas são moldadas “in loco”, para utilização em pisos industriais, pistas de aeroportos, pontes, edifícios, entre outros.

• Vantagens e Desvantagens do Concreto Protendido São várias as vantagens no processo de utilização de estruturas em concreto protendido, como: a) A redução do índice de fissuração; b) O aumento da durabilidade da estrutura; c) A economia na utilização de concreto; d) A economia em relação ao uso de aço; e) Redução do índice de flechas; f) A maneira mais fácil de prever situações em relação com comportamento da estrutura; g) A resistência com base na fadiga do elemento; h) A melhora no combate dos esforços ao cisalhamento; i) Condições de vencer grandes vãos; j) Condições de estanqueidade; k) Elementos estruturais mais esbeltos e arrojados; Para as desvantagens do elemento estrutural, podemos citar: a) Maior custo em relação aos cuidados com os projetos; b) Maior custo em situações de execução; c) Custo elevado para a execução de pequenos vãos; d) Não é apropriado para estruturas que necessitam de massa de concreto.

Características dos Sistemas de Protensão De acordo com Pereira (2005) existem dois sistemas de protensão, os quais apresentam características bastante distintas em relação ao outro, conforme pode ser observado no Quadro 01 a seguir. As vigotas de concreto protendido são fabricadas em grandes pistas de potensão, com fôrmas fixas e deslizantes, semelhante ao processo de fabricação dos painéis alveolares, sendo utilizado concreto C45 (fck ≥ 45MPA) e os aços com proteção de diâmetro 4 mm e cordoalhas de 6,5 mm. Na parte superior o concreto apresenta uma superfície rugosa a qual facilita a aderência à capa de concreto. A vigota protendida acaba suportando o carregamento em fase de execução, com a presença dos escoramentos, ou ainda em casos de execução dos vãos maiores, ou em lajes mais pesadas, com a presença de escoramentos executados antes da montagem das vigotas.

CONCLUSÃO Mediante as informações apresentadas no trabalho, pode-se concluir que as lajes protendidas em geral apresentam várias vantagens se comparadas as lajes pré-moldadas, por possuir tanto agilidade na execução, como redução dos custos, conforme o passar dos anos, ou seja, as pré-moldadas possuem um maior custo se analisadas conforme aos reparos que a estrutura precisará passar. Mas por sua vez, a laje pré-moldada pode ser executada de maneira mais simples, pois a protendida, necessita de mão de obra especializada, o que não é preciso na laje pré-moldada. Também foi possível notar que cada laje possui sua principal vantagem e desvantagem, por isso, é necessário que nas especificações do projeto, seja contado qual o melhor tipo de laje que adequa ao projeto estrutural calculado, pois cada obra é única, mas que podem apresentar características semelhantes, em relação ao acabamento das superfícies e a resistência.

É de grande valia portanto, que a empresa responsável pela obra desenvolva metodologias de produção capazes de atender e seguir rigorosamente o prazo e os custos previstos em planejamento, para que tudo saia como o planejado e as lajes possam ser executadas da melhor forma, sem que ocorra imprevistos indesejáveis. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: lajes pré- fabricadas – requisitos parte 1 – lajes unidirecionais. Rio de Janeiro, 2002a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7483:1991. CORDOALHAS DE AÇO PARA CONCRETO PROTENDIDO - Especificação. Rio de Janeiro, 1991. NBR 6118: projetos de estruturas de concreto – procedimento. Disponível em: <http://www. cecc. eng. ufmg. br/trabalhos/pg1/Monografia%20Dioni%20O. R. Sistemas estrturais de lajes sem vigas: subsídios para o projeto e execução.

f. Tese (Doutorado em Engenharia) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1989. Disponível em: <http://www. BONATZ, P. Construcción con prefabricados de hormigón y hormigón armado. Barcelona: Reverté, 1954. KONCZ, I. T. L. S. CARVALHO, R. G. LACERDA, I. br/comunidades/curitiba/dowload/LNK04/Apostila_Curso_concreto_ Protendido. pdf) PFEIL, WALTER. CONCRETO PROTENDIDO. Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora S. A. Acesso em: 10 Maio de 2019. MELO, C. E. E. Manual Munte de projetos em pré-fabricados de concreto. ed. São Carlos, SP: EESC-USP, 2007. REVEL, M. La prefabricación en la construcción. ed. Limeira, 2007 – Disponível em:< www. tatu. com. br>. Acesso em: 10 Maio de 2019. Universidade Federal de Viçosa, Novembro 1998.

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