INTRODUÇÃO A ANALISE DO LIVRO DIDÁTICO

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

em um de seus artigos, podendo assumir diferentes funções, dependendo das condições em que é produzido e utilizado, além de ter um papel ser um instrumento de ensino para os professores e mestres. Uma contribuição significativa é oferecida pela tradução de um artigo do pesquisador francês Alain Choppin, em que ele faz um balanço das pesquisas sobre a história do livro didático, que abarca um levantamento de pesquisas realizadas não apenas em países ocidentais como também do Oriente, constituindo-se em uma análise ímpar e fundamental para esse campo de investigação em crescimento constante (BITTENCOURT, 2004b, p.   A pesquisadora brasileira Circe Bittencourt (2004) também nos fala das diversas interferências na elaboração e usos do livro didático. Segundo ela, o livro didático caracteriza-se por ser um suporte de conhecimentos escolares, suporte de métodos pedagógicos, veículo de sistema de valores e, também, uma mercadoria.

A autora Circe Bittencourt sintetiza: As pesquisas e reflexões sobre o livro didático permitem apreendê-lo em sua complexidade. Este capítulo tem como proposta analisar dois livros didáticos de diferentes instituições, sendo um utilizado em escola pública e outro em instituição privada, ambos em turmas de escolaridade referente à área de conhecimento da língua portuguesa. Os livros analisados serão denominados como X e Y, ocultando assim informações das editoras selecionadas. Para a realização do trabalho é essencial uma analise entre as imagens, ilustrações, texto, atividades e outros aspectos didáticos, podendo assim compreender o livro como um todo, partindo assim para uma analise de excelência. Desta forma, Bittencourt propõe algumas questões para a realização de uma análise adequada: Como a ilustração está contida no livro didático? Possui legendas? Como está diagramada na página? Qual a relação entre o texto e a ilustração? Em seguida, torna-se importante referenciar o livro em seu contexto histórico: quem é o autor do livro? E o editor? As ilustrações foram selecionadas pelo autor ou pelo editor? Quando foi publicado? [.

e daí as leituras externas ao livro, especialmente se recorre a livros antigos, condição ideal quando se quer fazer comparações (BITTENCOURT, 2001, p. Portanto, o uso que se faz do livro didático no trabalho cotidiano da sala de aula, é de suma importância, uma vez que o livro didático não se constitui um instrumento neutro, mas sim, um produto que expressa uma visão de mundo, de ser humano e de escola. Gérard e Rogiers (1998) consideram que o livro didático, além de favorecer a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes, pode promover o desenvolvimento de competências cognitivas que contribuam para aumentar a autonomia dos alunos. A analise segue com o livro Y, tendo A linguagem do livro é clara para a faixa etária? A linguagem do livro é clara para a faixa etária.

 A concepção de língua como instrumento de comunicação caracteriza um ensino de língua voltado, basicamente, para a aquisição da estrutura, do código da língua. Esta abordagem prioriza atividades que enfatizam a compreensão de texto voltada principalmente, para a palavra, sua estrutura e sua ortografia em frases, exemplos: (1) ”Ligue as palavras em que as mesmas rimam”.   Pelo tato sinto que o dia está quente. Pela _______ sinto que este pano é azul. Pelo _______ sinto um perfume de rosa. ” Há varias questões para que o aluno se posicione quanto às ideias do texto. Em meio a essa abordagem que enfatiza a aquisição da estrutura da língua encontramos algumas propostas de atividades de produção de textos interessantes, por serem utilizadas na sociedade e poderem fazer parte do universo da criança de 1ª série, por exemplo:  Apesar de este material apresentar textos pertencentes a gêneros de diferentes ordens, nas unidades (U) estudadas encontramos todos os textos pertencem ao gênero da ordem do descrever ações: placas, imagens de ruas, sinais de trânsito; textos da ordem do narrar, uma tira em quadrinhos, observamos que as atividades propostas enfatizam a leitura para além da decodificação e a escrita como reprodução dos textos estudados.

  A estética desperta o interesse dos alunos para usa-lo?  A estética deste livro em analise desperta o interesse dos alunos para usa-lo, sobre tudo pelas linguagens ilustrativas, o mesmo esta repleto de figuras que envolvem a imaginação da criança, e não esta em apenas uma ou duas paginas do mesmo, o livro esta repleto delas, mostrando assim a preocupação do autor em auxiliar no processo de alfabetização e letramento falando a língua de seu publico alvo.   A inserção de imagens e ilustrações nos projetos gráficos deixa de ser, segundo Cardoso, um elemento meramente “decorativo”, transformando-se, sobretudo, em “um recurso poderoso de comunicação, visando a melhor comercialização do produto”. Afirma o autor:  Quando se fala em projeto gráfico, entende-se não somente a aplicação aleatória de elementos artísticos como a ilustração, mas, sobretudo uma tentativa sistemática de diferenciar o livro como produto industrial, agregando-lhe um grau de programação visual capaz de enriquecê-lo como objeto de comunicação não verbal (CARDOSO, 2005, p.

Para Joly (1996), o fato de o termo ‘imagem’ ser utilizado com vários significados dificulta uma definição simples. Ela coloca ainda que uma imagem é, antes de tudo, algo que se assemelha a outra coisa, podendo ser material ou imaterial, visual ou não, natural ou fabricada. Com as ilustrações não é diferente. Seguem algumas funções instrucionais da ilustração: • atrair e dirigir a atenção ao material; • apresentar uma nova informação; • concretizar uma informação abstrata; • comparar; • enfatizar pontos; • fornecer exemplos; • motivar; • produzir prazer; • promover emoções e atitudes; • simplificar; • sintetizar; • apresentar informações; • intensificar a atenção; • facilitar a analogia; • desenvolver a compreensão; • promover a retenção; • criar ludicidade; • promover informação adicional. Em geral, as ilustrações em livros didáticos são pautadas pelo autor e/ou editor, ou seja, o ilustrador recebe uma pauta com orientações do que deve ser ilustrado, assim como o espaço na página destinado a essa ilustração.

Existem vários tipos de ilustração, podemos classificá-la da seguinte maneira: • charge; • caricatura; • infantil; • adulta; • científica; • exata; • botânica; • artística; • técnica; • realista; • estilizada; • cômica. O que define o tipo de ilustração a ser inserida em um livro didático é o enfoque do original, ou seja, da disciplina, e a função que esta deve assumir em determinado conteúdo. O Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;  2. O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;  3.

Conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade; 4. A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem (BRASIL, 2015c). Ao propor que o processo de desenvolvimento das capacidades necessárias para a leitura e a escrita seja abordado desde o início da Educação Básica e que a ludicidade é uma das sete condições necessária para o processo de ensino e de aprendizagem, o desenho e as atividades que o tenham como estratégia são importantes e significativos para o aluno e para o professor.  O conhecido psicólogo e pedagogo suíço Jean Piaget, pioneiro no estudo dos mecanismos de desenvolvimento infantil, chama a este momento o “período pré-operatório”.

Ou seja, as crianças conquistam a capacidade de criar imagens mentais sem que o objeto ou as pessoas estejam presentes. Para, além disso, é nesta altura que conseguem observar e sentir muito mais estímulos do que conseguem entender. Desta forma, nada mais natural do que procurarem permanentemente o conhecimento.  A criança quer perceber-se a si mesma, perceber os outros e o seu comportamento, perceber as regras e os modos de agir, perceber os cenários que a rodeiam, enfim, perceber tudo – ou quase tudo.

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